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- As "Ferrarias del Rey" em Barcarena: subsídios para a sua históriaPublication . Gomes, José Luís; Cardoso, João LuísO contributo da intervenção arqueológica não deixará de ser fundamental na recolha dos vestígios construtivos do edificado entretanto desaparecido, preenchendo seguramente lacunas que a pesquisa arquivística não poderá colmatar. Consideramos que a intervenção arqueológica, incidindo prioritariamente sobre os edifícios das forjas, bem como na área envolvente dos mesmos, poderá contribuir com novos e significativos dados de trabalho, definitivamente, vitais para estudos futuros. Julgamos afastada a eventualidade de continuarmos a tratar as Ferrarias del Rey, em Barcarena, como um não lugar, algo que, fisicamente desaparecido, permanece no campo do imaterial, do inexistente. Os dados que pudemos reunir e aqui apresentámos, forçam-nos a concluir o contrário. Importa pois continuar este trabalho, prosseguindo a tarefa de identificação dos vestígios ainda conservados, mesmo edificados, reforçando o acervo de dados, físicos e documentais, que nos permitam uma reconstituição tão fiel quanto possível daquelas oficinas. Não é menos importante aprofundar o conhecimento sobre os homens que tantos anos ali trabalharam e viveram. É essa memória que dá sentido e alma àquele local, importando recuperar as experiências, as relações laborais, as práticas de trabalho, os momentos de conflito ou de entreajuda, ou seja tudo aquilo sobre o que se constrói a vivência humana: de alguns desses momentos este trabalho dá já conta.
- Nota sobre paleocorrentes na formação vermelha de Marco Furado (Península de Setúbal)Publication . Azevedo, Tereza M.; Cardoso, João Luís; Amorim, Ana B.; Figueiras, JorgeEmpregou-se a análise de paleocorrentes, com o intuito de investigar a proveniência do material que constitui a formação vermelha de Marco Furado, descrita em trabalho anterior. Os resultados parecem confirmar as hipóteses aí postas, uma vez que apresentam certa zona da serra da Arrábida como centro emissor do mesmo material. Descreve-se também um achado de indústria lítica no mesmo depósito, o qual permite conferir-lhe um limite de idade máxima.
- The prehistoric settlement of Leceia (Oeiras) : results of the excavations of 1983-2002Publication . Cardoso, João Luís
- Materiais cerâmicos da Idade do Bronze da Gruta da Ponte da Lage (Oeiras)Publication . Cardoso, João Luís; Carreira, Júlio RoqueNa continuação da revisão dos materiais arqueológicos da gruta da Ponte da Lage, de que já foi publicado estudo do espólio paleolítico (CARDOSO, 1995a), apresentam-se os materiais cerâmicos da Idade do Bronze exumados por Carlos Ribeiro, na intervenção de 1879 (conforme consta da etiqueta a aposta em uma das peças líticas) e por O. da Veiga Ferreira e colaboradores, nas escavações realizadas em 1958 (VAULTIER et al., 1959). Os materiais conservam-se no Museu do Instituto Geológico e Mineiro em Lisboa. Dada a falta de indicações apostas nas peças, não é possível diferenciar as exumadas em cada uma das referidas intervenções, sendo provável que em ambas se recolheram peças agora estudadas. A ausência de elementos estratigráficos limita a análise às respectivas características tipológicas.- de qualquer modo, a publicação dedicada à estação, conclui-se que o nível superior do enchimento se encontrava remexido, jazendo as cerâmicas da Idade do Bronze de mistura com materiais campaniformes (VAULTIER, 1959, p. 113).
