Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing Mestrado em Comunicação em Saúde | Master's Degree in Health Communication - TMCS by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 61
Results Per Page
Sort Options
- Desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes : perspectiva de prevenção em saúde mental na adolescênciaPublication . Silva, Ana Isabel Mateus da; Ramos, NatáliaA realização do presente estudo representou a concretização dum projecto profissional e um processo de realização pessoal. A perspectiva de estudar o desenvolvimento de competências nos adolescentes revelou-se desde o início aliciante; o estar próximo dos adolescentes tinha desenvolvido em nós a sensibilidade para esta temática. Além disso o fazer parte da equipa da infância e adolescência do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Santarém havia despertado o nosso interesse para as competências dos adolescentes evidenciando-se a sua importância para a aprendizagem. A presente investigação foi realizada na Escola E. B. 2,3 de Alexandre Herculano de Santarém, pelas facilidades concedidas pelo Presidente e Professora de Apoio Educativo. Neste contexto, e porque desejamos saber os factores determinantes do desenvolvimento de competências sociais na adolescência, realizámos um estudo de caso qualitativo com o objectivo de desenvolver competências sociais nos adolescentes. Utilizámos uma amostra não probabilística, sendo a técnica a de amostragem de conveniência. Fizemos análise de conteúdo temático dos dados colhidos através de observação participante, consulta documental, registos dos adolescentes e inquérito por entrevista. As principais conclusões merecedoras de registo são as seguintes: - as atitudes e comportamentos da rede primária interferem negativamente no desenvolvimento das competências sociais dos adolescentes, uma vez que os pais não estimulam os adolescentes a desenvolver essas competências; - a ansiedade social influencia desfavoravelmente o desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes; - o ser aceite pelo grupo de pares influencia o desenvolvimento das suas competências sociais; - o acompanhamento familiar deficiente interfere desfavoravelmente no desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes; 25 - os adolescentes, após terem feito parte do grupo de treino de competências sociais, apresentam benefícios generalizados no que respeita à competência social, ao seu comportamento dentro e fora da sala de aula e à sua capacidade de aprendizagem. Alguns resultados foram confirmados pelo referencial teórico que utilizámos e pelos resultados de estudos anteriormente realizados.
- Cuidar do recém-nascido: o enfermeiro como promotor das competências parentaisPublication . Silva, Ana Cristina Figueiredo Correia e; Ramos, NatáliaResumo - As acções de promoção de saúde pertinentes e de qualidade desenvolvidas no contexto dos cuidados de saúde primários, são fundamentais porque visam facultar aos Pais os conhecimentos necessários ao melhor desempenho da sua função parental. Desta forma, torna-se imperioso conhecer as dificuldades dos Pais no cuidar do Recém-Nascido (RN) no período pós-parto, para que se possa promover uma melhor adaptação aos seus novos papéis e desenvolver competências parentais no âmbito da prestação de cuidados ao RN. Actualmente, a maioria dos Pais não possui apoios familiares na prestação de cuidados ao RN, pelo que é essencial que possuam as competências necessárias para o cuidar do seu bebé. Este estudo tem como finalidade conduzir à reflexão sobre a temática, no sentido de instituir mudanças nas práticas de cuidados ao nível do Centro de Saúde, que conduzam a um envolvimento efectivo dos Pais nos cuidados a prestar aos filhos, capacitando-os para cuidarem destes no futuro. Neste contexto, esta investigação insere-se no paradigma quantitativo e qualitativo com uma abordagem exploratória, descritiva e transversal e tem como principais objectivos para o grupo dos profissionais de saúde, conhecer a opinião dos Enfermeiros