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- Exercícios práticos de fonética do português língua estrangeiraPublication . Castelo, AdelinaEste livro didático está especialmente concebido para alunos chineses e visa ser um instrumento útil para: professores que ensinem a pronúncia (em Português, Laboratório de Língua, Oralidade, etc.); estudantes que se encontrem nas fases iniciais de aprendizagem da língua portuguesa; aprendentes de fases mais avançadas que pretendam melhorar ou corrigir aspetos da sua pronúncia. Ao longo de 14 unidades, são abordados tópicos como: o alfabeto, a articulação dos sons do português europeu, a redução vocálica, a acentuação e a entoação. Cada unidade inclui: explicação do tópico fonético; treino de audição e produção de palavras; prática em contexto de frases e pequenos textos; exercícios suplementares de consolidação. As soluções dos exercícios são apresentadas no final do livro e os áudios podem ser descarregados online, na página da editora.
- Reflexões sobre os usos do portuguêsPublication . Castelo, AdelinaSão apresentadas reflexões e opiniões sobre os usos atuais da língua portuguesa, baseados na experiência de professora de Português e linguista, bem como em alguns conceitos linguísticos indispensáveis para observar a situação de forma crítica.
- A aquisição das consoantes laterais do português europeu por aprendentes chinesesPublication . Zhou, Chao; Freitas, Maria João; Castelo, AdelinaThe present study examined the production of European Portuguese (EP) lateral consonants by 14 Chinese learners, through a picture naming task eliciting the target segments in all possible syllable and word-level positions. Our results illustrate that /l/ is stable in singletons (100% target-like) due to the positive transfer from Mandarin Chinese. However, it is very often vocalized in codas (only 16.7% target-like production, [ɫ]), which might be attributed to a phonetically based tendency (Graham, 2017; Johnson & Britain, 2007). The high accuracy (97% target-like) of /l/ in onset clusters, an absent structure in the L1, can be the result of the heterosyllabic nature of EP obstruent-liquid sequences (Veloso, 2006) or of the association of two segments to a single skeletal position, which was also argued as an intermediate stage in EP L1 acquisition (Freitas, 2003)./ʎ/ is still in acquisition (52.4% target-like), and is often produced as an L1 category [lj], due to acoustic and articulatory similarity.
- Desenvolver a pronúncia do português europeu com recursos digitais: sequências de treino para três áreas críticasPublication . Castelo, AdelinaVários trabalhos têm analisado as áreas problemáticas na pronúncia e na discriminação percetiva do português europeu (PE) por parte de aprendentes de língua materna chinesa. Três áreas frequentemente identificadas como críticas são a oposição entre consoantes oclusivas vozeadas e não vozeadas (e.g. Yang, Rato & Flores, 2015; Oliveira, 2016), o contraste entre as consoantes alveolares lateral e vibrante (e.g. Zhou, 2017) e a distinção entre as vogais (coronais e labiais) médias e baixas (e.g. Castelo & Freitas, 2019). Apesar de ocasionalmente se registar uma desvalorização do ensino da pronúncia, esta capacidade, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade (cf. Derwing & Munro, 2005), é crucial por razões comunicativas e até sociais (e.g. Yates, 2002; Moyer, 2014). Por estes motivos, encontram-se na literatura não só a justificação da importância da pronúncia, como também propostas de estratégias ou princípios relevantes para promover tal capacidade (e.g. Celce-Murcia et al., 2010; Grant, 2014; Alves, 2015). Um dos princípios importantes no ensino-aprendizagem da pronúncia é o da autonomia do aprendente: este deve ter instrumentos que lhe permitam melhorar a sua pronúncia sem depender demasiado do docente (e.g. Kruk & Pawlak, 2014). O recurso ao treino da pronúncia assistido por computador (CAPT: computer-assisted pronunciation training) constitui, precisamente, um dos meios para alcançar tal autonomia (e.g. Levis, 2007; Rogerson-Revell, 2021). Considerando a relevância dos recursos digitais para o treino autónomo da pronúncia por parte do aprendente e a necessidade de lhe fornecer um conjunto mínimo de orientações, esta comunicação visa apresentar e fundamentar três sequências de treino da pronúncia do PE, baseadas em recursos digitais gratuitos e propostas para uso autónomo dos aprendentes de língua materna chinesa. Assim, este trabalho inclui três partes. Primeiro, faz-se um breve enquadramento do tema, recorrendo a diversas referências bibliográficas sobre o ensino da pronúncia e sobre as áreas problemáticas na pronúncia do PE por aprendentes chineses. De seguida, apresentam-se três sequências de treino da pronúncia do PE baseadas em recursos digitais já existentes ou expressamente criados para as sequências em causa – uma sequência sobre cada uma das seguintes oposições fonológicas da língua: oclusivas vozeadas, [b, d, g], vs. não vozeadas, [p, t, k]; lateral [l] vs. vibrante [ɾ]; vogais (coronais e labiais) médias, [e, o], vs. baixas, [ɛ, ɔ]. Finalmente, reflete-se sobre as potencialidades de tais sequências em termos de investigação acerca da aquisição fonológica do PE como língua adicional.
