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Sequeira, Rosa Maria

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  • A leitura na adolescência e na juventude em face da globalização
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    As questões éticas são centrais na Literatura Juvenil com a integração progressiva dos adolescentes e jovens na comunidade. Enquanto categorias biológicas e simultaneamente sociais, a adolescência e a juventude são fenómenos próprios do desenvolvimento humano e também etiquetas atribuídas pela sociedade que as associa à contracultura ou cultura pop. No mercado editorial dos livros, a Literatura Juvenil marca presença visível com prémios literários e uma produção que pretende dar resposta às inquietações desse público leitor, em que objetivos de índole educativa e moral subjazem à conceção dos trajetos iniciáticos de heróis e heroínas, de temas e motivos que ora incidem no quotidiano dos jovens ora tratam de fantasias que, por vezes, expõem o caráter sério de verdades. Esta comunicação tem em conta obras literárias que devem fazer parte da educação do jovem, considerando a leitura sob uma perspetiva ética em face de acontecimentos globais marcantes. A adoção desta perspetiva faz incidir a nossa atenção não apenas nos aspetos mais alargados do ambiente social global mas também em formas adotadas pela literatura clássica como sejam a parábola e a alegoria que, em si, proporcionam uma comunicação literária livre. Defendemos que é fundamental a consciencialização do jovem leitor perante fenómenos globais atuais como também é extremamente importante proporcionar uma interpretação individual em que o controlo é nulo e é desenvolvida a faculdade de julgamento na leitura literária.
  • PEACEMAKERS Project: “Peace dialogue campus network: fostering positive attitudes between migrants and youth in hosting societies”: needs analysis
    Publication . Koç University; University of Bologna; Erasmus University Rotterdam; Universidade Aberta; Gaziantep University; Humboldt-Universität zu Berlin; Silva, Mário Filipe da; Sousa, Lúcio; Sequeira, Rosa Maria; Gronita, Joaquim; Ramos, Natália
    The ongoing refugee crisis in Europe and Turkey reinforced xenophobic and anti-immigrant sentiment, manifested in attacks on migrants, and those perceived as foreigners and support for populist anti-immigration parties in many European Union (EU) states. In many of the EU member states, high levels of immigration appear to have produced an increase in hostility toward immigrants (Quillian 1995; McLaren 1996b), increased support for right-wing parties (Knigge 1998; Lewis-Beck & Mitchell 1993), and even produced violent right-wing behaviour (McLaren 1999). “In September, United Nations High Commissioner for Human Rights Zeid Ra’ad al-Hussein warned leaders of populist parties in Europe about the corrosive effect on societies of their instrumentalization of bigotry and xenophobia for political ends.” (Human Rights Watch, 2017). As we see this trend continuing in Europe and Turkey, the question to ask is how to reduce intergroup prejudice and discrimination in order to promote inter-ethnic social inclusion. Indeed, immigration is very often source of “shock of the culture” for both native and immigrant people, often leading to what is called the “integration crisis”, that is, a conflictual situation among individuals with different geographical, cultural, or ethnic background. Such crisis is often caused by the necessity for individuals to redefine social interactions and norms that are adaptive for all social groups. To do this, it is essential to understand the perspective of both native, or the majority, and immigrant people, or the minority group. Research on social integration has shown that the inclusion of the new members in the host societies is the basis for social cohesion (Fleras, 2009), and continuous positive contacts between members of different groups (Allport, 1954) are necessary, as they increase native people’ knowledge about immigrants and vice versa, then break prejudices and stereotypes, facilitating the social cohesion.
  • Os guarda-chuvas cintilantes de Teolinda Gersão: um risco no tempo
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    O diário Os guarda-chuvas cintilantes de Teolinda Gersão é um texto de natureza híbrida que nos estimula a reconsiderar a questão teórica dos géneros literários. Apresentado como diário no subtítulo, expõe uma escrita experimental e revolucionária que questiona a tradição dos géneros e o registo intimista. Sendo uma reflexão especulativa da escrita sobre ela própria, desvenda a própria ambiguidade do género diário e desafia fronteiras conhecidas ao assumir a dissolução dos géneros e a crise das formas na literatura atual. Através do lúdico, do surreal e do fantástico e também de um narrador instável inominado, este texto nega o traço individualizante próprio da escrita diarística, assim alargando as possibilidades impostas pelas convenções e iludindo o controlo da interpretação. Teolinda Gersão, tal como Gide, prefere a incoerência à ordem que deforma. Pelo seu caráter experimental e contestatário, este texto é um desafio para o leitor.
  • Fogo e paisagem indomada no mito de Don Juan
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    O motivo do fogo está ausente do Dicionário de Juan de Pierre Brunel (1999). Este artigo considera este topos, demonstrando a sua importância no mito ao eleger três momentos de viragem na história do mito através de três obras de diferentes períodos literários: O Burlador de Tirso de Molina (1630), Don Juan de Lenau (1851) e o libreto de Saramago (2005). Estes três momentos diferenciados mostram a alteração da consciência face ao pecado e a marginalidade social do herói iconoclasta. Essa marginalidade está em consonância com a paisagem indomada à qual pertence o fogo.
