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  • Produção de vogais orais tónicas do PLE por falantes nativos de chinês mandarim
    Publication . Castelo, Adelina; Freitas, Maria João
    O presente estudo tem dois objetivos: descrever a produção de vogais orais tónicas por falantes nativos de chinês mandarim em processo de aprendizagem do português europeu como língua estrangeira e identificar as implicações didáticas decorrentes dos resultados descritos. Os participantes (oito falantes nativos de chinês mandarim aprendendo português durante um ano letivo) realizaram uma tarefa de nomeação de imagens correspondentes a itens lexicais fonologicamente controlados; as suas produções orais foram gravadas e foneticamente transcritas. Os resultados são descritos tendo em conta (i) o impacto das variáveis fonológicas na taxa de sucesso de produção de vogais e (ii) os tipos de estratégias de reconstrução nas produções não conformes ao alvo. Os resultados contribuem para a definição do perfil fonético dos aprendentes chineses de português. Por fim, são identificadas implicações didáticas dos dados relevantes para o ensino do português no contexto em foco.
  • A aquisição das consoantes laterais do português europeu por aprendentes chineses
    Publication . Zhou, Chao; Freitas, Maria João; Castelo, Adelina
    The present study examined the production of European Portuguese (EP) lateral consonants by 14 Chinese learners, through a picture naming task eliciting the target segments in all possible syllable and word-level positions. Our results illustrate that /l/ is stable in singletons (100% target-like) due to the positive transfer from Mandarin Chinese. However, it is very often vocalized in codas (only 16.7% target-like production, [ɫ]), which might be attributed to a phonetically based tendency (Graham, 2017; Johnson & Britain, 2007). The high accuracy (97% target-like) of /l/ in onset clusters, an absent structure in the L1, can be the result of the heterosyllabic nature of EP obstruent-liquid sequences (Veloso, 2006) or of the association of two segments to a single skeletal position, which was also argued as an intermediate stage in EP L1 acquisition (Freitas, 2003)./ʎ/ is still in acquisition (52.4% target-like), and is often produced as an L1 category [lj], due to acoustic and articulatory similarity.
  • Vogais orais tónicas por aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu como língua segunda
    Publication . Duan, Hongrui; Castelo, Adelina; Freitas, Maria João
    No processo de aquisição do Português Europeu (PE) por falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), vários desafios fonéticos e fonológicos se colocam, sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e, ɛ/, /o, ɔ/. Para identificar as dificuldades na aprendizagem destas vogais por alunos chineses, o presente estudo-piloto centra-se nas vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ produzidas em posição tónica, em diferentes condições experimentais (tarefas de nomeação, de descrição, de repetição e de leitura); as informantes observadas são chinesas, estudam português como língua segunda (L2) e têm nível intermédio-alto de proficiência linguística. Os resultados evidenciam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e, ɛ/ e /o, ɔ/, sendo a Altura de Vogal a propriedade mais problemática, com as vogais médias [e, o] associadas a taxas de sucesso baixas. Observou-se, ainda, uma maior quantidade de produções corretas das labiais do que das coronais e um melhor desempenho nas tarefas de repetição, de leitura e de nomeação do que na de descrição. Transferência do conhecimento linguístico prévio (CM), princípios universais e caraterísticas fonológicas da língua-alvo (PE) são evocados na discussão sobre o que condiciona o desempenho das informantes. Com base nos dados recolhidos e nas hipóteses sobre as causas a estas subjacentes, defende-se a relevância de uma instrução explícita sobre a pronúncia das vogais /e/, /ɛ/, /o/ e /ɔ/ em níveis avançados de ensino-aprendizagem de português como L2, da análise acústica como ferramenta de aprendizagem da pronúncia e da realização de tarefas de fala controlada e espontânea.