- Desempenho ortográfico em estudantes do ensino superior: a acentuação gráficaPublication . Castelo, Adelina; Sousa, OtíliaApesar do impacto que o desempenho ortográfico tem na leitura, na escrita e na valorização social do escrevente, são escassos os dados sobre o domínio desta competência revelado por estudantes do ensino superior, utentes do Português Europeu (PE) como língua materna. Este trabalho exploratório visa (i) identificar o nível de prevalência dos erros de acentuação entre escreventes adultos do PE; (ii) caracterizar esses erros; (iii) discutir as eventuais causas dos mesmos. Os dados analisados foram retirados de um corpus de 119 textos escritos na prova de ingresso em mestrados profissionalizantes por utentes do PE como língua materna. Os resultados mostram que (i) a acentuação gráfica constitui um problema frequente, mesmo em sujeitos muito escolarizados e em contexto de avaliação; (ii) predominam os erros em que há manutenção da qualidade segmental da vogal tónica, em palavras esdrúxulas ou falsas esdrúxulas, envolvendo as vogais [i] ou [a], e/ou com omissão de acento gráfico; (iii) a motivação dos erros parece combinar fatores fonético-fonológicos, desconhecimento do funcionamento do sistema ortográfico e um recurso excessivo à forma visual das palavras. Destas conclusões são retiradas algumas implicações didáticas.
- A aquisição das consoantes líquidas do português europeu em coda por aprendentes chinesesPublication . Zhou, Chao; Freitas, Maria João; Castelo, AdelinaVários estudos sobre aquisição da língua segunda revelam a dificuldade de falantes não nativos na aquisição das consoantes líquidas (e.g. Bradlow 2008, Bradlow et al. 1999, Derrick 2005). Embora haja referências às produções não conformes aos alvos dos aprendentes chineses relativamente às líquidas do Português Europeu (PE), feitas com base na experiência docente (Wang 1991) e em dados de escrita (Nunes 2014), tanto quanto sabemos, investigação sustentada em dados de produção oral não foi ainda desenvolvida para o PE. O PE apresenta quatro consoantes líquidas (as laterais /l/ e / ʎ /, as vibrantes /ɾ/ e /R/) (Mateus et al. 2005). Em coda apenas ocorrem /l/, realizada como [ɫ], e /ɾ/, realizada como [ɾ]. No Chinês Mandarim (CM), existem duas consoantes líquidas, /l/ e /r/ (Duanmu 2005, Lin 2007), apenas /r/ ocorrendo em posição de coda e sendo foneticamente realizada como [ɹ]. O presente trabalho examina a produção das consoantes líquidas do PE em coda por parte de catorze falantes chineses, com idades compreendidas entre os 19 e os 21 anos, tendo dois anos de aprendizagem de português como língua estrangeira (PLE) na China e três meses de imersão em Lisboa. Todos os informantes participavam, no momento da recolha, em aulas de PLE do nível B1(Instituto da Cultura e Língua Portuguesa, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e têm o mandarim como única língua materna. Foi efectuada uma recolha de dados através da aplicação de um teste de nomeação, com palavras-alvo dissilábicas ou trissilábicas, com consoantes líquidas em sílaba tónica e nas várias posições de sílaba e de palavra possíveis no PE. As produções dos informantes foram gravadas e a sua transcrição fonética foi concretizada por colaboradores experientes na tarefa. Os resultados mostram que os falantes chineses têm dificuldade em produzir as consoantes líquidas em coda, apresentando uma menor taxa de sucesso em /l/ (16.7%) do que em /ɾ/ (73.8%). Estes dados serão discutidos à luz (i) da relação entre nível segmental e níveis prosódicos (Nespor & Vogel 1986) e (ii) do ‘Speeching Learning Model’ (Flege 1995), segundo o qual os sons com maior contraste fonológico entre a L1 e a L2/LE são os mais fáceis de adquirir. Serão ainda analisadas as estratégias de reconstrução utilizadas pelos informantes, estratégias essas que apontam para a construção de representações fonológicas distintas entre os dois segmentos já no nível B1. Tais dados fornecem indicações para delinear o perfil fonético-fonológico do aprendente chinês de PLE e pistas para a planificação didáctica no domínio do ensino da estrutura sonora do PE como L2/LE.
- Os sons que estão dentro das palavras: descrição e Implicações para o ensino do português como língua maternaPublication . Freitas, Maria João; Rodrigues, Celeste; Costa, Teresa; Castelo, AdelinaEm "Os Sons que Estão Dentro das Palavras", procedemos à descrição da unidade gramatical segmento, entendida, nesta publicação, como constituinte fonológico e comummente referida como som da fala. Inicialmente, listamos um conjunto de informações sobre as propriedades intrínsecas dos segmentos identificados no Português europeu padrão e demonstramos a sua natureza gramatical. Em seguida, refletimos sobre o seu funcionamento em diferentes áreas dialetais, a sua aquisição em contexto de língua materna e o seu tratamento em ambiente educativo. Por fim, apresentamos algumas propostas de atividades sobre a unidade gramatical em foco para os vários ciclos de ensino, construídas numa perspetiva de laboratório gramatical.
