e-Letras com Vida - Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes (e-LCV)
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Publicação científica semestral do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta (CEG-UAb) e do Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA). Visa divulgar estudos originais sobre Literatura, especialmente encarada na sua inscrição cultural e em diálogo com a História, a Filosofia, as Artes e as Ciências
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- Sanatorium: a ditadura florianista e o reposicionamento dos portugueses na sociedade brasileiraPublication . Simões Junior, Alvaro SantosCom este texto, pretende-se demonstrar que Sanatorium, romance-folhetim escrito a quatro mãos por Olavo Bilac e Carlos Magalhães de Azeredo e publicado no matutino Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, no final de 1894, representava uma alegoria da conjuntura político-social de então, marcada pelo recrudescimento da ditadura florianista.
- Da ilha-refúgio ao espaço da xenofobia, num «arquipélago» de ambiguidade, na tragédia Les portugaiz infortunez, de Nicolas-Chrétien Des Croix (1608)Publication . Moniz, António Manuel de AndradeUtilizando o contributo teórico de autores como G. Voisset e Massimo Cacciari, além do de poetas como Horácio, Fernando Pessoa e Édouard Glissant, este estudo analisa a tragédia Les portugaiz infortunez, de Nicolas-Chrétien Des Croix, publicada em Rouen, em 1608. O naufrágio de Manuel de Sousa Sepúlveda, com sua mulher e filhos, além de 600 tripulantes e passageiros, no Galeão S. João, em 1552, na Terra do Natal, relato publicado na época em avulso e compilado no T. I da História trágico-marítima (1735), por B. Gomes de Brito, bebido na fonte do Historiarum indicarum, (Livro XVI) do padre G. Maffei (Florença, 1588) é o objeto da peça trágica. Após a peregrinação pelo litoral e pelo sertão, envolvendo cerca de 300 léguas, os náufragos são acolhidos na ilha do Inhaca por um régulo bom. Mas a desconfiança dos Portugueses leva-os a um imprudente afastamento da ilha até chegarem a Manhiça, onde são desarmados e desnudados, morrendo de exaustão e fome a maior parte deles. Finalmente, partem da ilha dos Elefantes para a ilha de Moçambique. À imagem da ilha-refúgio (Inhaca, Elefantes, Moçambique) sucede as da xenofobia, da desconfiança e do sacrifício expiatório. A imagem do «arquipélago», extensiva ao espaço continental (Manhiça), envolve de ambiguidade a receção aos náufragos que na peça são avaliados também no âmbito da ambiguidade: ambição colonialista versus anúncio evangélico.
- Os jesuítas e a «ideia republicana» em PortugalPublication . Santos, FernandaEste artigo procura mostrar que a relação entre os Jesuítas e a «ideia republicana» foi pouco pacífica para ambas as partes, mas foi também muito controversa no seio da própria Igreja. Durante a época da República, em Portugal, e nos anos que a antecederam, o antijesuitismo era uma forma de combate ao poder dos Jesuítas. Os republicanos pugnavam por soluções diversas para o futuro político e social do país por oposição à Monarquia constitucional. O recurso à bandeira ideológica antijesuítica tinha sido usado muito cedo nos manifestos propagandistas do Partido Republicano Português. Todavia, alguns Jesuítas estavam envolvidos politicamente, partidarizando o catolicismo. Alguns membros da Companhia de Jesus tinham-se, de facto, empenhado na criação do Partido Nacionalista, em 1903, como partido católico, acreditando que a aglutinação dos votos católicos num só partido que defendesse os valores da Igreja era a melhor solução para contrariar a vaga anticlerical que se fazia sentir nos meios políticos e culturais do país. Este trabalho tem também como objetivo mostrar que, durante a República, esteve sempre em causa o problema do envolvimento do clero e dos católicos em geral com a política partidária, mostrando as relações controversas entre os Jesuítas e a «ideia republicana».
