Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento | Master's Degree in Women Studies - TMEMU
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento | Master's Degree in Women Studies - TMEMU by Title
Now showing 1 - 10 of 53
Results Per Page
Sort Options
- A ação e os valores éticos numa perspetiva de género : propostas para o ensino-aprendizagem do programa de Filosofia do 10º anoPublication . Cruz, Maria João Salvador da; Joaquim, Teresa; Pinto, TeresaEste trabalho consiste na apresentação de propostas sobre uma nova forma de lecionar os conteúdos do programa de Filosofia do 10º ano, apresentando atividades diversificadas para os vários temas, com recurso ao pensamento produzido por filósofas e à discussão de questões levantadas pela temática da igualdade de género no ensino da Filosofia. Pretende-se contribuir para promover nos e nas jovens uma atitude crítica e reflexiva que os prepare para o exercício da cidadania, através de um desenvolvimento alternativo do programa, sem deixar de seguir os objetivos curriculares definidos. Para cada proposta são especificados os objetivos a alcançar e os recursos utilizados para a prossecução desses objetivos, bem como explicitada uma metodologia de aprendizagem para cada atividade. O breve percurso que apresentamos pela razão ocidental, onde se mostra que sempre existiram filósofas desde a antiguidade grega até à atualidade, bem como filósofos que refletiram sobre as questões de género, permite questionar: “Se existem, por que razão não se estudam na disciplina de Filosofia do ensino secundário?” Com o objetivo de responder a esta questão, foi feita uma análise crítica do programa da disciplina, com a finalidade de mostrar que os temas que dele constam permitem a integração de pensamento filosófico construído, quer por mulheres, quer por homens sobre as mulheres. Daí apresentarmos um breve corpus filosófico, constituído por pensadoras do século XX e que refletem as questões fundamentais do nosso tempo, sendo passíveis de ser integradas nos temas do programa em análise, com especial destaque para as questões de natureza ética, dado serem transversais ao programa da mesma. É a partir dessas teorias que foram criadas estas propostas de abordagem do programa de Filosofia do 10º ano, com recurso ao pensamento produzido por teóricas e à discussão de questões levantadas pela temática da igualdade de género no ensino da Filosofia.
- As agentes da Polícia de Segurança Pública e as limitações de progressão na carreira policialPublication . Borges, Elisa Pinheiro; Guerreiro, Maria das DoresO presente estudo aborda a temática da mulher no trabalho, na Polícia de Segurança Pública e a conciliação da sua vida familiar com a vida profissional. O primeiro impulso para a escolha do tema foi o facto de ser muito parca a investigação neste âmbito, tendo como universo as mulheres polícias, aliado ao facto de estarmos perante uma população com características muito particulares. Como são estruturadas as carreiras profissionais das mulheres que ingressam na Polícia de Segurança Pública? Este é o nosso principal problema de investigação. Assim, através de um inquérito por questionário enviado, por via postal, a uma amostra de elementos femininos com funções policiais, distribuída pelo território nacional (continente e ilhas), quisemos obter a resposta ao problema levantado. Procurámos saber quais as razões que as impedem de progredir na carreira profissional, quais as expectativas que tinham no início da vida profissional relativamente à mesma e quais as suas limitações para o conseguirem. Os resultados obtidos indicam-nos que um grande número de mulheres escolhe exercer funções em serviços de tipo administrativo, com horários das 9 às 17h e fins-de-semana livres. A sua remuneração é igual à dos seus colegas homens em funções iguais. São uma maioria significativa as que nunca concorreram aos cursos de promoção. As razões que as levam a não concorrer prendem-se com questões familiares e o facto de poderem ser deslocadas quando das promoções. No regime em que trabalham não têm dificuldade em conciliar a vida familiar com a profissional. Trata-se de um estudo exploratório com o objectivo de poder ser aprofundado em futuros trabalhos de investigação.
