Educação | Education
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Browsing Educação | Education by Sustainable Development Goals (SDG) "10:Reduzir as Desigualdades"
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- Conta-me um conto : um processo intercultural de conscientização e de aprendizagem ao longo da vidaPublication . Cardoso, Ricardo Jorge Rodrigues; Moreira, DarlindaOs projetos de educação centrados na promoção da autonomia e emancipação dos mais vulneráveis aparecem cada vez mais associados a um processo de contínua intervenção, onde a educação assume, por excelência, uma posição de mudança e de intervenção social. Através da planificação de ações concretas com grupos e comunidades que estão numa situação de fragilidade social, este trabalho de investigação aborda as potencialidades que as ações educativas, circunscritas num projeto de intervenção social, podem ter para a transformação da realidade dos adultos envolvidos. Com duas experiências educativas construiu-se, numa linha metodológica de investigação-ação participativa, um projeto de educação e intervenção social que permitiu simultaneamente conhecer, planificar, transformar, observar e refletir sobre o aumento da consciência crítica e autonomia de seis mulheres socialmente vulneráveis. O educador, aqui também investigador, promoveu espaços democráticos onde as participantes tiveram oportunidade de reinventar e partilhar narrativas e histórias de vida. Testemunhou-se o aumento da consciência que as participantes tinham de si próprias, numa partilha intercultural das suas experiências com outros elementos, bem como se promoveu um processo de aquisição de conhecimento numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. Obteve-se ainda participação ativa de todas as mulheres, que foi aumentando ao longo de toda a investigação, resolução de problemas situacionais, aumento da consciência crítica face à diversidade social existente, maior aceitação face às diferenças dos outros e promoção de laços de solidariedade.
- A descrição parametrizada da imagem para um eLearning acessível e inclusivoPublication . Francisco, Maria Manuela Amado da Silva; Mendes, António QuintasConsiderando que os conteúdos educativos digitais e os ambientes virtuais recorrem frequentemente a imagens que assumem diversas funções, é necessário descrever estes elementos para que possam ser percecionados por quem não tem acesso visual aos mesmos. Apesar das Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) explicarem as questões técnicas relativas aos alternativos textuais e darem sugestões de como descrever, a maioria das imagens não é descrita ou apresenta texto alternativo inútil. Assim, colocam-se 2 problemas: o que descrever e que descrição é mais eficaz para quem não tem contacto visual com a imagem. Face a esta problemática, este estudo apresenta uma matriz para descrever uma imagem digital em contexto de eLearning. Para validar esta matriz foram escolhidas 2 imagens, uma da categoria “Pessoas” e outra da categoria “Arquitetura”. Foi solicitada a descrição destas imagens a 2 grupos de “descritores”, 32 descreveram as imagens com base nos parâmetros encontrados (a matriz) e 34 sujeitos descreveram as imagens de forma livre. Das descrições obtidas com base na matriz elaborou-se uma descrição parametrizada com base na frequência de palavras, para a qual se desenvolveram testes de “memória”, “preferência” e “correspondência”, procurando verificar a sua eficácia. Para verificar esta eficácia de forma comparativa foram desenhados os mesmos testes com uma das descrições livres. Estes testes teriam de ser realizados por 2 grupos: um grupo que não utiliza a função visual e um grupo que utiliza a função visual. Elaborou-se um questionário de perfil para identificar os sujeitos que seriam incluídos nestes 2 grupos criados na plataforma Moodle. Foram envolvidos 23 sujeitos que não utilizam a função visual (com cegueira congénita e cegueira adquirida) e que realizaram os testes de memória auditiva e de preferência; e 97 sujeitos que utilizam a função visual (sem deficiência visual, com deficiência visual moderada e severa), sendo que metade realizou os mesmos testes que o grupo que não utiliza a função visual e a outra metade realizou os testes de correspondência e memória visual. Dos resultados obtidos podemos concluir que a descrição segundo os parâmetros apresentados é mais eficaz que a descrição “livre” e vai ao encontro da preferência dos indivíduos que não utilizam a função visual ou não têm contacto visual com a imagem.
