Mestrado em Estudos do Património | Master's Degree in Heritage Studies - TMEP
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- O Bairro Operário de Portimão : história e patrimónioPublication . Ramos, Fernando Manuel Amaro Barata; Câmara, Maria Alexandra Gago da; Ramos, Paulo OliveiraA Revolução Industrial marcou uma nova ordem económica e social na Europa. O afluxo de população rural às cidades, à procura de melhores condições de vida, obrigou a uma reorganização da urbe, que veio alterar substancialmente o desenho urbano e dotar as cidades de uma nova vivência social e económica. Por várias cidades europeias proliferaram bairros operários, inicialmente com condi-ções de habitabilidade muito reduzidas, abaixo do humanamente exigível, até às con-cepções de melhor qualidade, promovidas tanto por exigência legal, como por iniciativa de alguns empresários. Foram diversas as concepções de habitação operária que ao longo dos anos foram estudadas e aplicadas. Assistiu-se a uma fase de grande experimentação que criou a base para o que hoje se pratica um pouco por todo o mundo. O bairro operário de Portimão, assinalável no contexto da habitação operária em Por-tugal, foi concebido na década de 30 do século XX, ligado à indústria conserveira, emergente na cidade, nessa época. Com o decorrer dos anos foi sendo alterado em fun-ção de necessidades dos seus moradores, mas manteve a sua unidade como bairro. Neste trabalho propõe-se a musealização deste bairro, de modo a preserva-lo e a dá-lo a conhecer à população. O objectivo é marcar este espaço urbano como um testemu-nho da história da cidade, inserido num contexto que a marcou profundamente e a con-dicionou até aos dias de hoje, como factor fundamental para o seu desenvolvimento.
- O campo de Santa Clara, em Lisboa : cidade, história e memória : um roteiro culturalPublication . Serol, Maria Elisabete Gromicho; Câmara, Maria Alexandra Gago daA História do Campo de Santa Clara remonta à conquista da cidade de Lisboa (1147), por ter sido este o local escolhido por D. Afonso Henriques (1139-1185) para acampar com as suas tropas e planear a vitoriosa conquista da cidade aos Mouros. Local de características baldias recebeu no mesmo ano, em resultado do cumprimento de um voto secreto feito ao Mártir São Vicente (Século IV) e a favor da vitória contra o infiel, a sua primeira edificação, a Igreja Mosteiro de S. Vicente. Devido à sua fraca densidade populacional, veio a tornar-se, o Campo, num local de sentenciamento e execução de penas capitais recebendo, por algum tempo, o nome de “Campo da Forca”. Em 1288, já sob o domínio de D. Dinis (1279-1325), acolheu, o Campo, na sua parte oriental o Mosteiro de Santa Clara, do qual provém o seu actual nome. Posteriormente, em meados do século XVI, foi a vez da Infanta D. Maria (1521-1577), filha de D. Manuel I (1485-1521), eleger o local para a construção dos seus Paços e para a edificação da Igreja Paroquial de Santa Engrácia, a qual pelas mais diversas vicissitudes, deu lugar ao Panteão Nacional. O local foi, igualmente, bordejado por edificações com características palacianas. No século XIX deu-se a transferência, definitiva, da Feira da Ladra para o Campo de Santa Clara e a construção de um Mercado, o único e o último dos exemplares da época de ouro da Arquitectura do Ferro em Lisboa. O Campo de Santa Clara reúne, assim, um forte legado patrimonial, artístico e cultural testemunho da sua longa vivência e revelador das diversas mutações sociais operadas ao longo dos anos, relacionadas, por exemplo, com a extinção das ordens religiosas e a alteração de funções dos vários espaços religiosos e civis existentes. Entende-se que, apesar das várias alterações de carácter de utilização sofridas, deve o Campo de Santa Clara ser visto e entendido como um todo, que soube, ao mesmo tempo, preservar as suas características mais intrínsecas. Portador de uma rica e variada história, incorre o Campo no risco de, quer por desleixo ou ignorância, perder a sua memória e a sua identidade. É objectivo deste trabalho recuperar, salvaguardar e perpetuar sob a forma escrita, a sua memória, a sua história e a dignidade que este local merece, valorizando-o e divulgando-o, sob a forma de roteiro histórico patrimonial. A preparação e organização deste roteiro foi precedida de um exaustivo trabalho de campo, que permitiu avaliar, seleccionar, catalogar e inventariar os elementos de maior interesse artístico, patrimonial ou cultural, existentes no local eleito para a elaboração deste trabalho, através do estudo da bibliografia existente, bem como do recurso aos mais diversos arquivos locais e nacionais, que norteou o trabalho de investigação, na busca de fontes manuscritas, impressas e iconográficas de relevante interesse para o trabalho.
