Mestrado em Estudos do Património | Master's Degree in Heritage Studies - TMEP
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- Acção e património da Junta Nacional do Vinho: 1937-1986Publication . Pereira, Maria da Conceição Freire de Brito; João, Maria IsabelResumo - A história recente da vitivinicultura em Portugal, passa pelos documentos, objectos e edifícios deixados pela Junta Nacional do Vinho, pois este organismo de coordenação económica conduziu o sector vitivinícola, durante décadas (1937-1986). Quando foi extinta, a JNV deixou um extenso património herdado pelo Instituto da Vinha e do Vinho que urge salvaguardar. Com esse objectivo foi elaborado o presente estudo, abordando as seguintes questões: A justificação para a criação da Junta Nacional do Vinho, cuja função principal era a regularização de mercado, remonta ao início do século XX quando surgiram os problemas no sector vitivinícola, devido ao excesso de produção de vinho, a falta de escoamento e de qualidade do produto, bem como a desorganização de mercados. A acção da JNV desenvolveu-se no âmbito dos vinhos comuns em torno destas vertentes. Ao longo da sua actividade contribuiu para a modernização e organização do sector, para a divulgação e conhecimentos em torno do vinho e para o fomento de adegas cooperativas vitivinícolas, em termos nacionais. Os vestígios das actividades desenvolvidas pela JNV, durante o período de quase meio século, representam o testemunho histórico da actividade vitivinícola durante o Estado Novo, permitindo justificar o interesse na preservação do seu património, constituído, respectivamente pelo espólio museológico e bibliográfico, e pelos edifícios, devidamente apetrechados com equipamento tecnológico representativo da época, dispersos de Norte a Sul do País. Por fim foram sugeridas hipóteses para a salvaguarda deste património permitindo a conservação dos registos e das memórias de um passado recente para as gerações vindouras
- A arqueologia no Instituto de Coimbra vista através da correspondência postal recebidaPublication . Matos, Sérgio Filipe Félix Pacheco de; Cardoso, João LuísO Instituto de Coimbra foi uma academia científica e literária fundada em 1852, tendo a sua última acta registada em 1985. Tratava-se de uma academia multi-disciplinar criada para prosseguir activamente o desenvolvimento do Saber nas mais variadas áreas da Ciência e da Literatura, em linha com o espírito da época. A presente dissertação propõe-se abordar a área de Arqueologia no Instituto de Coimbra através da correspondência postal recebida por aquela instituição. Nessa medida, começaremos por fazer uma pequena resenha histórica e orgânica do Instituto de Coimbra e da sua secção de arqueologia. Falaremos depois nos congressos luso-espanhóis para o progresso das ciências e do papel do Instituto de Coimbra na organização dos mesmos. Será também apresentada uma pequena biografia de cada um dos arqueólogos que se corresponderam com o Instituto de Coimbra, seguindo-se por último a análise das cartas e bilhetes postais em questão.
- Arquitectura religiosa em Angola: o desconhecido modernoPublication . Matos, Susana Paula Cid de; Câmara, Alexandra Maria Gago daEste trabalho pretende dar a conhecer a significância da Arquitetura Religiosa Moderna em Angola. Articula-se com uma primeira parte de enquadramento sobre o tema da tipologia religiosa no âmbito da arquitetura representativa do Movimento Moderno, seguindose de uma abordagem sobre referências para a Arquitetura Moderna Religiosa em Angola. Na segunda parte do trabalho apresentam-se exemplares que foram erguidos por todo o território e é também um pretexto para contar a história de Angola através da sua arquitetura, mais especificamente, a religiosa. É evidenciada a importância da Igreja Católica na história de Angola e da arquitetura que a mesma produz, num período em que o Estado Novo se depara com a aceitação da inovação, do progresso e da tecnologia.