- Europe as other in contemporary balkan literaturesPublication . Gjurcinova, AnastasijaThe Balkans are a region where different images of the world have continuously been offered, as well as different points of view regarding the idea of Europe itself. The richness comes from the diversity of nations, people, languages and cultures, and is the basic characteristic of this particular region. However, some ideas have already grown as a «regional» concept, created and developed within the above-mentioned diversity. Although the Balkans belong to Europe, both geographically and historically, from the moment the concept of «Other Europe» was invented for them, the distinction was already made. Usually seen by Europeans as Others, the Balkan people started to create their own idea of Europe as Other. Balkan nations have mostly supported the idea of Europe, as a dream, desire, or reality, longing to join (or to return to) the big European family. Some of them have recently become Member States of the European Union; others are still waiting their turn. But, another concept is also present, very close to the idea of Occidentalism, created as an answer to Edward Said’s Orientalism or Maria Todorova’s Balkanism. This is mostly related to the new social circumstances during the post communist period of transition. Different stereotypes and prejudices of Europe have been created, and can easily be found in literature works, too. In our paper we deal with some of these imaginary concepts, which are present in different works of fiction, published in the last few years in several Balkan countries: Macedonia, Serbia, Romania, Bulgaria, Greece, Albania and Turkey.
- Da memória da utopia: a função autonoética dos programas comemorativos dos 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More, no Reino Unido, França e PortugalPublication . Vieira, FátimaEm 2016, os programas comemorativos dos 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More, lembraram não apenas a vida do humanista inglês, mas também a sua obra. Importa, contudo, percebermos se a memória do passado foi convocada para se compreender o passado (memória intransitiva) ou se foi utilizada para fazer entender melhor o presente e as suas futuras possibilidades (memória transitiva). O presente estudo, feito no âmbito dos Estudos de Memória, analisa os programas comemorativos realizados no Reino Unido, França e Portugal, sublinhando a importância da obra de More para a definição da identidade diacrónica de cada uma dessas nações.
- Avatares do feminino em Maria Ondina BragaPublication . Silva, Maria Araújo daEm introdução do livro Mulheres escritoras (1980b), onde reuniu treze admiráveis biografias de mulheres que se impuseram no universo tradicionalmente masculino da escrita, Maria Ondina Braga apresenta um conjunto de escritoras apontadas como exemplo de coragem e tenacidade num universo dominado por preconceitos e pela hipocrisia e intolerância, mulheres que ousaram desafiar os códigos de uma sociedade marcadamente repressora. De igual modo, a vasta produção literária de Maria Ondina Braga apresenta-nos um imenso painel de mulheres habitadas de solidão e de silêncios contidos, ora presas por um cordão umbilical a ritos plurisseculares que lhe tolhem a liberdade, ora inebriadas pelo sabor excêntrico da transgressão, navegantes solitárias em busca de pistas possíveis no caminho da emancipação.
- Apresentação [do] Dossiê temático: Pensamento do Fora & Poéticas de ResistênciaPublication . Silva, Fabio Mario da; Loyolla, Dirlenvalder do NascimentoNeste número da Revista Letras Com Vida, que apresenta o dossiê «Pensamento do Fora & Poéticas de Resistência», buscamos abrir espaço para reflexões que exploram as ousadias estéticas, os entre-lugares e os gritos poéticos que ecoam das margens; reunimos aqui oito artigos que lidam, cada um a seu modo, com a noção do fora em seu sentido poético de resistência.
- José Eduardo Franco, Carlos Fiolhais (dir.). (2017-). Obras pioneiras da cultura portuguesa. Círculo de Leitores. Lisboa. 30 vols.Publication . Barreto, AntónioRecensão crítica a Obras pioneiras da cultura portuguesa.
- José Eduardo Franco, José Carlos Seabra Pereira (dir.) (2017). Portugal católico — A beleza na diversidade. Círculo de Leitores. [Lisboa]. 791 pp.Publication . Leão, Isabel Ponce deRecensão do livro Portugal Católico.
- Três mulheres com máscara de ferro, de Agustina Bessa-Luís: feminismo e subversãoPublication . Lentina, Alda MariaPropomo-nos analisar, à luz das teorias de Género e «Queer», um texto inédito de Agustina Bessa-Luís, intitulado Três mulheres com máscara de ferro. A particularidade deste curto texto, sem indicação de género, reside no facto da autora retomar três personagens femininas emblemáticas da sua obra, Quina, Ema e Fanny, transformadas em estátuas das três Graças da Antiguidade, e que, ao retirarem as máscaras e retomarem vida, instauram um diálogo a três. O nosso propósito será mostrar em que medida este texto marca a manifestação clara, por parte da autora, de um «feminismo subversivo» — problematizando os papéis de género para desenhar um continuumfeminista — ultrapassando nisso o que Isabel Pires de Lima considera ser «cristalizações do feminino».