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  • Cartografia, imagologia e mapas antropomórficos : a imagem geográfica como ponto de encontro entre ciência e imaginário
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo que começa por considerar a cartografia enquanto espaço polifónico, misto de Ciência e de Imaginário, passível de integrar e de veicular uma ampla e variada profundidade semântica. Num segundo momento é ponderada a representação de figuras humanas em mapas, o que inclui, tanto as imagens estereotipadas e estandardizadas - especialmente significativas em termos imagológicos -, como o nível mais idiossincrático da iconografia dos chamados «mapas antropomórficos». Defende-se que a sobreposição de figuras humanas a mapas deve ser entendida no domínio mais alargado de uma estrutura do Imaginário dominada pela noção de «terra-mãe» e no quadro dos múltiplos vetores que refletem esta ideia profundamente arreigada na mente humana.
  • O «Diálogo Terceiro» de Francisco de Moraes: paródia de costumes e censura
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Apresentação do «Diálogo terceiro» de Francisco de Moraes, sendo dada especial atenção à ação da censura da Inquisição, que se fez sentir na versão impressa do texto, e que é possível identificar mediante a comparação desta versão impressa com a versão manuscrita. As matérias censuradas são passagens mais brejeiras e passíveis de contrariar a moral cristã. O modus operandi da censura consistiu ora no corte completo, ora em pequenas alterações moralizantes. São ainda identificadas duas remissões para poemas e é questionada a possibilidade de o diálogo se poder referir a figuras concretas da época.
  • Sedução e equívoco
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Na lírica medieval galego-portuguesa associa-se tradicionalmente a figura da equivocatio às cantigas de escárnio uma vez que é essa a figura aduzida, na “Arte de Trovar” do Cancioneiro da Biblioteca Nacional como preponderante para o estabelecimento da distinção entre cantigas de escárnio e cantigas de maldizer. Porém, considerando que a promoção de equívocos é presença constante em múltiplos discursos de sedução, sendo a sua prática decisiva para a manutenção do jogo amoroso assente na palavra, discute-se aqui a pertinência desta estratégia, também na poesia de amor medieval. Longe de se acantonar na poesia satírica, se considerarmos os diferentes graus discursivos em que a equivocatio se pode manifestar, poderemos considerá-la como transversal à lírica trovadoresca. Dada a sua subtileza, torna-se uma arma eficaz em ambiente de corte, salvaguardando, graças à duplicidade de significações que instaura, não só alusões satíricas, tantas vezes assinaladas, como também jogos poéticos amorosos.
  • Tráfico de modelos narrativos entre a Crónica de Castela e a Crónica de 1344: evidências, possibilidades e questões
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Dando como adquirido que a Crónica de Castela foi fonte da Crónica de 1344, o artigo explora outro tipo de influências, nas quais a obra castelhana poderá também ter desempenhado um papel. São apresentados alguns exemplos que estimulam a reflexão sobre a coincidência de vários topoi presentes nas duas crónicas e em outros textos historiográficos portugueses. Defende-se que a circulação de modelos narrativos terá sido uma constante, ocorrendo em múltiplas direções, e constituindo um recurso que os redatores das crónicas peninsulares usariam sempre que necessário.
  • O cão em Bestiários e Vidas de Santos: metáfora e imaginário
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Os Bestiários, por tradição, veiculam múltiplas ideias sobre inúmeros animais salientando reflexões sobre as suas características e remetendo metaforicamente para moralidades que lhes estariam subjacentes. Também existem diversas Vidas de Santos que referem animais, nomeadamente cães. Tendo em conta esta base, procede-se a uma análise comparativa do modo como os cães são apresentados em algumas passagens das duas formas textuais, salientando-se sobretudo os pontos de convergência. Estes podem dever-se, seja a uma influência do Bestiário sobre a Hagiografia, uma vez que a antiquíssima tradição enciclopédica animal foi adaptada e integrada na literatura didático-moralizante cultivada nos mosteiros, seja à partilha de um fundo cultural comum cujas raízes podem remeter para estruturas arcaicas e remotas do Imaginário humano.