  • Apresentação do "Corpus" de português língua estrangeira/língua segunda – COPLE2
    Publication . Antunes, Sandra; Mendes, Amália; Gonçalves, Anabela; Janssen, Maarten; Alexandre, Nélia; Avelar, Antonio; Castelo, Adelina; Duarte, Inês; Freitas, Maria João; Pascoal, José; Pinto, Jorge
    Neste artigo, apresentamos um novo corpus do Português LE / L2 (COPLE2), composto por dados de escrita e de fala produzidos por alunos estrangeiros de Português da Universidade de Lisboa. O nosso objetivo é reforçarmos os dados que temos sobre a aprendizagem do Português como língua estrangeira (LE). Julgamos que o COPLE2 constituirá um bom recurso para professores e investigadores, uma vez que irá fornecer dados empíricos para: (i) identificar erros gerais de aprendizagem do Português L2; (ii) servir de base a manuais e a outros materiais didáticos destinados a grupos específicos de estudantes; e (iii) usar estes dados na formação de professores, tendo em conta a análise das correções dos professores.
  • On the acquisition of European Portuguese liquid consonants by L1- Mandarin learners
    Publication . Zhou, Chao; Freitas, Maria João; Castelo, Adelina
    The present study aimed to investigate the developmental patterns of acquisition of the European Portuguese liquid consonants by L1-Mandarin speakers, and to examine the prosodic effect on L2 phonological acquisition. Fourteen L1-Mandarin learners participated in a picture-naming task and results showed that the alveolar lateral was produced accurately in branching/non-branching onset, while it was frequently vocalized in coda; the palatal lateral was produced as a Mandarin palatalised lateral nearly half of the time; the tap was acquired in coda before onset and the repair strategies were context-dependent: in non-target-like realisations, it was articulated as an alveolar lateral in onset but accommodated in diverse ways in coda (epenthesis, deletion, segmental repair); the uvular rhotic was acquired fairly well, however, its phonetic parameters were not mastered simultaneously by learners. Our results suggest that the degrees of difficulty in L2 segmental learning vary as a function of the relationship between L1 and L2 categories and the syllable constituency effect observed in the acquisition of the Portuguese alveolar lateral and the tap could be attributed to L2-to-L1 allophonic category mapping and L1 phonotactic restriction, respectively.
  • A aquisição das consoantes líquidas do português europeu em coda por aprendentes chineses
    Publication . Zhou, Chao; Freitas, Maria João; Castelo, Adelina
    Vários estudos sobre aquisição da língua segunda revelam a dificuldade de falantes não nativos na aquisição das consoantes líquidas (e.g. Bradlow 2008, Bradlow et al. 1999, Derrick 2005). Embora haja referências às produções não conformes aos alvos dos aprendentes chineses relativamente às líquidas do Português Europeu (PE), feitas com base na experiência docente (Wang 1991) e em dados de escrita (Nunes 2014), tanto quanto sabemos, investigação sustentada em dados de produção oral não foi ainda desenvolvida para o PE. O PE apresenta quatro consoantes líquidas (as laterais /l/ e / ʎ /, as vibrantes /ɾ/ e /R/) (Mateus et al. 2005). Em coda apenas ocorrem /l/, realizada como [ɫ], e /ɾ/, realizada como [ɾ]. No Chinês Mandarim (CM), existem duas consoantes líquidas, /l/ e /r/ (Duanmu 2005, Lin 2007), apenas /r/ ocorrendo em posição de coda e sendo foneticamente realizada como [ɹ]. O presente trabalho examina a produção das consoantes líquidas do PE em coda por parte