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Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI

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  • Contributos dos museus de proximidade para a formação e inclusão de públicos escolares culturalmente diversificados [Documento eletrónico] : o estudo de caso do museu agrícola de Riachos, Torres Novas, Portugal
    Publication . Henriques, Manuel Joaquim Oliveira; Horta, Ana Paula Beja
    O presente estudo pretende analisar as relações estabelecidas entre os museus de proximidade e as novas dinâmicas de integração da diversidade social e cultural. Mais especificamente, o estudo visa examinar os contributos do Museu Agrícola de Riachos (MAR), Torres Novas, para a formação e inclusão de públicos escolares culturalmente diversificados. A nível teórico, o trabalho sustenta-se no cruzamento de três principais paradigmas considerados de maior relevância para a investigação a realizar, nomeadamente, o atual debate sobre a museologia social e os seus impactos nos processos de formação e de inclusão de públicos-alvo escolares culturalmente heterogéneos. Acresce-se, a teorização sobre os processos de integração local e, também, o papel da educação como mediador de inclusão. A metodologia adotada nesta pesquisa, elege o método de estudo de caso que conjuga várias técnicas de investigação, designadamente: 1. pesquisa bibliográfica e documental; 2. observação participante; 3. Entrevistas com a Curadora e Professoras; 4. Setenta e quatro questionários dirigidos aos alunos do 3º e 4º anos. Os resultados da pesquisa revelam a apropriação do património cultural através das atividades formativas, mostram que o discurso do Museu incentiva os alunos a aceitarem as diferenças étnicas e culturais. A forma como a Curadora do Museu e as Professoras concebem o conhecimento e a aprendizagem é determinante para o modo como os alunos aprendem. Conclui-se que o Museu promove atividades diversificadas para os públicos-alvo, privilegiando a articulação com conteúdos programáticos curriculares escolares, demonstrando que a participação dos alunos contribui para o seu desenvolvimento e inclusão social.
  • Percepção das mães e mulheres dos reclusos sobre o impacto do sistema prisional alternativo da Associação de Proteção e Assistência a Condenados: o caso de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais
    Publication . Miquelanti, Viviane Pereira; Magano, Olga
    A reincidência criminal tornou-se um dos grandes gargalos do sistema criminal mundial. Não diferente, o sistema de encarceramento brasileiro tem enfrentado desafios estruturais, tais como superlotação e tratamento desumano ao longo de sua história e, diante dessas adversidades, nomeadamente em termos de reinserção social e cultural dos reclusos, o país tem buscado novas perspectivas de intervenção e recuperação, tal como o método aplicado pela Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC). Este método consiste em um conjunto de medidas alternativas que visam a ressocialização dos presos, baseada na valorização humana e no tratamento mais digno. Este estudo visa conhecer esse método prisional alternativo, especialmente no que se refere ao papel das famílias dos reclusos da APAC no processo de ressocialização do indivíduo privado de liberdade, em concreto quanto às percepções de mães e mulheres de reclusos a cumprir pena e o impacto da inserção neste programa nas suas vidas e de sua família. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com entrevistas a familiares que tenham passado pelo sistema prisional comum e atualmente vivenciam o regime APAC em Patos de Minas, bem como a funcionários da unidade, buscando uma compreensão holística do modelo. A análise, a partir das narrativas coletadas, procura verificar se o método realmente promove a inclusão das famílias e a ressocialização dos apenados. Os resultados apontam que a participação familiar é não apenas incentivada, mas essencial para o sucesso da reintegração. Sem a família, a recuperação dos reclusos seria significativamente mais difícil, evidenciando a relevância do modelo APAC como alternativa eficaz ao sistema prisional tradicional.