  • O professor de português e o ensino de crianças e jovens refugiados
    Publication . Sequeira, Rosa Maria; Cardoso, Sílvia
    Este estudo teve como finalidade conhecer a preparação dos professores de Português para promover a inclusão de crianças e jovens refugiados no ensino da língua no contexto das medidas de acolhimento a esse público. Recolheram-se dados junto de 32 professores de Português. Concluímos que há dificuldades no trabalho de equipa, que os professores sentem a falta de flexibilidade para desenvolver competências interculturais e pouco contactaram com conceitos como diálogo intercultural ou consciência crítica intercultural, mediação intercultural e cidadania global. Preocupações maiores dos professores são a língua de comunicação; a adaptação dos programas; o desconhecimento da cultura e dos conteúdos programáticos nas escolas de origem dos alunos; a possibilidade de existirem choques culturais; as dificuldades de integração; a falta de recursos e materiais didáticos apelativos e adequados. Concluímos assim que a interculturalidade é vista como um problema e perspetivada como sendo de difícil gestão, sendo que as atividades letivas se encontram aquém do desenvolvimento desejável da consciência crítica intercultural.
  • O corpo falante de Don Juan: a versão muito original de João de Barros
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    O poema dramático de João de Barros, datado de 1920, ilustra uma conceção de desejo ligada a uma ética da alegria na qual o desejo é o motor da ação. Esta conceção, que radica em Espinoza, Deleuze e Guattari, opõe-se a uma outra conceção de desejo como falta que vemos nas filosofias de Platão e Shopenhauer. No poema dramático de João de Barros, o herói reúne forças humanas e sublimes e possui qualidades simbólicas superiores às das restantes personagens na busca de conhecimento de si que constitui o cerne da trama. Por outro lado, este texto contraria a tendência das versões do século XX para anular a presença do transcendente, aqui com algum papel enquanto entidade que participa do confronto. Esta versão de João de Barros tem ainda outra originalidade que consiste em sugerir uma intimidade masculina entre as personagens, vinte anos antes de o médido Gregório Marañon (1947) ter proposto a homossexualidade do sedutor.
  • Projeções e desenvolvimentos da comunicação intercultural
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    Este artigo analisa os fatores que motivaram o desenvolvimento da Comunicação Intercultural e as novas áreas de pesquisa que se abrem em consequência disso. Por exemplo, as perspetivas teóricas do interculturalismo fazem-se sentir no questionamento das essências e da legitimidade de programas de estudo em torno de uma cultura e literatura estritamente nacionais organizadas por ordem cronológica. A translocalidade e a humanidade permitem transcender fronteiras e atingir convergências como assumem os estudos interculturais que assentam num modo comparativo e dialógico de compreensão. Neste sentido, representam um salto qualitativo. Em suma, as “novas humanidades” reclamam uma interculturalidade que não é apenas disciplinar, ao permitir o cruzamento entre áreas do saber outrora distintas, mas se constitui como a sua ontologia que não significa hibridismo superficial ou epidérmico, mas antes a capacidade de compreensão do Outro através do contacto com outros mundos, outras línguas, outros mitos. O saber das Humanidades não pode deixar de ser um saber dialógico, assente numa atitude de interrogação e disponibilidade, uma “consciência crítica” que pode dar um grande contributo para um paradigma holístico, complexo e reunificador tal como Edgar Morin (1990) o descreve. E, tal como também aponta Edgar Morin, não é de desprezar o papel das Humanidades na criação de mundos alternativos precisamente pela capacidade inventiva que estas promovem.
  • Identidades locais com projeção global na obra de Fernando Namora
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    Este artigo relaciona a obra de Fernando Namora com as questões ligadas ao campo da Literatura Comparada, centrando-se especialmente na problemática da literatura global que tem ocupado esta disciplina sobretudo a partir de 2011 com o Relatório Bernheimer. A obra de Fernando Namora gozou da aceitação do público nacional e internacional, tendo sido a sua obra traduzida em vários países europeus e até no oriente, sobretudo durante os anos 1980, mas muitas das suas personagens pertencem ao meio rural e local, o que suscita uma reflexão sobre a apresentação do universal através do que é particular.
  • Do romance ao teatro: As Vozes da Paixão e A Reviravolta de Almeida Faria
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    A comunicação propõe um breve estudo sobre o tempo dos quatro romances que compõem a Tetralogia Lusitana de Almeida Faria, e a sua adaptação mais recente levada a cabo pelo próprio autor para as peças As Vozes da Paixão e A Reviravolta. Almeida Faria, cujos romances têm um cunho sociológico e político, é frequentemente caracterizado pela sua iconoclastia, mostrando, através desta prática transtextual, uma vontade experimentalista ao brincar com as várias formas de expressão e com os vários géneros, incluindo a prosa poética em verso livre. Técnicas da narrativa e da poesia mantêm-se nos dois textos dramáticos, mas obedecem a um tempo próprio e a uma polifonia de vozes, a “sombra tutelar da música de Bach” como refere o autor no Prefácio. Não se aplicando as discussões habituais sobre a fidelidade da adaptação, o estudo destas novas versões dramáticas baseadas em narrativas permite questionar a natureza dos diferentes tempos próprios de cada género.
  • Recensão crítica: Antero Q, de Ana Rocha
    Publication . Sequeira, Rosa Maria
    O texto dramático de Ana Rocha centra-se na figura Antero de Quental, personalidade proeminente da Geração de 70, reforçando o lado pessoal e não público da sua biografia. A peça parte de uma inconfidência de Batalha Reis ao circulo de amigos mais chegado, referindo o romance malogrado do poeta com uma titular francesa durante o ano de 1877 quando Antero tinha 35 anos. O protagonista desdobra-se em diálogos com as restantes três personagens da peça: o médico Charcot, fundador da neurologia moderna, a Baronesa Nelly, mulher independente e lúcida por quem Antero se apaixona e Blanqui, o popular revolucionário antimonárquico e anticlerical. Estes diálogos permitem o confronto de ideários e posições perante a vida, resultando numa peça divertida que seduz o espectador atual.