História, Arqueologia e Património | Comunicações em congressos, conferências e seminários/Communications in congresses...
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- Abordagem a um modelo conceptual para análise diacrónica comparativa das interacções comunidades humanas-ambientais em zonas costeiras: o exemplo dos sistemas lagunares de Aveiro (Poortugal) e araruama (Brasil)Publication . Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, Rosário; Fonseca, Luís Cancela da; Dias, João AlveirinhoAs análises de longaduração acerca das relações comunidades humanasambiente em sistemas lagunares costeiros são ainda escassas. Nesse sentido, não estão estabelecidos modelos conceptuais que avaliem comparativamente tais relações. O facto dos sistemas lagunares incorporarem complexas estruturas de interface entre a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera, a biosfera e a antroposfera, requer abordagens inter/multi/transdisciplinares, situação que, aparentemente, tem coibido o surgir de propostas nesse sentido. Tomando como casos de estudo as lagunas de Aveiro (PT) e Araruama (BR), foram revistos os trabalhos respeitantes a esse tema e os respectivos modelos conceptuais aplicados na interpretação desenvolvida. Nos dois trechos lagunares em apreço, a respectiva literatura científica é escassa. A análise do estado da arte revela cinco trabalhos para Aveiro e apenas um para Araruama, pelo que considerámos pertinente o tema aqui em foco. A concepção de um modelo de análise diacrónica comparativa tem de estar cientificamente apoiada em abordagens interdisciplinares, propiciadoras de nos fornecerem dados relevantes sobre as influências antrópicas observadas ao longo da História nas alterações das paisagens lagunares e viceversa. Apelando à integração das Ciências Naturais e Sociais, tais como a Ecologia, a Geologia, a Climatologia, a Oceanografia, a Arqueologia e a História, a aplicação da aludida metodologia revela padrões de assentamento humano, exploração de recursos naturais e alterações da paisagem que se repetem nos dois sistemas e resultam em problemas semelhantes relacionados com as suas sustentabilidade e resiliência. Apelase, por isso, a uma abordagem integrada num recémramo da História, o da História Ambiental. Como é de propostas deste género, este modelo pode ser aplicdo a outros sistemas lagunares costeiros com origem no desenvolvimento de restingas arenosas e localizados em médias e baixas latitudes. A sua aplicação pode estimular medidas políticas para evitar os seus riscos e vulnerabilidades socioambientais.
- Achados numismáticos em Leceia (Oeiras) - seu contributo para o conhecimento da história localPublication . Cardoso, João Luís; Magro, FranciscoNo decurso das escavações efectuadas no povoado pré-histórico de Leceia, situado no concelho de Oeiras, Freguesia de Barcarena, iniciadas em 1983 e dirigidas por um de nós (J. L. C.), recolheram-se diversos numismas e um selo de chumbo, que serão objecto deste estudo. Trata-se de um conjunto de ceitis dos reinados de D. Afonso V e de D. Manuel I e de um exemplar de cada uma das seguintes espécies: dinheiro de D. Diniz; três reais de cobre, de D. João III (?); seis vinténs de prata de D. João V; e oito maravedis de Filipe IV de Espanha, segundo a classificação efectuada pelo outro dos signatários (F. M.). A recolha destes exemplares foi efectuada em zona adjacente a caminho de origem muito antiga, que atravessava diagonalmente a área escavada, anteriormente ocupada pelo povoado pré-histórico. Tal caminho, cujo piso era de terra batida, correspondia, em áreas limitadas, às próprias bancadas calcárias cretácicas, que constituem o substrato geológico local e encontrava-se em parte delimitado por grandes blocos não aparelhados, reutilizados das muralhas da própria fortificação calcolítica. O conjunto numismático reunido vem contribuir, ainda que com evidentes limitações, para o conhecimento da circulação monetária em meio rural, com base em materiais circunstancialmente perdidos por viandantes de e para Leceia de Baixo, pequena povoação actualmente ligada a Leceia de Cima mas que, até ao século XIX, justificava ligação directa à importante vila de Barcarena, a cerca de 800 m de distância, a qual era então assegurada pelo referido caminho.