de catorze falantes chineses, com idades compreendidas entre os 19 e os 21 anos, tendo dois anos de aprendizagem de português como língua estrangeira (PLE) na China e três meses de imersão em Lisboa. Todos os informantes participavam, no momento da recolha, em aulas de PLE do nível B1(Instituto da Cultura e Língua Portuguesa, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e têm o mandarim como única língua materna. Foi efectuada uma recolha de dados através da aplicação de um teste de nomeação, com palavras-alvo dissilábicas ou trissilábicas, com consoantes líquidas em sílaba tónica e nas várias posições de sílaba e de palavra possíveis no PE. As produções dos informantes foram gravadas e a sua transcrição fonética foi concretizada por colaboradores experientes na tarefa. Os resultados mostram que os falantes chineses têm dificuldade em produzir as consoantes líquidas em coda, apresentando uma menor taxa de sucesso em /l/ (16.7%) do que em /ɾ/ (73.8%). Estes dados serão discutidos à luz (i) da relação entre nível segmental e níveis prosódicos (Nespor & Vogel 1986) e (ii) do ‘Speeching Learning Model’ (Flege 1995), segundo o qual os sons com maior contraste fonológico entre a L1 e a L2/LE são os mais fáceis de adquirir. Serão ainda analisadas as estratégias de reconstrução utilizadas pelos informantes, estratégias essas que apontam para a construção de representações fonológicas distintas entre os dois segmentos já no nível B1. Tais dados fornecem indicações para delinear o perfil fonético-fonológico do aprendente chinês de PLE e pistas para a planificação didáctica no domínio do ensino da estrutura sonora do PE como L2/LE.
  • O uso de vogais ortográficas por aprendentes de português como língua estrangeira: unidade na diversidade
    Publication . Castelo, Adelina; Santos, Rita Nazaré; Freitas, Maria João
    No Português europeu (PE), o domínio da ortografia do sistema vocálico é dificultado por algumas particularidades fonológicas desta variedade (redução vocálica e apagamento de vogais em posição átona), bem como pela acentuada assimetria entre oralidade e representação escrita de segmentos não-consonânticos. No presente estudo, avaliámos 266 textos escritos de aprendentes de PE como língua segunda e falantes de diferentes línguas. Os dados pertencem ao Corpus de Português Língua Estrangeira/Língua Segunda – COPLE2 e resultam de materiais produzidos em cursos anuais e de verão de Português Língua Estrangeira (PLE) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 2010 e 2012. Ao propor uma categorização para os erros ortográficos que afetam o registo das vogais, verificámos a maior frequência de erros de acento (67%), seguidos dos erros segmentais (27%) e dos erros de conversão (3%). A análise dos resultados indiciou a interferência de fatores ortográficos e fonológicos no desempenho ortográfico e fundamentou algumas contribuições para o ensino do PLE.
  • A produção de vogais não-centrais médias e baixas em aprendentes chineses de português como língua estrangeira: revisitação de dados
    Publication . Castelo, Adelina; Nazaré Santos, Rita; Freitas, Maria João