- Alice no espaço: feminismo e ficção científica: uma leitura do conto “The Women Men Don’t See”, de James Tiptree Jr./Alice SheldonPublication . Prata, Maria de Jesus Cristina Joana de Sousa; Couto, Anabela Galhardo; Joaquim, TeresaEsta dissertação pretende dar a conhecer uma escritora não traduzida nem publicada entre nós, Alice Sheldon/ James Tiptree Jr., através da leitura do conto “The Women Men Don’t See”, de uma posição de leitura feminista. Inicia-se com uma contextualização do aparecimento da crítica literária feminista, nos anos setenta, seguida por uma breve definição e perspetiva histórica da ficção científica, o género literário em que o conto se insere. Num terceiro momento, apresenta-se um pequeno apontamento sobre a vida e a obra da autora, Alice Sheldon, que publicou sob o pseudónimo masculino James Tiptree, Jr. A dissertação termina com a leitura do conto, que permite abordar temas importantes para a crítica literária e para o feminismo, como sejam os do género e da identidade, e os da (in)visibilidade das mulheres escritoras e das mulheres em geral. Procurámos situar a escrita de James Tiptree, Jr. no seu tempo (anos sessenta e setenta do século XX) e no género literário da ficção científica, mas também procurámos mostrar a sua originalidade e a forma como algumas das suas posições antecipam ideias posteriormente avançadas por outras pensadoras, em relação ao espaço ocupado pelas mulheres. A utilização do pseudónimo masculino permite problematizar a questão da (eventual) diferença na escrita dos homens e das mulheres, e também questionar a nossa posição de leitores e a forma como os nossos preconceitos influenciam as nossas leituras.
- Amália Rodrigues : com que voz, cho(ra)rei meu triste fado! : a poesia no universo fadista de AmáliaPublication . Ferreira, Rui Manuel MartinsResumo - Amália Rodrigues, uma mulher do povo, revolucionou a temática do “corpus" fadista de então, direccionada, desde a implantação do Estado Novo, para cantar a tristeza nacional repleta de um fatalismo doentio. Dos seus encontros, com Alain Oulman e com outros grandes poetas da Literatura portuguesa, nasceu um movimento de ruptura no Fado, tornando-o o grande divulgador do lirismo português. Amália possuía um bom gosto, uma intuição e uma enorme sensibilidade que influíram nas suas escolhas, optando por letras que, através dos seus temas, do ritmo e da oralidade melhor se adaptaram à sua voz e ao fado. Cantou o que sentia numa coerência total entre a vida e a obra e fê-lo de uma forma natural e despretensiosa, como só o conseguem as grandes intérpretes, aquelas, como Piaf ou Greco, que cantam com o corpo inteiro e possuem a música no coração e na voz. Assim, a sua voz foi o veículo de difusão e popularização da nossa cultura literária, em Portugal e no mundo
- As sem abrigo de Lisboa : estudo realizado na AMI em Lisboa : Centros Sociais de Olaias e ChelasPublication . Martins, Ana Maria Ferreira; Joaquim, TeresaSer sem abrigo, significa estar privado(a) de alguns dos direitos que a democracia participativa prevê estar ao alcance de todo(a)s o(a)s cidadãos e cidadãs remetendo-os assim para uma situação de pobreza e exclusão difícil de inverter no sentido da inclusão social. Em toda a Europa este fenómeno é reconhecido como um grave problema social. Algumas das causas de ser sem abrigo são conhecidas e comuns a ambos os sexos. Nas gerações mais jovens de sem abrigo verifica-se que de ano para ano o número de mulheres aumenta. As causas e efeitos deste fenómeno não têm sido suficientemente estudados em Portugal É assim necessário entender melhor causas que conduzem as mulheres à situação de ser e estar sem abrigo em dado momento das suas vidas. Na quarta revisão de políticas dirigidas para o problema do(a)s sem abrigo na Europa realizado pelo Observatório on Homelessness e editado pela FEANTSA (Federação Europeia das Associações Nacionais que Trabalham com Sem-Abrigo) em 2006 fala-se no fenómeno social do(a)s sem abrigo como sendo pluridimencional e que requer uma abordagem complexa. Para que esta seja adequada temos que recorrer a diferentes medidas de variados domínios políticos, habitação, saúde (particularmente saúde mental), emprego, formação, justiça e protecção social, de modo integrado e inter-relacionado. O leque de medidas a serem integradas é muito vasto, passando pelos serviços ou mecanismos de emergência (acomodação temporária, equipas móveis de rua) a um trabalho em rede entre os cuidados de saúde, psiquiatria e instituições de formação, autoridades públicas, assim como as ONG (Organizações Não Governamentais) e outras que contribuem para a integração social. Esta dissertação alarga o conhecimento sobre a problemática das mulheres sem abrigo em Lisboa, relaciona as questões de género nos sem abrigo com as causas e efeitos sociais que conduzem à situação de sem abrigo. Compreende uma abordagem biopsicosocial das variáveis implicadas no fenómeno e o seu relacionamento com factores geradores de inclusão e de exclusão social. A entrevista semi-estruturada e a análise de conteúdo das mesmas, acompanhada de um vasto tratamento e análise estatística sobre o fenómeno, constituem o corpo dominante da investigação.
