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Abstract(s)
Redescobrindo a importância capital do ensino para a reforma do Estado
e do capital crítico e ideológico que o seu exercício poderia encerrar, o governo
despótico do Marquês de Pombal empreendeu uma reforma contra o
ensino tradicional, este de acesso alargado, que estava hegemonicamente nas
mãos de privados, em especial nas da Companhia de Jesus. Na perspetiva da
prossecução de uma ideologia política estatizante, absolutista e ultrarregalista,
a reforma pombalina, de forma precursora (antecipando-se, neste aspeto, à própria
França revolucionária), operou a constituição de um sistema de ensino estatal,
ou estatizante, uniformizado e secularizado. Para o efeito, criou estruturas
orgânicas centralizadas de direção e inspeção, e promoveu a dignificação social da profissão docente, para além de ser precursora da sua profissionalização e
corporativização. O ministro de D. José I integrou nas suas medidas reformistas do ensino
muitas das propostas que os intelectuais iluministas portugueses críticos do ensino
tradicional tutelado pela Companhia de Jesus, como José de Castro Sarmento,
Luís António Verney, Ribeiro Sanches e Pereira de Figueiredo, vinham
fazendo desde a década de 40 do seu século. Em boa parte, o mérito de Pombal
foi ter sido capaz de dar feição programática e execução política a um ideário
reformista do ensino que já vinha sendo refletido e proposto por tais intelectuais.
Description
Keywords
Educação Iluminismo Política educativa Propaganda Marquês de Pombal
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Liber Ars