- Emancipação da Comunidade Surda Micaelense: a vez e a voz dos surdosPublication . Castro, Fernanda Maria Rodrigues de Oliveira; Moreira, Darlinda; Leite, TeresaEste estudo assume o título de “Emancipação da Comunidade Surda Micaelense: A vez e a voz dos surdos”. A escolha deste título pretende não só homenagear pela prática da reflexão partilhada e construída os membros da comunidade surda da ilha de São Miguel, como também congregar ideias, conceitos, experiências, projetos e emoções como forma de interpretar o passado, repensar o presente e consciencializar para as emergências de um futuro global, tecnológico, inclusivo e intercultural que cunham a vida sistémica dos agentes educativos Micaelenses. Deste modo o objeto deste estudo incide na dimensão educativa, social e política da comunidade surda de São Miguel à luz da revisitação da sua história e da projeção do seu futuro, pela análise de documentos, fotografias, páginas Web ou redes sociais, observação participada e, narrativas dialogadas dos seus membros obtidas por entrevistas semiestruturadas. Assim, ao longo desta investigação tornou-se preponderante saber o que pensam os surdos sobre a influência das escolas no desenvolvimento da Língua Gestual, na proclamação dos poderes e direitos individuais, na valorização da multidimensionalidade cultural e, no ensino e aprendizagem das literacias. Foi pertinente, também identificar quais as mudanças que anseiam no plano político e social como forma de melhorar as condições de vida da pessoa surda. Assim como também foi relevante conhecer as manifestações culturais e críticas que levam ao emponderamento e à emancipação da comunidade surda micaelense. Conhecimentos construídos através do questionamento dialogado, de ideias partilhadas onde a vez e a voz dos surdos se fizeram sentir
- A experiência intercultural na aprendizagem : estudo de caso dos estudantes portugueses de instrumentos de sopro metal na AlemanhaPublication . Antão, Gabriel; Moreira, Darlinda; Lourenço, António José Vassalo NevesA sensibilidade da música ao contexto cultural é um tema explorado amplamente nas músicas do mundo, mas nem tanto na música Clássica. Os estudantes portugueses de instrumentos de sopro de metal na Alemanha experienciam processos de aprendizagem complexos aos níveis académico, social e cultural. Abordamos instituições de ensino superior e orquestras, onde as competências interculturais são necessárias para poder fazer face à realidade multicultural destes centros, e como esta temática cruza os conceitos e âmbitos conceptuais da escola, das culturas, da aprendizagem e dos valores socioculturais. A natureza intercultural da música está refletida em âmbitos diversos, desde as orquestras como comunidades de prática às influências dos idiomas na prática musical, passando pelos contextos sociais e históricos dos países em estudo. A nossa investigação pretende perceber os processos de integração e aculturação dos estudantes portugueses e de que forma este fenómeno se relaciona com o sucesso profissional dos mesmos, ajudando os vários agentes educativos a melhor contribuírem para o sucesso dos estudantes. Com esse objetivo, foram realizadas entrevistas abertas aos dez estudantes portugueses de instrumentos de metais a estudarem na Alemanha no período de 2010 a 2014. Os resultados dão conta de uma consciência coletiva e indicam que uma maior integração no meio é facilitadora de sucesso profissional. É constatada uma influência cultural na prática musical, também ela indicadora da sensibilidade cultural na música Clássica. O fenómeno de migração é justificado com a diferença nos mercados de trabalho a nível musical, os quais por sua vez estão espelhados nos programas educativos dos países estudados. As multiculturais escolas superiores alemãs representam um caso de interesse por possibilitarem uma inserção mais rápida aos novos estudantes, que não se sentem estranhos ao meio. A aprendizagem ocorre em âmbitos distintos, sendo o meio social uma fonte inequívoca de aprendizagens, que fortalece uma predisposição e maior envolvência do aluno no processo de integração e promove os sucessos académico e profissional.
