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Línguas, Literaturas e Culturas Estrangeiras | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars

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  • Treino da pronúncia com base em tecnologia digital: um estudo com as consoantes /t/ e /d/ do português europeu
    Publication . Rodrigues, Marisa Andrade; Castelo, Adelina
    A perceção e produção de sons contrastivos de uma L2 na idade adulta pode apresentar desafios (Best & Tyler, 2007; Flege, 1995) que afetam a pronúncia (Castelo, 2021; Oliveira, 2020; Yang, 2014), essencial na comunicação inteligível (Munro & Derwing, 2015). A aplicação do treino fonético de alta variabilidade (HVPT – high variability phonetic training), uma forma de treino da pronúncia com base em tecnologia digital, é uma possibilidade de resposta a essa dificuldade (e.g. Logan et al., 1991; Thomson, 2011). Esta comunicação visa apresentar um estudo com HVPT sobre a aquisição das consoantes /t/ e /d/ do português, no início da aprendizagem de L2, por falantes nativos de chinês. Os 30 participantes realizaram, em sala de aula, várias sessões de treino (HVPT), bem como pré-testes, pós-testes e pós-testes atrasados de perceção e produção, registando-se um efeito reduzido do treino. Na comunicação pretende-se mostrar o treino usado e discutir as eventuais causas do seu impacto reduzido.
  • Textos sonoros na didática de línguas estrangeiras em Portugal: algumas práticas, dificuldades e potencialidades
    Publication . Castelo, Adelina; Braz, Ana; Seara, Isabel
    Vários estudos empíricos e reflexões didáticas têm reconhecido a relevância de utilizar audiolivros e podcasts (que designamos conjuntamente como “textos sonoros”) no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras para desenvolver competências como a compreensão oral, a expressão oral e o vocabulário. Contudo, algumas experiências e trabalhos apontam no sentido de estes recursos didáticos, de fácil acessibilidade, não estarem a ser suficientemente aproveitados, pelo que se torna relevante investigar o tema. Assim, o presente trabalho visa explorar quais são as práticas, as dificuldades e as potencialidades do uso dos textos sonoros e como estas são percebidas por professores e alunos. Na prossecução deste objetivo, foi disponibilizado um questionário online, ao qual responderam 29 professores e 19 alunos adultos de diversas línguas estrangeiras (incluindo o português) que estudaram ou residiam em Portugal. Tratou-se de uma amostra de conveniência, relativamente heterogénea, recrutada através de contactos pessoais e redes sociais, permitindo-nos captar um pouco do panorama do uso de textos sonoros no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras em Portugal. Destacam-se os seguintes resultados. Em termos de compreensão dos conceitos em causa, por comparação com os alunos, os professores dominam melhor os conceitos de audiolivro e de podcast. Quanto a práticas, os professores reconhecem uma utilização modesta destes recursos, embora valorizem a sua utilidade. Já as respostas dos alunos apontam no sentido de o recurso aos textos sonoros no ensino ser ainda menor do que o percebido e relatado pelos professores, de este ser menos valorizado pelos alunos e de, apesar disso, muitos discentes já terem usado textos sonoros por iniciativa própria na sua aprendizagem de línguas estrangeiras. Quanto às dificuldades no uso dos textos sonoros, a maioria dos docentes de línguas estrangeiras aponta a falta de tempo letivo para abordar ou integrar os audiolivros e os podcasts nas aulas, a fraca disponibilidade de audiolivros ou podcasts gratuitos e a falta de tempo para pesquisar esses recursos. Nas suas respostas, os alunos de línguas estrangeiras assinalam a falta de tempo para procurar os audiolivros/podcasts, a falta de tempo para os usar e a pouca disponibilidade de audiolivros/podcasts gratuitos, coincidindo nestes três pontos com a opinião dos professores. Mencionam ainda a dificuldade de concentração durante a audição. Por sua vez, no que diz respeito às potencialidades dos textos sonoros, docentes e discentes apontam maioritariamente o alargamento do vocabulário, a melhoria da pronúncia e o contacto com diferentes variedades da língua. Os alunos acrescentam, ainda, a possibilidade de aperfeiçoamento da expressão oral. Na presente comunicação, pretende-se, portanto, fundamentar a metodologia seguida, apresentar e discutir os resultados obtidos e concluir com a apresentação de propostas de ações futuras que promovam um uso mais recorrente e proveitoso dos textos sonoros no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira.