  • Famílias imigrantes, cuidados aos idosos e género: um estudo de famílias imigrantes no Luxemburgo com familiares idosos no país de origem
    Publication . Gonçalves, Maria da Conceição Loureiro; Ramos, Natália
    A crescente globalização e o aumento da mobilidade humana são realidades incontestáveis no mundo contemporâneo. Os indivíduos, as culturas e as formas de compreender o mundo atravessam fronteiras, alterando estilos de vida e estabelecendo novos vínculos noutras geografias. Outra realidade refere-se ao envelhecimento populacional e às preocupações relacionadas com os cuidados aos idosos. Num cenário de migração, estas questões adquirem grande dimensão. O fenómeno do envelhecimento populacional preocupa os familiares, as instituições governamentais e políticas e a sociedade. O presente estudo procura compreender como os familiares da pessoa idosa gerem o seu quotidiano e os cuidados à distância. Para tal, foi adotada uma abordagem qualitativa de caráter indutivo. Numa perspetiva interseccional de relações de género, procurou-se compreender as práticas dos cuidados, as dificuldades e as (des)igualdades que permeiam essas relações no contexto familiar dos entrevistados. A pesquisa sublinha que a interseccionalidade das relações de género no âmbito dos cuidados à distância apresenta complexidades e desafios para os familiares, considerando as dimensões culturais, económicas, sociais e emocionais envolvidas. Ademais, destaca que os cuidados à distância são frequentemente atribuídos às mulheres, refletindo normas culturais tradicionais, além de sentimentos de dever moral e filial. Assim como sentimentos de culpa, impotência e tristeza. O estudo revela a importância dos meios de comunicação em rede na aproximação das famílias e na partilha dos cuidados à distância. A investigação permitiu-nos avaliar a complexidade dos cuidados transnacionais, abrir reflexões para estudos futuros e apontar caminhos para novas abordagens.
  • Os desafios da regularização documental de estrangeiros: estudo de caso dos bissau-guineenses na Cidade da Praia – Cabo Verde
    Publication . Santos, Isalda Maria de Barros dos; Sousa, Lúcio; Rocha, Eufémia Vicente
    Esta dissertação, cujo tema é “Os desafios da Regularização Documental de Estrangeiros: estudo de caso dos bissau-guineenses na Cidade da Praia – Cabo Verde” configura-se numa tentativa de perceber o fenómeno migratório da Guiné Bissau para Cabo Verde no âmbito do Protocolo de Livre Circulação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Pretende-se, concretamente, compreender quais são os desafios mais prementes que a maior comunidade estrangeira residente em Cabo Verde (Cidade da Praia) enfrenta no processo de Regularização Documental de Estrangeiros (RDE). Pese embora o genuíno sentimento de pertença, as principais conclusões desta investigação demonstram que esta comunidade enfrenta uma série de desafios no processo de RDE, sendo uns relacionados a fatores endógenos (muita burocracia processual) e outros relacionados a fatores exógenos a Cabo Verde (morosidade no acesso aos documentos do país de origem). Mas o próprio perfil do imigrante bissau-guineense que possui baixo nível de escolaridade e falta de qualificação técnico-profissional condiciona o acesso a toda a documentação exigida para a RDE, sobretudo a comprovação dos meios de subsistência para a permanência regular no país.
  • Jovens universitários portugueses: um olhar sobre as mulheres brasileiras
    Publication . Moita, José Pedro Loureiro; Vieira, Cristina Pereira; Nunes, Catarina S.
    As atitudes favoráveis ou desfavoráveis em relação a indivíduos, baseadas na sua pertença a determinado grupo são definidas por Neto (1998) como preconceito, cuja manifestação comportamental se traduz em discriminação. A decisão de avançar para a presente dissertação prendeu-se com três motivos principais: a relevância que a imigração tem em Portugal; o contacto pessoal que temos com imigrantes brasileiros/as; e a motivação resultante dos conteúdos apreendidos no Mestrado em Relações Interculturais da Universidade Aberta. Pretende-se avaliar se existe preconceito e discriminação dos e das jovens estudantes universitários/as portugueses/as em relação às mulheres brasileiras, identificando as características que podem ter influência nessa avaliação. Desenvolveu-se um estudo piloto recorrendo, no que concerne à pesquisa, a uma metodologia quantitativa. Como instrumento de pesquisa utilizou-se um inquérito on-line com perguntas fechadas, que foi respondido por 143 alunos/as da Universidade da Beira Interior, instituição de ensino selecionada. Com os resultados alcançados verificou-se que existe preconceito dos e das jovens estudantes universitários/as que responderam ao inquérito em relação às mulheres brasileiras. Apesar de ser um estudo piloto, consideramos que há indícios de sentimentos de discriminação que podem abranger os/as estudantes universitários/as portugueses.
