Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
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- Acidentes de serviço em profissionais de saúde: identificação, representações e comportamentos face à exposição microbiológica acidentalPublication . Arrabaço, Maria de Fátima dos Santos Ramalho; Ramos, NatáliaOs acidentes de serviço por exposição microbiológica acidental constituem um dos principais riscos de transmissão ocupacional de infecções por contacto com sangue e outros fluidos corporais, os agentes infecciosos mais frequentemente envolvidos são os vírus da hepatite B, C e o vírus da imunodeficiência humana (VIH). Tratou-se de um estudo descritivo e exploratório, inserido numa abordagem quantitativa e qualitativa. Teve como objectivo identificar e caracterizar os acidentes de serviço/trabalho por exposição microbiológica acidental ocorridos nos profissionais de saúde do Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E./Hospital de S. José durante os anos de 2002 a 2006 e conhecer as Representações e os Comportamentos dos profissionais de saúde aquando da ocorrência de uma exposição microbiológica acidental. Os participantes deste estudo foram os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica) e que tenham sofrido um acidente de serviço/trabalho com exposição microbiológica acidental do ano de 2002 até Julho do ano de 2007, constituiu-se uma amostra não probabilistica utilizando a técnica de amostragem por conveniência, constituída por 20 participantes que se disponibilizaram a participar no estudo após o Consentimento Informado. Para a realização do estudo optou-se por recorrer a um conjunto de métodos de colheita de dados, privilegiando a análise documental através do questionário epidemiológico de caracterização e análise dos acidentes de serviço e de uma entrevista semi-directiva no âmbito da qual se aplicou um questionário de caracterização sóciodemográfica, apoio social e actividades de tempos livres, aspectos relacionados com a percepção sobre os riscos a que se encontram expostos no ambiente hospitalar e com o circuito de notificação do acidente de serviço/trabalho. Elaborou–se um guião de entrevista semi-directiva de acordo com os objectivos da investigação. Procedeu-se, posteriormente, à análise dos acidentes de serviço que envolveram exposição microbiológica durante o período em estudo e dos dados sócio-demográficos do questionário aplicado no âmbito da entrevista, através do programa informático pakage estatístico “Statistica/Program for Social Sciences-SPSS" para Windows (versão 12). O tratamento das entrevistas foi efectuado através da análise de conteúdo. Os resultados obtidos revelaram que os acidentes de serviço ocasionados por material perfuro-cortante entre os profissionais de saúde são frequentes devido ao número elevado de manipulação destes instrumentos, principalmente de agulhas e apresentam prejuízos aos profissionais e à Instituição. Estes acidentes podem oferecer riscos à saúde física e mental dos profissionais de saúde, com repercussões psicossociais, levando a mudanças nas relações sociais, familiares e de trabalho. A prevenção dos acidentes de serviço por exposição microbiológica passa essencialmente pela introdução de dispositivos médicos com sistemas de segurança, por práticas de trabalho seguras, e pela formação dos profissionais de saúdel
- Acolhimento do utente idoso em internamento de ortopedia: um estudo num centro hospitalar da Região de LisboaPublication . Guedes, Porfírio Gomes; Ramos, NatáliaEste estudo foi realizado com o objectivo de conhecer “Quais os factores que contribuem para o bom ou mau acolhimento do idoso no internamento de ortopedia na opinião dos idosos internados." Foi realizado num internamento de ortopedia de um centro hospitalar da região de Lisboa. É um estudo qualitativo, do tipo exploratório, descritivo de nível I. No contexto teórico-conceptual com o objectivo de suportar o estudo empírico é abordado o Envelhecimento; a Sociedade e a Família; o Hospital Ortopédico; a Ortopedia e o Idoso; a Ansiedade e a Dor; a Comunicação e a Informação em Cuidados de Saúde; a Relação de Ajuda; a Humanização nos Cuidados e Serviços de Saúde. Na colheita de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada, a qual foi aplicada a 30 utentes. Recorreu-se à análise de conteúdo para o tratamento das questões abertas e análise qualitativa e recorreu-se à estatística descritiva para o tratamento das perguntas fechadas. Dos resultados do estudo ressalta da opinião dos idosos entrevistados, a necessidade de melhorar o acolhimento pela valorização de um certo número de constrangimentos. Ao nível Organizacional os espaços físicos são pela descrição destes utentes extremamente reduzidos na urgência, e reduzidos na enfermaria de ortopedia; a qualidade de