Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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- Percursos de inserção de refugiados em Portugal: sós ou acompanhados?: um estudo sobre as dificuldades de inserção de refugiados em PortugalPublication . Sousa, Lúcio; Rocha-Trindade, Maria BeatrizO presente estudo insere-se no campo das migrações e, em particular, na temática das migrações de refugiados. O seu objectivo é analisar este fenómeno em Portugal, e em particular, a forma como se tem procedido ao seu processo de inserção. Numa primeira abordagem, de carácter macro, pretendeu-se problematizar a questão dos refugiados, analisando a evolução histórica que deu lugar às diferentes interpretações actuais do conceito de refugiado numa perspectiva legal. Em seguida, procurou-se apurar a especificidade dos refugiados no contexto das migrações internacionais, nomeadamente, as suas causas e motivações, as tipologias sociológicas existentes a seu respeito, e as vicissitudes dos seus percursos migratórios. Esta aproximação inicial ao fenómeno serviu de base para uma análise das características dos fluxos de refugiados que afluíram ao nosso país e, a evolução das políticas relativas à sua admissão e recepção na sociedade portuguesa – visão etic. Na esteira da tradição antropológica o trabalho foi levado então a uma dimensão micro, através do registo dos relatos de vida de vinte e cinco refugiados, com o objectivo de analisar a sua própria percepção – visão emic – sobre o processo em que estão inseridos. O trabalho está realizado com uma perspectiva diacrónica e, tendo por base, uma metodologia exploratória, qualitativa, com recurso a diversas técnicas de pesquisa, como a análise documental, a entrevista semi-estruturada e a observação participante.
- Mundos reais, mundos virtuais: as relações interpessoais em (na) redePublication . Silva, Adelina Maria Pereira da; Ribeiro, José da SilvaCom as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vivemos tempos de mudança. Esta mudança reflecte-se no quotidiano do(s) indivíduo(s) – elementos que constituem, mantêm e reproduzem uma comunidade ou sociedade. Palavras como espaço, comunidade, mundo, passam a ser referidas no plural. Deixamos de vivenciar um só espaço, uma só comunidade e um só mundo, para passarmos a co-habitar espaços, comunidades, mundos. Paralelamente ao espaço físico, comunidade real e/ou mundo real, surge o ciberespaço, a comunidade virtual, o mundo virtual. No campo das relações interpessoais, a utilização da Internet, particularmente num ambiente de Comunicação Mediada por Computador (CMC), poderá provocar mudanças a nível organizacional e estrutural de um grupo de indivíduos. Este trabalho tem como principal objecto de estudo as relações interpessoais que se estabelecem numa comunidade virtual, particularmente as relações que se estabelecem entre jovens numa sala de chat. Partindo da ideia de comunidade real, isto é, num contexto físico e em presença dos interlocutores, pretende-se saber qual o paralelismo existente entre estas duas comunidades – real e virtual. Existem alguns estudos sobre as relações virtuais, sobre as motivações e identidade(s) dos utilizadores das salas de chat, sobre as estruturas antropológicas no ciberespaço. Contudo, quais as alterações que se operam, de facto, na formação de amizades, nas relações de proximidade, nas interacções com os pares, que ocorrem nesse processo de transição do real para o virtual? Será que este processo implicará alterações na organização final do grupo? Será que a forma como cada um se representa face ao outro e, consequentemente, o modo como é pensado pelos outros leva a alterações na estruturação final das comunidades? Assim, de um ponto de vista antropossocial, pretendemos explorar, através de questionários e de técnicas sociométricas, e de consequente elaboração de sociogramas, a estrutura de um grupo de indivíduos que se relacionam numa comunidade real, com o mesmo grupo de pessoas em contexto virtual, escondidas atrás das suas máscaras – nicknames. Será que a máxima de defendida por Lavoisier - “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" – se aplica também a estes contextos