- A arte indo-portuguesa na IIha de Moçambique: um intercâmbio de formas e de gostosPublication . Teixeira, Sara Martins Domingues de Sousa; Câmara, Alexandra Maria Gago daEsta dissertação tem como propósito dar a conhecer parte do património artístico da Ilha de Moçambique, cuja urgência em o salvaguardar, levou à constituição de importantes núcleos de arte indo-portuguesa, nomeadamente os Museus de Arte Sacra e o de Artes Decorativas, criados pela Comissão de Monumentos e Relíquias Históricas de Moçambique durante o Estado Novo, no virar de 1969 para 1970, altura em que a Ilha se tornava uma atração turística. Nela contextualiza-se a marcada presença indiana na arte aplicada à arquitetura, na arte sacra e no mobiliário existentes na Ilha de Moçambique, onde se preservam peças de elevado valor artístico e histórico, do séc. XVI à primeira metade do séc. XX, resultado da fusão da cultura portuguesa com culturas orientais do Índico. Neste estudo é dado particular enfoque ao património móvel, que constitui as coleções do MUSIM (Museus da Ilha de Moçambique), a instituição estatal tutelada pela cultura na qual se inserem os museus onde se localizam a maior parte das peças nele referidas e apresentadas. A presente investigação engloba igualmente peças de outras coleções estatais e particulares da Ilha de Moçambique e também de Maputo, como uma amostra do que se preservou desta arte em território moçambicano. Este trabalho desvenda, em paralelo, a história e a cultura desta cidade, que é Património da Humanidade e ao revelar-se o caminho percorrido para a salvaguarda do seu legado, registamse as principais ações decorridas nos períodos colonial e no pós-colonial para a sua divulgação e valorização, visando a preservação de memórias coletivas.
- Azulejaria de Santarém nos séculos XVII e XVIII: revisitar um património azulejar in situPublication . Valente, António Francisco Baptista; Câmara, Alexandra Maria Gago daA azulejaria em Portugal nos séculos XVII e XVIII é marcada pelo despontar da criação de peças figurativas de elevado valor artístico, em paralelo com outros trabalhos mais simples, todavia de grande efeito decorativo. Os azulejos converteram-se numa aplicação muito comum no revestimento de interiores das igrejas e dos conventos. Pretendeu-se com a presente dissertação estudar algumas dessas obras integradas nos Templos da cidade de Santarém e, dessa forma, dar a conhecer o quanto a azulejaria escalabitana é um marco importante na história da arte em Portugal. Os enxaquetados em azul e branco, ou o verde e branco que podemos admirar num grande número de igrejas são uma particularidade da azulejaria portuguesa da qual estudámos alguns exemplos. Este revestimento decorativo nas paredes dá ao observador a perceção de um movimento rítmico diagonal, como podemos constatar nas Igrejas de Santa Maria de Marvila ou de Santa Iria. Pretendeu-se ainda estudar como as contingências políticas e económicas resultantes da perda da independência (1580-1640) e a consequente Guerra da Restauração, levaram os azulejadores a encontrar diversos expedientes no incremento da conceção das suas obras. Procurámos ainda verificar que, como numa contrapartida à perda de qualidade dos temas figurativos, o repertório decorativo vai enriquecer a sua inspiração nos tecidos, nos bordados, nos tapetes e nas formas vegetalistas. Esta transformação é algo especificamente que está muito bem representado na azulejaria em Portugal, particularmente em Santarém. Se na primeira metade do século XVII dominaram os chamados azulejos de tapete, com paredes inteiras revestidas desta forma, na primeira metade do século XVIII impera sobretudo ojpo azul e branco. A redução da paleta cromática à cor azul permitiu, como constatámos, criar uma riqueza pictórica nas grandes representações figurativas como as da Capela Dourada, da Sacristia da Igreja dos Capuchos ou a dos corredores e escadarias do Paço Episcopal.