  • Uma “educação de qualidade” para os migrantes e o desenvolvimento da pronúncia
    Publication . Castelo, Adelina
    A pronúncia constitui uma competência importante para todos os aprendentes de línguas não maternas, sobretudo para os que usam diariamente a linguagem oral com fins comunicativos e desejam ser integrados na comunidade de falantes da língua-alvo sem serem prejudicados profissional e socialmente pelo seu nível de proficiência linguística. Este é precisamente o caso dos migrantes num país de acolhimento. No entanto, para assegurar o desenvolvimento adequado da sua pronúncia, é necessário proporcionar-lhes oportunidades de aprendizagem ao longo da vida que sejam acessíveis (quanto a tempo e custos financeiros). Tal esforço enquadra-se no ODS da Agenda 2030 de garantir uma “educação de qualidade” para todos, que contribuirá igualmente para a concretização de ODSs como “erradicar a pobreza” e “reduzir as desigualdades” (Centro de Informação Regional das Nações Unidas para a Europa Ocidental, 2016). Assim, esta apresentação visa mostrar como se pode ajudar os migrantes a aceder a uma educação de qualidade no âmbito do desenvolvimento da pronúncia. Incluirá quatro partes: (1) motivar a abordagem explícita da pronúncia, segundo a literatura (e.g. Grant, 2014); (2) mostrar o que é necessário para desenvolver uma melhor pronúncia (e.g. Celce-Murcia et al., 2010; Castelo, 2022); (3) ilustrar indicações para os migrantes usarem vários recursos digitais gratuitos a fim de praticarem a sua pronúncia, nomeadamente vídeos do YouTube, aplicações móveis, tradutores online e cursos online (e.g. Liakin et al., 2015); (4) sugerir formas de fazer chegar estas indicações aos migrantes e de aumentar a sua consciência e autonomia na aprendizagem ao longo da vida.
  • O recurso a audiolivros e podcasts no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras: alguns resultados
    Publication . Castelo, Adelina; Braz, Ana; Seara, Isabel
    A relevância de utilizar audiolivros e podcasts no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras para desenvolver competências linguísticas como a compreensão oral, a expressão oral e o vocabulário tem sido destacada em diversos estudos empíricos e reflexões didáticas. Porém, há indícios de que o potencial destes recursos didáticos não está a ser suficientemente aproveitado. Assim, o presente trabalho visa explorar quais são as práticas, as dificuldades e as potencialidades do uso dos textos sonoros, comparando as perceções de professores e alunos. Para tal, foi disponibilizado um questionário online, ao qual responderam 29 professores e 19 alunos adultos de diversas línguas estrangeiras (incluindo o português) que estudaram ou residiam em Portugal. Esta amostra de conveniência, relativamente heterogénea, foi recrutada através de contactos pessoais e redes sociais e permite-nos captar um pouco do panorama do uso de tais recursos no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras em Portugal. Destacam-se alguns resultados. Por comparação com os alunos, os professores dominam melhor os conceitos de audiolivro e de podcast e valorizam mais a sua utilidade, mas consideram que o recurso a estes materiais é mais frequente do que o percebido pelos alunos. Alunos e professores mencionam como dificuldades consideráveis no recurso a audiolivros/podcasts a falta de tempo para os pesquisar e usar e a fraca disponibilidade de audiolivros ou podcasts gratuitos. Quanto às potencialidades destes textos, docentes e discentes privilegiam o alargamento do vocabulário, a melhoria da pronúncia e o contacto com diferentes variedades da língua, sendo que os alunos acrescentam a possibilidade de aperfeiçoamento da expressão oral. Na presente comunicação, pretende-se fundamentar a metodologia seguida, apresentar os resultados obtidos e refletir a partir deles sobre ações futuras que promovam um uso mais frequente e proveitoso destes recursos digitais no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira.
