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- As elites e o poder local em Porto de Mós (1898-1926)Publication . Carvalho, Maria Adozinda da Luz da Fonseca Cruz; Avelar, Ana PaulaO presente estudo versará sobre as elites e o poder local em Porto de Mós, abrangendo o período compreendido entre 1898 e 1926. Estudaremos as elites em Porto de Mós, que assumiram a sua governança, no período em questão. Nos finais do século XIX e viragem para o século XX, surgiram grandes reformas ao nível do sistema político, crises político-institucionais, e transformações nas instituições administrativas locais e nos municípios. A representar as Câmaras, estava um grupo de indivíduos eleitos, na sua maioria filhos da terra, defendendo os seus direitos e interesses face ao poder vigente. Considerando o papel de relevo que as Câmaras tiveram no país, tentaremos compreender a realidade política local vivida no concelho de Porto de Mós, entre 1898-1926. Analisaremos o processo eleitoral da elite dominante, procurando saber quem exercia os cargos de Presidente e Vereadores do município, a permanência e a rotatividade dos mesmos. Desta forma, verificaremos que as diferentes elites portomosenses procuravam, por um lado, colaborar com o Estado e, por outro, responder às necessidades dos seus munícipes, perpetuando o seu poder, quer na Monarquia, quer na República, uns de fação progressista, outros de fação regeneradora. Os cargos camarários eram ocupados quase sempre à volta dos mesmos indivíduos, rodando de Presidente para Vereador e vice-versa. O exercício desse poder foi, em alguns casos, alternando, quer na Câmara, quer na Santa Casa da Misericórdia.
- Textos sonoros na didática de línguas estrangeiras em Portugal: algumas práticas, dificuldades e potencialidadesPublication . Castelo, Adelina; Braz, Ana; Seara, IsabelVários estudos empíricos e reflexões didáticas têm reconhecido a relevância de utilizar audiolivros e podcasts (que designamos conjuntamente como “textos sonoros”) no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras para desenvolver competências como a compreensão oral, a expressão oral e o vocabulário. Contudo, algumas experiências e trabalhos apontam no sentido de estes recursos didáticos, de fácil acessibilidade, não estarem a ser suficientemente aproveitados, pelo que se torna relevante investigar o tema. Assim, o presente trabalho visa explorar quais são as práticas, as dificuldades e as potencialidades do uso dos textos sonoros e como estas são percebidas por professores e alunos. Na prossecução deste objetivo, foi disponibilizado um questionário online, ao qual responderam 29 professores e 19 alunos adultos de diversas línguas estrangeiras (incluindo o português) que estudaram ou residiam em Portugal. Tratou-se de uma amostra de conveniência, relativamente heterogénea, recrutada através de contactos pessoais e redes sociais, permitindo-nos captar um pouco do panorama do uso de textos sonoros no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras em Portugal. Destacam-se os seguintes resultados. Em termos de compreensão dos conceitos em causa, por comparação com os alunos, os professores dominam melhor os conceitos de audiolivro e de podcast. Quanto a práticas, os professores reconhecem uma utilização modesta destes recursos, embora valorizem a sua utilidade. Já as respostas dos alunos apontam no sentido de o recurso aos textos sonoros no ensino ser ainda menor do que o percebido e relatado pelos professores, de este ser menos valorizado pelos alunos e de, apesar disso, muitos discentes já terem usado textos sonoros por iniciativa própria na sua aprendizagem de línguas estrangeiras. Quanto às dificuldades no uso dos textos sonoros, a maioria dos docentes de línguas estrangeiras aponta a falta de tempo letivo para abordar ou integrar os audiolivros e os podcasts nas aulas, a fraca disponibilidade de audiolivros ou podcasts gratuitos e a falta de tempo para pesquisar esses recursos. Nas suas respostas, os alunos de línguas estrangeiras assinalam a falta de tempo para procurar os audiolivros/podcasts, a falta de tempo para os usar e a pouca disponibilidade de audiolivros/podcasts gratuitos, coincidindo nestes três pontos com a opinião dos professores. Mencionam ainda a dificuldade de concentração durante a audição. Por sua vez, no que diz respeito às potencialidades dos textos sonoros, docentes e discentes apontam maioritariamente o alargamento do vocabulário, a melhoria da pronúncia e o contacto com diferentes variedades da língua. Os alunos acrescentam, ainda, a possibilidade de aperfeiçoamento da expressão oral. Na presente comunicação, pretende-se, portanto, fundamentar a metodologia seguida, apresentar e discutir os resultados obtidos e concluir com a apresentação de propostas de ações futuras que promovam um uso mais recorrente e proveitoso dos textos sonoros no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira.
