Linguística | Artigos em revistas nacionais / Papers in national journals
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Browsing Linguística | Artigos em revistas nacionais / Papers in national journals by Author "Batoréo, Hanna"
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- Apresentação [de] "Funcionalismo e Cognitivismo: o viés cognitivista da gramática funcional"Publication . Batoréo, Hanna; Oliveira, Mariangela Rios de; Aguiar, Milena Torres deTrata-se da apresentação do número temático da Revista SOLETRAS, dedicado à divulgação de resultados mais recentes da investigação linguística desenvolvida no Brasil, que se fundamenta na interface da investigação funcionalista e cognitivista. O texto é da responsabilidade das organizadoras do número temático da Revista. Os catorze artigos reunidos na presente publicação assumem a vertente cognitivista que premeia os estudos funcionalistas da linguagem, desde a sua fase inicial, a partir da década de 70 do século XX, de inspiração norte-americana (p. ex., Bolinger, Givón, Thompson e Hopper, entre outros), até ao que se entende, no Brasil, pelo "viés cognitivista da gramática funcional" e que se manifesta quer no chamado Funcionalismo Clássico, correspondente, em termos gerais, às últimas décadas do século XX, quer na fase atual destes estudos, nomeada de Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU). Este rótulo diz respeito à incorporação da abordagem construcional da gramática à investigação funcionalista da linguagem, ocorrida a partir dos anos iniciais do século XXI (cf. Rosário e Oliveira 2016).
- “Claro como água!”: contribuição para a tipologia lexical dos verbos de movimento em água (AQUA-motion)Publication . Batoréo, Hanna; Pires, Angelina; Macedo, Isabel; Casadinho, MargaridaNo princípio do nosso século, na sequência de uma nova vaga de estudos em Linguística Cognitiva, tem vindo a surgir nova investigação que pretende determinar regularidades estruturais do funcionamento das línguas em que se defende que a estrutura do léxico apresenta regularidades em função dos factores de conceptualização funcional da actividade humana, tais como, por exemplo, o tipo de ambiente em que o movimento é efectuado. Tendo em conta este parâmetro, distingue-se, em termos latos, entre o movimento efectuado no meio aéreo, aquático ou terrestre. Assim, por exemplo, Lander, Maisak & Rakhilina (2005), sendo posteriormente seguidos por Divjak & Lemmens (2007) e Arad (2007), defendem que o movimento efectuado em água (e, por extensão, em qualquer tipo de líquido) – designado em termos genéricos por AQUA-motion – pode ser definido em termos estruturais em função de marcos específicos tais como a Figura em movimento, o Fundo em relação ao qual a Figura se desloca, o carácter activo/passivo do movimento, existência de contacto entre os dois, etc. O presente estudo pretende contribuir para esta área de investigação relativa ao Português Europeu (com três projectos de dissertações de mestrado propostos à Universidade Aberta).
- Como conceptualizamos a ironia no discurso?: Representações e meta-representações do implícitoPublication . Batoréo, HannaIn cognitive studies, it has been assumed for last 15 years (cf. studies by Gibbs, and colleagues) that irony is a fundamental way of thinking about the human experience rather than just a rhethoric or a linguistic strategy, as it used to be postulated for ages. Thus, irony is understood as a multi-faceted cognitive phenomenon, preferred to literal counterparts in the situation of hidden criticism, in order to soften the edge of an insult, to control emotions, and to avoid conflict and damaging social relationships. Recently, common assumptions that irony is a deliberate pragmatic action have been argued with (Gibbs 2012). It is postulated that ironic acts may not be as deliberate as it is often said they are. Speakers choose to use ironic statements for a variety of social and cultural reasons, and it is expected that this choice be strongly anchored in a given culture dependent on its social and pragmatic specificities, as well as cognitive ones, such as perspectivisation (cf. Dancygier & Sweetser 2015). In the present paper we are going to discuss different ironic interpretations of one joke from a corpus of European Portuguese oral authentic discourse. We shall focus on two levels of interpretation: (i) its cognitive semantic reading, based on polysemy anchored in a net of interrelated metonymies, and (ii) metarepresentational higher level reading, based on an assumption that irony is a way of metarepresentational thinking.
- Como traduzir a ordem das palavras na frase? Estudo interlinguístico sobre a topicalização do complemento direto na tradução polaco-portuguêsPublication . Swiatkiewicz, Teresa; Batoréo, HannaO presente estudo visa analisar estruturas de topicalização do complemento direto na tradução de polaco para português, observadas na novela Tommaso del Cavaliere de Julian Stryjkowski, traduzida para português por Zbigniew Wódkowski. Tanto o polaco como o português são línguas de sujeito nulo e têm a ordem SVO como canónica; todavia, o polaco, por ter uma morfologia extremamente rica, tal como as outras línguas eslavas, permite uma ordem flexível de palavras na frase, o que pode levantar problemas sintáticos na tradução para português. Assim, as construções OSV ou OVS polacas têm tendência a serem traduzidas pela ordem canónica portuguesa SVO, sendo raras as soluções de tradução com construções alternativas. O nosso estudo foca o uso da topicalização do complemento direto (Deslocação à Esquerda Clítica) como uma destas construções alternativas e uma possível técnica de tradução polaco-português, explicando o seu uso à luz dos Estudos Descritivos de Tradução.