- Diálogos informais e interculturais: a Internet no contexto escolarPublication . Justiça, Maria Paula Oliveira; Ribeiro, José da SilvaEste projecto de investigação, que se situa no domínio das Relações Interculturais, pretendeu responder a duas questões: 1) Será o aspecto lúdico o mais importante para os jovens que acedem à Internet? 2) O uso da Internet pode funcionar como um incentivo para a criação de personagens e corpos fictícios, fomentando uma dissociação entre o corpo real e o corpo virtual? Através da pesquisa bibliográfica aprofundaram-se as temáticas subjacentes às questões propostas, partindo-se da suposição de que, com a utilização da Internet, se diluem as barreiras entre espaços longínquos, fazendo com que cada indivíduo possa viajar, sem ter de se confinar aos condicionalismos físicos e económicos, contactando com culturas diferentes da sua e desfrutando desse diálogo intercultural. A pesquisa etnográfica numa Escola Secundária implicou a recolha de uma série de documentos complementares, agrupados em diferentes categorias: a) inquéritos por questionário; b) diário descritivo; c) transcrição de excertos de conversas e entrevistas; d) fotografias; e) respostas a questões colocadas em fóruns temáticos; f) respostas a e-mails enviados para listas de endereços e páginas pessoais. Sendo a comunicação lúdica a motivar os jovens para usufruírem das possibilidades facultadas pela Internet, e encarando-se o palco da comunicação interpessoal como um jogo, poderia concluir-se que não existe uma verdadeira dissociação entre o mundo real e o mundo virtual. Mas a adopção de uma metodologia qualitativa fez com que as conclusões obtidas não possam ser consideradas como estritamente objectivas, nem generalizáveis
- Percursos: a construção social de identidades de géneroPublication . Pinho, Ana Paula de Moreira e Silva; Ribeiro, José da SilvaA presente dissertação tem o seu enfoque central na questão do “Outro”, num olhar antropológico que escuta as vozes particulares e os seus universos simbólicos, estando situada na intersecção da Antropologia com a construção social de Género. Tratou-se de compreender como se dá a apropriação por parte das crianças, de posturas corporais, de comportamentos e de formas de pensamento, ou seja, como se faz a aprendizagem dosa códigos de acção de género, nos diversos meios onde a criança se move: família, escolar e comunitário. O trabalho foi realizado no lugar de Vilarinho, situado num concelho da zona norte do distrito de Aveiro e teve como timoneiros de viagem duas crianças, uma de cada sexo, as respectivas famílias, a comunidade escolar da instituição que frequentam e alguns informantes significativos da comunidade. Posicionei-me no paradigma da abordagem qualitativa, por permitir uma análise compreensiva e interpretativa dos dados. Os instrumentos de que me muni foram a observação directa e diferida através de fotografia e vídeo, a descrição e a interpretação. O próprio texto escrito é assumido aqui como elemento central de reflexividade da pesquisa antropológica. O recurso ao passado dos informantes, funcionou como acesso a lugares de memória construtores das identidades presentes e esquissos das identidades futuras. A festividade anual do lugar, é analisada enquanto veículo constrangedor dos modelos identitários de género, bem assim como uma história e canção tradicionais repetidamente utilizados naquele espaço escolar. Alguns desenhos feitos pelas crianças do Jardim de Infância, bem como composições de alunos do primeiro ciclo que considero representativos das suas formas de ver a realidade, são neste trabalho suporte de interpretação. A Identidade enquanto demarcação pessoal e sociocultural é chamada a debate dado ser um conceito central a todo o trabalho, partindo dele pude então centrar-me na análise da construção da identidade de género. Uma das principais conclusões do trabalho, prende-se com o facto de que os aspectos biológicos e os sociais se conjugam e complementam, permitindo assim a construção de diferentes feminilidades e masculinidades, que não poderão nunca ser abordadas autonomamente.
- A escola e a escolarização em Portugal: representações dos imigrantes da Europa de LestePublication . Martins, António Joaquim Sota; Ferreira, Manuela MalheiroResumo - Os fluxos migratórios têm sido uma marca permanente na História de Portugal. Primordialmente país de emigrantes, nos últimos anos Portugal passou a ser um destino apetecido das migrações internacionais. Para isso, muito contribuíram a nossa adesão à União Europeia, o desenvolvimento económico do país nas últimas décadas e a existência de políticas de imigração menos restritivas. Um dos grupos de imigrantes que mais aumentou na última década foi o dos imigrantes da Europa de Leste, nomeadamente da Ucrânia, da Moldávia, da Rússia, da Roménia e da Bulgária. Para este rápido aumento do fluxo migratório da Europa de Leste para Portugal, tal como para outros países do Sul da Europa, em muito contribuíram as alterações no mapa político europeu, resultantes do desmembramento do grande estado soviético, as profundas alterações políticas, económicas e sociais que tiveram lugar nos antigos estados socialistas e os graves problemas económicos e sociais que aí se verificaram. Importa, pois, perceber como se tem realizado a integração deste novos imigrantes na sociedade portuguesa, assim como os resultados das políticas de imigração que têm sido desenvolvidas pelo estado português. No presente estudo, interessou-nos, particularmente, a forma como os alunos filhos dos imigrantes da Europa de Leste se têm integrado nas escolas portuguesas, as representações