materiais deveria ser revista e adequada às reais necessidades do utente (nas camas, nas macas, nos acessos ao bar e espaço verde, etc); os horários de visitas encontram-se profundamente desenquadrados das necessidades dos utentes e das famílias, apresentando-se incómodos e limitativos na duração; há um número reduzido de profissionais em determinados turnos; os procedimentos que conduzem a um combate e avaliação da Dor eficaz não se apresentam os mais adequados. Ao nível dos Aspectos Relacionais verifica-se um esforço dos profissionais no sentido de ultrapassar os profundos constrangimentos físicos e organizacionais; os utentes demonstram interesse e vontade em participar no projecto terapêutico, evidenciando conhecimentos de uma realidade que não é praticada nesta instituição em grande parte por condicionalismos organizacionais; é notória a falta de formação dos profissionais na relação utente/profissional de saúde; é necessário investir na formação dos profissionais relativamente à informação/comunicação em saúde
- Adesão e gestão do regime terapêutico em diabéticos tipo 2: o papel do suporte social e da satisfação com os cuidados de enfermagemPublication . Correia, Carla Susana Lopes; Ramos, NatáliaO estudo sobre “Adesão e gestão do regime terapêutico em diabéticos tipo 2. O papel do suporte social e da satisfação com os cuidados de enfermagem", tem como objectivos conhecer as representações que o diabético tipo 2 tem em relação à diabetes e de que forma estas influenciam a vivência da doença no dia a dia; identificar o nível de adesão às actividades de auto-cuidado do diabético tipo 2; analisar de que forma os diabéticos integram a gestão do regime terapêutico na sua vida diária; identificar as dificuldades sentidas pelo diabético na gestão do regime terapêutico; analisar de que forma o suporte social contribui para a gestão eficaz do regime terapêutico; e identificar o grau de satisfação do diabético relativamente aos cuidados prestados na consulta de enfermagem, nomeadamente quanto à comunicação/informação. O estudo realizado é do tipo exploratório-descritivo e decorreu na consulta de enfermagem ao utente com diabetes no Centro de Saúde da Lourinhã. Para a recolha de dados foi utilizada uma amostra não probabilística constituída por 50 participantes. Utilizou-se como técnicas de recolha de dados: um guião de entrevista semi-estruturado, desenvolvido especificamente para este estudo; a aplicação de duas escalas, a “Summary of Diabetes Self-Care Activities Measure -SDSCA" de Glasgow, Toobert, Hampson (2000), traduzida e adaptada para Portugal por Bastos e Lopes (2004) que pretende medir a adesão às actividades de auto-cuidado na diabetes e a “Escala de Satisfação dos utentes com os cuidados de enfermagem no centro de saúde – SUCECS26" de Ribeiro (2003); e a análise dos registo de enfermagem na consulta. Utilizou-se uma análise quantitativa, com estatística descritiva, para a análise das escalas e das perguntas fechadas do guião, e uma análise qualitativa através da análise de discurso, para as perguntas abertas. Os resultados obtidos revelam que a alimentação e o exercício parecem ser as actividades de auto-cuidado que os diabéticos tipo 2 mais dificuldade têm em integrar na vida diária, com consequentes níveis de adesão mais baixos. O suporte social, especialmente a família parece ter um papel fundamental, colaborando na realização de algumas actividades de auto-cuidado, como a auto-vigilância da glicemia, nos cuidados aos pés e na preparação da medicação. A falta de compreensão por parte de familiares e amigos para o cumprimento do plano alimentar e de exercício foi referido pelos participantes como o aspecto menos positivo do apoio social. Relativamente à satisfação com os cuidados prestados na consulta de enfermagem, verificou-se uma satisfação global de 82,77%. Os aspectos mais valorizados foram a qualidade na assistência, a individualização da informação e o envolvimento do utente nos cuidados prestados. A relação terapêutica estabelecida com as enfermeiras e o facto de adquirirem conhecimentos foram também os aspectos considerados mais relevantes na ajuda à gestão eficaz do regime terapêutico, contribuindo para uma maior segurança e controlo. Os aspectos menos positivos, foram a formalização da informação por escrito, e a falta de cumprimento do horário estabelecido para a consulta. De acordo com os dados obtidos sugere-se que se encontrem estratégias a nível da consulta de enfermagem que promovam um maior envolvimento e participação da família nos cuidados a prestar aos diabéticos, com vista a facilitar a adesão e a gestão do regime terapêutico