- Casa de brasileiros de Paços de Ferreira: “Ecletismo e Exuberância”Publication . Barros, Maria da Assunção da Silva; Câmara, Maria Alexandra Gago daO património edificado dos brasileiros, no apogeu do século XIX e no alvor do século XX, tem despertado interesse por parte de investigadores que, através dos seus trabalhos, têm contribuído para o despertar de novos estudos. Nesse sentido, debruçamo-nos sobre as Casas de brasileiros do Concelho de Paços de Ferreira. Para compreender a sua génese, recorremos à investigação histórica e sociológica da emigração oitocentista de Portugal para o Brasil e da influência que o seu retorno teve no património arquitetónico. Conscientes da influência que os brasileiros exerceram no património do Concelho, analisamos as alterações introduzidas na arquitetura Civil e os novos elementos estruturais na edificação das suas habitações. Deparámo-nos com um património arquitetónico que urge descobrir o seu significado na História da Arte e da Cultura, só assim, conseguiremos que esta valiosa herança não desapareça.
- Em desagravo do santíssimo sacramento: o "Conventinho Novo": devoção, memória e património religiosoPublication . Jacquinet, Maria Luísa; Câmara, Maria Alexandra Gago daErigido num período bem pouco afecto à instituição de casas regrais, o Conventinho de Lisboa cedo se veria ameaçado pelas crescentes restrições que decretariam o definhar da existência congreganista. Ao breve e espinhoso percurso deste cenóbio poria termo, não muito tempo transcorrido sobre a sua já tardia fundação, a inexorável extinção das ordens religiosas femininas. Deixando na penumbra o seu passado, o ocaso do mosteiro instituir-se-ia, muito embora, como ponto de partida para a reabilitação do seu valor enquanto lugar de memória, valor a que a vaga de zelo que hoje infunde o olhar sobre o património vem entretanto dar forma. Por detrás dos muros anódinos deste objecto feito vestígio, afloração ténue de um passado disperso e desvanecido, arquitectónica e urbanisticamente inexpressivo, esconde-se um percurso complexo e suculento que, ultrapassando as balizas institucionais do seu nascimento e morte, reflecte, no tempo longo do Antigo Regime, na assunção das Luzes e na transição para o Liberalismo, as vicissitudes do religioso e não menos do político. Decidiria D. Maria Ana, secundogénita de D. José I, instituí-lo como memorial de desagravo ao Santíssimo Sacramento profanado em 1630 ao altar de Santa Engrácia, no tão celebrado desacato daquele templo lisboeta que não apenas abalaria a capital como – disse-se então - a inteira cristandade. A cerca de século e meio daquele momento fundador, o mosteiro parecia guardar-lhe, incólume, a memória que o seu sui generis programa espiritual, espacial, estético e iconográfico tão solicitamente acolhera. De onde a intrigante implantação que lhe conhecemos - no exacto lugar onde haviam sido encontradas as sagradas formas do desacato - ou mesmo a presença, na igreja monástica, de painéis azulejares alusivos ao episódio de 1630. De onde, também, a dimensão da comunidade, significativamente em número de trinta e três, numa alusão directa à idade de Cristo e ao número das hóstias profanadas. À curiosa recuperação de uma vocação que o tempo e a emergência de novos contextos poderiam ter eventualmente aluído, não seria alheia uma dimensão fortemente circunstancial, que envolveria a devoção eucarística e o vínculo à espiritualidade franciscana num programa de apropriação mnemónica onde se jogou a vontade dos monarcas e dos seus mais próximos validos
- A Igreja de Nossa Senhora da Vitória: irmandade e hospício: 1530-1862Publication . Rodrigues, Arminda Mendes; Câmara, Maria Alexandra Gago daA Igreja de Nossa Senhora da Vitória é uma das pequenas igrejas da Baixa Pombalina, que teve a sua primeira edificação em 1556, agregando a si um Hospício, que se encontrava adstrito ao Hospital de Todos-os-Santos, por vontade expressa da Irmandade de Caldeireiros, fundada em 1530, e de alguns devotos da Virgem da Vitória. Completamente destruídos em 1755, o conjunto Igreja/Hospício são reedificados entre 1765 e 1824. O trabalho encontra-se dividido em duas partes. Na primeira, apresentamos, numa perspectiva cronológica, contextualização, fundação e evolução da história da Irmandade, como materialização das obras de misericórdia e da devoção e culto marianos, legitimadas através da edificação da Igreja e do Hospício. Porém, a falta de vestígios materiais, destruídos pelo terramoto de 1755, não nos permitiu o estudo do primeiro conjunto arquitectónico. Repleta como se encontrava a Baixa, e toda a cidade, de notáveis edifícios religiosos e de importantes e ricas confrarias, foi nosso objectivo tentar compreender (na sequência da importância que determinadas irmandades e confrarias de leigos tiveram ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII) a importância e a acção da Irmandade de Nossa Senhora da Vitória. Fizemolo através de um estudo comparativo, evidenciando a importância do seu Hospício e Igreja, como locais de assistência, espaços de sociabilidade e prática devocional. Na segunda parte, que constituirá o cerne deste trabalho, estudou-se a nova Igreja e Hospício, edificados após a catástrofe, e sua implantação na renovada malha urbana da cidade, projectada por Eugénio dos Santos. A contextualização artística da nova Igreja passou pela sua definição dentro do estilo pombalino, procedendo-se também ao levantamento e estudo do equipamento artístico: talha, azulejo, pintura e escultura. Ainda se pensou na possibilidade de um terceiro capítulo