- Formação de professores para contextos de aprendizagem multiculturais e diversos : um olhar sobre Cabo VerdePublication . Trigueiros, Maria Santos Lopes; Miranda, BrancaEste projeto parte do pressuposto de que, sendo as sociedades atuais o resultado das grandes transformações socioeconómicas, socioculturais, políticas e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas à escala mundial, fruto do fenómeno da globalização e do desenvolvimento acelerado das tecnologias, os contextos de aprendizagem têm sido igualmente alvo de alterações profundas tanto a nível das conceções epistemológicas e paradigmáticas do ensino aprendizagem, quanto das exigências e necessidades dos aprendentes que se encontram inseridos nesses novos espaços sociológicos ou geográficos. Assim sendo, é nossa convicção de que nenhuma agenda de desenvolvimento social e humano do século XXI consegue alcançar o desejado nível de exequibilidade e de sucesso se não trouxer subjacentes as componentes do multiculturalismo e da diversidade, caraterísticas incontornáveis da sociedade contemporânea. Pela dimensão e pelo grau de complexidade que o fenómeno do multiculturalismo adquiriu nas últimas décadas, transformou-se numa problemática em que quanto mais se sabe, muito mais há por aprender e descobrir. Por esta razão, um espaço que não pode nem deve ficar alheio a essa problemática é o contexto educativo, pois é na escola que se dá o verdadeiro cruzamento de culturas e onde se colocam os maiores questionamentos relacionados com a diversidade cultural. Tal facto implica, necessariamente, aprender a encarar o processo educativo com novos olhares e procurar formas efetivas, eficientes e eficazes de lidar com a pluralidade e a diversidade em contextos de aprendizagem, de forma a proporcionar um ambiente de compreensão, paz, segurança e respeito mútuo no seio de toda a comunidade educativa. Assim, este projeto visa essencialmente lançar um olhar investigativo sobre a problemática da educação para a diversidade, incidindo sobre o papel do professor intercultural, suas competências e perfil enquanto agente fundamental do processo de transformação social do indivíduo e a dimensão do seu compromisso profissional para com as comunidades de aprendizagem onde exerce as suas atividades. Reconhecendo no professor intercultural a peça-chave do processo da educação para a diversidade, pretendemos debruçarmo-nos, de forma incisiva, sobre a problemática da formação de professores para contextos multiculturais e diversos devido a complexidade dos contextos em que trabalham. A nosso ver, são esses mesmos contextos que determinam que o professor intercultural seja dotado de competências específicas, de formação especializada, contínua e permanente que lhe permitam atender às demandas de um público heterogéneo e diverso onde a complexidade e a perplexidade são presenças dominantes do seu quotidiano. Só dispondo dos conhecimentos necessários, ferramentas adequadas e instrumentos de trabalho apropriados estará o professor intercultural em condições de mediar a interação entre as diversas culturas e grupos sociais em presença e ter um ambiente propício a um ensino aprendizagem de sucesso. Sendo o multiculturalismo uma das consequências mais visíveis da globalização, a problemática das migrações torna-se referência obrigatória neste trabalho, pelo que Cabo Verde aparece aqui apontado como exemplo de um dos países do mundo historicamente mais marcados pelo fenómeno das migrações e, consequentemente, pela diversidade e pelo multiculturalismo, situação que será também um pouco analisada na ótica da educação para a diversidade.
- Formação profissional de bombeiros portugueses : aplicação da simulação virtual ao desenvolvimento das competências de tomada de decisãoPublication . Reis, Vitor; Neves, CláudiaNeste estudo abordamos a aplicação da simulação de realidade virtual (SRV) na formação de bombeiros para desenvolver as competências de tomada de decisão, através da conceção de uma ação de formação para atualização dos elementos do quadro de comando dos corpos de bombeiros no domínio da gestão de operações. O estudo foi realizado através do método de investigação-ação, em que no 1º ciclo partimos de um diagnóstico inicial para identificar os principais constrangimentos e oportunidades de melhoria que deviam ser considerados na planificação da proposta formativa. Foi concebido o programa de formação da ação, tendo por base as competências consideradas críticas para a tomada de decisão, contando para tal com um painel de peritos. O planeamento e a conceção dos recursos pedagógicos resultaram de um trabalho colaborativo entre o investigador e uma equipa de cinco formadores internos da ENB que participaram ativamente nas atividades desenvolvidas ao longo do estudo. Foi realizada a ação de formação piloto, destinada a um grupo de oito formadores internos e externos da ENB, em que foram recolhidos dados relativos ao desempenho dos formandos e sobre a avaliação da formação. Na última etapa foram identificadas as correções e as melhorias a incluir na ação de formação. No 2º ciclo de investigação-ação repetiram-se as etapas, com a implementação formal da ação de formação destinada a oito elementos do quadro de comando de diversos corpos de bombeiros do país. A avaliação do impacto das alterações introduzidas foi realizada através da análise comparativa dos resultados de aprendizagem, das avaliações atribuídas pelos formandos das duas turmas e da avaliação da equipa de formadores sobre a ação de formação. Os resultados do desempenho dos formandos e da avaliação efetuada sobre a formação permitem concluir que a ação de formação concebida neste estudo promove o desenvolvimento das competências de tomada de decisão na gestão de operações através da aplicação da simulação virtual.
