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Abstract(s)
No seguimento da Restauração, sucedem-se as iniciativas de legitimação da Casa de Bragança, num processo longo e complexo, que vai continuar ao longo do século XVIII.
A armação do poder real assume diversas con gurações, que se traduzem também nas manifestações
de carácter artístico. Um dos aspectos menos estudados até ao momento tem sido a sua
manifestação nas artes decorativas, particularmente, na azulejaria.
No Alentejo, três núcleos importantes receberam decorações de azulejo no primeiro quartel do
século XVIII: a Igreja de Nossa Senhora da Orada, em Sousel, em 1710, a capela de Santa Isabel,
em Estremoz, em 1715 e, por último, a Basílica de Castro Verde, em 1725.
Dois programas iconográ cos, Sousel e Castro Verde, associam vitórias militares (Atoleiros e
Ourique), em defesa da integridade do reino, com a imagem do nobre piedoso, guiado pela mão
de Deus. No Paço de Estremoz, o quarto, o lugar sagrado da morte de Isabel, a Rainha Santa,
ascendente directo dos monarcas reinantes, transforma-se numa igreja, espelho do bom governo
cristão, razão justi cada da relação entre o povo e a monarquia.
Três projectos de história vertidos em imagens azuis e brancas, com intenções semelhantes, numa
estratégia de leitura de eventos passados, propõem a construção de uma memória de legitimação,
onde o território do reino corresponde também a lugares de sacralização da dinastia bragantina.
Description
Genius Loci: Lugares e Significados. Places and Meanings, resultante do Congresso Internacional homónimo, organizado pelo DCTP e CITCEM.
Keywords
Azulejaria História Memória Restauração Espaços sacros Tile History and memory Restoration Sacred spaces
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Departamento de Ciências e Técnicas do Património, Faculdade de Letras da Universidade do Porto