Línguas, Literaturas e Culturas Estrangeiras | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing Línguas, Literaturas e Culturas Estrangeiras | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 41
Results Per Page
Sort Options
- O humor nos assuntos «sérios»Publication . Dias, Isabel de BarrosA historiografia, na Idade Média, é uma forma textual que se assume como veículo de narrativas sobre assuntos «sérios». O seu modelo ideal é a própria Bíblia cujo reflexo terreno fundador, na cultura cristã deste período, é a obra de Eusébio- -Jerónimo que múltiplos historiadores procuraram actualizar. Com efeito, no seu patamar mais elementar, a Bíblia pode ser entendida como «O» livro de história primordial a partir do qual decorrem todos os outros dado que Deus continua a «escrever o Mundo» pelas acções e acontecimentos que permite que aí tenham lugar1. Assim, a historiografia torna-se uma forma textual contígua à obra bíblica uma vez que avança com o relato da continuação e da permanência da acção de Deus no Mundo.
- Le rire dans Notre-Dame de Paris de HugoPublication . Gonçalves, Luís Carlos PimentaO riso, fenómeno duplo em Victor Hugo, expressão de um eu romântico dilacerado entre a luz e as trevas é considerado, na sua época, tanto uma manifestação do Bem quanto uma manifestação do Mal. O riso luminoso pode tornar-se riso negro, o riso satânico de que fala nomeadamente Baudelaire. Este fenómeno do riso em Victor Hugo que culminará com o Homem que ri numa monstruosa caricatura do riso associada à dor, está igualmente presente em Notre- -Dame de Paris, romance cuja acção se situa no fim da Idade Média. Observaremos no decurso desta comunicação as manifestações do riso e das suas formas derivadas negativas (risos de escárnio, rictos) e positivos (sorrisos) no romance de Hugo. A missa dos Loucos, evocada desde a primeira página, naquele dia dos Reis de 1482 é o suporte de um riso primitivo devastador que perturba a ordem social. É o riso cruel da multidão em grande alegria que se alimenta de disformidades e monstruosidades no quinto capítulo da primeira parte de Notre Dame de Paris com a eleição de Quasimodo à dignidade de Papa dos loucos. O romance encerra estruturalmente sob uma forma aviltada do riso, o do arcediago Frollo com o seu «riso de demónio, um riso que só é possível quando já não se é homem», assistindo à execução de Esmeralda do alto das torres da catedral.
- Witches and «bitches»: genderised laughter in medieval comic talesPublication . Gonçalves, InêsPara os autores e pensadores do século XV, bruxas e bruxaria eram considerados fenómenos perfeitamente verosímeis. Muitos dos seus escritos discutem conceitos erróneos que, tendo por base as mais variadas crenças populares acerca de bruxas, eram anunciados como teorias, cientificamente, comprovadas. Porém, para além dos escritos oficiais, muitos outros autores, na sua maioria anónimos, registaram, no papel, as muitas ocorrências orais, marcadamente cómicas, da literatura popular da época, ou seja, os contos cómicos medievais. Entre vários, optei por analisar dois contos, em particular, um inglês, intitulado «Dame Sirith» e outro latino, cujo título é «The Old Woman who made a Pact with the Devil». Com esta proposta, pretendo, em primeiro lugar, descrever, de forma breve, o panorama cultural da Idade Média, o qual fomentava as convicções populares e intelectuais nas bruxas; e em segundo lugar, exemplificar as mesmas, mediante a análise das protagonistas dos contos - o seu modo de acção e de interacção. Para além disso, e tendo em conta que a pluralidade dos escritos cómicos medievais eram estigmatizados por uma atitude anti-feminista, é minha intenção mostrar através das personagens- -tipo, presentes nos dois contos em questão - a velha ou bruxa e a esposa infiel - que estas eram de facto, alvo dum riso misógino por parte de autores masculinos. Por outras palavras, eram ícones femininos medievais risíveis. Tudo isto leva-me a concluir que o humor medieval, assaz crítico na sua forma de riso misógino, tal como aqui é exemplificado, lamentavelmente, contribuiu, primeiramente para o estabelecimento de uma identidade desdenhosa da Mulher; e em segundo lugar, para uma disseminação fatal das concepções equívocas sobre a bruxaria demoníaca, tal como ostentada pelo Cristianismo Ortodoxo europeu.