- Conciliação da vida profissional, pessoal e familiar no município de Gondomar: a licença parental partilhadaPublication . Gomes, Diana Filipa Martins; Perista, Heloísa; Albuquerque, RosanaA conciliação da vida profissional, pessoal e familiar potencia uma efetiva igualdade entre homens e mulheres, permitindo a realização individual ao nível das suas escolhas em todas as esferas da sua vida. Contudo, esse equilíbrio tão almejado, pode muitas vezes ser difícil de se alcançar, colocando em questão as interações sociais e profissionais entre homens e mulheres e entre os/as mesmos/as e as suas entidades patronais. As alterações sociais, demográficas e económicas, que se têm sentido ao longo dos últimos anos, fazem-se acompanhar de alguma exigência e pressão quer individual, familiar, organizacional e da sociedade em geral, no modo em como são conjugados o trabalho e a vida pessoal e familiar. As dificuldades de conciliação entre as esferas ocorrem muitas vezes devido aos estereótipos de género existentes na sociedade, reproduzidos pelos indivíduos através dos seus comportamentos ao nível organizacional. É nesse sentido que pretendemos compreender com este estudo de caso dos trabalhadores do município de Gondomar, que foram pais entre o ano de 2017 e 2019, a sua opção de não exercício do direito à licença parental partilhada.
- Conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar na Administração Pública Central Portuguesa: o caso da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)Publication . Andrade, Alexandra Silva Ramos Moreira de; Casaca, Sara Falcão; Albuquerque, RosanaConsiderando a necessidade de assegurar uma adequada articulação entre a vida profissional, pessoal e familiar para combater as assimetrias de género que ainda persistem na sociedade portuguesa, e que a conciliação é um tema central na agenda política nacional porque tem impacto na produtividade e sustentabilidade demográfica do país selecionou‐se um organismo da Administração Pública Central, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género para, no âmbito de um estudo de caso, identificar e analisar as necessidades das pessoas trabalhadoras em termos de articulação entre a vida pessoal familiar e profissional e identificar os obstáculos à adoção de medidas de conciliação, os quais sejam transversais aos restantes organismos da Administração Pública Central. O presente estudo procura desta forma iniciar uma reflexão sobre as limitações e obstáculos existentes na Administração Pública (AP), para dar resposta, dentro de um quadro legal onde a lei é o princípio e o fim da atuação da AP, às necessidades dos trabalhadores e das trabalhadoras de flexibilidade e inovação na gestão dos seus tempos de trabalho.
- O Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (1914-1947)Publication . Costa, Célia Rosa Batista; Cova, AnneResumo - A presente dissertação insere-se na área da História das Mulheres e pretende ser um contributo para a monografia do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas. Cronologicamente, esta pesquisa situa-se entre 1914 e 1947, período que corresponde à existência da Associação. O Conselho foi uma organização de mulheres inserida no movimento feminista do início do século XX – o designado feminismo da primeira vaga –, que registou a maior longevidade na história das organizações feministas em Portugal. O boletim, órgão de propaganda do Conselho, editado de Novembro de 1914 até Maio de 1947, constitui um corpus coeso que justificou tomar-se como fonte privilegiada deste trabalho. O Boletim Oficial do CNMP intitula-se, a partir de 1917, Alma Feminina, e no final de 1946 passa a ter a designação de A Mulher. Perante uma fonte tão rica quanto extensa como o Boletim do Conselho, procura-se dar visibilidade ao Conselho, enquanto organização feminista, quer na sua orgânica, quer na perspectiva da sua actuação, e caracterizar o que foram as iniciativas que promoveram e em que participaram em prol do feminismo. Pretende-se também dar visibilidade ao maior número possível de mulheres que participaram nos corpos gerentes, as activistas, as militantes e as sócias aderentes. O Boletim do Conselho, enquanto periódico feminista, assume-se como objecto fundamental para o estudo do movimento feminista português, assim como dos constructos sociais veiculados sobre as mulheres