- As vogais do português entre aprendentes chineses e suas implicações no desenvolvimento de um programa de portuguêsPublication . Castelo, Adelina; Santos, Rita NazaréO interesse pela aprendizagem do português entre falantes nativos de chinês tem crescido fortemente desde 2000. Porém, estes aprendentes manifestam dificuldades particulares, pois o português é tipologicamente muito diverso da sua L1, gerando a necessidade de identificar com precisão os problemas, para construir programas de português e metodologias adequados a este público. Considerando a importância da qualidade vocálica como indicador de proficiência em língua não materna; as dificuldades fonéticas reveladas pelos aprendentes chineses; a complexidade do sistema vocálico português; o predomínio de erros na produção de vogais em português língua estrangeira, este estudo visa contribuir para identificar as dificuldades específicas no domínio das vogais por parte dos aprendentes chineses. Seguindo uma categorização de erros devidamente apresentada, comparamos os erros na produção oral e escrita de vogais por parte de 7 informantes chineses que apresentam diferentes níveis de proficiência no português e realizaram exames na Universidade de Lisboa. Resultados preliminares mostram erros sobretudo orais (72% vs 28% escritos) e relacionados com o processo fonológico de redução vocálica, destacando-se os problemas na altura de vogal (85%, enquanto só 26% dos erros envolvem o ponto de articulação de vogal). A caracterização detalhada destas dificuldades permite-nos sistematizar algumas propriedades necessárias num programa de português ajustado a este público.
- A produção de vogais em contexto de processo de redução vocálica em aprendentes chinesesPublication . Castelo, AdelinaPara delinear o perfil fonético-fonológico dos aprendentes chineses de português como língua estrangeira (PLE), é importante avaliar o domínio dos segmentos vocálicos e dos processos fonológicos a eles associados. No entanto, ainda existem poucas informações sobre este aspecto da interfonologia dos aprendentes chineses. Sabe-se, com base na experiência lectiva de professores com muitos anos de ensino, que estes alunos revelam frequentemente dificuldades nas distinções entre vogais baixas e médias, coronais e labiais, e no uso dos ditongos nasais (cf. Wang 1991). Alguns dados empíricos mostram também problemas no domínio do nó Altura de Vogal e sugerem que o processo de elevação e centralização das vogais átonas (redução vocálica) pode constituir uma área crítica (cf. Castelo e Santos 2016). Finalmente, dados de Oliveira (2006), relativos a aprendentes de Português Europeu (PE) com diferentes línguas maternas e em contexto de imersão linguística, indicam claramente dificuldades especiais na activação da redução vocálica. Tendo em conta esta situação, a presente comunicação tem o objectivo de contribuir para o conhecimento do domínio do processo fonológico de elevação e centralização das vogais átonas no PE por parte de aprendentes chineses em contexto de não imersão linguística. Para isso, recorre-se a dados de produção, já que estes constituem um bom meio de análise do conhecimento linguístico, das representações mentais que fazem parte da interfonologia dos aprendentes (e.g. Zimmer e Alves 2012). Assim, são analisadas produções linguísticas de oito informantes chineses, com o mandarim como língua materna, idades compreendidas entre os 17 e os 44 anos e um ano de aprendizagem da língua portuguesa em Macau. Para observar a activação (ou não) do processo de redução vocálica, foi constituído um corpus com pares de palavras morfologicamente relacionadas. Concretamente, foram escolhidos quatro pares de palavras para cada uma das vogais orais do PE, garantindo-se que estes estímulos (i) tinham preferencialmente uma estrutura silábica CV, (ii) apresentavam o padrão acentual paroxítono, (iii) constituíam vocabulário acessível após um ano de aprendizagem da língua estrangeira e (iv) eram imagéticos, facilmente representáveis através de ilustrações. Antes da recolha de dados, foram escolhidas e testadas, com falantes chineses, as imagens que deveriam representar os pares de palavras. Posteriormente, essas ilustrações foram apresentadas aos informantes, através de PowerPoint, tendo estes de as nomear. As produções orais gravadas foram depois transcritas foneticamente por investigadores com experiência na tarefa. Os resultados são apresentados quanto à taxa de sucesso na activação do processo e em função dos traços segmentais envolvidos, para serem discutidos no quadro da Geometria de Traços proposta por Clements & Hume (1995) e adaptada ao PE por Mateus & Andrade (2000). Finalmente, identificam-se os contributos do trabalho para delinear o perfil fonético-fonológico dos aprendentes chineses de PE e as respectivas implicações didácticas.