- Le rire dans la littérature populaire vietnamienne à l’époque féodalePublication . Lo-Cicero, Minh HaI would like to focus on some aspects tied up with Laughter in Vietnamese popular literature in the feudal time, namely the Middle Age period and more specifically from the Xth to the XIVth centuries. The Vietnamese popular literature, of people’s creative endeavour and commonly of oral transmission from generation to generation, has largely contributed to characterize the Vietnamese culture and its national identity. Further back in time claimed Rabelais «Rire est le propre de l’homme». In the multi-millennial Vietnamese culture, laughter, embedded with an instructive/pedagogic significance while inculcating ethic values in its criticism of vicious and sinful conduct, has played an important role on people’s everyday life, simultaneously creating moments of joy, of entertainment, i.e. comic relief. Indeed, one laughs at misshapenness often linked to mistakes or the fake. The bad is the comic’s theme. One never laughs at beautiful and pleasant issues. Sometimes, bad is one’s inner feature without one’s own awareness. Thus, one tries to show one’s beauty. It is precisely in this paradoxical relation that bad becomes above all laughter’s origin. Laughter is also a weapon against negative phenomena greatly featuring the feudal society. In so doing, laughter has a deep social meaning. Vietnamese popular literature falls back to a great extent upon the comic, everyday laughter. For the Vietnamese commonly optimistic people, enjoying life, laughter is deeply and outstandingly imbued of a comic dimension. All along their history the Vietnamese have created a large number of bawdy stories aimed at satisfying their needs both for entertainment and struggle against negative influences, sins or even social inequalities and oppression. As a matter of fact, the Vietnamese popular literature comprises a valuable set of tales of comic nature, popular songs, as well as satiric poems, fables, buffoon’s tall tales (from popular theatre - Sân Khâu Chèo) making use of strategies to arouse laughter. Indeed, these are the underpinnings of the extremely rich satiric popular literature. 1 Actas do Colóquio Internacional «O Riso na Cultura Medieval» @ Universidade Aberta – Todos os direitos reservados 2 Actas do Colóquio Internacional «O Riso na Cultura Medieval» @ Universidade Aberta – Todos os direitos reservados Some Vietnamese popular tales, excerpts of buffoon’s roles in the popular theatre «Chèo» will be presented to describe the object of laughter and its triggering strategies. In the Vietnamese History, not only entailing the feudal period but also the contemporary one, laughter has always built on a satiric discursive component in the Vietnamese popular literature. Indeed, this literature constitutes a rich diversified treasure deeply inculcated in the Vietnamese culture, also shaping the borderlines of its national identity.
- Corpo e paisagem de Hoelderlin no texto de Maria Gabriela LlansolPublication . Rodrigues, Cristiana VasconcelosPropõe-se cruzar Hölder, de Hölderlin, de Maria Gabriela Llansol, com a poesia de Friedrich Hölderlin, visando descrever um lugar-morada de convívio destes dois autores; esta morada, que nos chega pela mão de Llansol, parece ser, contudo, anunciada por Hölderlin. O tema do Colóquio, "Corpo e Paisagem Românticos", presta-se a acolher o texto llansoliano, de filiação romântica inegável, se bem que circunstanciada, pela relação corpo-loucura, ou árvore-corpo, ou pela profusão de corpos e paisagens-lugares que rodeia Hölderlin e a sua perda da razão.
