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Meneses de Oliveira, Luiz Eduardo

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  • Da anglofobia à anglofilia: as letras inglesas e a intelectualidade luso-brasileira (1750-1873)
    Publication . Oliveira, Luiz Eduardo
    Portugal manteve relações de dependência econômica formal com a Inglaterra desde a época do Tratado de Methuen, de 1703, pelo qual, em troca de proteção marítima contra os inimigos europeus – França e Espanha – os ingleses obtiveram liberdade de comércio sem salvo-conduto nem licença em Portugal e em todos os seus domínios, liberdade de religião e de culto, privilégio de créditos, jurisdição especial, isenção e embargo de navios e bens para uso de guerra, entre outras regalias. Mesmo nos discursos político-económicos prépombalinos, isto é, nos estudos produzidos pelos intelectuais estrangeirados do reinado de D. João V, como Alexandre de Gusmão (1695-1753), D. Luís da Cunha (1662-1749) e Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), podemos perceber o carácter destrutivo que é atribuído à aliança inglesa, que havia sujeitado a nação portuguesa à humilhação de ter que depender da Inglaterra até mesmo para os cereais necessários à sua subsistência.
  • Dicionário dos Antis: a cultura brasileira em negativo
    Publication . Oliveira, Luiz Eduardo; Franco, José Eduardo
    O leitor tem nas mãos uma obra inesperada. É uma história ao contrário, ou melhor, feita pelo prisma dos contrários. Resulta da observação crítica dos discursos de oposição, de conspiração, de negação, de combate ao Outro que pensa, age, crê e vive diferente de Nós que tem alimentado o campo da cultura em negativo. Estabelecer conhecimento crítico, de modo sistemático, sobre o universo fantástico dos estereótipos, dos mitos, das visões enviesadas que a dimensão do negativo produziu ao longo dos séculos permite-nos revisitar a cultura brasileira à luz de uma chave hermenêutica nova, na linha do que se está a fazer a nível internacional neste domínio, e compreender a complexidade das derivas da nossa história até aos dias de hoje. Um pequeno exército de pesquisadores, especialistas de vários campos do saber (História, Direito, Literatura, Educação, Antropologia, Sociologia, Teologia, Filosofia, Ciências Médicas, Estudos Culturais...), aceitou o desafio de escrever em conjunto esta obra que, além de um thesaurus de conhecimento único, nos pode ajudar a desconstruir os mecanismos discursivos que geram a intolerância e impedem a construção de sociedades democraticamente maduras e a formação para uma cidadania inclusiva.
  • Da retórica à literatura: a Reforma Pombalina como precursora do ensino de literatura no Brasil
    Publication . Oliveira, Luiz Eduardo; Franco, José Eduardo; Pinto, Francisco Neto Pereira; Silva, Luiza Helena Oliveira da; Melo, Márcio Araújo de; Carvalho, Diógenes Buenos Aires de
    A institucionalização do ensino da literatura, no Brasil, decorreu da inserção, no currículo escolar, da retórica e da poética, tal como foi definida e sistematizada por Verney e, alguns anos depois, regulamentada e instituída pelo Alvará pombalino de 1759. Dito de outro modo, as reformas pombalinas da instrução pública, num período muito fértil de publicações de Artes Poéticas, ao renovarem o ensino de retórica, relacionando-a a aspetos práticos da vida moderna e ampliando o cânone de autores e obras, preparou o caminho para a entrada da história literária no currículo das humanidades e, consequentemente, do ensino da literatura no século seguinte.
  • O Marquês de Pombal como personagem de ficção: primeiras anotações e aproximações hermenêuticas
    Publication . Oliveira, Luiz Eduardo; Franco, José Eduardo
    A figura, o percurso de vida, a relevância e os impactos da política de Pombal têm inspirado, esparsamente ao longo dos três séculos da sua posteridade, significativa criação literária e dramatúrgica onde surge como personagem, ora principal ora secundária, nos cenários sociais, políticos e familiares do seu Século das Luzes. Embora a maior incidência da produção romanesca pombalina ocorra em Portugal, não são despiciendos os exemplos da produção ficcional brasileira, surpreendendo pelas suas publicações mais recentes e suas abordagens singulares à figura do Marquês de Pombal.