- Achados subaquáticos de defesas de elefante, prováveis indicadores do comércio púnico no litoral portuguêsPublication . Cardoso, João LuísA ocorrência de defesas de elefante recolhidas fortuitamente em dragagens relacionadas com obras portuárias ou arrastos de pescarias de alto mar, no litoral meridional português, encontra-se provavelmente relacionada com a actividade comercial efectuada por púnicos que, desde finais do século VI a. c., frequentaram as costas atlânticas portuguesas. Além de se caracterizarem os achados até ao presente conhecidos, procede-se à sua integração no contexto económico e comercial da época, procurando-se, deste modo, avançar razões para tais ocorrências, relacionadas com a transacção de uma matéria-prima exótica muito apreciada e, por isso, de alto valor económico. Serão, de igual modo, apresentadas referências à importância do elefante na Antiguidade, com especial relevo para o território peninsular e o Norte de África, incluindo a sua antiga distribuição geográfica nesta região, de onde provêm as defesas agora estudadas.
- A água no Convento da ArrábidaPublication . Cardoso, João Luís; Quintela, António de Carvalho; Mascarenhas, José Manuel de; Abecasis, Maria HelenaÉ descrita, de modo sumário, a história do Convento da Arrábida desde a sua fundação, em 1539 por frades franciscanos, inicialmente instalados no chamado Convento Velho, que veio a ser substituído pelo Convento Novo, começado em 1542 e localizado nas proximidades. A leste deste último foi construído, entre 1638 e 1729, o Santuário do Bom Jesus. O Convento Novo situa-se a meio da encosta sul da serra da Arrábida, com forte declive, o que condicionou a disposição em socalcos e a arquitectura dos edifícios. A zona possui denso coberto vegetal do tipo mediterrânico. Os calcários carsificados e muito fissurados da serra da Arrábida e a baixa precipitação explicam a escassez de água superficial, o que obrigou à captação subterrânea, mediante extensas galerias de minas. A água assim captada era conduzida para os locais de utilização no Convento Novo, ao longo de caleiras. em geral, a céu aberto, e de condutas verticais e sub-verticais, nos trechos que vencem os desníveis dos socalcos. Existia ainda a captação de uma nascente, denominada Fonte da Samaritana. A água destinava-se essencialmente à utilização doméstica e ao abastecimento de fontanários. A água sobrante e parte da residual era conduzida para tanques que alimentavam o sistema de rega do horto. A água para alimentação do Bom Jesus, utilizada sobretudo na rega de jardins, exigia menor garantia de fornecimento, pelo que foi obtida do escoamento superficial, captado por duas valas e armazenado numa cisterna. A escassez de água no local determinou o seu aproveitamento racional e integrado.
- Alexandria Ptolomaica : uma cidade, vários povos, várias culturasPublication . Sales, José das CandeiasA Alexandria do Egipto, a mais célebre de todas as cidades antigas que tomaram o nome do grande conquistador macedónio Alexandre Magno, tornou-se, entre os séculos IV e I a.C., a principal cidade cultural e comercial do Mediterrâneo. Fundada sob o impulso de Alexandre, Alexandria só ganharia projecção e pujança urbana no período ptolomaico, sob a liderança política da dinastia lágida, especialmente dos seus primeiros reis. Foram eles que exploraram e desenvolveram, com muita eficácia, as potencialidades que, desde o início, a cidade apresentava, sendo, realmente, os responsáveis pela edificação de um conjunto de importantes infra-estruturas, de edifícios e de instituições que marcaram a feição da cidade. Os intensos fluxos migratórios que a capital dos Ptolomeus captou, com a mira posta nas possibilidades económicas, administrativas e culturais que oferecia, tornaram-na sede de uma população multicultural e justificaram muitas das referências que encontramos em autores antigos (ex.: Políbio, Estrabão, Quinto Cúrcio, Plutarco, Arriano, Diodoro da Sicília, Pseudo-Calístenes) sobre a sua génese, evolução, características, diferentes comunidades e respectivos contingentes demográficos. Procuramos aqui conferir especial destaque a estas referências e explicar como muito do brilho que, histórica e miticamente, a cidade de Alexandria projectou para a posteridade tem a indelével marca desse «esplendor urbano cosmopolita» do período ptolomaico.
- Alguns aspectos da mineração romana na Estremadura e Alto AlentejoPublication . Cardoso, João Luís; Guerra, Amílcar; Fabião, CarlosSeveral examples are given of Roman mining activities in Estremadura and Alto Alentejo, corresponding to the vast area of direct economic influence of the powerful Cornelii bocchi family.These Roman mines, with their different types of products, are in some cases also the best documented in clssical sources, probably due to the information prvided by Lucius Cornelius Boccus himself and later used by Pling the Elder and Solinus, among other Latin authors.
- Animal management practices in the Western Iberian Peninsula during the Neolithic-Chalcolithic transition: the study case of Leceia site (Oeiras, Portugal)Publication . Navarrete, Vanessa; Cardoso, João Luís; Detry, CleiaThe principal aim of this work is to establish the degree of human control over the management and animal diet of domesticates and characterize different herding systems during the Neolithic-Chalcolithic transition in Leceia site.
