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- A «invasão mística» em Portugal (sécs. XVI e XVIII), um universo esquecidoPublication . Pinto, Porfírio; Abrantes, Eugénia; José Paulo Leite de AbreuO P.e Henri Bremond criou, no início do séc. XX, a expressão «invasão mística» para referir a vaga de experiências místicas que encheram o séc. XVII francês. Depois dele, outros autores usaram-na para mencionar outras vagas místicas, de outros espaços e doutros tempos. Portugal também conheceu uma vaga semelhante, de meados de quinhentos a meados de setecentos, bem testemunhada pelas crónicas, mas que permanece, hoje, um universo esquecido. É verdade que, no início dessa vaga, houve o caso da «Monja de Lisboa» que acabou por lançar a suspeição sobre qualquer tipo de manifestação mística. As simulações e os casos de falsa santidade não terminaram aí, mas umas e outros não devem ofuscar as verdadeiras experiências místicas que aconteceram e que aqui queremos abordar de modo exploratório.
- Literatura mística: expressões nacionais de um fenómeno globalPublication . Pinto, Porfírio
- Origens da sensibilidade devocional da narrativa de FátimaPublication . Franco, José Eduardo; Pinto, PorfírioA narrativa de Fátima é profundamente devedora das correntes modernas de espiritualidade mariana, ou cristológico-mariana. A Senhora que apareceu em Fátima, na última das suas aparições, revelou-se como «a Senhora do Rosário». Esta invocação mariana, que se afirmou nos anos subsequentes à conclusão do concílio de Trento (sobretudo depois da Batalha de Lepanto, em 1571), era particularmente venerada pelos Pastorinhos na sua paróquia de Fátima. No entanto, nas conversas destes com a Senhora vestida de branco, «mais brilhante que o sol» (cf. Ct 6, 10; Ap 12, 1), sobressai a doutrina reparadora do Imaculado Coração de Maria, bem como a sombra protetora da Mãezinha do Céu, a «Mãe de misericórdia» da tradição monástica. São estas duas sensibilidades modernas que constituirão o objeto da breve abordagem apresentada neste nosso ensaio.
- O Flos sanctorum proibidoPublication . Pinto, PorfírioO presente estudo debruça-se sobre a sorte dos legendários hagiográficos medievais no século XVI, quando deixaram de ser publicados e deram lugar a outros legendários historiograficamente mais críticos e veiculando um novo tipo ou modelo de santidade, que correspondia melhor às exigências do concílio de Trento. Durante este processo de mudança, é curioso observar que ditos legendários em romance foram objeto de um controlo apertado da Inquisição, pelo que alguns deles incorporaram os índices de livros proibidos da altura.
- Escrutar as Escrituras com arte e com alma: Vieira e a BíbliaPublication . Pinto, Porfírio
- A violência nos escritos bíblicos: em torno do hérem deuteronomistaPublication . Pinto, PorfírioA Bíblia, nomeadamente o Antigo Testamento, tem textos de uma violência insuportável. Já na Antiguidade, Marcião não queria nada com o Deus veterotestamentário, que ordenava a Abraão que matasse o seu próprio filho, ou aos israelitas que exterminassem os cananeus ou os amalecitas. O Abbé Pierre, há trinta anos atrás, referia-se às conquistas de Josué como o “primeiro genocídio”. Se entendermos essas narrativas como textos históricos, então, temos de concordar que a Bíblia é “um manual de maus costumes” (José Saramago). Todavia, hoje, temos cada vez mais consciência de estar perante textos de propaganda, textos retóricos ao serviço de uma ideologia, em confronto com outras, e é através desse conjunto heterogéneo que Deus “fala”.
