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- Alteridade e humanismo em VieiraPublication . Pinto, PorfírioAs “descobertas” e “conquistas” ibéricas dos séculos XV e XVI obrigaram a Europa a repensar a sua relação com o “outro”, com uma “nova humanidade”, nomeadamente com o “negro” e com o ameríndio. E se o negro-africano foi objeto de tráfico esclavagista, entre a aceitação geral e a inevitabilidade “para o bem das colónias”, o “índio” americano esteve no âmago de um debate acerca de “direitos”, que certamente conduziria às modernas declarações de “direitos humanos”. O presente ensaio parte deste contexto geral, para se centrar na abordagem vieirina desta “nova humanidade”.
- “O Amor Jamais Passará”: O Descensus Christi e a Vida Além-TúmuloPublication . Pinto, PorfírioIncorporada ao Símbolo dos Apóstolos, a fórmula cristológica descendit ad inferos remete para uma realidade cultural e teológica veterotestamentária, o sheol, que é profundamente transformada (do ponto de vista teológico) pela revelação neotestamentária. Depois da morte na cruz, Jesus foi sepultado e a sua alma (nepheseh) desceu ao sheol, partilhando a condição de todos os seres humanos. O homem- -Deus é solidário com todos os defuntos, experimenta a derrelicção total e leva a sua obediência ao extremo (a verdadeira “obediência do cadáver”). Essa obediência na derrelicção é simultaneamente uma vitória, que culmina no resgate divino: Deus ressuscitou-o dentre os mortos. Paradoxalmente, Deus identificar-se com Jesus morto! Poderíamos pensar que, no descensus Christi, houve como que uma autoredefinição de Deus a favor de todos os homens, criando uma possibilidade de relação amorosa além-túmulo.
- O «Grande Teatro do Mundo» no Padre António Vieira ou os fundamentos de uma teodramáticaPublication . Pinto, PorfírioO topos do theatrum mundi tem uma longa história, que começa na Antiguidade clássica, sendo particularmente utilizada pelos filósofos estoicos e, posteriormente, por alguns Padres da Igreja. Com um uso esporádico durante a Idade Média, quando era mais utilizado o topos do speculum, ele reaparece com força no Renascimento e, sobretudo, no Barroco. Os maiores dramaturgos do século XVII (Shakespeare, Calderón de la Barca e outros) fazem dele uso correntemente. Mas não apenas eles, também os pregadores sagrados o referem em seus sermões. O Padre António Vieira é disso um bom exemplo. Contudo, neste estudo, interessar-nos-á mais particularmente a sua interpretação «histórica» deste mesmo topos nos seus escritos proféticos. A reflexão vieiriana, aprofundada na Clavis prophetarum, é percursora, a nosso ver, da moderna teodramátrica balthasariana: a história tem um sentido teológico, nela se desenrola um drama dirigido pela Divindade.
- Retórica y teología en el siglo XVII en Portugal: el caso del padre António VieiraPublication . Pinto, PorfírioDurante dos siglos (entre mediados del s. xv y mediados del s. xvii), retórica y teología han establecido un diálogo proficuo en post de la renovación de los estudios teológicos (studia divinitatis), frente a la exhausta escolástica, recurriendo a las posibilidades concedidas por los estudios humanistas (studia humanitatis), mayormente la filología y la historia crítica. Ese diálogo sería interrumpido con la aparición de la manualística (fines del s. xvii) y la “muerte” de la retórica bajo los golpes del racionalismo (Descartes), del empirismo (Locke) y del jansenismo (Pascal). Una de las últimas expresiones de ese diálogo la encontramos en las obras del jesuita António Vieira, que aquí estudiamos en su doble función: como orador sacro y como teólogo.
- O homem, fruto do oleiro e do barroPublication . Pinto, Porfírio
- O desejo de imortalidade em tempos “Apocalípticos”Publication . Pinto, PorfírioUm dos aspetos da doutrina cristã mais criticados pelos meios libertinos dos sécs. xvii e xviii foi a escatologia dos “fins últimos” (novissima), que marcou toda a Idade Média e também serviu para alimentar uma certa “pastoral do medo”. Essa escatologia distinguia entre os fins individuais – os “novíssimos do homem”: morte, juízo, inferno e paraíso – e os fins gerais – os “novíssimos do mundo”: o fim do mundo, a parusia, a ressurreição dos mortos e o juízo final. Nas narrativas “apocalípticas” de carácter popular que aflorámos neste estudo não é difícil detetar um “diálogo” pós-moderno com essas doutrinas cristãs. Podemos mesmo considerar ditas narrativas num plano de mediação entre o desconstrucionismo pós-moderno e a escatologia judaico-cristã (ver WÖLL, 2019). De todos os modos, como vimos, as narrativas da cultura popular atual comungam de um pessimismo que contrasta vivamente com a esperança da escatologia cristã.
- O “fator Deus” em José SaramagoPublication . Pinto, PorfírioDeus é uma personagem importante (e omnipresente) na obra de Saramago. Mas será apenas uma figura de ficção? Mesmo afirmando-se não crente, José Saramago reconhece-se como um produto do cristianismo e tem consciência de que milhares de seres humanos acreditam em Deus, ou no transcendente. A sua luta, portanto não é com Deus — que para ele não existe —, mas com os intermediários de Deus: as religiões e os líderes religiosos. Todavia, como ele gostaria que Deus existisse e interviesse, indignado, para confrontar o ser humano — que já perdeu essa capacidade de indignação – com a própria ideia de humanidade! A esse ponto nos provoca o Nobel português.
- A esperança de vida (eterna): uma teologia da mortePublication . Pinto, PorfírioEm 1746, Deparcieux criava as famosas «tábuas de mortalidade» que muito proveito deram às empresas de seguros. Com elas desenvolvia-se o moderno conceito de «esperança de vida», mas de uma vida «secularizada»... que deixara de ter em conta o Além. Por essa mesma altura dava-se também início à «secularização» dos cemitérios, arrancados ao controlo da Igreja, e a própria escatologia individual (os chamados «novíssimos do homem») entrava em crise. Chegava ao fim uma longa história de «domesticação» da escatologia (e da morte). A moderna mudança de «paradigma» não impede de refletir teologicamente a morte num mundo secularizado.
- Obras Pioneiras da Cultura Portuguesa: primeiros livros de didática religiosaPublication . Franco, José Eduardo; Fiolhais, Carlos; Miranda, José Carlos Lopes de; Hipólito, Isaías; Barbosa, Jorge Alves; Pinto, PorfírioCatecismo Pequeno, de D. Diogo Ortiz; Catecismo ou Doutrina Cristã e Práticas Espirituais, de D. Fr. Bartolomeu dos Mártires.
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