- O riso na cultura medieval : actas do Colóquio InternacionalPublication . COLÓQUIO INTERNACIONAL O RISO NA CULTURA MEDIEVAL, Funchal, 2003; Abreu, Maria Zina de; Buschinger, Danielle; Coelho, Paula Mendes; Dias, Isabel de Barros; Enes, CarlosO Centro de Estudos Medievais da Universidade da Picardia, o Departamento de Língua e Cultura Portuguesas da Universidade Aberta e o Departamento de Estudos Anglísticos e Germanísticos da Universidade da Madeira organizaram, em parceria, um Colóquio Internacional subordinado ao tema «O Riso na Cultura Medieval». O Colóquio decorreu nas instalações da Reitoria da Universidade da Madeira, no Funchal, nos dias 4 e 5 de Junho de 2003, tendo o evento sido acolhido com bastante entusiasmo, tanto por parte de investigadores, como por parte das forças vivas da região (órgãos oficiais, alunos e professores da Universidade da Madeira e população em geral). A riqueza e diversidade das comunicações apresentadas favoreceram a discussão e a troca de ideias, confirmando a complexidade do assunto proposto, o que, mutatis mutandis, se reflecte nos artigos reunidos nas presentes Actas. Além dos Estudos Literários, que constituem a área predominante, também são apresentados estudos e reflexões que se enquadram em outros campos do Saber, como a Linguística ou a História. A multiplicidade das abordagens apresentadas só encontra um paralelo na variedade das formas de riso consideradas, bom ou mau, lícito ou ilícito, condenado ou aceite... – tantas quantos os adjectivos possíveis: riso cruel, simpático, sinistro, insane, erótico, profético, satânico, sardónico, desconfiado, trocista, incrédulo, hostil, mau, condescendente, irreflectido, insensato, alegre, aberto, amarelo, pedagógico, cortês, de escárnio, crítico, de desprezo, irónico, sarcástico, amargo, pérfido, falso, colérico... Alguns estudos apresentam visões de conjunto, analisando o modo como o riso surge em corpora textuais específicos, caso de Danielle Buschinger e de Claire Rozier que trabalham textos da literatura alemã medieval; de André Crépin e Hélène Dauby que se debruçam sobre a produção escandinava e anglo-saxónica ou ainda de Hipólito Rafael Oliva Herrer que apresenta alguns textos da literatura castelhana medieval, com particular ênfase para os tratados normativos e médicos de finais do séc. XV. Outros intervenientes preferiram estudar obras onde eclodem temas específicos, como faz Naidea Nunes Nunes que salienta a forma como a mulher é apresentada, em vários textos peninsulares, com particular destaque para autores como Gil Vicente ou Juan Ruiz. Michèle Houdeville, por seu turno, estuda certos temas cómicos tradicionais (dificuldades da vida conjugal, problema do adultério feminino...) em contos satíricos da Idade Média francesa – os fabliaux. Isabel de Barros Dias estuda a presença do riso na forma textual específica que é a historiografia ibérica dos sécs. XIII-XIV. Para análises mais particularizadas sobre a presença e o alcance do riso na produção de um determinado autor é possível referir a obra de Christine de Pizan, estudada por Liliane Dulac; os romances de Chrétien de Troyes, vistos por Anna Kukulka-Vojtasik; a obra de Hue de Rotelande analisada por Julien Vinot ou a produção poética do italiano Manuello Giudeo (sécs. XIII-XIV), apresentada por Raniero Speelman. Inês Gonçalves, por sua vez, analisa dois contos cómicos específicos, correntes em Inglaterra, no período medieval. Divergindo um pouco da crítica literária, dois estudos analisam o vocabulário do riso, os seus campos semânticos e a sua evolução ao logo dos tempos: Geneviève Pichon faz um estudo lexical sobre o vocabulário do riso, da Antiguidade latina à Idade Média, enquanto que Marc Moser apresenta uma reflexão sobre múltiplas explicações etimológicas do vocabulário do riso, em diversos idiomas. Três artigos partem da Idade Média para encontrar a sua recuperação em outros períodos ou analogias com obras de outras épocas: Ana Isabel Vasconcelos debruça-se sobre a recuperação da figura de Gil Vicente, como personagem, no período romântico, nomeadamente por Almeida Garrett (sec. XIX); Luís Carlos Pimenta Gonçalves estuda o riso na obra Notre Dame de Paris, de Victor Hugo, um texto que recupera diversos temas medievais e Maria Emília Garcia Osório de Castro, a partir de algumas considerações sobre o papel libertador do riso na Idade Média estabelece analogias com a poética surrealista portuguesa. Finalmente, marcando uma perspectiva não-europeia do tema, Minh Ha Lo- Cicero apresenta alguns textos da literatura popular vietnamita da época feudal (sécs. X-XIV), situando ainda esta produção no quadro histórico e literário da época.
- O Carnaval : leituras, sentidos e vivênciasPublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Explotando las webs 2.0Publication . Chenoll, Antonio
- As 1001 faces de Bertolt BrechtPublication . Rodrigues, Cristiana VasconcelosBreve resenha de apresentação do poeta e dramaturgo Bertolt Brecht, a iniciar os trabalhos das Jornadas sobre Bertolt Brecht, realizadas na Universidade Aberta por ocasião dos 50 anos sobre a data da sua morte, em 2006.
- De diversis coloribus… Repensar a cor na idade médiaPublication . Carreto, Carlos F. Clamote; Dias, Isabel de Barros