- Alimentar no final da vida : transição do familiar cuidador para a recusa alimentarPublication . Resende, Ana Rita Pinto; Lopes, ManuelO presente estudo submetido ao tema, alimentar no final de vida, foi desenvolvido no contexto do mestrado, em comunicação em saúde A pergunta de partida proposta foi Como é que o familiar cuidador experiencia a transição para a recusa alimentar do doente oncológico adulto, em cuidados paliativos? A investigação foi alicerçada no paradigma qualitativo, sendo um estudo exploratório e descritivo. Teve como objectivos, compreender a função da alimentação na estrutura de cuidados do familiar cuidador; compreender como o familiar cuidador viveu a progressiva recusa alimentar da pessoa cuidada, até ao momento da morte. Realizaram-se dez entrevistas semi-estruturadas, a familiares cuidadores de doentes oncológicos adultos, em cuidados paliativos, sendo a análise de conteúdo do tipo indutiva. Os dados revelaram que o processo de transição decorre num contínuo, mas foi esquematizado em três fases, para facilitar a sua interpretação. Estas são: despertar para a doença – sem recusa alimentar alertando para a doença; lutar contra a morte – recusa inicial, consciencializando o agravamento da doença, entre o aceitar e o negar a morte – o confronto sistemático com a recusa alimentar consciencializando a proximidade da morte, tendo a última uma subdivisão, a morte iminente. Concluímos que o familiar cuidador está a vivenciar, simultaneamente com o processo de recusa alimentar, um processo de transição de desenvolvimento pessoal, que decorre ao longo da doença e persiste, mesmo após a morte da pessoa cuidada. A alimentação assume-se como um barómetro da doença na qual o familiar cuidador projecta as suas respostas à perda. Há factores condicionantes inerentes ao contexto da alimentação e da doença que, para além de se influenciarem entre si, influenciam as respostas do familiar cuidador à recusa alimentar e ao luto. A compreensão desses factores, pelo familiar cuidador, sofre uma evolução no decorrer da doença pelo que se manifesta na resposta vivencial.
- Auto-conceito/auto-estima e rendimento escolar em alunos do 2º e 3º Ciclos do ensino básico: contributo para melhorar a comunicação e o bem-estar em contexto escolarPublication . Gomes, Maria Antónia Valério Marques Mineiro; Goulão, FátimaA presente investigação teve como principais objectivos verificar, em alunos em final de ciclo 6º ano e 9º ano, de que forma o desempenho académico, o auto conceito e a auto-estima desses alunos se correlacionavam com as retenções. A amostra foi constituída em função do universo escolar restrito disponível. É composta por 80 alunos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos. O estudo realizado é de natureza naturalista, descritivo-correlacional, e socorre-se de uma metodologia de análise quantitativa. Com a finalidade de obter os dados utilizou-se a escala de auto-conceito e auto-estima (Peixoto e Almeida, 1999), a escala de atribuição causal (adaptada por Seno, 1992) e instrumentos complementares de recolha de dados. O estudo teve em linha de conta as variáveis sexo e número de retenções. Após a aplicação dos diferentes tratamentos estatísticos aos inquéritos realizados, retirámos como conclusões significativas as que se seguem: - Verificou-se uma diferença significativa entre rapazes e raparigas do 6º ano na dimensão “amizades íntimas", revelando as raparigas melhor auto conceito a este nível. - Os alunos sem retenções do 6º ano demonstraram possuir um melhor auto-conceito em relação à língua materna. - Constatou-se a existência de correlações significativas positivas entre as notas e quase todas as dimensões da escala do auto-conceito há excepção da aceitação social, competência atlética e amizades íntimas, e entre o rendimento escolar e o total da escala. - Para o 9º ano a competência escolar relaciona-se de forma positiva com as notas (quanto mais sucesso nas notas, melhor o auto-conceito ao nível da competência escolar) e a atracção romântica relaciona-se de forma negativa com as mesmas (quanto mais baixas as notas melhor o auto-conceito ao nível da atracção romântica). - Por fim o 9º anos revelam uma diferença significativa entre alunos com retenções e sem retenções na opção causa controlável “é uma razão que se nós quisermos podemos mudar para podermos termos boas notas" (causa interna)