    No presente trabalho, focar-nos-emos nas vogais fonológicas não-centrais (coronais e labiais), por serem as classes que apresentam contrastes de altura em português europeu (PE). No sistema fonológico do PE, tanto as vogais coronais como as labiais apresentam três níveis de altura, frequentemente classificados como alto, médio e baixo (vogais coronal e labial, respetivamente, em cada par): /i, u/ como altas; /e, o/ como médias; /ɛ, ɔ/ como baixas (cf. Mateus e Andrade, 2000; Mateus, Falé e Freitas, 2016). Já no chinês mandarim (CM), registam-se menos contrastes de altura nestas classes de vogais, levando Duanmu (2007), por exemplo, a propor um sistema fonológico com apenas duas vogais não-centrais: a coronal alta /i/ e a labial alta /u/. Para melhor compreender o desenvolvimento da aquisição fonológica do PE por parte dos falantes nativos de CM, é, pois, pertinente observar as produções das vogais não-centrais, sobretudo dos segmentos médios e baixos, inexistentes no CM. Contudo, os poucos dados sobre a produção destas vogais estão dispersos em vários estudos, com diferenças ao nível dos grupos de participantes (com diferentes perfis sociolinguísticos) e das tarefas de produção. Assim sendo, a presente comunicação pretende revisitar esses estudos e analisar os seus resultados, a fim de obter uma melhor compreensão do fenómeno em causa. Os resultados de Oliveira (2006), embora obtidos com aprendentes de outras línguas maternas que não o CM, revelam-nos já, mesmo nos níveis de proficiência linguística B1 e C2 (segundo o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, 2001) e em tarefas de fala controlada, dificuldades na produção dos contrastes [e]-[ɛ] e [o]-[ɔ]. Castelo e Santos (2017) analisaram as produções de fala espontânea de aprendentes chineses com diferentes níveis de proficiência linguística e identificaram erros frequentes na produção dos segmentos-alvo [e] e [o], bem como erros frequentemente relacionados com a altura das vogais. Castelo e Freitas (2019), por seu turno, observaram as produções de aprendentes chineses de nível A2 numa tarefa de nomeação e registaram problemas sobretudo na produção de [e] e [o], maioritariamente substituídos pelos vogais baixas correspondentes. Finalmente, Duan (2021) observou igualmente dificuldades na produção de [e] e [o], em aprendentes com um nível de proficiência mínima de B2 e em diferentes tarefas de produção (desde imitação e leitura, até nomeação e fala espontânea). Zhang (2018) e Nan (2021) são dissertações recentes, cujos resultados sobre produção de vogais por falantes de CM igualmente consideraremos. Em síntese, no presente trabalho, pretendemos converter os resultados dos estudos acima mencionados em taxas de sucesso (por exemplo, o trabalho de Castelo e Santos, 2017, baseia-se apenas na apresentação dos erros encontrados), sistematizar as estratégias de reconstrução utilizadas pelos aprendentes, bem como comparar e analisar os resultados em termos dos níveis de proficiência dos aprendentes, dos tipos de tarefas de produção e dos inventários vocálicos do PE e do CM.
  • Os sons que estão dentro das palavras: descrição e Implicações para o ensino do português como língua materna
    Publication . Freitas, Maria João; Rodrigues, Celeste; Costa, Teresa; Castelo, Adelina
    Em "Os Sons que Estão Dentro das Palavras", procedemos à descrição da unidade gramatical segmento, entendida, nesta publicação, como constituinte fonológico e comummente referida como som da fala. Inicialmente, listamos um conjunto de informações sobre as propriedades intrínsecas dos segmentos identificados no Português europeu padrão e demonstramos a sua natureza gramatical. Em seguida, refletimos sobre o seu funcionamento em diferentes áreas dialetais, a sua aquisição em contexto de língua materna e o seu tratamento em ambiente educativo. Por fim, apresentamos algumas propostas de atividades sobre a unidade gramatical em foco para os vários ciclos de ensino, construídas numa perspetiva de laboratório gramatical.