  • A voz da literatura na aprendizagem da pronúncia: uma sequência didática com recurso a audiolivros
    Publication . Castelo, Adelina; Amorim, Clara; Xavier, Lola Geraldes
    O presente trabalho visa exemplificar uma sequência didática para o ensino da pronúncia em Português como Língua Não Materna (PLNM), com recurso a audiolivros literários. Esta proposta tem como foco o desenvolvimento da pronúncia dos contrastes fonológicos [e]/[ɛ] e [o]/[ɔ] e a sensibilização dos aprendentes para o caráter pluricêntrico da língua portuguesa, estabelecendo um paralelo entre o Português Europeu (PE) e o Português do Brasil (PB). A sequência didática está direcionada a alunos de nível intermédio que estudam a variedade europeia do Português e utiliza como materiais didáticos dois poemas, um em PE e outro em PB, e duas passagens narrativas, um em PE e outro em PB. Através da audição, análise e comparação das pronúncias em ambas as variedades, os alunos desenvolvem a pronúncia dos contrastes fonológicos, reconhecem a riqueza e diversidade do Português e desenvolvem a competência intercultural. Deste modo, alicerçada em estudos sobre como ensinar explicitamente a pronúncia para a inteligibilidade e a compreensibilidade, a sequência didática propõe-se a explorar as potencialidades da literatura e dos audiolivros para o ensino da língua. Ao integrar o ensino da pronúncia com o desenvolvimento da consciência pluricêntrica e da interculturalidade, a sequência didática proposta contribui para a formação de alunos mais completos e preparados para os desafios da comunicação em um mundo globalizado.
  • A pronúncia e a variação linguística em PLNM através da (audio)literatura
    Publication . Castelo, Adelina; Amorim, Clara; Xavier, Lola Geraldes
    Inúmeros estudos têm comprovado a relevância de ensinar explicitamente a pronúncia numa língua não materna, mais quanto à inteligibilidade e à compreensibilidade do que quanto ao sotaque, não só por razões comunicativas como também por motivos pessoais e sociais. Simultaneamente, tem-se vindo a destacar o caráter pluricêntrico da língua portuguesa e a necessidade de familiarizar os aprendentes com diferentes variedades da língua. Além disso, assiste-se a um crescente interesse pela utilização de textos literários na aula de língua não materna, com todas as vantagens que tais textos comportam, e a uma oferta e procura gradual de audiolivros (muitos deles de acesso gratuito). Partindo da combinação destes fatores, o presente trabalho visa exemplificar uma sequência didática que recorre a audiolivros literários para, simultaneamente, desenvolver a pronúncia dos contrastes [e]/[ɛ] e [o]/[ɔ] e sensibilizar os aprendentes para o carácter pluricêntrico do Português, observando as variedades nacionais do Português Europeu (PE) e do Português do Brasil (PB). Escolhemos este contraste por constituir um desafio considerável para aprendentes de PLNM com diferentes línguas maternas e por funcionar fonologicamente do mesmo modo nas duas variedades a considerar. Assim, como fundamentação para a construção da sequência didática, sistematizamos as propostas da literatura sobre (1) a importância do ensino explícito da pronúncia e as estratégias que este deve envolver, (2) a relevância do caráter pluricêntrico da língua portuguesa e formas de familiarizar os aprendentes com a variação linguística, (3) a importância da (áudio)literatura na aprendizagem de línguas e (4) as etapas recomendadas na utilização do texto literário e do audiolivro numa língua não materna. De seguida, apresentamos uma sequência didática baseada em dois poemas (um em PE e outro em PB) e duas passagens narrativas (uma em PE e outra em PB), destinada a aprendentes de nível intermédio que estejam a estudar a variedade europeia do Português. Terminamos com algumas sugestões de outros audiolivros literários recomendáveis para sequências didáticas com objetivos semelhantes e com reflexões sobre a necessidade de abordagens inovadoras, como o uso da (áudio)literatura, para enfrentar os desafios da educação linguística num mundo globalizado e promover não apenas a competência linguística, mas também a intercultural.
