e-Letras com Vida - Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes (e-LCV)
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Publicação científica semestral do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta (CEG-UAb) e do Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA). Visa divulgar estudos originais sobre Literatura, especialmente encarada na sua inscrição cultural e em diálogo com a História, a Filosofia, as Artes e as Ciências
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- 13 de maio: história de um feriado lisboeta e da memória de Pombal na capital portuguesaPublication . Fernandes, Paulo AlmeidaMais de dois séculos e meio após o terramoto de 1755, Sebastião José de Carvalho e Melo é um nome ainda indissociável da História da capital portuguesa. Poucos lisboetas saberão, contudo, que a data do seu nascimento (13 de maio) foi já feriado municipal. Quando tal sucedeu, em 1926, por decisão do executivo autárquico, a figura do Marquês de Pombal era objeto de culto político desde os primeiros tempos da monarquia constitucional e, no momento de eleger a data do feriado municipal, a Câmara escolheu aquele que era considerado o «reedificador de Lisboa». Esta opção foi apenas uma de várias iniciativas municipais que culminavam num espírito Oitocentista fortemente relacionado com Pombal. Ao longo de praticamente 100 anos e percorrendo três regimes, o Marquês foi uma figura considerada heroica e unificadora de uma ideia de Portugal. 1926 foi um ano-destino dessa reverência histórica ao ministro de D. José, um momento tão decisivo como efémero na gestão da memória pública desta controversa figura.
- À mesa com Camilo Castelo Branco: a gastronomia como instrumento de identificação social em «O santo da montanha»Publication . Rossi, Maria AntoniettaO presente trabalho visa analisar o emprego da comida e das principais refeições – almoços e jantares – na novela histórica O Santo da Montanha, editada em 1866, de Camilo Castelo Branco, prolífico autor português pertencente à chamada segunda geração romântica, como instrumento narrativo para relevar os paradigmas sociais da antiga classe fidalga do século XIX em fase de decadência paralelamente à ascendência da burguesia.
- Aluísio Azevedo e Portugal: uma ambígua relaçãoPublication . Mérian, Jean-YvesA leitura dos romances de Aluísio Azevedo levou muitos críticos a considerarem que o romancista brasileiro tinha um viés antilusitano muito acentuado. O presente estudo procura corrigir essa avaliação, a partir da observação da biografia do escritor maranhense (1857-1913). Filho de pais portugueses, viveu infância e adolescência numa sociedade patriarcal e escravocrata, dominada pelos comerciantes portugueses, luso-brasileiros e pela oligarquia rural e a Igreja ultramontana. Autodidata, porém educado no seio de uma família culta, pode completar sua formação no Rio de Janeiro, como jornalista e caricaturista, antes de se afirmar como escritor. Foi muito influenciado por intelectuais e escritores portugueses, como Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Maria Amália Vaz de Carvalho e pelo caricaturista Bordalo Pinheiro, com quem conviveu no Rio de Janeiro e com quem manteria relações de amizade a vida inteira. No Rio de Janeiro, o autor participou de forma ativa na promoção da obra de Eça de Queirós, antes de se afirmar como o promotor do Naturalismo no Brasil. Durante dez anos, Azevedo foi, ao lado de Ferreira de Araújo e Machado de Assis, um dos principais militantes em prol da assinatura de um acordo luso-brasileiro de direitos autorais que garantisse igualdade e reciprocidade entre autores brasileiros e portugueses. Assim, as cartas enviadas aos amigos e citadas no presente artigo vêm desmentir as acusações de antilusitanista do autor de O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço.
- Antes de vestir a casaca, é preciso vestir as calças: breve monólogo entre Manoel Dias e Domício da GamaPublication . Sandanello, Franco BaptistaO presente ensaio busca resgatar a obra de Domício da Gama, hoje praticamente desconhecida no panorama da literatura brasileira oitocentista, mediante um conto de juventude, “As calças do Manoel Dias”, publicado em 1886. Discute-se a significação dos dramas existenciais do protagonista, um desafortunado vendeiro português, e seus pontos de contato com a trajetória irregular de Domício da Gama nas letras. O conto é transcrito em anexo, após cotejo de suas quatro versões.
- «Antes do Passado»: uma aprendizagemPublication . Foglia, GracielaNeste trabalho se analisa Antes do passado. O silêncio que vem do Araguaia (2012), de Liniane Haag Brum, relato da busca da autora por vestígios da vida de Cilon Cunha Brum, seu tio e padrinho, militante do PC do B desde os anos 1960 até seu desaparecimento na selva, nos anos 1970. Liniane e Cilon, por diferentes motivos, são vítimas da violência do Estado, o que justifica a leitura de Antes do passado à luz das reflexões sobre literatura de testemunho. Como muitos textos deste tipo, o relato está feito de fragmentos e de silêncios, mas também, até quase o final, está fortemente marcado por medos e desconfianças entre aqueles que conviveram com Cilon e a narradora-protagonista; ela nem parece se interessar pelas suas histórias de sofrimento.A hipótese e o objetivo do trabalho é demonstrar que o texto de Haag Brum pode ser lido como um «romance de formação»: uma narradora protagonista que procura por um familiar, que não está interessada em ouvir as testemunhas quando o foco da fala se desvia de seu objetivo e que, no fim, se transforma; não só ela, mas também, até certo ponto, sua escrita.
- António Patrício: a versão demoníaca de ErosPublication . Cerdeira, TeresaNa esteira baudelairiana das Fleurs du mal, a literatura finissecular incorporou ao ethos do erotismo uma versão demoníaca de afrontamento da divindade. António Patrício se situa no limiar da presença de Deus e do seu enfrentamento, que é o outro lado possível da sedução. Em D. João e a máscara, esse enfrentamento se cumpre através da relação íntima entre morte e erotismo. Desejar o eterno é ansiar pelo divino, de modo que, paradoxalmente, o desejo de ser como Deus se reveste do desejo de atingir o absoluto, o que na escala humana só se consegue com a morte: “Bem nossa, só a morte”.
- Apresentação [do] Dossiê Temático: "Literatura, Artes e Hipertexto na Web"Publication . Vila Maior, DionísioProcura-se, com o presente Dossiê – «Literatura, Artes e Hipertexto na Web» –, disponibilizar à comunidade académica um leque de leituras, procurando cumprir dois objetivos primordiais: por um lado, entender o diálogo entre as manifestações estéticas e perceber até que ponto estas, transcendendo cânones, se aproximam de uma expressão cultural global que comprometa a manifestação local e a substancialização local e tradicional das mesmas; por outro, compreender – num contexto geral dominado pela crise da ideia tradicional das Humanidades – em que termos a globalização favorecida pelo desenvolvimento tecnológico e pelos processos de multimidialidade tem concorrido para os contornos de novas configurações semióticas e pragmáticas das produções estético-literárias.
- Apresentação [do] Dossiê temático: A Receção das Literaturas de Língua Portuguesa nos Países da Europa Central e de LestePublication . Petrov, PetarApresentação do Dossiê Temático: A Receção das Literaturas de Língua Portuguesa nos Países da Europa Central e de Leste.