- Fases de ocupação e cronologia absoluta da fortificação calcolítica do Outeiro Redondo (Sesimbra)Publication . Cardoso, João Luís; Soares, António; Martins, José M. MatosEstes resultados cronométricos deverão ser comparados com a cronologia absoluta já determinada para outros sítios pré-históricos da região de Lisboa. Da análise estatística das datas de radiocarbono para Leceia, o sítio arqueológico do Neolítico Final/Calcolítico com mais datas e mais bem datado dessa região, verifica-se que os contextos atribuíveis ao Calcolítico Inicial são datáveis do intervalo de tempo 2830-2520 cal BC (1!) ou de 2870-2400 cal BC (2 !) e os do Calcolítico Pleno do intervalo de tempo 2660-2210 cal BC (1 !# ou de 2850-1950 cal BC (2 !) (CARDOSO & SOARES, 1996). A ocupação da Moita da Ladra, atribuível ao Calcolítico Pleno, e com um conjunto apreciável de datas de radiocarbono, é datável do intervalo 2440-1950 cal BC (1 !) ou de 2560-1820 cal BC (2 !) (SOARES, CARDOSO & MARTINS, e.p.). Datas isoladas ou em pequenos conjuntos existem para outros contextos das Penínsulas de Lisboa e Setúbal (SOARES & CABRAL, 1993), as quais se integram bem nas cronologias atrás referidas. Valerá a pena relembrar as datas determinadas para o Castro da Rotura, dada a sua proximidade espacial em relação ao Outeiro Redondo e ao paralelismo existente entre as cerâmicas dos dois povoados. Segundo GONÇALVES & SOUSA (2006), para “um nível com cerâmicas finamente incisas, incluindo taças caneladas, aproximável do que hoje chamamos «Calcolítico Inicial»”, com paralelos estreitos no Calcolítico Inicial de Outeiro Redondo, foi datado de 4110±50 BP (OxA-5538) e 4075±55 BP (OxA-5537), enquanto que um “nível onde dominam as cerâmicas com decoração em folha de acácia ou crucífera (Calcolítico médio?)” foi datado de 3810±50 BP (OxA-5540) e 3820±50 BP (OxA-5539). Também todas estas datas se integram bem e confirmam a cronologia determinada para o Outeiro Redondo.
- A Fábrica da Pólvora de Barcarena e os seus sistemas hidráulicosPublication . Cardoso, João Luís; Quintela, António de Carvalho; Mascarenhas, José Manuel de; André, Maria da Conceição
- O casal agrícola da idade do ferro de Gamelas 3 (Oeiras)Publication . Cardoso, João Luís; Silva, Carlos Tavares daGamelas 3 corresponde provavelmente a casal agrícola do século v a. C. implantado no rebordo de vasta plataforma culminante da encosta esquerda do vale da ribeira da Lage (Oeiras) identificado por Gustavo Marques em 1971 e por ele explorado em 1989. Apesar da escassa área investigada, apenas cerca de 16 m², o estudo dos testemunhos materiais cuidadosamente recolhidos permitiram chegar às seguintes conclusões gerais: 1 – existência de uma única camada arqueológica, com cerca de 0,10 m de potência, configurando uma ocupação processada em curto período de tempo, compatível com a natureza da própria estação (casal agrícola); 2 – existência de estrutura, constituída por dois muros ortogonais, formados por blocos basálticos de dimensões médias, os quais deveriam constituir o embasamento de unidade habitacional de características usuais; 3 – as tipologias das produções cerâmicas denunciam forte tradição orientalizante existindo, no entanto, recipientes de cerâmicas cinzentas finas com decorações nervuradas, especialmente pratos/tampas, taças altas e jarros, que corporizam produções específicas, de cariz regional, centradas nos atuais concelhos de Amadora e de Oeiras; 4 – a forte aptidão agrícola dos solos basálticos faz crer que as potenciais produções obtidas, designadamente as cerealíferas, se destinariam ao abastecimento do importante centro urbano de Olisipo. Assim se explica a intensificação da chamada «colonização agrícola» dos férteis terrenos basálticos que envolvem a referida cidade, de Loures a Cascais, representada pela multiplicação destes casais agrícolas especializados naquele tipo de produções, cujas origens remontam, na região, pelo menos ao Bronze Final; de acordo com a informação obtida do estudo dos macrorrestos vegetais, os campos agrícolas integravam ‑se em uma paisagem mediterrânica aberta, caracterizada pela presença de oliveira ou zambujeiro (Olea europea), medronheiro (Arbutus unedo), urze (Erica arborea), pinheiro bravo (Pinus pinaster) e azinheira/carrasco (Quercus ilex/Q. coccifera). 5 – embora a prática e xtensiva e intensiva da agricultura cerealífera constituísse a principal actividade destas pequenas comunidades de raiz familiar, dispersas pela região, foi pela primeira vez documentada a presença de restos faunísticos, os quais permitiram verificar a existência de uma economia doméstica que incluía o pastoreio de boi e de ovelhas/cabras, complementada pela recoleção no litoral adjacente de moluscos, os quais também serviriam, em certos casos, para a indústria da tinturaria, conforme sugere a ocorrência de conchas de cf. Thais haemastoma, intencionalmente partidas para extração do molusco vivo.