  • Vogais orais tónicas em aprendentes chineses com proficiência intermédia-alta no português europeu: alguns resultados
    Publication . Duan, Hongrui; Castelo, Adelina; Freitas, Maria João
    No processo de aquisição da língua portuguesa, existem desafios fonético-fonológicos para os falantes nativos do Chinês Mandarim (CM), sendo uma das maiores dificuldades a aquisição dos pares contrastivos /e/-/ɛ/ e /o/-/ɔ/ do Português Europeu (PE) (e.g. Castelo & Freitas, 2019, para aprendentes de nível elementar; Wang, 1991). Por isso, o objetivo deste trabalho consiste em alargar a investigação sobre a aquisição dessas vogais por falantes nativos do CM a aprendentes de nível intermédio-alto de proficiência linguística e à consideração dos diferentes tipos de tarefa, a par da influência das propriedades vocálicas. Investigámos as produções orais de dezasseis palavras contendo as vogais-alvo por parte de três informantes chinesas de 25 anos que estudavam o português como L2 havia vários anos, tinham três anos de imersão em Portugal e apresentavam uma proficiência linguística de, pelo menos, nível B2 no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (2001, 2020). Além das palavras-alvo, incluíram-se catorze palavras distratoras. Na escolha das palavras-alvo, controlaram-se as seguintes variáveis linguísticas: categoria morfossintática da palavra (nomes), extensão da palavra (dissílabos), formato silábico (CV), padrão acentual (paroxítono, com as vogais-alvo em posição tónica), contexto fonético da vogal em análise (entre consoantes oclusivas, fricativas ou nasais). As propriedades linguísticas manipuladas foram a altura (médias vs. baixas) e o ponto de articulação de vogal (coronais vs. labiais), de modo que havia quatro condições experimentais e quatro palavras para cada condição (por exemplo, quatro palavras para a vogal média e coronal: dedo, medo, mesa, seda). Optámos ainda por recolher dados através de quatro tarefas: (1) nomeação de imagens; (2) descrição de imagens; (3) repetição de palavras a partir de estímulos auditivos gravados; (4) leitura de texto. Após a validação das imagens com outras participantes chinesas e uma semana antes da recolha de dados, a primeira autora realizou um treino com as três informantes chinesas para garantir o conhecimento das palavras-alvo. A recolha de dados de produção foi efetuada pela primeira autora com cada uma das informantes, de modo individual, num gabinete silencioso, procedendo-se à gravação das produções orais num gravador portável ZOOM H4n Pro com 44.1kHz de frequência de amostragem, a 16 bit, por meio de um microfone vocal SHURE SM58. As vogais-alvo das produções orais foram identificadas através do cruzamento de dados de análise acústica (Praat 6.1.04, cf. Boersma & Weenink, 2019) com a transcrição fonética validada por um conjunto de três transcritores com treino nesta tarefa e falantes nativos do PE. Os resultados da avaliação confirmam a aquisição problemática dos contrastes vocálicos /e/-/ɛ/ e /o/-/ɔ/, sendo especialmente problemática a produção das vogais médias, mesmo em falantes de níveis intermédios-altos de proficiência linguística: a vogal média [e] é produzida corretamente em apenas 17% das sequências (vs. 97,9% na vogal baixa [ɛ]); a vogal média [o] atinge uma taxa de sucesso de 34,8% (vs. 100% na vogal [ɔ]). Estes resultados sugerem um problema específico no domínio do grau de altura das vogais, já que todos os erros das informantes envolvem alterações no grau de altura e nenhuma no ponto de articulação. À vista disto, argumentamos que as informantes terão sofrido um processo de fossilização na sua interlíngua (Selinker, 1972) e discutimos como a transferência do conhecimento prévio do sistema fonológico do CM (cf. descrições de Duanmu, 2007; Lin & Wang, 2013), as caraterísticas fonológicas do PE (cf. descrição de Mateus e d’Andrade, 2000), a Hipótese do Reemprego (Archibald, 2005, 2009) e universais linguísticos ([i, a, u] como vogais não marcadas, universais – e.g. Veloso, 2012) poderão estar a condicionar o seu desempenho. Quanto aos tipos de tarefa, verificamos um melhor desempenho nas tarefas de repetição e de leitura, seguido pelo da tarefa de nomeação e, depois, pelo da tarefa de descrição. Atribuímos estes resultados ao efeito facilitador dos estímulos ortográficos (na leitura) e auditivos (na repetição) e à maior complexidade (na tarefa de descrição). Este resultado confirma a importância de considerar, não só dados de produção controlada, como de produção espontânea, para averiguar o domínio de uma determinada estrutura fonético-fonológica (e.g. Celce-Murcia et al., 2010). Os resultados obtidos mostram, pois, que vários anos de aprendizagem formal e de imersão linguística não são suficientes para os falantes nativos de CM adquirirem os contrastes de altura em /e/-/ɛ/ e /o/-/ɔ/, sendo necessária uma intervenção fonético-fonológica dirigida aos problemas apresentados pelos aprendentes.