sobre os conhecimentos e as dificuldades que os Pais apresentam no cuidar do RN e analisar as práticas que os Enfermeiros mobilizam na 1ª Consulta de Vigilância do RN com vista ao desenvolvimento de competências parentais. Para o grupo dos Pais, tem como objectivo identificar os conhecimentos e as dificuldades que os Pais apresentam no cuidar do RN e analisar as competências que os Pais apresentam no cuidar do RN. Utilizámos duas amostras não probabilísticas e intencionais constituídas por sete Enfermeiros (N=7) e por onze RN/Pais (N=11). Foram utilizados vários métodos e instrumentos de colheita de dados, o questionário e a observação participante no grupo dos profissionais de saúde e a entrevista semi-estruturada e a observação fílmica no grupo dos Pais. Relativamente à análise dos dados quantitativos utilizámos o programa estatístico SPSS e na análise dos dados qualitativos optámos por utilizar a técnica de análise de conteúdo e a técnica de análise Alceste. As principais conclusões a que chegámos foram: Os Enfermeiros consideram que os Pais apresentam um nível baixo de conhecimentos no que concerne à eliminação de uratos e à fase de desenvolvimento psicossexual do RN. Os Enfermeiros consideram que os Pais apresentam um nível elevado de dificuldades: no que respeita à Alimentação do RN - no reflexo de sucção, nos cuidados com as mamas e na preparação do leite artificial; Cuidar do Recém-Nascido – O Enfermeiro como Promotor das Competências Parentais no que concerne à Eliminação do RN - na eliminação de uratos, na frequência e características das fezes, na técnica de alívio das cólicas e na definição de obstipação e técnica de estimulação; no que se refere à Higiene e Conforto do RN - nos cuidados ao coto umbilical; no que respeita ao Afecto e Estimulação do RN - na interacção Pais-RN, na estimulação verbal e táctil e na estimulação com um brinquedo; no que toca à Adaptação ao Papel Parental na figura significativa como principal prestadora de cuidados; no que concerne à Segurança e Prevenção de Acidentes no posicionamento ao deitar, na manobra de Heimilch, na exposição solar e no risco de quedas e queimaduras e na utilização de acessórios; no que respeita à Sexualidade do RN na fase de desenvolvimento psicossexual do RN (fase oral); no que concerne a todas as categorias da dimensão Vigilância de Saúde do RN, nomeadamente, na utilização dos documentos de saúde do RN, no conhecimento das vacinas a administrar ao nascimento e na conduta perante situações como icterícia, obstrução nasal, obstipação e cólica abdominal. Os Enfermeiros no âmbito da 1ª Consulta de Vigilância do RN não cumprem o preconizado pelo Guia Orientador da Consulta de Enfermagem de Saúde Infantil no que se refere à promoção dos cuidados antecipatórios. Os Pais referem preocupações e dificuldades na adaptação ao seu novo papel, revelando uma maior preparação aqueles que têm conhecimentos práticos adquiridos através de experiências anteriores do que daqueles que têm conhecimentos teóricos adquiridos durante a gravidez e no período pós-parto. Salientam a falta do apoio da família alargada e a necessidade de existir um maior suporte e apoios na comunidade para uma melhor adaptação a esta fase do ciclo de vida. As mães referem três grandes dificuldades: no relacionamento do RN em casa, a nível da identificação das suas necessidades, da amamentação e dos estados de consciência do RN; na prestação de cuidados de higiene e conforto ao RN, principalmente no banho e nos cuidados ao coto umbilical e na prestação de cuidados que visam a segurança e a prevenção de acidentes. A nível das competências parentais verificámos que os Pais apresentam algumas lacunas no domínio da prestação de cuidados ao RN, nomeadamente, a nível da amamentação e na prestação de cuidados de higiene e conforto manifestando sentimentos de medo e receio de mexer no RN. Apresentaram competências no âmbito da interacção com o RN e na adaptação ao papel parental verificando-se uma grande envolvência do pai na prestação de cuidados ao RN.