- Gestão da diversidade e inclusão das pessoas com deficiências: as tecnologias de informação e comunicação como recurso pedagógico nas escolas municipais do ensino regular de TaquaraPublication . Costa, Suzy de Abreu; Seabra, FilipaVisando colaborar no processo de uma educação inclusiva para todos com significação, esta tese de doutorado procurou evidenciar se está sendo oportunizado aos alunos com deficiências nas escolas de Ensino Fundamental no Município de Taquara- RS, o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), visto serem estes recursos pedagógicos, facilitadores para a aprendizagem nos casos de déficit sensório-motor e cognitivo, como também, instrumentos capazes de darem uma maior autonomia, dignidade a seus usuários, fazendo valer os seus direitos diante de uma educação globalizada, contemplando a todos, independentemente das diferenças. Este estudo teve como objetivo geral, caracterizar o uso de tecnologias com vista à inclusão dos alunos com deficiências nas escolas acima citadas. A metodologia utilizada foi a pesquisa quanti-qualitativa, com o objetivo de obter-se uma maior compreensão dos fenômenos a serem investigados, tendo como técnicas de recolha de dados, inquérito por questionário e entrevista semiestruturada, e como participantes, a diretora da Secretaria de Educação Especial do Município, professores titulares e de apoio de dezesseis escolas. No processo conclusivo desta investigação, procurou-se responder aos objetivos específicos, sendo eles: levantamento dos recursos tecnológicos disponíveis nas escolas; conhecimento das percepções dos professores relativamente ao seu nível de competência na utilização destes recursos tecnológicos, em conjunto com o contexto do ensino e aprendizagem frente aos alunos; e por fim, analisou-se as perspectivas dos vários intervenientes sobre as limitações dos recursos existentes e/ou entraves à sua efetiva utilização. Os principais resultados apontam para uma maior sensibilização dos Governos, Federal e Municipal para que se faça uma inclusão de direitos conforme preconizam as leis, internacional e nacional, proporcionando uma maior formação ao corpo docente e ao acesso ao uso das tecnologias de informação e comunicação em sala de aula. Por ter sido uma pesquisa pioneira nestas instituições de ensino, e por ter-se consciência que o processo investigativo é um trabalho contínuo, muitos novos estudos surgirão, no sentido de um maior embasamento científico quanto às questões norteadoras e conclusivas desta pesquisa.
- A interculturalidade e o uso das TIC na educação pré-escolar na Região Autónoma da MadeiraPublication . Perregil, Eva; Amante, Lúcia; Bastos, GlóriaNa Região Autónoma da Madeira (RAM), assim como um pouco por todo o país, as escolas estão a receber cada vez mais crianças vindas de outros países, consequência deste mundo global em que nós vivemos. Cabe a estas instituições estarem preparadas para receber esses imigrantes e ajudarem as crianças em geral a viverem a interculturalidade no seu dia-a-dia. Neste estudo, pretendeu-se verificar se os educadores de infância fomentam a educação para a interculturalidade nas crianças que têm nas suas salas e suas famílias, de que forma o fazem e se recorrem às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para fazê-lo. Aos educadores caberá certamente a função de oferecer às crianças que têm na sala um ambiente que proporcione o contacto com outras culturas e que estimule o desenvolvimento de competências e atitudes para lidar com a diversidade cultural. No estudo empírico realizado, foi adotada uma metodologia de caráter misto, com o recurso a inquéritos por questionário enviados a todos os educadores de infância das salas pré-escolares públicas da região. Realizamos também entrevistas a um conjunto de educadores com mais crianças estrangeiras e/ou de diferentes culturas nas suas salas, a dois coordenadores de projetos e dois encarregados de educação estrangeiros e efetuamos ainda uma observação não participante retratando uma prática facilitadora de adaptação de crianças estrangeiras numa sala de pré-escolar. Verificou-se que a interculturalidade, apesar de em crescente ascensão nas salas de pré-escolar da Região, nem sempre é abordada de forma aprofundada e com a atenção que requer, principalmente no que toca ao recurso às TIC, que é pouco desenvolvido. Devemos considerar que, além de pensar a interculturalidade, além de falar da interculturalidade, devemos viver a interculturalidade, tornando-a algo normal e com a qual convivemos no quotidiano acima de tudo.
