Mestrado em Estudos sobre a Europa | Master's Degree in Studies on Europe - TMESE
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Browsing Mestrado em Estudos sobre a Europa | Master's Degree in Studies on Europe - TMESE by advisor "Marques, Maria do Céu"
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- A crise dos refugiados nos media portugueses no século XXIPublication . Amaral, Luciano Fernandes do; Marques, Maria do CéuAo longo deste século, assistimos na Europa à chegada de muitos refugiados, tal como no passado, procuram na fuga encontrar o seu porto seguro e num mundo globalizado conviverem com diferentes culturas e num mesmo espaço social. Vários acontecimentos trágicos no decurso do século XXI têm dividido os Estados-Membros e desencadeado posições contrárias aos princípios que estão na base da construção da União Europeia. Contudo, na opinião pública ainda existe espaço para uma constante e recorrente dúvida, quer na atribuição do termo legal de refugiado, quer na ausência da dita solidariedade como denominador comum entre os países da Europa, já que justificando a preservação da sua homogeneidade cultural oferecem uma enorme resistência ao acolhimento de quem precisa. Esta dissertação tem como principal objetivo, refletir sobre a importância na visibilidade das notícias que envolveram os refugiados e por inerência os migrantes e requerentes de asilo em Portugal veiculada pelos media ditos clássicos (legacy media) Imprensa e Televisão portuguesa no século XXI, que podem contribuir para a positiva visibilidade dos mesmos. Neste sentido, em concordância com o estudo teórico feito, optámos pela consulta à imprensa escrita nacional de tiragem diária entre 2001 e 2018, sendo que, o critério de seleção das peças jornalísticas foi na categoria de “refugiado”. De igual forma, recolhemos e registámos os jornais noticiosos dos principais canais generalistas portugueses que representam o mercado televisivo do século XXI, neste caso, o período em análise é compreendido entre janeiro de 2015 e junho de 2018. Realizámos um estudo comparativo de alguns países que fazem parte da União Europeia, onde verificámos que os cidadãos nacionais apresentam um nível de confiança nos media superior à média dos cidadãos residentes nos países da UE.
- A dimensão europeia da cidadania : identidade, formas de participação, representaçõesPublication . Couto, Ana Maria Ribeiro Gomes do; Marques, Maria do CéuA cidadania europeia, instituída em 1993 pelo Tratado de Maastricht, representa um dos passos mais marcantes na história da Europa, mas permanece como um dos grandes desafios da União Europeia. Os cidadãos dos Estados-Membros têm, hoje, um estatuto singular de dupla cidadania, porque pertencem a duas comunidades politicamente organizadas: a nacional e a supranacional. Terão eles desenvolvido um duplo sentimento de pertença, à comunidade de origem e à comunidade europeia? Estarão conscientes dos seus direitos de cidadania? Existe um aparente divórcio entre os cidadãos e a vida democrática da União Europeia, e é comum responsabilizar-se as instituições por essa falta de diálogo. Estas reconhecem a persistência de um fosso que os separa dos cidadãos, bem como o défice de participação destes no processo de construção da União Europeia, e procuram aprofundar o sentido da cidadania, através do reforço dos direitos. O presente estudo sobre a dimensão europeia da cidadania segue duas linhas de orientação: começa por explorar o conceito de cidadania, desde a Antiga Grécia até aos nossos dias; e, depois, aborda o processo de integração europeia, de Roma a Lisboa, analisando as questões ligadas à cidadania da União Europeia: a sua relação com a cidadania nacional; a sua evolução; o seu valor jurídico; os direitos dos cidadãos, incluindo os direitos eleitorais; a Carta dos Direitos Fundamentais; a Iniciativa de Cidadania, bem como outras formas de participação. Explora, ainda, a noção de uma «Europa dos Cidadãos», analisando as realizações concretas da União Europeia para o aprofundamento da cidadania, bem como o envolvimento na vida democrática da UE, através da participação nas eleições para o Parlamento Europeu, nos referendos e por via da Iniciativa de Cidadania. O trabalho termina com um estudo de caso sobre a perceção dos cidadãos sobre a cidadania da União Europeia, o qual incide sobre dois Estados-Membros (Portugal e França), através do recurso aos inquéritos Eurobarómetro.
- Um direito internacional privado europeu?: a europeização do direito internacional privado e o seu contributo para a constituição de uma cidadania europeia e consolidação de um espaço comumPublication . Carneiro, Joana Catarina Miranda; Mimoso, Maria João; Marques, Maria do CéuO Direito Internacional Privado sempre foi um domínio jurídico que gerou profundas reflexões. Nesse sentido, o Direito Internacional Privado Europeu, influenciado pelas instituições europeias, suscita igualmente uma variedade de desafios. Será que estamos a testemunhar verdadeiramente um fenómeno de europeização do Direito Internacional Privado? Em que medida este evento sustenta a noção de cidadania europeia e o contínuo desenvolvimento do espaço comum europeu? Nesta pesquisa, focada na investigação e análise dos variados esforços da União Europeia para a harmonização do Direito Internacional Privado Europeu, utilizando metodologias qualitativas, pesquisa documental, estudo de casos e revisão, chegaremos à conclusão de que o Direito Internacional Privado Europeu representa um marco crucial para a consolidação dos conceitos mencionados. Ainda assim, este campo enfrenta obstáculos consideráveis, que estimulam o pensamento dos estudiosos europeus dedicados ao desenvolvimento deste processo conhecido como a europeização do Direito Internacional Privado. Através de uma análise detalhada das iniciativas europeias visando um objetivo comum, esta pesquisa certamente se destaca como uma valiosa contribuição para os estudos europeus no campo jurídico e social, e para a compreensão dos Regulamentos Europeus sobre Direito Internacional Privado, tanto para especialistas quanto para o público em geral.
