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A desigualdade de género continua a ser um desafio premente em várias regiões de África, limi-tando o acesso de mulheres e raparigas a oportunidades educativas e recursos económicos. Este estudo, centrado no projeto DIGENDER2PALOP, explora a integração de competências digitais nas práticas pedagógicas como uma forma de promover a igualdade de género nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). O objetivo é investigar como a educação digital pode contribuir para a participação equitativa de raparigas e mulheres, fomentando uma educação mais inclusiva e, consequentemente, uma sociedade mais democrática.
A pesquisa adota uma abordagem mista, incluindo a aplicação de um questionário para mapear e analisar as práticas pedagógicas, bem como grupos focais com professores de três países africanos de língua oficial portuguesa (Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau). Estes métodos são utilizados para avaliar como as práticas educativas, especialmente nas áreas de STEM, podem ser ajustadas para favorecer a inclusão digital, garantindo uma maior participação das raparigas e mulheres. Os dados da literatura indicam que normas culturais enraizadas e a falta de acesso a tecnologias digi-tais constituem barreiras significativas, o que impacta diretamente na capacidade das raparigas de participar ativamente na educação e na construção de uma cidadania plena.
O projeto, cujos primeiros resultados desta apresentação são oriundos do questionário, pretende também colaborar com professores no terreno para promover ambientes de aprendizagem inclusi-vas e personalizáveis, que estimulem tanto a educação democrática quanto a participação equita-tiva. Esta apresentação focar-se-á no primeiro mapeamento realizado, que destaca a importância atribuída pelos professores às competências digitais dos alunos e alunas, as práticas pedagógicas utilizadas para as desenvolver, bem como a autoconfiança dos docentes em relação às suas própri-as competências digitais.
O questionário, uma adaptação de um projeto desenvolvido em 2022 para professores portugue-ses do 1º Ciclo da Educação Básica, está atualmente em fase de aplicação, e espera-se ter resulta-dos preliminares no início de novembro de 2024. Estes dados permitirão uma análise inicial sobre como as competências digitais podem não apenas promover a igualdade de género, mas também reforçar os pilares de uma educação democrática, ao estimular a participação ativa de todos os alunos e alunas nas suas comunidades educativas.
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Keywords
Género Igualdade Inclusão digital Empoderamento
Pedagogical Context
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APS