- O Bairro Operário de Portimão : história e patrimónioPublication . Ramos, Fernando Manuel Amaro Barata; Câmara, Maria Alexandra Gago da; Ramos, Paulo OliveiraA Revolução Industrial marcou uma nova ordem económica e social na Europa. O afluxo de população rural às cidades, à procura de melhores condições de vida, obrigou a uma reorganização da urbe, que veio alterar substancialmente o desenho urbano e dotar as cidades de uma nova vivência social e económica. Por várias cidades europeias proliferaram bairros operários, inicialmente com condi-ções de habitabilidade muito reduzidas, abaixo do humanamente exigível, até às con-cepções de melhor qualidade, promovidas tanto por exigência legal, como por iniciativa de alguns empresários. Foram diversas as concepções de habitação operária que ao longo dos anos foram estudadas e aplicadas. Assistiu-se a uma fase de grande experimentação que criou a base para o que hoje se pratica um pouco por todo o mundo. O bairro operário de Portimão, assinalável no contexto da habitação operária em Por-tugal, foi concebido na década de 30 do século XX, ligado à indústria conserveira, emergente na cidade, nessa época. Com o decorrer dos anos foi sendo alterado em fun-ção de necessidades dos seus moradores, mas manteve a sua unidade como bairro. Neste trabalho propõe-se a musealização deste bairro, de modo a preserva-lo e a dá-lo a conhecer à população. O objectivo é marcar este espaço urbano como um testemu-nho da história da cidade, inserido num contexto que a marcou profundamente e a con-dicionou até aos dias de hoje, como factor fundamental para o seu desenvolvimento.
- Bombeiros voluntários de Figueiró dos Vinhos : história e património de uma corporaçãoPublication . Lima, António José da Conceição Silva e; João, Maria IsabelO objectivo principal deste trabalho é prestar homenagem a uma Associação de Bombeiros fundada em 1935 no concelho de Figueiró dos Vinhos e que logrou comemorar as suas bodas de diamante em 2010. Porém, o espaço temporal da narração alarga-se, recuando até finais do século XIX, em busca das motivações e das dinâmicas que conduziram à sua criação em 1935. Em 5 capítulos narra-se a história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, desde os seus alvores e a sua génese difícil e atribulada, até à sua progressiva instalação e crescimento, culminando numa instituição que se tornou basilar e fundamental para a comunidade do concelho de Figueiró dos Vinhos. O período temporal onde se enquadram os seus 75 anos de existência reflecte também o compasso histórico do concelho figueiroense, cujos protagonistas e eventos se atravessam na história da Associação e do seu corpo de bombeiros. A presente monografia também pretende demonstrar a importância do associativismo local. No caso concreto, uma colectividade que se identifica como escola de valores e formadora de uma identidade colectiva coesa, atestada pelas gerações que a serviram e deram corpo às suas simbologias.
- Caminhos para a valorização do património arqueológico industrial do concelho de Alcanena: a indústria de curtumesPublication . Pimenta, Carole; Évora, MarinaEm Alcanena, o património industrial na área dos curtumes tem um significado particularmente marcante devido à importância que a atividade de curtimenta teve e continua a ter para a população, sendo a indústria predominante. Os testemunhos materiais desta atividade, como os espaços fabris, os patrimónios culturais relacionados com esta indústria, continuam visíveis na paisagem do território, mas perderam sentido. Com a abertura dos mercados e o surgimento de materiais plásticos, os fabricantes de sola de couro não resistiram, e tal ditou o fim do fabrico da Sola de Tipo A – Alcanena. Este era um produto caraterístico da região devido à água calcária que se encontra no território que é muito alcalina. No entanto, tal não impede o surgimento de unidades fabris mais modernas, continuando Alcanena a se destacar como centro nacional de referência no setor do couro. Este trabalho pretende dar a conhecer, valorizar e divulgar os testemunhos do património industrial oriundos dos curtumes, com foco no saber fazer da sola. O seu processo de curtimenta era diferente de uma pele para calçado. Um couro para a sola é um produto que não tem acabamentos depois de enxugar, necessitando apenas de ser corrido a batido com maças. Difere dos processos que se aplicam à curtimenta de pele para calçado, por exemplo, sendo os mesmos que ainda existem hoje, mas já modernizados e muito mais evoluídos. Tal não se aplica à sola como se pode constatar no Capítulo 6, em que é explicado como todo o processo era realizado. Para recuperar um saber-fazer característico do Concelho de Alcanena, os testemunhos orais de antigos operários revelaram-se fundamentais. Sem essas memórias vivas, não teria sido possível salvaguardar e valorizar um conhecimento enraizado, que foi determinante para moldar a identidade e a história de Alcanena tal como a conhecemos hoje. Estes testemunhos orais podem ser acedidos através dos QR Codes que se encontram no capítulo 6.2 – Antigos processos de curtimenta da sola de tipo A - Alcanena e contextualização dos objetos.