- Relações interculturais na Europa: uma perspetiva na imprensa portuguesa entre 2013 e 2015Publication . Mateiro, Júlio Omar Affonso; Marques, Maria do CéuEsta dissertação tem como principal objetivo perceber se os conceitos e paradigmas atuais sobre interculturalidade e espaço público encontram eco na imprensa nacional e contribuem para a formação e estruturação da sociedade. A crise dos refugiados reforçou os nossos valores identitários e mostrou a relatividade dos conceitos humanistas. O aumento da entrada de imigrantes muçulmanos na Europa, habituados a exercer as suas crenças noutro ambiente cultural, veio trazer conflitos ao nosso meio ambiente. O âmbito deste estudo reside na reflexão em torno do que poderão ser as bases de uma cultura comum, os preceitos da interculturalidade, que nos permitam adotar relações interculturais saudáveis como forma de estar no mundo. Abordamos a questão do ponto de vista dos estereótipos, a língua, a educação e o modo como, de uma maneira geral, chegamos ao conhecimento do outro e da sua cultura. Tudo isto são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento de uma atitude intercultural que promova o entendimento entre os povos. O espaço público e o que ele representa numa sociedade multiétnica, multirreligiosa e multicultural reflete a nossa identidade e modo de vida determinando tanto o presente como o futuro. São também considerados os novos espaços públicos bem como o espaço público sob diversos pontos de vista que não apenas o da comunicação social. Em concordância com o estudo teórico feito, fazemos uma consulta à imprensa escrita portuguesa, entre 2013 e 2015 sobre a crise dos refugiados, procurando desconstruí-la, a fim de detetar se a realidade das notícias e o seu impacto na sociedade e no espaço público vão ao seu encontro, se aproximam ou se afastam. De acordo com o estudo que realizámos, pode concluir-se que a comunicação social influencia a sociedade através da validação ou contestação dos seus valores culturais, e que a sociedade influencia a interculturalidade na transmissão intergeracional desses mesmos valores, formando-se uma sinergia que pode ser negativa ou positiva mas sempre responsabilizante.
- Representações mediáticas da União Europeia na Imprensa Cabo-Verdiana no primeiro semestre de 2018Publication . Ferreira, Nuno Andrade; Marques, Maria do CéuA forma como a União Europeia comunica é parte fundamental do seu processo de afirmação na esfera pública, junto dos cidadãos, tanto num plano interno, como externo. Este trabalho parte da premissa de que os media desempenham um papel fundamental na construção das representações que permitem a edificação da imagem da organização. No plano internacional, o modo e a frequência com que a União Europeia é notícia impacta o seu processo de legitimação e capacidade de ação enquanto ator político global. Cabo Verde tem na União Europeia um dos seus principais parceiros externos, com relações de cooperação que se estendem a várias áreas, consolidadas ao longo de décadas e consubstanciadas através de diferentes acordos e mecanismos. O estudo das representações mediáticas da União Europeia na imprensa cabo-verdiana permite verificar com que frequência e de que forma a organização é notícia em Cabo Verde, procurando-se compreender se a centralidade das relações políticas, institucionais e económicas encontra correspondência no espaço mediático cabo-verdiano. Através da análise de conteúdo aos artigos publicados nas edições online e impressa do jornal Expresso das Ilhas durante o primeiro semestre de 2018, conclui-se que a União Europeia é objeto de notícia, em diferentes áreas temáticas, e com recurso a diferentes géneros jornalísticos, mas quase sempre com pouca profundidade e contexto.
- Visões do resgate financeiro de Portugal em 2011 na imprensa diária generalista portuguesaPublication . Silva, Séfora Margarida Confraria; Marques, Maria do CéuVinte e cinco anos depois de Portugal ter integrado a União Europeia, num contexto de crise económica internacional, surge a intervenção do FMI em Portugal. Este é o terceiro pedido de resgate financeiro do país, desde o fim da ditadura, mas o primeiro feito em contexto da Europa de Schengen, da moeda única, da integração. Num país com elevada taxa de abstenção eleitoral, num mundo onde os jornais perdem leitores diariamente e onde a Internet ganha terreno face à imprensa escrita, dita tradicional, fizemos um estudo exploratório de como a imprensa nacional generalista abordou a chegada da ajuda externa internacional a Portugal. Comparámos três dos principais diários generalistas, em relação ao layout, ao conteúdo e à postura dos próprios jornais, durante os meses de março, abril e maio de 2011. Escolhemos o diário com maior tiragem – Correio da Manhã e os dois jornais que são considerados diários de referência: Público e Diário de Notícias. Sempre norteados pelo princípio de que os jornais ainda desempenham a sua dupla função de espelho da realidade e da construção social, por um lado, e, por outro, como fonte de informação e construção da opinião pública, concluímos que o fizeram em quatro grandes linhas de ação: tornando a crise um assunto diário e de destaque; introduzindo a Economia como tema de jornais generalistas; assumindo uma rutura com a União Europeia pela primeira vez e introduzindo uma linguagem económica na vida quotidiana dos cidadãos.