- Primeira evidência das vítimas do terramoto de 1755 na cidade de Lisboa comprovada pelas escavações arqueológicas realizadas no antigo Convento de JesusPublication . Cardoso, João LuísThe excavations of preventive nature, lead under the author’s direction in the old convent of Jesus, presently the Academia das Ciências de Lisboa, between June and December 2004, correspond in reality to a smaller part of the area that could have interest due to the existence of a mortuary deposit of human bone remains, in most part already non‑articulated and incomplete. This vast deposit is a continuous layer showing in some cases an intentional disposition of its elements, in particular some long bones and skulls, and also includes a range of diverse archeological remains, from domestic ceramic fragments of the 17th‑18th centuries to house building materials, food remains, coins and coal fragments, amongst others, related to the daily life of this urban population. Some of the human remains show alterations due to the exposition to intense sources of heat. Such modifications are compatible with the generalized fire which devastated the city of Lisbon following the earthquake of 1755 and, consequently, this is the first evidence of victims of this catastrophe that, as unrecognizable corpses, were buried in sacred ground, as it was usual in the epoch. In fact, under this bone layer, many bodies were buried, sometimes one over another, all of them in dorsal decubitus, generally with the arms crossed over the chest, a position characteristic of the Franciscan monks, related to the fact that the Convent belonged then to the “Ordem Terceira de São Francisco”. Besides the convent monks, also buried could have been in that place the inhabitants of the surrounding area of the city, before 1755. The material remains found in relation to these bodies included several elements of personal use and many pins used for the burial of corpses.
- Shine on you crazy diamond: symbolism and social use of fluorite ornaments in Iberia’s late prehistoryPublication . Garrido-Cordero, José Ángel; Odriozola, Carlos; Sousa, Ana Catarina; Gonçalves, Victor S.; Cardoso, João LuísFluorite ornaments have been recorded in different sites of Europe since Upper Paleolithic. Due to its visual appearance and physical properties, some translucent or transparent mineralogies like fluorite were searched for or casually acquired by late prehistory’s human communities. After intensive research on archaeological contexts from the Iberian Peninsula with personal ornaments from 4th to 2nd millennia BCE, we have recently identified and characterized for the first time an important number of fluorite ornaments, confronting a previous background where little attention was paid. Our work has been carried out in different archaeological collections and museums from the whole Iberian Peninsula by non-destructive techniques (Raman spectroscopy, portable X-ray fluorescence (p-XRF) and X-ray Diffraction (XRD), that revealed the nature of fluorite ornaments and points to its consideration as scarce and highly symbolic items during late prehistory. A total of 36 fluorite beads from 23 sites are here recorded and studied, many of them inedits or wrong catalogued as other mineralogies. These adornments could have important roles in trade and use among the communities of Iberia from the 4th millennium BCE onwards, because of their scarcity and its recurrent association with important funerary complex and exotic materials. Fluorite ornaments could have been significant and special symbols in the development of new and exclusive raw materials in the context of increasing social complexity and inequality.
- Os menires do Lavajo (Alcoutim)Publication . Cardoso, João Luís; Gradim, AlexandraO conjunto megalítico do Lavajo (freguesia de Afonso Vicente, concelho de Alcoutim) é constituído por dois núcleos (Lavajo I e Lavajo II), intervisíveis e distanciados de cerca de 250 m segundo a direcção NNE-SSW, encontrando-se separados pelo pequeno vale (ou barranco) do Lavajo. Pertencentes ao Neolítico Final ou ao Calcolítico Inicial (3500-2800 a.c.), estes monumentos megalíticos podem interpretar-se como marcas de territórios e de espaços sacralizados pela sua própria existência.