- A pronúncia e a variação linguística em PLNM através da (audio)literaturaPublication . Castelo, Adelina; Amorim, Clara; Xavier, Lola GeraldesInúmeros estudos têm comprovado a relevância de ensinar explicitamente a pronúncia numa língua não materna, mais quanto à inteligibilidade e à compreensibilidade do que quanto ao sotaque, não só por razões comunicativas como também por motivos pessoais e sociais. Simultaneamente, tem-se vindo a destacar o caráter pluricêntrico da língua portuguesa e a necessidade de familiarizar os aprendentes com diferentes variedades da língua. Além disso, assiste-se a um crescente interesse pela utilização de textos literários na aula de língua não materna, com todas as vantagens que tais textos comportam, e a uma oferta e procura gradual de audiolivros (muitos deles de acesso gratuito). Partindo da combinação destes fatores, o presente trabalho visa exemplificar uma sequência didática que recorre a audiolivros literários para, simultaneamente, desenvolver a pronúncia dos contrastes [e]/[ɛ] e [o]/[ɔ] e sensibilizar os aprendentes para o carácter pluricêntrico do Português, observando as variedades nacionais do Português Europeu (PE) e do Português do Brasil (PB). Escolhemos este contraste por constituir um desafio considerável para aprendentes de PLNM com diferentes línguas maternas e por funcionar fonologicamente do mesmo modo nas duas variedades a considerar. Assim, como fundamentação para a construção da sequência didática, sistematizamos as propostas da literatura sobre (1) a importância do ensino explícito da pronúncia e as estratégias que este deve envolver, (2) a relevância do caráter pluricêntrico da língua portuguesa e formas de familiarizar os aprendentes com a variação linguística, (3) a importância da (áudio)literatura na aprendizagem de línguas e (4) as etapas recomendadas na utilização do texto literário e do audiolivro numa língua não materna. De seguida, apresentamos uma sequência didática baseada em dois poemas (um em PE e outro em PB) e duas passagens narrativas (uma em PE e outra em PB), destinada a aprendentes de nível intermédio que estejam a estudar a variedade europeia do Português. Terminamos com algumas sugestões de outros audiolivros literários recomendáveis para sequências didáticas com objetivos semelhantes e com reflexões sobre a necessidade de abordagens inovadoras, como o uso da (áudio)literatura, para enfrentar os desafios da educação linguística num mundo globalizado e promover não apenas a competência linguística, mas também a intercultural.
- Análisis de la formación, satisfacción y actitudes del profesorado y tutores en centros educativos con grupos en riesgo de exclusión social en zonas eracisPublication . Serrano García, Jennifer; Expósito Jiménez, Jorge; Aires, LuísaLa presente Tesis Doctoral está conformada por una compilación de artículos, a través de los cuales se analiza la formación específica y el nivel de satisfacción laboral que tiene el profesorado en activo que atiende a estudiantes en riesgo de exclusión social en centros educativos desfavorecidos en territorio andaluz, denominados zonas de Estrategia Regional Andaluza para la Cohesión e Inserción Social (ERACIS, en adelante). Además, desde la perspectiva de la educación superior, se exploran las actitudes y componentes de la tutoría y orientación que influyen en el rendimiento académico del profesorado en formación. Así como, se construye y valida un instrumento con el propósito de conocer la percepción que posee el futuro profesorado de educación primaria sobre un colectivo especialmente vulnerable como son los niños, niñas y adolescentes migrantes no acompañados (NNAMNA). Para dar respuesta a esta finalidad, se ha trabajado a lo largo de cuatro fases, cada una de ellas conformada por una o dos producciones científicas (véase Tabla 1). La primera fase ha estado centrada en el análisis de la formación del profesorado en activo que atiende a estudiantes en situación de vulnerabilidad en zonas ERACIS. La segunda fase ha dirigido su atención a conocer la satisfacción laboral de este profesorado. La tercera fase ha hecho alusión a averiguar las relaciones existentes entre las actitudes y componentes de la tutoría y la orientación en el profesorado en formación. Y la última fase ha puesto el foco de atención en comprender la percepción que tiene el profesorado en formación sobre estudiantes vulnerables, tales como los NNAMNA. En la primera fase de la TD, el artículo inicial de Serrano-García, Olmedo-Moreno & Expósito-López (2024) valida la escala STEC-SRSE, diseñada para examinar la formación específica del profesorado en activo en zonas especialmente desfavorecidas mediante un análisis factorial confirmatorio (AFC, en adelante). Los hallazgos obtenidos indican que la escala presenta una excelente consistencia interna, índices de ajuste adecuados y