  • Projeto acessibilidades: modelo de inclusão no ensino superior a distância
    Publication . Seara, Isabel; Dias, Isabel de Barros; Barros, Daniela Melaré Vieira
    O Projeto Acessibilidades existe na Universidade Aberta desde outubro de 2008. Desde esta data tem desenvolvido a sua ação em ambiente virtual, tendo por objetivo ajudar e promover a colaboração entre estudantes com dificuldades físicas e sensoriais de acesso aos cursos online da UAb. O presente artigo é constituído por duas partes. Na primeira, apresenta-se o projeto e o perfil dos estudantes que o integram. Na segunda parte, a ação e importância do projeto são exemplificadas com a apresentação de casos específicos de resolução de dificuldades que resultaram no desenho de procedimentos e de estratégias conducentes a uma maior inclusão em ambiente tecnológico de ensino a distância. O perfil dos estudantes e as suas principais necessidades foram identificados graças à análise quantitativa e qualitativa das respostas a questionários online, e à observação de reflexões e debates ocorridos no espaço de diálogo do projeto acessibilidades. Três grandes núcleos de questões foram identificados: 1) a interação docente / estudante e a inerente identificação e valorização das situações que justificam adaptações didáticas e/ou curriculares, 2) o acesso a materiais de estudo adaptados às necessidades dos estudantes, e 3) a adequação do espaço físico e temporal das provas presenciais aos diferentes estudantes. A resposta aos problemas identificados induziu o estabelecimento de diretrizes que procuraram encontrar a justa medida entre a uniformização de protocolos ou procedimentos e o primado da flexibilidade e da adaptabilidade aos casos concretos. Foram promovidas estratégias específicas, de fácil realização e cruzadas por múltiplas vias para evitar perdas de informação, por forma a ampliar as opções didáticas e as possibilidades de acesso ao ensino-aprendizagem de pessoas com necessidades especiais, visando, assim, o cumprimento do objetivo de uma docência online inclusiva e sem barreiras.
  • Imagens e imaginário no ms. da Academia das Ciências de Lisboa da Crónica de 1344
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    O manuscrito da segunda redação da Crónica de 1344 existente na Academia das Ciências de Lisboa é uma obra do século XV cuja associação à biblioteca do rei D. Duarte tem sido amplamente aceite. Trata-se de um códice de aparato, ampla e ricamente iluminado, regra geral, com motivos ornamentais estilizados. Em alguns pontos da obra existem, no entanto, composições que se destacam por retratar cenas ou figuras humanas que, na sua maioria, parecem articular-se com o teor do texto que acompanham, incitando assim a abordagens multidisciplinares. São estudados dois pontos deste manuscrito em que a ilustração confere ao texto que acompanha uma profundidade suplementar, estimulando associações de ideias, ao nível do Imaginário, que remetem para figuras modelares, e suscitam reflexões de ordem moral e comportamental.
  • Los temas del retraso y del desencuentro en la tradición cidiana
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo dos temas do atraso e do desencontro em vários textos que veiculam a matéria cidiana, nomeadamente: o Cantar de mio Cid, as Mocedades de Rodrigo, duas versões da Estoria de Espanna, a Traducción Gallega, a Crónica de 1344, o Livro de Linhagens do conde D. Pedro de Barcelos e alguns poemas do Romanceiro. São identificados dois grandes blocos: no primeiro predominam os atrasos que acentuam o valor e as capacidades do Cid para levar os seus senhores (Fernando I e Sancho II) à vitória; dá-se uma inflexão com o episódio de Vellido Dolfos, sendo o segundo bloco dominado por casos negativos onde o Cid não alcança alguns inimigos ou onde os desencontros desencadeiam a ira régia (de Afonso VI) e dão origem a desterros. O tema é ainda articulado com o topos do bom conselheiro e com a ideia clássica de herói como alguém superior aos homens, mas que não alcança a divindade