- Desenvolvimento da consciência metalinguística na aquisição bilingue de Português Europeu e NeerlandêsPublication . Caels, Anouschka; Batoréo, HannaO presente estudo, desenvolvido no enquadramento da Psicolinguística e da Aquisição Bilingue da Primeira Infância (BFLA), investiga o desenvolvimento da consciência metalinguística no bilinguismo precoce e na aquisição bilingue simultânea do português e do neerlandês, a partir de um estudo de caso de uma criança, dos 2;4 até os 3 anos de idade. Partindo da premissa de que as crianças que adquirem duas línguas em simultâneo desenvolvem, desde o início do seu desenvolvimento, dois sistemas linguísticos, visamos averiguar em que medida a criança em estudo desenvolve também uma consciência metalinguística que lhe permite distinguir os contextos de uso das línguas em aquisição. Os resultados sugerem que a criança apresenta capacidade para distinguir as duas línguas e que não as confunde. Consideramos que a escolha de língua maioritariamente apropriada num dado contexto, bem como as outras manifestações da atividade metalinguística identificadas no corpus evidenciam que a criança possui uma consciência metalinguística quanto ao uso contextualizado das duas línguas. Os 2 dados indicam ainda que a distinção, ou não, entre as línguas e os respetivos contextos de uso não podem ser interpretados apenas como a presença ou ausência de uma consciência metalinguística relativa ao uso distinto das duas línguas. Verificámos que a escolha aparentemente “inapropriada” da língua poderá ser determinada por vários fatores.
- Quando e porquê contamos uma história? Narrativa e argumentação: o caso das narrativas conversacionaisPublication . Morais, Armindo; Batoréo, HannaIn the present paper we pretend to search an answer to the initial question presented in our title, asking when and why we tell stories within oral interaction. Based on the analysis of the conversational narratives from the corpus Morais (2011), and rooted in our previous research (Batoréo 2005, Morais 2006, Morais 2011, Morais & Batoréo 2012), we show that in nearly sixty per cent of all Conversational Narratives included in the analysed corpus stories are used in oral interaction as mere argumentative strategies, being either of (i) illustrative or of (ii) foundational character. While interacting verbally with others, the narrator uses his/her story as a discursive strategy, in order to exercise his/her verbal power and authority on other interveners, involving them emotionally in the interaction process.
- Quando os portugueses correm, os polacos nadam?: domínio do movimento em água (AQUA-Motion) em Português Europeu e em Polaco: contribuição para a tipologia lexicalPublication . Batoréo, HannaPropomo-nos, no presente trabalho, analisar e estabelecer o contraste de alguns dos paradigmas de lexicalização que se observam em Português Europeu e em Polaco na descrição tipológica do MODO como o MOVIMENTO é efectuado (cf. Talmy 1985 e 2000; Batoréo [1996] 2000). Os referidos paradigmas dizem respeito a um campo lexical restrito de verbos que referem movimento efectuado em água − e, por extensão, em qualquer meio líquido −, designado na literatura de especialidade por AQUA-motion (cf. Lander, Maisak & Rakhilina 2005, Maisak & Rakhilina 2007). Com a análise efectuada, tendo por base os dados provenientes dos corpora linguísticos disponibilizados electronicamente (p. ex. Linguateca), procura demonstrar-se que as línguas naturais diferem de um modo estruturado e previsível não apenas a nível estritamente gramatical, mas também a nível do seu léxico (Newman 2002), bem como a nível global da conceptualização do seu funcionamento.
- «Quão fundo é o fundo?» perspectivação no caso das expressões com ‘ao fundo’ em Português Europeu e Português do BrasilPublication . Batoréo, Hanna; Ferrari, LilianIn the present paper we shall discuss different locations of perspective point (viewpointing) as discussed in underlying events of motion in Portuguese, both in European and Brazilian Portuguese, in the case of the expression ‘ao fundo’ (at/to the bottom; at/to the end). We start with physical motion, and its metaphorical extention(s), and then focus on fictive motion and its conceptual and contextual specificities when used in EP (but not BP) space directions. In EP the prototypical vertical reference to depth gives place to (i) horizontal or non-directioned, (ii) fre quently deictic, and (iii) viewpointed semantic extentions, indicating the end of the horizontal path getting as far as the speaker’s “mental eye” can reach (Batoréo, 2014 a, b; Batoréo & Ferrari, 2013). We defend that human cognition is not only rooted in the human body, but also inherently viewpointed in language (Dancygier & Sweetser, 2012), and we postulate that in the case of some EP uses of ‘ao fundo’ we are dealing with a special sort of location of perspective point underlying events of fictive motion, placing one’s “mental eye” to look out over the rest of the scene, as initially formalized by Talmy (2000).