  • Desenvolver a pronúncia do português europeu com recursos digitais: sequências de treino para três áreas críticas
    Publication . Castelo, Adelina
    A pronúncia, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade, é crucial por razões comunicativas e sociais, pelo que se encontram na literatura propostas de estratégias ou princípios relevantes para promover tal capacidade. Um desses princípios é o da autonomia do aprendente, constituindo o recurso ao treino da pronúncia assistido por computador um dos meios para a alcançar. Considerando estes factos, o presente trabalho apresenta e fundamenta três sequências de treino da pronúncia do português europeu, baseadas em recursos digitais gratuitos e propostas para uso autónomo dos aprendentes de língua materna chinesa. Cada sequência aborda uma oposição fonológica identificada na literatura como problemática para estes aprendentes: (1) vogais médias [e, o] vs. baixas [ɛ, ɔ]; (2) oclusivas vozeadas, [b, d, g], vs. não vozeadas, [p, t, k]; (3) lateral [l] vs. vibrante [ɾ].
  • Desenvolver a pronúncia do português europeu com recursos digitais: sequências de treino para três áreas críticas
    Publication . Castelo, Adelina
    Vários trabalhos têm analisado as áreas problemáticas na pronúncia e na discriminação percetiva do português europeu (PE) por parte de aprendentes de língua materna chinesa. Três áreas frequentemente identificadas como críticas são a oposição entre consoantes oclusivas vozeadas e não vozeadas (e.g. Yang, Rato & Flores, 2015; Oliveira, 2016), o contraste entre as consoantes alveolares lateral e vibrante (e.g. Zhou, 2017) e a distinção entre as vogais (coronais e labiais) médias e baixas (e.g. Castelo & Freitas, 2019). Apesar de ocasionalmente se registar uma desvalorização do ensino da pronúncia, esta capacidade, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade (cf. Derwing & Munro, 2005), é crucial por razões comunicativas e até sociais (e.g. Yates, 2002; Moyer, 2014). Por estes motivos, encontram-se na literatura não só a justificação da importância da pronúncia, como também propostas de estratégias ou princípios relevantes para promover tal capacidade (e.g. Celce-Murcia et al., 2010; Grant, 2014; Alves, 2015). Um dos princípios importantes no ensino-aprendizagem da pronúncia é o da autonomia do aprendente: este deve ter instrumentos que lhe permitam melhorar a sua pronúncia sem depender demasiado do docente (e.g. Kruk & Pawlak, 2014). O recurso ao treino da pronúncia assistido por computador (CAPT: computer-assisted pronunciation training) constitui, precisamente, um dos meios para alcançar tal autonomia (e.g. Levis, 2007; Rogerson-Revell, 2021). Considerando a relevância dos recursos digitais para o treino autónomo da pronúncia por parte do aprendente e a necessidade de lhe fornecer um conjunto mínimo de orientações, esta comunicação visa apresentar e fundamentar três sequências de treino da pronúncia do PE, baseadas em recursos digitais gratuitos e propostas para uso autónomo dos aprendentes de língua materna chinesa. Assim, este trabalho inclui três partes. Primeiro, faz-se um breve enquadramento do tema, recorrendo a diversas referências bibliográficas sobre o ensino da pronúncia e sobre as áreas problemáticas na pronúncia do PE por aprendentes chineses. De seguida, apresentam-se três sequências de treino da pronúncia do PE baseadas em recursos digitais já existentes ou expressamente criados para as sequências em causa – uma sequência sobre cada uma das seguintes oposições fonológicas da língua: oclusivas vozeadas, [b, d, g], vs. não vozeadas, [p, t, k]; lateral [l] vs. vibrante [ɾ]; vogais (coronais e labiais) médias, [e, o], vs. baixas, [ɛ, ɔ]. Finalmente, reflete-se sobre as potencialidades de tais sequências em termos de investigação acerca da aquisição fonológica do PE como língua adicional.
