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- Formação de professores para contextos de aprendizagem multiculturais e diversos : um olhar sobre Cabo VerdePublication . Trigueiros, Maria Santos Lopes; Miranda, BrancaEste projeto parte do pressuposto de que, sendo as sociedades atuais o resultado das grandes transformações socioeconómicas, socioculturais, políticas e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas à escala mundial, fruto do fenómeno da globalização e do desenvolvimento acelerado das tecnologias, os contextos de aprendizagem têm sido igualmente alvo de alterações profundas tanto a nível das conceções epistemológicas e paradigmáticas do ensino aprendizagem, quanto das exigências e necessidades dos aprendentes que se encontram inseridos nesses novos espaços sociológicos ou geográficos. Assim sendo, é nossa convicção de que nenhuma agenda de desenvolvimento social e humano do século XXI consegue alcançar o desejado nível de exequibilidade e de sucesso se não trouxer subjacentes as componentes do multiculturalismo e da diversidade, caraterísticas incontornáveis da sociedade contemporânea. Pela dimensão e pelo grau de complexidade que o fenómeno do multiculturalismo adquiriu nas últimas décadas, transformou-se numa problemática em que quanto mais se sabe, muito mais há por aprender e descobrir. Por esta razão, um espaço que não pode nem deve ficar alheio a essa problemática é o contexto educativo, pois é na escola que se dá o verdadeiro cruzamento de culturas e onde se colocam os maiores questionamentos relacionados com a diversidade cultural. Tal facto implica, necessariamente, aprender a encarar o processo educativo com novos olhares e procurar formas efetivas, eficientes e eficazes de lidar com a pluralidade e a diversidade em contextos de aprendizagem, de forma a proporcionar um ambiente de compreensão, paz, segurança e respeito mútuo no seio de toda a comunidade educativa. Assim, este projeto visa essencialmente lançar um olhar investigativo sobre a problemática da educação para a diversidade, incidindo sobre o papel do professor intercultural, suas competências e perfil enquanto agente fundamental do processo de transformação social do indivíduo e a dimensão do seu compromisso profissional para com as comunidades de aprendizagem onde exerce as suas atividades. Reconhecendo no professor intercultural a peça-chave do processo da educação para a diversidade, pretendemos debruçarmo-nos, de forma incisiva, sobre a problemática da formação de professores para contextos multiculturais e diversos devido a complexidade dos contextos em que trabalham. A nosso ver, são esses mesmos contextos que determinam que o professor intercultural seja dotado de competências específicas, de formação especializada, contínua e permanente que lhe permitam atender às demandas de um público heterogéneo e diverso onde a complexidade e a perplexidade são presenças dominantes do seu quotidiano. Só dispondo dos conhecimentos necessários, ferramentas adequadas e instrumentos de trabalho apropriados estará o professor intercultural em condições de mediar a interação entre as diversas culturas e grupos sociais em presença e ter um ambiente propício a um ensino aprendizagem de sucesso. Sendo o multiculturalismo uma das consequências mais visíveis da globalização, a problemática das migrações torna-se referência obrigatória neste trabalho, pelo que Cabo Verde aparece aqui apontado como exemplo de um dos países do mundo historicamente mais marcados pelo fenómeno das migrações e, consequentemente, pela diversidade e pelo multiculturalismo, situação que será também um pouco analisada na ótica da educação para a diversidade.
- O supervisor pedagógico como promotor da melhoria da qualidade de ensino : estudo realizado em duas escolas secundárias do Distrito de ChókwèPublication . Mafuiane, Lúcia Pedro; Oliveira, IsolinaEste estudo discute o papel do supervisor pedagógico no âmbito da promoção da melhoria da qualidade do ensino sabendo-se que o Supervisor Pedagógico, segundo Alarcão & Tavares (2003), é um indivíduo dotado de experiência que lhe permite apoiar/orientar um outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento pessoal e profissional. Neste contexto, o estudo leva-nos a perceber o que os supervisores pensam em relação à sua prática e a identificar as perceções dos professores em relação ao processo de supervisão nas suas escolas e a compreender a forma como este é conduzido, bem como avaliar o tipo de relações que tem sido privilegiado junto dos professores em exercício. Assim, o tema da investigação conduz-nos ao problema geral do estudo que incide nas dificuldades evidenciadas pelos Supervisores Pedagógicos em promover práticas supervisivas conducentes ao desenvolvimento pessoal e profissional docente que possam refletir-se na melhoria da qualidade do ensino. Do ponto de vista metodológico, o estudo empírico baseia-se na recolha de informações relacionadas com o trabalho desenvolvido pelos Supervisores Pedagógicos junto dos professores em exercício nas Escolas Secundárias de Chókwè e Ngungunhane ambas localizadas no Distrito de Chókwè. Para o efeito, adotámos uma metodologia que privilegia uma abordagem mista, de carácter descritivo, com recurso ao inquérito por questionário. Os resultados do estudo indicam que, não obstante a irregularidade com que é realizada, os supervisores têm levado a cabo a atividade supervisiva nas duas escolas em estudo, todavia, revelam que, na sua totalidade, não possuem formação especializada em supervisão pedagógica e na sua maioria não se tem beneficiado da formação contínua tal como acontece com os professores em exercício, fato que poderá justificar a forma como o processo da supervisão pedagógica tem sido conduzido bem como o seu impacto na melhoria da qualidade da educação e no desenvolvimento pessoal e profissional dos professores.
- A Europa : (60 anos) em estado de "crise" : mitos e realidadesPublication . Martins, José António Teixeira; Fontes, JoséEste trabalho tem como objetivo elaborar sobre se a perceção generalizada de um estado de “crise” permanente na Europa nos últimos 60 anos tem algum sentido ou se se trata de perceções que usam apenas o termo, mas que, na sua essência, ficam desviadas do conceito atribuído à palavra “crise” e que deriva da palavra grega “krísi”. Num primeiro momento, fazemos um percurso sobre as nossas motivações de base associadas à elaboração desta dissertação, passando pelos conceitos e perceções de “crise”. Definimos quatro novos marcadores — debilidade estrutural; debilidade permanente; problema dinâmico; evolução societária — como hipóteses de substituição da palavra “crise” e alocamos três fatores — Política, Energia e Emprego/Desemprego — comummente associados a estados de “crise” a que juntamos um geral — Evoluir — que, não estando dentro do quadro de perceção daqueles 3, nem sendo entendido como fomentador de “crise”, serve, no nosso entender, como justificação geral para a inquietude percebida como “crise”. Na sequência confronta-se o quarteto de hipóteses levantadas com perspetivas diversas de explicação do conceito de “crise”. Num segundo momento, sobrevoamos a história e a geografia das crises na Europa. Num terceiro momento, abordamos a arquitetura institucional da construção e integração europeia, iniciada em 1951 com a CECA, com curso até ao presente com a atual União Europeia, sempre em contraponto com o potencial estado de “crise” de cada etapa.