- O encontro com a ajuda mútua: percepções dos pais de crianças com doença crónicaPublication . Charepe, Zaida Borges; Neto, Luís MiguelCom este estudo pretendemos explorar as percepções dos pais de crianças com doença crónica, face às actividades usufruídas em dois anos de funcionamento do grupo de amigos e pais da criança com doença crónica, do Hospital de São Bernardo, S.A. Para tal realizamos um estudo qualitativo, com um paradigma interpretativo utilizando como abordagem metodológica os pressupostos teóricos do Inquérito Apreciativo: o princípio construcionista, o da simultaneidade, o poético, o imaginário e o apreciativo. A selecção desta metodologia recaiu na premissa de que através de questões apreciativas, podem ser recreados os desejos dos membros do grupo de ajuda mútua, despertando o seu potencial criativo com vista a uma mudança mais positiva das suas actividades. Na procura de elementos teóricos que suportassem esta temática, abordámos a família, os pais e a doença crónica da criança e os conceitos referentes à ajuda mútua, incluindo um breve historial do grupo em análise. Para a recolha de dados foi utilizada uma amostra não probabilística (de conveniência ou intencional) e realizadas 10 entrevistas estruturadas, tendo como finalidade obter respostas para a seguinte questão de investigação: Como é que os pais das crianças com doença crónica têm percepcionado as actividades do grupo de amigos e pais da criança com doença crónica, em que participam? Os dados obtidos foram analisados através da análise de discurso e caracterizados respeitando as etapas do Inquérito apreciativo: descobrir, sonhar, desenhar e executar. Destes dados emergiram proposições para planificar estratégias de recrutamento de pais de crianças com doença crónica para o GAPCDC; de manter aspectos que mudaram a sua vida para melhor desde que pertencem ao grupo; de manter as actividades de recrutamento; de promover as actividades mais apreciadas e que lhes conferem benefícios; de manter o apoio significativo que consideram ter sido desenvolvido pelos profissionais de saúde; de manter a sua autonomia nos cuidados e de implementar os aspectos mais valorizados no âmbito da divulgação deste grupo de ajuda mútua. Foram estas, as proposições atribuídas às percepções dos pais que nos levaram a pensar que os três níveis do suporte social (emocional, instrumental e formativo) contribuem sem dúvida para o sucesso desta forma de cuidar. É importante a continuidade da investigação ao nível dos contributos da ajuda mútua, no bem-estar dos pais de crianças com doença crónica, com vista ao aperfeiçoamento dos profissionais de saúde que pretendem investir na sua aplicação nos diferentes contextos de trabalho
- A família do idoso: o parceiro esquecido?: cuidar do idoso hospitalizado em parceria com a família, perspectivas dos enfermeirosPublication . Dinis, Rogério Paulo Antunes Borges; Carmo, HermanoA família representa uma importante fonte de suporte à pessoa idosa doente hospitalizada. As repercussões da doença não afectam só o doente, estendendo-se também aos familiares – também frequentemente idosos – podendo provocar uma situação de desorganização e de stress familiar. Cuidar em parceria pode permitir utilizar recursos da família, apoiando-a concomitantemente. Quer entendida como metodologia, relação ou conjunto de princípios, a parceria, tem vindo a ganhar relevo no âmbito da bibliografia e discurso dos enfermeiros. Este estudo, realizado num serviço de medicina de um hospital central de Lisboa, procurou conhecer as características da experiência de cuidar em parceria com os familiares de idosos internados, perspectiva de dez enfermeiros. As principais temáticas do enquadramento teórico e que suportam o estudo empírico são: Enfermagem; Envelhecimento; Família; Hospital e Parceria. Optámos pela realização de um estudo exploratório e descritivo, utilizando uma metodologia do tipo qualitativo, recorrendo à entrevista semi-estruturada como técnica de pesquisa. Foi utilizado o método de análise preconizado por Jean Watson. Procurámos conhecer a concepção de parceria, no âmbito da prestação de cuidados com a família, quais os factores que a condicionam, compreender como vivenciam os enfermeiros esta experiência e conhecer as suas repercussões. Relativamente aos factores que a condicionam emergiram, dos dados recolhidos, seis dimensões: Relação Interpessoal; Cooperação; Identidade; Ética; Projecto de Cuidados, e Contexto Organizacional. Cada uma destas tem um papel fundamental na estruturação desta parceria. O conceito de parceria para os enfermeiros participantes neste estudo tem atributos essenciais que se constituem como seus princípios