- Comportamentos, hábitos e conhecimentos de saúde oral das crianças: percepção dos pais/encarregados de educaçãoPublication . Rodrigues, Carla Maria Nobre Balseiro; Goulão, FátimaA cárie dentária é onipresente em todas as populações existentes no mundo e é o factor-chave responsável pela dor e perda dos dentes. Esta é uma das doenças mais prevalentes na idade pré-escolar e escolar e exerce forte impacto no bem-estar individual e social da criança. Sabendo que a família tem influência na definição de comportamentos de saúde oral e um papel fundamental no desenvolvimento dos hábitos e dos conhecimentos da criança, este estudo teve como principal objectivo descrever e analisar os comportamentos, os hábitos e conhecimentos de saúde oral das crianças e relacioná-los com a percepção que os pais/encarregados de educação têm relativamente à saúde oral dos seus filhos/educandos. Este estudo de carácter descritivo pretendeu analisar e comparar as respostas dadas pelos pais/encarregados de educação e pelas crianças, avaliando se os hábitos, os conhecimentos e os comportamentos das crianças auto-relatados pelos pais/encarregados de educação eram consonantes com as respostas dadas pelas crianças. Para este estudo escolheu-se uma amostra de conveniência de pais/encarregados de educação e respectivas crianças/educandos da Instituição Jardim-de-Infância e C.A.T.L. “O Varino" da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros. Como instrumentos de recolha de dados foram utilizados dois questionários elaborados para o estudo. Um destinava-se aos pais/encarregados de educação e o outro às crianças. Também foi observada a cavidade oral das crianças para determinar a prevalência de cárie dentária e avaliar o índice de acumulação de placa bacteriana. A amostra foi composta por 94 pais/encarregados de educação e respectivas crianças que se encontravam em condições de análise. Para responder aos nossos objectivos os questionários foram elaborados tendo em conta três dimensões: a primeira dimensão para caracterização sócio-demográfica da amostra; a segunda para conhecer e avaliar comportamentos e hábitos em saúde oral da amostra; e a terceira para avaliar os conhecimentos em saúde oral da amostra. Relativamente à observação da cavidade oral verificou-se que 76,1 % (70) das crianças estava livres de dentes cariados, perdidos ou obturados na dentição decídua e 90,2% (37) não tinha dentes cariados, perdidos ou obturados na dentição definitiva. Os resultados mostraram que estes pais/encarregados de educação e estas crianças, na sua maioria, parecem ter comportamentos, hábitos e conhecimentos de saúde oral adequados
- Comunicação de enfermeiro/utente num serviço de urgênciaPublication . Pereira, Natália das Graças Garcia; Goulão, FátimaResumo - Contrapondo a uma visão mecanicista da enfermagem, cuidando o indivíduo a partir de uma abordagem biológica, sem olhar ás dimensões psicológica, histórica e cultural, existe hoje em dia uma outra visão mais humanista, em que o utente deve ser visto no eu todo. Nesta abordagem assume particular destaque o tipo de comunicação que se stabelece entre o enfermeiro e o utente. ste estudo teve como objectivo estudar a comunicação de enfermeiro / utente, em ontexto de serviço de urgência, (Balcão Hospital Nossa Senhora do Rosário E. P. E.), om a finalidade de saber em que medida a interacção com o utente interfere no rocesso de cuidar, assim como, se interfere na qualidade de cuidados e satisfação dos tentes. Para tal, fez-se um estudo exploratório descritivo. tilizaram-se duas amostras, cada uma com trinta sujeitos e a interacção de cinco nfermeiros em contexto de trabalho. Na recolha de dados foram utilizados o uestionário e a observação participante. A análise dos dados para o questionário foi feita através de tratamento estatístico. No caso da resposta aberta e da observação das interacções recorreu-se à análise do conteúdo, utilizando a metodologia da Ground Theory. As conclusões evidenciam uma orientação do cuidado de enfermagem para a pessoa, tendo sido identificadas duas dimensões, a concepção do cuidado de enfermagem e a comunicação, que se interligam, parecendo haver nos sujeitos do estudo uma orientação de predominância para o paradigma da transformação. A informação é todavia apenas um elemento da comunicação que deverá estar ajustada às características psicológicas do utente
- Comunicação e cuidados de saúde : comunicar com o doente ventilado em cuidados intensivosPublication . Rosário, Elsa Maria de Oliveira Cabeças do; Ramos, NatáliaCompreender o doente ventilado e impossibilitado de comunicar oralmente, em contexto de unidade de cuidados intensivos, deve constituir preocupação para os profissionais de saúde que com ele contactam diariamente. O facto de estarem impossibilitados de falar poderá funcionar como um impedimento a uma comunicação eficaz com os profissionais de saúde. Os principais objectivos deste estudo são: Conhecer as dificuldades de comunicação dos doentes ventilados na unidade de cuidados intensivos do Hospital de Nossa Senhora do Rosário impossibilitados de comunicar oralmente; Identificar os seus sentimentos durante o período ventilatório; Melhorar a comunicação dos profissionais de saúde com os doentes ventilados. O nosso estudo foi constituído por uma amostra de quinze doentes, seleccionados por conveniência, que estiveram ventilados na unidade de cuidados