  • A legislação pombalina e sua mitologia: o caso das reformas educativas e linguísticas
    Publication . Oliveira, Luiz Eduardo
    Este artigo analisa a legislação pombalina referente ao ensino de línguas, com o objetivo de evidenciar o modo como a construção discursiva da noção de uma Europa polida e civilizada, ao contrapor-se ao alegado atraso da administração temporal e pedagógica dos Jesuítas, articula-se com uma mitologia que se apresenta como um arsenal léxico-discursivo composto de algumas palavras-chave grafadas com maiúsculas que dão sustentação à noção do «moderno», recorrendo ao mito da Idade de Ouro (Eliade, 2000), isto é, à invenção de uma tradição gloriosa do povo lusitano antes da chegada da Companhia de Jesus.
  • Educação Iluminada: reforma ou revolução? Política educativa pombalina e justificação propagandística
    Publication . Franco, José Eduardo; Oliveira, Luiz Eduardo
    Redescobrindo a importância capital do ensino para a reforma do Estado e do capital crítico e ideológico que o seu exercício poderia encerrar, o governo despótico do Marquês de Pombal empreendeu uma reforma contra o ensino tradicional, este de acesso alargado, que estava hegemonicamente nas mãos de privados, em especial nas da Companhia de Jesus. Na perspetiva da prossecução de uma ideologia política estatizante, absolutista e ultrarregalista, a reforma pombalina, de forma precursora (antecipando-se, neste aspeto, à própria França revolucionária), operou a constituição de um sistema de ensino estatal, ou estatizante, uniformizado e secularizado. Para o efeito, criou estruturas orgânicas centralizadas de direção e inspeção, e promoveu a dignificação social da profissão docente, para além de ser precursora da sua profissionalização e corporativização. O ministro de D. José I integrou nas suas medidas reformistas do ensino muitas das propostas que os intelectuais iluministas portugueses críticos do ensino tradicional tutelado pela Companhia de Jesus, como José de Castro Sarmento, Luís António Verney, Ribeiro Sanches e Pereira de Figueiredo, vinham fazendo desde a década de 40 do seu século. Em boa parte, o mérito de Pombal foi ter sido capaz de dar feição programática e execução política a um ideário reformista do ensino que já vinha sendo refletido e proposto por tais intelectuais.
  • Between Nero and Prometheus: the Marquis of Pombal and the emergence of party history (18th-21st centuries)
    Publication . Franco, José Eduardo; Oliveira, Luiz Eduardo; Vogel, Christine
    Having achieved international fame during his lifetime and becoming the political figure most written about inside and outside his native country, the national importance of the Marquis of Pombal was confirmed in 1934, when a monumental statue was erected in his honor in the center of Lisbon, Pombal. However, until today he is the object of polemics and controversies, in universities and at the tables of bars, where, throughout history, supporters and opposers of his political and administrative acts dispute primacy, making the mythology of the Marquis of Pombal something alive in Portuguese culture. In addition to taking care of his own image, Pombal organized a powerful propaganda scheme that did not exclude symbolic paintings, medals, panegyrics, sonnets and theatrical plays in his honor, exerting absolute control over his own biography. However, if during his government his supporters and sycophants glorified him, there were few who remained by his side after the death of D. José and his fall from government, during the so-called “viradeira”. This book, which brings together a team of experienced researchers dedicated to studying of the Pombaline period, is a proof that the Marquis of Pombal, being one of the most fascinating and controversial characters in European history, is part of a central and decisive moment in the history of the Portuguese empire, but also in the process of organization and unification of Brazil.
  • A literatura pombalina e a mitologia jesuítica: um caso moderno dos usos e funcionalidades do mito do complô
    Publication . Franco, José Eduardo; Oliveira, Luiz Eduardo
    Neste artigo, buscamos mostrar o modo como a literatura pombalina, ao mobilizar o discurso do complô para demonizar a Companhia de Jesus e assim atingir seus fins políticos e ideológicos, acabou por consolidar o mito dos jesuítas, uma vez que, com a política regalista assumida pelo ministro de D. José I (1714-1777), Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), que passou à história com o título de Marquês de Pombal, o antijesuitismo vai ser assumido como programa de Estado, estabelecendo o padrão e os elementos lexicais e retóricos necessários para a produção literária antijesuítica que lhe foi posterior. Para atingir tal objetivo, faremos uso da historiografia, bem como de alguns pressupostos teóricos relativos à história cultural, aos mitos e representações (DURAND, 1983; GIRARDET, 1990; LEROY, 1999; ELIADE, 2000; CHARTIER, 2002; FRANCO, 2006; BARTHES, 2007). Como fonte, será usado um conjunto de textos idealizados, produzidos ou patrocinados por Pombal, a que denominamos literatura pombalina: preâmbulos de peças legislativas, prefácios ou dedicatórias de obras literárias e pedagógicas, panfletos e narrativas biográficas ou historiográficas, documentação burocrática e epistolar.