pesos de regresión superiores a 0,3. Por lo tanto, se confirma que esta escala es una herramienta fiable para la medición del constructo en cuestión. El segundo artículo de Serrano-García, Olmedo-Moreno, Zahra-Rakdani y Expósito-López (2024) se basa en un estudio cuantitativo de corte transversal y sigue un diseño ex post-facto, el cual describe la formación específica de 346 profesores y profesoras en activo localizados en zonas ERACIS, seleccionados mediante un muestreo no probabilístico intencional. Para ello, se implementa la escala STEC-SRSE constituida por siete factores, la cual fue diseñada y validada en el primer artículo. Los hallazgos revelan que existe una falta de formación específica en el profesorado que atiende a estudiantes vulnerables en zonas especialmente desfavorecidas de Andalucía. Además, se puede afirmar que esta formación varía de manera significativa en función de la edad, la etapa educativa donde trabajan estos profesionales, el tipo de centro educativo y los años de experiencia docente con colectivos en riesgo de exclusión social (véase Tabla 20). Continúa la segunda fase de la TD, conformada por el tercer artículo de Serrano-García, Olmos-Gómez, Olmedo-Moreno & Expósito-López (2024), con el propósito de determinar el nivel de satisfacción laboral de 102 docentes localizados en zonas ERACIS, habiendo sido seleccionados por un muestreo no probabilístico intencional. Para ello, se emplea una metodología cuantitativa, de naturaleza descriptiva y corte transversal a través de la implementación del instrumento unidimensional JSS-VPSSET. Los hallazgos muestran que el profesorado experimenta una satisfacción laboral media en su trabajo. Además, se afirma que el profesorado que trabaja en educación primaria se siente más satisfecho que el de secundaria, mostrando diferencias significativas en la posibilidad de mantenerse permanentemente actualizado. En referencia a los años de experiencia docente, el profesorado con menos trayectoria profesional experimenta mayor satisfacción laboral que aquellos con mayor experiencia docente, obteniendo diferencias significativas en cinco ítems del cuestionario JSS-VPSSET (véase Tabla 20). En la tercera fase de la TD, se enmarca el cuarto artículo de Expósito-López, Chacón-Cuberos, Zahra-Rakdani & Serrano-García (2023), en el que se establece la significatividad y sentido de las relaciones existentes entre cuatro instrumentos que determinan diferentes actitudes y componentes de la tutoría y la orientación y, que influyen en el rendimiento académico de 538 docentes en formación a través de un modelo estructural de ecuaciones (SEM), y seleccionados mediante un muestro no probabilístico internacional. Este estudio cuantitativo, transversal y ex post-facto muestra relaciones significativas y bidireccionales entre las tres variables del instrumento Escala de Actitudes hacia la Tutoría. Además, la inteligencia social es una variable que muestra una elevada significatividad relacional, en sentido unidireccional con las variables metas de orientación intrínseca y la autorregulación del esfuerzo en el aprendizaje vinculadas con la Escala de Autorregulación del Esfuerzo. Así como, con tres variables que responden a la Escala de Inteligencia Social como el conocimiento de información social, las habilidades sociales y confianza y la capacidad para gestionar información social. También, existen tres relaciones significativas y unidireccionales entre la autorregulación del esfuerzo en el aprendizaje y las metas de orientación intrínseca, entre el procesamiento de la información social y la autoestima, así como, entre la disposición hacia la tutoría del profesorado en formación y la autorregulación del esfuerzo en el aprendizaje (véase Tabla 20). La cuarta fase de la TD, que incluye el quinto artículo de la compilación de Serrano-García, Rakdani-Arif Billah, Olmedo-Moreno & Expósito-López (2024), se centra en el diseño y validación de una escala que analiza la percepción del profesorado en formación del Grado en Educación Primaria sobre los menores extranjeros no acompañados, ahora denominados NNAMNA. Esta escala muestra una excelente consistencia interna a través de diversas pruebas de fiabilidad. Posteriormente, se realiza un análisis factorial exploratorio con el propósito de clasificar estadísticamente los ítems en tres factores establecidos: características socioeducativas, amenaza social, y bienestar psíquico y emocional. Además, se suprimieron los ítems que no alcanzaron valores superiores a 0,3, como en el caso del ítem 27. Seguidamente, se realizó un AFC que obtuvo índices de ajuste adecuados y estableció relaciones significativas de cada uno de los 26 ítems en relación con los factores de la escala. Por lo tanto, esta escala está conformada por tres factores y un total de 26 ítems que miden de manera robusta el constructo.