referente às obras, de beneficiação e restauro, que decorreu em 1940, mas depois da consulta do Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa, Arquivo Histórico do Ministério do Equipamento, Planeamento e Administração do Território e da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, verificamos a impossibilidade de o fazer, não só devido à inexistência de quaisquer elementos que nos ajudassem a suportar a hipótese de um restauro, mas também, porque dos parcos elementos encontrados no Arquivo Histórico da Câmara, um pedido de licenciamento de obras e dois pedidos de prorrogação do prazo, concluímos que se trataram de simples obras de manutenção do edifício, com especial incidência na cobertura. Para a primeira parte deste estudo, recorremos a fontes manuscritas e impressas e outras monografias de referência, pois o primitivo tombo da Igreja ficou completamente destruído no incêndio que se seguiu ao Terramoto. Para a segunda parte, o estudo baseou-se fundamentalmente, na investigação sistemática da documentação existente no arquivo da Irmandade, (no que nos foi possível e permitido consultar), completado pela pesquisa noutros arquivos como a Torre do Tombo, Arquivo do Patriarcado, o Arquivo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa, Arquivo Histórico do Ministério do Equipamento e Administração do Território, Gabinete de Estudos Olisiponenses. Apresentaremos ainda no primeiro volume, o apêndice documental, com documentação inédita encontrada no arquivo da Irmandade e um segundo volume que integrará o material iconográfico com mapas, planta e alçado, gravuras e fotografias da Igreja e seu equipamento artístico. Justifica-se também este estudo, na defesa do património urbano e do património arquitectónico religioso, e de um edifício classificada como Imóvel de Interesse Público, inserido numa área candidata a Património da Humanidade, a Baixa Pombalina
- Revisitar o património azulejar em Sesimbra dos séculos XVII e XVIII: história e salvaguardaPublication . Vaz, José Freire; Câmara, Maria Alexandra Gago daO estudo do património azulejar dos séculos XVII e XVIII no concelho de Sesimbra partiu da sua pesquisa in loco com base em anteriores identificações até se conseguir uma compilação reveladora da sua atual existência. A possibilidade de podermos encontrar exemplares que nos remetem para o longo período barroco, o Ciclo dos Mestres, a Grande Produção Joanina, o gosto rocaille, o surgimento das Figuras de Convite e dos painéis historiados, leva a que possa ser desenhado, para quem se interesse por esta representação artística, um roteiro de circuitos com itinerários simples, curtos e perfeitamente identificados que facilitarão o seu conhecimento no dealbar da terceira década do século XXI. Temporalmente envolvido numa época onde as manifestações artísticas do barroco se estendem a outras artes para além do azulejo, casos da talha dourada da pintura e da escultura entre outras e que também marcam presença em alguns espaços, o inerente conceito de Arte Total será obrigatório e necessariamente objeto de atenta referência. Este património inserido em três realidades que gerem e definem a propriedade dos locais onde os mesmos estão implantados (municipais, religiosos e palacianos), apresenta por vezes alguns condicionalismos no livre acesso aos seus interiores, o que dificulta a pretendida apreciação. Ao sermos diariamente confrontados com uma realidade onde o crescente afluxo turístico, ávido na descoberta do que é verdadeiramente genuíno, teremos de ter a noção de que a apresentação deste património azulejar é certamente uma considerável mais valia que não pode ser ignorada.
- Salvaguarda de património sacro : Igreja de São Cristovão em Lisboa : XIX-XXIPublication . Duarte, Ana Paula Carrolo; Câmara, Maria Alexandra Gago daEm Portugal, o património considerado essencial para a manutenção da memória histórica e coletiva da nação encontra-se classificado por legislação criada com o objetivo de preservar os monumentos nacionais para as gerações futuras. Contudo, a classificação dos monumentos não é por si só garantia de proteção. O presente trabalho, realizado no âmbito do Mestrado em Estudos do Património da Universidade Aberta, pretende aferir da importância da salvaguarda do património artístico e arquitetónico presente num monumento de cariz religioso. O interesse na sua preservação prende-se não só com valores religiosos e espirituais, mas também com valores histórico-culturais. A arte sacra presente nos templos testemunha a evolução arquitetónica e artística a nível nacional. A escolha do local a estudar recaiu sobre a igreja de São Cristóvão de Lisboa, uma das mais antigas da cidade, localizada na anterior freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, local da antiga ermida de Santa Maria de Alcamim (como referido em documentos do reinado de D. Afonso II, século XIII). Esta igreja foi um dos poucos edifícios a resistir ao terramoto de 1755, o que permitiu preservar todos os seus projetos decorativos. As artes decorativas presentes no interior são um testemunho de novas diretrizes estéticas pós-Restauração da independência, no final do século XVII. Ao longo dos séculos, o templo foi sendo alvo de campanhas de beneficiação e restauros, contudo nas últimas décadas entrou em acelerado estado de degradação. Nos últimos anos foram lançados vários projetos que visam a sua recuperação. O presente trabalho pretende assim sublinhar a importância da preservação do espaço, bem como referir as medidas tomadas nos últimos anos para a sua preservação.