sociais que estes imigrantes têm da escola e da escolarização em Portugal e a forma como integram esses processos de escolarização nos seus percursos migratórios e nos seus projectos de vida. A questão de partida que orientou a nossa investigação foi a seguinte: Quais as representações que os imigrantes da Europa de leste têm da escola portuguesa e dos processos de escolarização que os seus filhos aí desenvolvem? Este estudo está dividido em 2 partes. Numa primeira parte fazemos uma reflexão em torno dos temas base da nossa fundamentação teórica, a saber: Capítulo 1 – Portugal no Contexto de uma Europa Multicultural; Capítulo 2 – Representações Sociais; Capítulo 3 – Diversidade Cultural e Comportamento Social; Capítulo 4 – Conceito de Educação e Funções da Escola; Capítulo 5 – A Escola e os Pais – Diversidades Culturais e Práticas Educativas; Capítulo 6 – Educação Multicultural e Política Educativas Portuguesas para a Multiculturalidade. Na segunda parte apresentamos a metodologia que utilizámos no nosso estudo e apresentamos os resultados e a análise que fizemos dos dados recolhidos através do questionário que realizámos junto de alunos filhos de imigrantes da Europa de Leste e através de entrevistas realizadas a imigrantes, provenientes dessa região, que têm filhos a frequentar as escolas portuguesas
- As interferências linguísticas do caboverdiano no processo de aprendizagem do portuguêsPublication . Cardoso, Ana Josefa Gomes de; Ferreira, Manuela Malheiro; Veiga, Manuel Monteiro da
- Educação pela arte para uma cultura interculturalPublication . Pinto, Ana Maria; Noronha, Maria Teresa deResumo - Este estudo defende a importância da Educação pela Arte. Procuramos com ele contribuir para a construção do conhecimento sustentado na experiência pedagógica da Expressão Plástica, no fruir e no fazer arte na interculturalidade em que emerge o nosso quotidiano escolar. Enfatizando o gesto criador das crianças e jovens do Segundo Ciclo do Ensino Básico, cultural e etnicamente diferentes, estuda-se, no diálogo entre a educação e a arte, a possibilidade da sala de aula e dos clubes artísticos se transformarem em espaços empreendedores da dimensão humana. Assim, provocando atitudes do pensar e do agir autónomos, críticos e reflexivos da conduta ética, procurou-se através da experiência sensível e da actividade criadora, a exploração do Ser humano numa dimensão ontológica. Pretendemos com este estudo, contribuir singelamente para o despertar da curiosidade de quem partilhe connosco a consciência de educar crianças e jovens numa sociedade tão “mesclada" e controversa como a actual. Deste modo, pretende-se assim concorrer positivamente para o desenvolvimento cívico e cultural das crianças e jovens, através da pluralidade de saberes numa transdisciplinariedade integrados pela linguagem plástica de forma a permitir acessos quer à diversidade de material quer à diversidade cultural. Sobre o objectivo que elucida a nossa questão de partida – Em que medida a Arte como discurso universal concorre para uma educação intercultural? – tentámos apresentar teorias de significativos pedagogos da “Educação pela Arte", procurando mostrar a valência fundamental da Expressão Plástica no contexto de uma educação multicultural. Deve salientar-se que a pesquisa aqui apresentada tem um carácter baseado na experiência de docente, mediada pelas relações interculturais efectivamente vividas na escola, e que, a análise se implicou naturalmente a um método descritivo, qualitativo, etnográfico, resultando em investigações qualitativas e fenomenológicas típicas de uma observação participante
- Empresarialidade portuguesa na diáspora: de imigrantes a empresáriosPublication . Meneses, Maria do Rosário da Silva; Ramos, Maria da Conceição PereiraResumo - A emigração portuguesa é um fenómeno amplamente estudado, traçando-se o perfil do emigrante português, os países de destino, os motivos da sua saída, e a vivência do quotidiano do emigrante no seu país de acolhimento. Este estudo além de mencionar resumidamente estes aspectos debruça-se sobre a existência de uma comunidade empresarial emigrante portuguesa, caracterizada pelo empreendedorismo no país de acolhimento, desconhecido em Portugal e que sofre contratempos quando decide aplicar esse mesmo empreendedorismo no seu país de origem. O objecto central deste estudo é analisar a Empresarialidade dos Portugueses na Diáspora, à luz do ethnic business, abordando também os motivos e os incentivos existentes nos países de acolhimento e, por outro lado, averiguar as possíveis causas do seu sucesso/insucesso empresarial em Portugal. O estudo foi baseado na análise das respostas de um questionário dirigido aos empresários portugueses da diáspora. Os resultados revelam que por um lado, os insucessos empresariais destes empresários relacionam-se com a inexistência, em Portugal, de elos de confiança e solidariedade e, de instituições com uma organização moderna e desburocratizada, conhecedoras das especificidades empresariais dos empresários portugueses da diáspora. Por outro lado, estes empresários obtiveram o sucesso empresarial no país de acolhimento, favorecidos pelas políticas governamentais incentivadoras do empreendedorismo étnico, bem como pela utilização dos recursos pessoais e étnicos disponíveis. Em Portugal, o sucesso empresarial destes empresários verifica-se na área do turismo, através da exploração de hotéis e do turismo de habitação