- A anta do Malhão (Alcoutim) e o "Horizonte de Ferradeira"Publication . Cardoso, João Luís; Gradim, AlexandraA anta do Malhão é um pequeno monumento megalítico integralmente constituído por esteios de grauvaque cuja construção se reporta aos finais do IV milénio a.C., situado no topo de um cerro xistoso, culminante dos relevos da região, próximo da povoação de Afonso Vicente. Possui câmara poligonal e corredor, do qual apenas a entrada foi definida, por dois esteios fixados verticalmente. O restante espaço do corredor não foi afeiçoado, mantendo-se o afloramento xistoso primitivo no lugar onde deveriam ter sido fixados os restantes esteios laterais. Deste modo, verifica-se que a construção do sepulcro não foi concluída, apesar de o espaço correspondente ao interior da câmara se encontrar inteiramente ocupado por uma laje de grandes dimensões, o que obrigou a um elevado investimento. A colocação desta grande laje antecedeu a delimitação da câmara pelos respectivos esteios, os quais se encontram fixados por cunhas, encaixadas entre aquela e o lado interno destes. A primeira e única tumulação, efectuada na câmara e em parte do corredor, corresponde a época integrada em fase tardia do Horizonte de Ferradeira, dos finais do III milénio a.C. Sobre uma camada estéril, com cerca de10 cm de potência, entretanto acumulada no interior da câmara, identificou-se um vaso liso, de carena alta, acompanhado de uma pequena taça em calote, também lisa, sob a qual jazia uma ponta Palmela de tipologia evoluída. No corredor, junto à câmara, recolheu-se um longo e estreito punhal, correspondendo a modelo de transição entre as produções calcolíticas e as argáricas. Trata-se, pois, de um conjunto funerário, selado e homogéneo, um dos poucos que, nestas circunstâncias têm sido claramente identificados no âmbito do Horizonte de Ferradeira, definido por H. Schubat em 1971, abrangendo o Baixo-Alentejo e o Algarve, com prolongamentos pela Andaluzia Ocidental. A única tumulação efectuada no monumento, correspondente a uma reutilização deste, foi acompanhada da erecção, no exterior do recinto, e do lado direito da entrada do mesmo, de uma estela, ostentando duas pequenas “fossettes” numa das faces, cuja fundação se fez ao nível definido por um empedrado com planta em ferradura, constituído por lajes alongadas de grauvaque, que circundam exteriormente a câmara do monumento. A disposição cuidada dos elementos deste empedrado indica que o monumento não possuía tumulus, à semelhança do verificado em outros monumentos funerários da região, de tipo cistóide, pertencentes a diversas épocas, do Neolítico Final/ Calcolítico à Idade do Ferro, explorados anteriormente pelos autores desta comunicação no concelho de Alcoutim.
- Ao serviço da história: três hagiografias em azulejos para legitimação da Dinastia de BragançaPublication . Câmara, Maria Alexandra Gago da; Mangucci, Celso; Verão, Teresa CanhotoNo seguimento da Restauração, sucedem-se as iniciativas de legitimação da Casa de Bragança, num processo longo e complexo, que vai continuar ao longo do século XVIII. A armação do poder real assume diversas con gurações, que se traduzem também nas manifestações de carácter artístico. Um dos aspectos menos estudados até ao momento tem sido a sua manifestação nas artes decorativas, particularmente, na azulejaria. No Alentejo, três núcleos importantes receberam decorações de azulejo no primeiro quartel do século XVIII: a Igreja de Nossa Senhora da Orada, em Sousel, em 1710, a capela de Santa Isabel, em Estremoz, em 1715 e, por último, a Basílica de Castro Verde, em 1725. Dois programas iconográ cos, Sousel e Castro Verde, associam vitórias militares (Atoleiros e Ourique), em defesa da integridade do reino, com a imagem do nobre piedoso, guiado pela mão de Deus. No Paço de Estremoz, o quarto, o lugar sagrado da morte de Isabel, a Rainha Santa, ascendente directo dos monarcas reinantes, transforma-se numa igreja, espelho do bom governo cristão, razão justi cada da relação entre o povo e a monarquia. Três projectos de história vertidos em imagens azuis e brancas, com intenções semelhantes, numa estratégia de leitura de eventos passados, propõem a construção de uma memória de legitimação, onde o território do reino corresponde também a lugares de sacralização da dinastia bragantina.
- Arnaldo Gama entre a literatura e a história : mote para uma reflexão epistemológicaPublication . Costa, Adelaide Millán