Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
250.92 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Um dos aspetos da doutrina cristã mais criticados pelos meios
libertinos dos sécs. xvii e xviii foi a escatologia dos “fins últimos”
(novissima), que marcou toda a Idade Média e também serviu para alimentar
uma certa “pastoral do medo”. Essa escatologia distinguia entre
os fins individuais – os “novíssimos do homem”: morte, juízo, inferno e
paraíso – e os fins gerais – os “novíssimos do mundo”: o fim do mundo,
a parusia, a ressurreição dos mortos e o juízo final. Nas narrativas “apocalípticas”
de carácter popular que aflorámos neste estudo não é difícil
detetar um “diálogo” pós-moderno com essas doutrinas cristãs. Podemos
mesmo considerar ditas narrativas num plano de mediação entre
o desconstrucionismo pós-moderno e a escatologia judaico-cristã (ver
WÖLL, 2019). De todos os modos, como vimos, as narrativas da cultura
popular atual comungam de um pessimismo que contrasta vivamente
com a esperança da escatologia cristã.
Description
Keywords
Almas penadas Educação (I)mortalidade Quase morte Zombies
Citation
Publisher
Bagai