  • Comunicação em saúde : percepção de pessoas negras e pardas face à representação da terceira fase da campanha publicitária de combate à Sífilis no Brasil
    Publication . Almeida, Anderson; Ramos, Natália; Lacerda, Juciano
    Desde o século XV que o mundo convive com a sífilis, uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum. Desde o seu surgimento até hoje, a doença segue em alerta por todo o mundo e preocupa autoridades de saúde, mesmo existindo tratamento e cura. Um grande desafio societal é ter um comportamento sexual responsável e o compartilhamento de informação adequada por meio de uma comunicação assertiva. No Brasil esse cenário não é diferente. Por isso, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Saúde, decretou em 2016 que o país enfrentava uma epidemia de sífilis. O Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão 2019/2017, determinou a execução de variadas e inovadoras ações de comunicação com o objetivo de impactar mais efetivamente a problemática da doença e robustecer a questão dos cuidados preventivos da população brasileira. A partir disso, entrou em atividade o “Projeto de Resposta Rápida ao Enfrentamento da Sífilis nas Redes de Atenção”, popularmente conhecido como “Sífilis Não”. Entre as ações do projeto, na área de comunicação, estavam a criação de seis campanhas publicitárias que informassem a população sobre a doença, estimulassem a testagem, o tratamento e a cura. Este trabalho de pesquisa debruça-se sobre a terceira campanha criada, intitulada de “Eu sei, você sabe? ”, lançada durante a pandemia da Covid-19, nas redes sociais do projeto “Sífilis Não”. Num país onde 56,1% da sua população é composta por negros e pardos, segundo o IBGE (2021), e que tem uma raiz histórica com a essa etnia, é fundamental analisar se a campanha publicitária criada que contempla essa parcela de brasileiros e brasileiras, principalmente, em função dos números da doença no país apontarem para uma infecção mais acentuada nesse público e entre os 20 e 40 anos. A partir das peças publicitárias criadas, o estudo organizou cinco grupos focais (Trad, 2009) com pessoas negras e pardas que, a partir de olhares subjetivos, propiciaram a análise de conteúdo da pesquisa (Bardin, 2011). Ademais, tornou possível discutir questões éticas, de interculturalidade, contexto na publicidade e situação de discriminação com o objetivo de promover resultados a serem apresentados ao Ministério da Saúde, a fim de se tornar uma importante ferramenta para o desenvolvimento de uma comunicação assertiva com parte significativa da população do Brasil. A pesquisa revelou, a partir do resultado das análises, que o conteúdo empregado nas peças publicitárias se mostrou próspero uma vez que apontamentos importantes na interpretação e identificação do material foram feitos (Bardin, 2011). Essa constatação dialoga diretamente com a pretensão da campanha em estabelecer uma relação emissor-receptor salutar no que diz respeito à busca pela conscientização, prevenção, tratamento e cura da sífilis. O alinhamento de todo o conteúdo informacional (Bauer e Gaskell, 2017), com a presença maioritária de pessoas negras e pardas, além da pluralidade de idades presentes, géneros e etnias gerou reconhecimento, por identificar características gerais do povo brasileiro. As tecnologias acessíveis, utilizadas na campanha publicitária, mostraram-se assertivas, visto o envolvimento, cada vez mais efetivo, das sociedades com as plataformas digitais de informação e entretenimento, bem como de relacionamento interpessoal.
  • Aculturação psicológica e percurso migratório: experiências e vivências de imigrantes brasileiros residentes em Itália
    Publication . Carvalho, Sérgio Aparecido de Souza; Ramos, Natália
    Inserir-se em uma nova cultura não é uma tarefa fácil, tendo em vista que vivenciar um percurso migratório implica a necessidade de adaptação na sociedade de destino e, para que isso ocorra, a pessoa imigrante deve iniciar uma intensa dinâmica de aculturação e de aprendizagem e, que vão desde aprender um idioma, conhecer novos costumes, cultura e leis, até compreender as diferentes formas de funcionamento que caracterizam o novo país. No presente estudo são abordadas questões da migração internacional em Itália, o conceito de aculturação e de adaptação, no qual também evidenciamos como decorreu o processo migratório e adaptativo de sete imigrantes brasileiros residentes em Itália, que contribuíram com esta pesquisa respondendo a um questionário elaborado e estruturado para o efeito. Durante a pesquisa constatamos que a aculturação acontece de maneira individual e que os sete participantes vivenciam o seu percurso migratório de maneira singular, no qual manifestam experiências positivas e negativas, alguns sentimentos ambíguos e contraditórios, além de experiências e sentimentos vivenciados diferentemente por cada um. Constatamos também que durante o processo de aculturação alguns imigrantes apresentam dificuldades adaptativas, relacionais, interculturais, psicológicas ou físicas, sendo estas desencadeadas sobretudo pela ausência de sentimento de pertencimento à nova sociedade e pela ruptura do quadro de referência identitário e cultural.