- O campo de Santa Clara, em Lisboa : cidade, história e memória : um roteiro culturalPublication . Serol, Maria Elisabete Gromicho; Câmara, Maria Alexandra Gago daA História do Campo de Santa Clara remonta à conquista da cidade de Lisboa (1147), por ter sido este o local escolhido por D. Afonso Henriques (1139-1185) para acampar com as suas tropas e planear a vitoriosa conquista da cidade aos Mouros. Local de características baldias recebeu no mesmo ano, em resultado do cumprimento de um voto secreto feito ao Mártir São Vicente (Século IV) e a favor da vitória contra o infiel, a sua primeira edificação, a Igreja Mosteiro de S. Vicente. Devido à sua fraca densidade populacional, veio a tornar-se, o Campo, num local de sentenciamento e execução de penas capitais recebendo, por algum tempo, o nome de “Campo da Forca”. Em 1288, já sob o domínio de D. Dinis (1279-1325), acolheu, o Campo, na sua parte oriental o Mosteiro de Santa Clara, do qual provém o seu actual nome. Posteriormente, em meados do século XVI, foi a vez da Infanta D. Maria (1521-1577), filha de D. Manuel I (1485-1521), eleger o local para a construção dos seus Paços e para a edificação da Igreja Paroquial de Santa Engrácia, a qual pelas mais diversas vicissitudes, deu lugar ao Panteão Nacional. O local foi, igualmente, bordejado por edificações com características palacianas. No século XIX deu-se a transferência, definitiva, da Feira da Ladra para o Campo de Santa Clara e a construção de um Mercado, o único e o último dos exemplares da época de ouro da Arquitectura do Ferro em Lisboa. O Campo de Santa Clara reúne, assim, um forte legado patrimonial, artístico e cultural testemunho da sua longa vivência e revelador das diversas mutações sociais operadas ao longo dos anos, relacionadas, por exemplo, com a extinção das ordens religiosas e a alteração de funções dos vários espaços religiosos e civis existentes. Entende-se que, apesar das várias alterações de carácter de utilização sofridas, deve o Campo de Santa Clara ser visto e entendido como um todo, que soube, ao mesmo tempo, preservar as suas características mais intrínsecas. Portador de uma rica e variada história, incorre o Campo no risco de, quer por desleixo ou ignorância, perder a sua memória e a sua identidade. É objectivo deste trabalho recuperar, salvaguardar e perpetuar sob a forma escrita, a sua memória, a sua história e a dignidade que este local merece, valorizando-o e divulgando-o, sob a forma de roteiro histórico patrimonial. A preparação e organização deste roteiro foi precedida de um exaustivo trabalho de campo, que permitiu avaliar, seleccionar, catalogar e inventariar os elementos de maior interesse artístico, patrimonial ou cultural, existentes no local eleito para a elaboração deste trabalho, através do estudo da bibliografia existente, bem como do recurso aos mais diversos arquivos locais e nacionais, que norteou o trabalho de investigação, na busca de fontes manuscritas, impressas e iconográficas de relevante interesse para o trabalho.
- Canaviais: memórias e património de um bairro eborensePublication . Fernandes, Maria Joaquina; João, Maria IsabelO presente trabalho insere-se no âmbito da história local, privilegiando as temáticas da memória colectiva e do património. Como objecto de estudo foi seleccionado o bairro dos Canaviais, situado na zona norte da cidade de Évora, no período balizado entre os anos de 1900 e 1950. Neste espaço de tempo, traçou-se a evolução sócio/económico/cultural da comunidade rural que o criou e fez-se o registo das memórias mais significativas do grupo, associadas às instituições criadas no bairro: a Sociedade Operária de Instrução e Recreio «Educação do Povo», a Casa do Povo e o Albergue Distrital de Mendicidade. Paralelamente, tratou-se o património edificado fazendo o levantamento do mesmo, acompanhado de um breve historial e de algumas sugestões que possam contribuir para a sua defesa e preservação