- Intervenções educativas e sociais baseadas em jogos digitais de produção simplificadaPublication . Lopes, Nuno; Amante, LúciaOs Jogos Digitais são recursos que podem ser utilizados para promover competências, prevenir comportamentos ou sensibilizar populações em risco de exclusão social, especialmente jovens. A dificuldade em conjugar as particularidades dos contextos de intervenção, as necessidades e preferências dos possíveis beneficiários, a falta de recursos em Língua Portuguesa, a necessidades de se ter de adaptar constantemente o recurso e a falta de verbas para se pagar a empresas da especialidade sempre que se quer construir um jogo, são alguns dos entraves na implementação deste tipo de estratégias. Neste estudo propusemo-nos tentar compreender melhor a forma como professores, formadores, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, animadores de rua e outros técnicos sociais, nomeadamente que intervêm com jovens que se encontram em risco ou em situação de exclusão social, podem desenvolver e/ou implementar intervenções sociais e/ou educativas que se baseiam em Jogos Digitais. Para tal, verificamos que seria necessária a criação de uma metodologia que permitisse que estes profissionais fossem capazes de desenvolver, adaptar e implementar recursos adequados aos seus reais contextos de intervenção. Alicerçados no paradigma de investigação Design-Based Research, mais especificamente no modelo Integrative Learning Design, tentamos criar, implementar, avaliar e refinar artefactos educativos baseados em tecnologia, neste caso uma “Metodologia de Desenvolvimento e Implementação de Jogos Digitais Socioeducativos de Produção Simplificada” e um Jogo Digital com objetivos interventivos. O estudo dividiu-se em três grandes partes, a avaliação inicial de um problema localizado; o desenvolvimento, implementação, avaliação e reformulação de um jogo digital aplicado por técnicos sociais junto de jovens em risco ou em situação de exclusão social e a realização de um conjunto de ações de formação com o objetivo de promover e testar esta metodologia de desenvolvimento de Jogos Digitais Simples junto de um conjunto de profissionais, principalmente das áreas da educação/formação e intervenção social. Identificamos que a maioria dos profissionais que participaram no estudo consideram possível a utilização de jogos digitais como ferramentas para desenvolver competências e demostram motivação para a utilização de Jogos II Digitais de Produção Simplificada em intervenções sociais/comunitárias, como forma de incluir socialmente jovens em situação ou em risco de exclusão. As limitações inerentes ao software de edição utilizado e a falta de tempo parecem limitar o desenvolvimento destes recursos por parte destes profissionais. Já os jovens consideram ser possível aprender através destes recursos, evidenciando que gostariam de futuramente participar noutras intervenções semelhantes em que fossem utilizados jogos digitais, nomeadamente no ensino formal. Em síntese, apesar de um conjunto de limitações, parece ser possível implementar intervenções sociais e educativas relevantes baseadas em Jogos Digitais de Produção Simplificada desenvolvidos por profissionais não especialistas em programação.
- Mapeando práticas pedagógicas em contextos de diversidadePublication . Silva, Celestina Maria Gomes e; Goulão, FátimaA diversidade está inscrita no código genético de qualquer aula. O primeiro olhar, ao entrar na sala, permite perceber as diferenças físicas dos alunos: a altura, o peso, a cor de pele e o género. Olhando por mais algum tempo, outras diferenças começam a ser percecionadas: diferenças socioeconómicas, culturais, religiosas e até linguísticas. À medida que a relação pedagógica se desenvolve diferenças mais subtis emergem: diferenças no modo como os alunos aprendem, no tempo que le-vam a aprender e no que lhes é possível aprender. Foi neste cenário que filiámos o nosso estudo, com o qual pretendemos saber o modo como os professores per-cecionam a diversidade e analisar o impacto desta perceção ao nível das práticas pedagógicas que desenvolvem. O trabalho de campo decorreu entre o último período do ano letivo de 2013-2014 e os dois primeiros períodos do ano letivo de 2014-2015 e foi realizado a partir de uma amostra constituída por treze professoras Foi um estudo qualitativo que se revestiu de uma natureza exploratória. Como metodologia utilizámos a narrativa e recorremos à entrevista não estruturada de natureza biográfica e às notas de campo como instrumentos de recolha de dados. Dos dados recolhidos inferimos que os sujeitos participantes do estudo são sensíveis à diversidade dos alunos, nomeadamente a que se relaciona com a classe social e as capacidades. Inferimos, ainda, que a perceção de cada um destes domínios de diversidade não tem o mesmo impacto ao nível da atuação pedagó-gica. A este nível, os dados recolhidos permitiram destacar o papel desempenhado pelas experiências pessoais e profissionais, bem como pelo quadro institucional em que a atuação pedagógica dos sujeitos participantes se desenvolve. O estudo aponta, ainda, para a ideia de que não existem momentos do ciclo da carreira do-cente em que os sujeitos da investigação tivessem sido particularmente sensíveis ao trabalho com a diversidade. Por último, percebemos que as práticas levadas a efeito pelos sujeitos participantes, se inserem, na sua maior parte, nos níveis mais simples de integração da diversidade na atuação pedagógica. Destas conclusões inferimos implicações para o domínio da formação inicial e contínua dos professo-res e, ainda, para a reflexão a realizar no âmbito da educação e multi/interculturali-dade.