intensivos do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. As entrevistas efectuadas englobaram questões para caracterização da amostra e outras questões que permitiram obter informação sobre: As dificuldades de comunicação dos doentes ventilados na unidade de cuidados intensivos; Os sentimentos que experimentaram durante o período ventilatório. Como ultrapassaram as dificuldades sentidas na comunicação; Como viveram a relação com os profissionais de saúde perante estas dificuldades; A sua opinião sobre o que poderia ter sido feito para os ajudar a ultrapassar as dificuldades de comunicação, durante o período ventilatório. Os resultados foram analisados através do método qualitativo de análise de conteúdo. Os doentes entrevistados referiram dificuldades na comunicação com os profissionais de saúde e família, durante o período ventilatório, sobretudo pelo facto de não conseguirem falar. Salientaram como sentimentos negativos, desconhecerem o motivo porque não falavam, não serem compreendidos pelos profissionais e não conseguir satisfazer algumas necessidades básicas. Os sentimentos que mais referiram relacionados com a impossibilidade de comunicar foram a impotência e desânimo, aflição, medo, ansiedade. Relacionados com o internamento referiram sentimentos de desorientação e confusão, assim como dor e sofrimento. Um aspecto que consideraram positivo foi a presença dos profissionais de saúde que lhes transmitia segurança. Como alternativas à comunicação verbal referiram a utilização da linguagem escrita, 7 linguagem gestual e mímica labial. Na sua maioria sentiram disponibilidade dos profissionais de saúde para os ajudarem a ultrapassar as dificuldades de comunicação, mas nem sempre conseguiam transmitir a sua mensagem. Alguns doentes referiram que se sentiam impotentes e acabavam por se conformar pelo facto de não conseguirem comunicar. Como aspectos positivos referiram a presença da família e a presença e o apoio dos enfermeiros. As conclusões apesar de limitadas apontam para a importância da comunicação eficaz com os doentes ventilados em UCI, nomeadamente através do desenvolvimento de competências comunicacionais dos profissionais de saúde.
- A comunicação nos serviços de saúde: um estudo sobre as reclamações do Serviço Nacional de Saúde PortuguêsPublication . Rodrigues, Fernanda Santos; Ramos, Natália
- Comunicar com saúde : análise da comunicação expressa nos folhetos de informação aos diabéticosPublication . Dinarés, Cristina Gonçalves; Kuttev-Moreira, PauloEste estudo tem como principal desafio o de adaptar uma teoria sociocultural complexa (Cultural Bias) a uma perspectiva comunicacional da promoção da saúde. Apesar da promoção da saúde ser um conceito crítico no âmbito da saúde pública, atendendo às discrepâncias existentes entre a teoria e a prática, continuam a ser desenvolvidas estratégias de acção (OMS) que tentam articular estilos de vida com processos de tomada de decisão numa base estrutural compatível e saudável para as populações. A promoção da saúde encontra na Teoria de Mary Douglas um contributo para os conceitos de responsabilidade e empowerment do cidadão. Este contributo visa desenvolver metodologias de intervenção de forma a reforçar a capacidade de cada indivíduo em gerir, eficaz e saudávelmente, o seu processo de saúde/doença, uma vez que tem em linha de conta os vários aspectos que compõem a pessoa. O estudo efectuado incidiu na análise da comunicação em saúde ao diabético. Foram analisados, sob o método da análise de conteúdo, 21 folhetos de informação ao diabético recolhidos na Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal e realizadas 3 entrevistas a especialistas na área (médicos endocrinologistas) a exercerem funções no mesmo local. A articulação entre os conteúdos resultantes da análise e o material consultado (documentos, teorias, bibliografia) demonstrou algum tipo de contraste entre o que se diz e o que é feito. O modelo de saúde inerente à comunicação é Ecológico, culturas de controlo e ideologias de acção participativas caracterizam a comunicação aos diabéticos na promoção da saúde. Neste contexto os principais resultados obtidos evidenciam: · a importância da capacitação dos profissionais de saúde (responsáveis pela elaboração e implementação do material informativo) de competências pedagógicas comunicacionais. Cristina Dinarés · a necessidade das estratégias de promoção para a saúde defendidas pela OMS estarem presentes na elaboração dessas formas de comunicar a saúde de forma a preencher o espaço existente entre os modelos médicos e sociais. · a percepção da potencialidade de que a promoção e a comunicação em saúde podem ter implicações na doença crónica – diabetes. · o envolvimento de factores sociais e culturais têm influência no comportamento dos indivíduos.