  • Literatura em mp3 para aprender uma língua estrangeira: estudo exploratório
    Publication . Castelo, Adelina; Xavier, Lola Geraldes; Yun, Liu
    Com o crescimento do recurso aos textos literários em formato de audiolivro digital e a sua cada vez maior acessibilidade (e.g. Bencomo, 2022), torna-se necessário refletir sobre o papel daquilo que poderíamos designar como “literatura em mp3” na aprendizagem de uma língua não materna: quer ao nível das suas potencialidades e desafios, quer ao nível dos seus usos efetivos pelos aprendentes e pelos professores. De facto, muitos estudos incluem reflexões e/ou sistematizações sobre as fortes vantagens destes recursos (e.g. Padberg-Schmitt, 2020) e alguns estudos empíricos comprovam tais benefícios em situações concretas (e.g. Ayunda, 2013, Hora, 2019; Tusmagambet, 2020). Contudo, ainda são muito pouco conhecidas as práticas reais de uso dos audiolivros literários por parte dos aprendentes de línguas não maternas. Assim, este estudo exploratório visa contribuir (i) para o conhecimento do uso da literatura em formato áudio como recurso de aprendizagem de uma língua estrangeira por parte dos aprendentes e (ii) para a reflexão sobre a sensibilização a realizar para que os aprendentes aproveitem melhor este recurso. Para isso, foi aplicado um questionário a 52 alunos chineses de licenciaturas no âmbito do português como língua estrangeira. Os principais resultados mostram como os formatos de leitura preferidos correspondem ao livro digital e ao livro impresso, havendo pouca experiência de recurso aos audiolivros digitais. Simultaneamente, os mesmos aprendentes têm consciência das vantagens destes instrumentos em termos de aprendizagem da língua estrangeira. A apresentação incluirá três partes principais: uma sistematização das vantagens dos audiolivros identificadas em trabalhos anteriores; a descrição detalhada dos resultados obtidos no questionário; as reflexões que os resultados suscitam quanto às necessidades de sensibilização dos aprendentes para o recurso aos audiolivros digitais como meio de aprendizagem e quanto à elaboração de questionários posteriores sobre o tema.
  • B-learning e avaliação da produção e interação orais no português língua estrangeira
    Publication . Soares, Liliana; Castelo, Adelina; Ramos, Rui
    Desde 2020, em resposta aos confinamentos impostos mundialmente, o ensino online tornou-se uma ferramenta integrante das metodologias de ensino, continuando hoje a ser usado, seja como veículo principal seja como meio complementar ao ensino presencial sob a forma de b-learning (Cardoso & Pestana, 2021; Vijayakumar, 2022). Com o regresso ao ensino presencial, é essencial valorizar os progressos alcançados na literacia digital durante os últimos anos e considerar como podemos manter as melhores práticas provenientes do ensino online combinadas com estratégias eficazes de ensino em sala de aula (del Dujo & Martín-Lucas, 2020). Neste contexto, iniciámos um projeto com o propósito de investigar os efeitos da aplicação de sequências didáticas que combinam b-learning (Peres, 2018; Pavlou, 2020) e metodologias centradas no aprendente (mais especificamente, Sala de Aula Invertida – Lage et al., 2000; Bergmann & Sams, 2012 – e Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas – Savin-Baden, 2003) e que visam o desenvolvimento da produção e interação orais em aprendentes universitários chineses enquadrados no nível B2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, Companion Volume (2018, doravante referido como QECRL). Para a recolha de dados, foram selecionados instrumentos como pré-testes, sequências didáticas (Villa & Santasusana, 2005) e atividades de avaliação, além de uma grelha para a avaliação dos textos orais (Referencial Camões, 2017; QECRL, 2018). Esta comunicação visa propor e discutir a grelha com parâmetros e critérios para a avaliação da produção e interação orais, que foi elaborada no âmbito do projeto indicado e fundamentada numa revisão da literatura e no QECRL. Para isso, começaremos por apresentar o projeto e a estrutura dos instrumentos da recolha de dados, seguindo-se a proposta fundamentada da grelha para a avaliação dos textos orais resultantes da aplicação das sequências didáticas em b-learning. Por fim, refletiremos sobre as vantagens e limitações deste instrumento de avaliação.