  • Integração social dos cabo-verdianos deportados dos Estados Unidos de América para Cabo Verde: o caso da cidade da Praia
    Publication . Sanches, Virginy; Costa, Paulo
    O presente estudo visa verificar os principais motivos da deportação dos Estados Unidos de América (EUA) para Cabo Verde. Mas também, analisar como tem decorrido, ao longo dos anos, o processo de integração social dos deportados dos EUA que residem na cidade da Praia. Por outro lado, pretendemos, conhecer e analisar, à luz de políticas públicas de integração social, como Cabo Verde tem gerido esta problemática. Para isso, optamos pela metodologia qualitativa, dada a possibilidade, de uma melhor interação com o objeto de estudo e, de compreender mais a fundo a realidade social estudada. Deste modo, recorremos ao estudo de caso e, para recolha de dados, a entrevista do tipo semiestruturada. As entrevistas foram direcionadas às entidades com responsabilidade na matéria e aos deportados. Os resultados obtidos permitiram constatar que, o processo de integração social dos deportados dos EUA residentes na cidade da Praia, tem sido um processo complexo, mas que tem dado progressivamente. Deste modo, foi possível concluir que no domínio da integração social, vários obstáculos foram ultrapassados com o decorrer dos anos, e nem sempre a deportação traduz-se a longo prazo numa reemigração. Ciente da heterogeneidade deste fenómeno, justifica a importância de adoção de políticas públicas que respondam às demandas desta problemática social. Assim sendo, de entre outras recomendações, a coordenação institucional e a implementação, do plano nacional para acolhimento e (re) integração social dos migrantes retornados é importante. As ações que delas partem impactam diretamente no processo de integração social dos deportados.
  • A integração dos jovens refugiados sírios na cidade de Gaziantep, Turquia
    Publication . Peixoto, Carolina Isabel Morais; Costa, Paulo
    A presente investigação procura compreender como decorre o processo de integração de jovens refugiados sírios que vivem em Gaziantep, uma cidade turca a 120km da fronteira com a Síria. Inserida na área de estudos sobre refugiados e migrações forçadas, é através do recurso às histórias de vida de três jovens que se partilha a experiência de quem viveu em primeira mão este fenómeno, jovens que foram forçados a deixar a sua cidade na Síria, Alepo, entre os anos de 2013 e 2015, e a construir uma nova vida em Gaziantep. Este trabalho envolveu a escuta de narrativas, memórias, e uma disponibilidade por parte dos jovens em relembrar e contar as suas histórias com todas as experiências, dificuldades e sofrimento associados, na sua infância, ao longo do trajeto e durante o processo de integração em Gaziantep. Ao expor o percurso de vida dos jovens desde a sua infância na Síria ao presente momento, é possível conhecer o contexto migratório dos refugiados sírios na Turquia, a sua realidade social, cultural e económica, verificando se as políticas de integração existentes se adequam às necessidades deste grupo. Fatores como a aprendizagem da língua turca, a continuação do percurso escolar, ter condições laborais dignas e a não-discriminação revelaram-se essenciais para uma integração de sucesso dos jovens na cidade.
  • Igualdade de género: sim ou não? Perspetivas de um grupo de jovens de São Tomé e Príncipe em Portugal
    Publication . Martins, Bernardina Margarida Pinhão; Albuquerque, Rosana
    A presente dissertação pretende compreender qual o papel da mulher e do homem na sociedade, segundo as perspetivas de um grupo de jovens adultos de São Tomé e Príncipe, que se encontra a estudar num centro de formação profissional, em Portugal. Partindo desta questão orientadora, definiram-se os seguintes objetivos específicos de investigação: Identificar os papéis sociais que as e os jovens atribuem a mulheres e homens; Entender as razões dos comportamentos autoritários, por parte dos jovens do sexo masculino, relativamente às colegas; Perceber a subserviência das referidas jovens, face a esses comportamentos de autoritarismo dos seus colegas; Compreender quais as questões, do ponto de vista cultural, social e/ou outras que contribuem para tais comportamentos e perceções (e em que medida); Conhecer quais as expetativas das/dos jovens, face ao futuro. A investigação permitiu-nos concluir que as representações de género estão ainda muito enraizadas, continuando as mulheres a serem muito submissas, restringindo-se essencialmente à esfera privada, enquanto os homens dominam o espaço público. Embora a maioria dos jovens considere que devam ser iguais os papéis da mulher e do homem na sociedade, ao mesmo tempo estão também conscientes do peso das tradições culturais no seu país, considerando-as, inclusive, obstáculos à igualdade de género. Assim, apesar de se verificar uma evolução nesse sentido, há ainda um longo caminho a percorrer! Esperamos com esta pesquisa contribuir para a urgente reflexão acerca das sociedades contemporâneas e desigualdades que se perpetuam, sobretudo relativamente à igualdade de género, promovendo o conhecimento, para uma realidade efetivamente justa, equitativa e inclusiva.