- Desigualdade(s) de gênero na magistratura: impactos da organização de trabalho genderizada na carreira das mulheres magistradas do tribunal de justiça Estado do Paraná - BrasilPublication . Zanetti, Luciene Oliveira Vizzotto; Albuquerque, Rosana; Mariano, Silvana Aparecida; Marques, Susana RamalhoA presente investigação adota uma perspectiva de gênero para examinar o impacto da organização genderizada na carreira das magistradas do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Brasil. Adotando o conceito de gênero de Joan Scott (1990), por meio dos estudos de Rosabeth Kanter (1977 e 1993) de Joan Acker (1990) e Santos e Amâncio (2014) aborda o debate sobre a desigualdade de gênero apresentando o conceito de tokenismo/sobreminoria e de organização genderizada. A pesquisa analisa a teoria neutra das organizações laborais que sustenta que a desigualdade nos locais de trabalho é consequência da neutralidade atribuída às instituições que na verdade são baseadas no gênero masculino, conhecida como genderização. A segregação vertical é contextualizada por metáforas compiladas do Manual "Gênero de Mudança Organizacional" (Casaca & Lortie, 2018), partindo do conceito de "teto de vidro" (Steil, A. V. 1997), que simboliza as barreiras invisíveis que dificultam a trajetória feminina até os cargos de maior poder. Além disso, o trabalho examina a representação feminina nas Supremas Cortes de países da América Latina (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - CEPAL, 2022), bem como, trabalhos recentes sobre a presença das mulheres na magistratura brasileira (Bonelli & Oliveira, 2020; Bonelli, 2011; Fragale Filho, 2015; Severi & Jesus Filho, 2022; Sciamarella, 2020; Yoshida & Held, 2019; Yoshida, 2022), juntamente com dados disponíveis no país (Conselho Nacional de Justiça – CNJ e Associação Juízes Federais - AJUFE). Nesta senda, este estudo tem como objetivo investigar se as mulheres magistradas do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná são afetadas pela organização de trabalho baseada no gênero masculino, uma vez que ocupam posições de destaque na hierarquia da instituição e são consideradas símbolos. Em virtude da escassez de informações específicas sobre a temática no contexto do Tribunal em voga, optou-se pela aplicação de um questionário, o qual obteve a participação de 74 juízas de direito da instituição num universo de 354 mulheres. Os resultados da pesquisa indicam que as magistradas paranaenses enfrentam obstáculos institucionais, preconceito e discriminação no seu percurso profissional, desde o ingresso na carreira até a promoção e nas designações para assumir cargos administrativos na instituição.
- A desistência escolar das raparigas no ensino primário em Moçambique: o caso da Escola Primária 3 de Fevereiro-NicoadalaPublication . Patia, Inocência Adriano Penicela; Pinto, Teresa; Albuquerque, RosanaO presente estudo versa sobre “A desistência escolar das raparigas no Ensino Primário em Moçambique: o caso da Escola Primária 3 de Fevereiro-Nicoadala”, tendo como ponto de partida o seguinte problema: porque continuam as raparigas a desistir da escola, sobretudo no 3º ciclo do Ensino Primário? O objetivo é de compreender como atuam e interagem os fatores que influenciam na desistência das raparigas no 3º ciclo de aprendizagem na perspetiva de contribuir para um conhecimento mais aprofundado do fenómeno da desistência escolar das raparigas em Moçambique a partir de um estudo de caso aprofundado tendo em conta as diversidades regionais e as particularidades de cada uma das comunidades. Para a efetivação do estudo tomou-se como base uma revisão de literatura sobre a desistência escolar, sendo igualmente analisados dados estatísticos sobre a desistência escolar de forma a contextualizar o fenómeno registado na Escola Primária 3 de Fevereiro-Nicoadala cuja abordagem foi de natureza qualitativa, numa perspetiva descritiva. Teve a participação de oito (8) pessoas de entre membros de direção da escola, docentes, alunas e mães e/ou encarregadas de educação, os quais foram conduzidas entrevistas a partir de 5 guiões elaborados de forma had hoc para este estudo. Com base nos resultados do estudo, concluiu-se que na Escola Primária 3 de Fevereiro, constituem fatores de Desistência Escolar das Raparigas, os seguintes: Fatores institucionais que têm a ver com as formas de tratamento das raparigas durante a condução do Processo de Ensino-Aprendizagem; o comportamento inadequado de alguns rapazes sobre as raparigas; possibilidades de assédio sexual perpetrado por professores; indefinição clara de iniciativas de combate à desistência escolar e de sensibilização das famílias e das raparigas desistentes para o retorno à escola; inexistência de um sistema devidamente organizado para tratar assuntos relacionados com questões de género; fraco desempenho dos principais órgãos de gestão escolar (sobretudo o Conselho de Escola) tendo em vista o real papel a ser desempenhado por estes. Fatores socioculturais que têm a ver com a passividade das famílias e da liderança local em relação aos casos emergentes uniões prematuras e gravidezes precoces; fraco acompanhamento da escolaridade das raparigas, denotando passividade das famílias na exigência de frequência escolar ou de retorno à escola para os casos assumidos como de desistência. Fatores económicos que têm a ver com a privação das raparigas nas atividades agrícolas e nos negócios realizados pelas famílias como forma de assegurar o sustento familiar.