- Os filhos do retornoPublication . Fernandes, Manuel Álvaro da Conceição e Silva; Capucho, Maria Filomena
- Imigração e identidade: processos que se cruzamPublication . Pimentel, Paula Cristina Teixeira; Silva, Luísa Ferreira daEste trabalho consiste numa dissertação de Mestrado em Relações Interculturais e tem como tema: Imigração e Identidade – Processos que se Cruzam, com o objectivo de compreender a acção de Imigrantes Ucranianos no desenho e condução do seu projecto migratório à saída do país de origem e à chegada ao país de acolhimento, com base na visão interpretativa da realidade do ponto de vista dos próprios. Antes da explicitação do conteúdo das partes que integram este trabalho, interessa referir que a Introdução apresenta de uma forma geral em que consiste este estudo. Justifica-se o tema; apresenta-se o objectivo; o objecto; o método; a conclusão ultima que resultou da análise dos resultados e uma sinopse acerca da revisão bibliográfica no âmbito do tema da imigração e da identidade. Relativamente à sua estrutura, este trabalho de investigação integra três partes, que se apresentam: A primeira parte apresenta a delimitação conceptual e teórica, integrando a mesma três sub-pontos. No primeiro sub-ponto, e porque nos cingimos à problemática da imigração internacional, é apresentada uma elaboração acerca das teorias das migrações internacionais. O segundo sub-ponto, dimensiona quantitativa e qualitativamente a imigração em Portugal e no Porto e apresenta os factores associados às características dos fluxos, pois o campo da nossa abordagem é a imigração internacional em Portugal especificamente no contexto do Porto. Procurando articular conceptualmente os processos inerentes ao tema do estudo, no terceiro sub-ponto, sob o tema da adaptação e identidade, aborda-se num primeiro momento, a relação do indivíduo com o mundo social explorando para tal, o conceito de cultura e a importância do seu papel, bem como, o processo de produção e reprodução das culturas, abordagem esta, que constitui uma base explicativa de como o indivíduo constrói e reconstrói reflexivamente a sua acção enquanto ser social e cultural num determinado contexto. Num segundo momento, e no seguimento das considerações teóricas precedentes, são abordadas as problemáticas da interculturalidade e da identidade, articulando as dimensões que lhe estão subjacentes. Assim, o terceiro sub-ponto integra a definição e articulação de conceitos que gravitam em torno do tema que se pretende analisar, e que se consideraram essenciais: - A cultura surge como conceito a abordar enquanto algo inerente ao ser humano, construída e reconstruída pelo indivíduo num determinado contexto. - A interculturalidade emergindo na sequência do contacto entre indivíduos ou grupos de culturas diferentes, constitui-se enquanto processo gerado pelas interacções entre culturas e remete para outras questões como a aculturação e a identidade. - A aculturação enquanto processo cultural complexo e multifacetado, subjacente ao contacto intercultural, produz mudanças na identidade dos indivíduos, identidade, que por sua vez, está reciprocamente ligada com a questão da alteridade, pois a atitude perante o outro depende em larga medida de uma sobreposição por vezes contraditória de identidades, onde entram em jogo as noções do “outro” e do “eu”, das diferenças e das semelhanças. Na segunda parte deste estudo, procede-se à explanação da problemática teórica que integra a articulação de considerações teóricas acerca do papel do indivíduo na sociedade enquanto produto e produtor da mesma, numa relação dinâmica e dialéctica, apresentando-se abordagens acerca da auto-identidade enquanto projecto reflexivo e prático, assumindo um papel central na era da modernidade, e acerca da função do habitus, enquanto instrumento orientador das práticas. Por último, apresenta-se a pergunta de partida que constitui o objectivo geral do estudo. A terceira parte do estudo integra todas as considerações metodológicas inerentes ao processo de abordagem empírica, explicitando os métodos e as técnicas utilizados na recolha de informação; os procedimentos no tratamento e análise das informações; a apresentação dos resultados e as conclusões. Nas conclusões apresenta-se o balanço final do trabalho, realçando os aspectos principais da pesquisa realizada e lançam-se algumas sugestões para trabalhos futuros