básicos; estes podem definir a parceria isoladamente ou em complementaridade. Apesar da integração da parceria nas práticas de cuidados, a conceptualização da mesma é ainda incipiente. Quando envolvidos em experiências de cuidar em parceria, os enfermeiros tendem por um lado, a sentir medos e preocupações e, por outro, sentimentos de satisfação. Para cada um dos domínios que são suporte da parceria encontram-se repercussões positivas quando estão asseguradas as condições essenciais ao seu estabelecimento. A experiência de cuidar em parceria compreende uma acção comum, em complementaridade integrada, com um compromisso mútuo e de sentido consensual, entre o doente idoso internado, os seus familiares e o enfermeiro – o pivot de uma equipa de cuidados
- Importância da comunicação no exercício profissional dos fisioterapeutas: da formação às necessidades sentidas na práticaPublication . Coelho, Cristina Alves; Ramos, NatáliaO presente estudo pretende fazer um levantamento das necessidades de formação em comunicação dos fisioterapeutas. Realizaram-se entrevistas a fisioterapeutas, docentes e coordenadores de serviços de fisioterapia, que foram sujeitas a análise de conteúdo. A partir dessa análise construiu-se um questionário que foi aplicado a cinquenta e um fisioterapeutas recém formados ou a frequentar o último semestre do segundo ciclo de licenciatura bietápica em fisioterapia. Apesar de identificarem a comunicação relacional como um aspecto importante do desempenho profissional, os participantes não têm da comunicação, uma visão sistémica e remetem a relação para um plano secundário. Associam a comunicação ao modelo de intervenção centrado no doente mas ao operacionalizar conceitos inerentes ao modelo, optam por alternativas mais consonantes com o modelo biomédico, do que com o modelo centrado no doente. Os resultados do estudo apontam no sentido de que é necessário fornecer aos fisioterapeutas formação em comunicação e proporcionar aos alunos oportunidades de reflexão acerca das implicações da comunicação no desenvolvimento de melhores práticas e de intervenções mais eficazes e satisfatórias
- Imigrantes em Portugal : filhos ou enteados de uma nova nação?Publication . Anes, Cesaltina Maria da Luz Silva; Ramos, NatáliaAs migrações têm estado presentes na história da humanidade desde os tempos mais remotos, só se tornando objecto de estudo dos vários ramos da ciência quando as deslocações territoriais passaram a ser feitas em número considerável e com repercussões significativas a nível político, cultural, social e económico quer no país de origem como no país de acolhimento. Sendo este um processo complexo e multifacetado, a sua etiologia é variada podendo englobar motivações de ordem política, de emergência, étnicas, sociais e económicas. No entanto as últimas, causadas pelas acentuadas diferenças entre os níveis de desenvolvimento e de riqueza entre os países parecem ser a causa principal que leva as pessoas a optarem pela emigração. Forçados a abandonarem as suas famílias, quebrando os laços familiares e culturais presentes desde sempre, os migrantes vêem-se obrigados a terem de aprender novas realidades culturais e sociais, na maioria das vezes sem qualquer tipo de apoio, a viverem em condições de extrema pobreza, em habitações degradadas e sem saneamento básico, excluídos da sociedade de acolhimento e sendo vítimas de práticas discriminatórias. Este conjunto de factores podem originar graves problemas físicos, mentais e emocionais e cujas manifestações, muitas vezes apenas se tornam visíveis decorridos alguns anos. Portugal, um país de natureza emigratória, tem vindo a receber um número considerável de imigrantes desde a segunda metade da década de 70. Sem uma política de imigração definida e consistente, tem sido particularmente difícil fazer face aos problemas resultantes desse crescimento cultural e social. Sendo frequentemente apontados como a principal causa do desemprego, da criminalidade e da crise sócio-económica que o país atravessa, os imigrantes são encarados com desconfiança e preconceito. As suas poucas ou nenhumas qualificações académicas, a urgência em auferir algum rendimento vitais à sobrevivência, aliadas à ilegalidade, forçam-nos a aceitar todo o tipo de trabalho, quase sempre os menos diferenciados, fazendo deles alvos fáceis de exploração e maus-tratos. isando conhecer e compreender o percurso migratório e os principais problemas dos imigrantes de diferentes nacionalidades no distrito de Lisboa, este estudo teve como objectivos: Conhecer as motivações que levaram o migrante a «abandonar» o seu país de origem Identificar quais os problemas encontrados no país de acolhimento a nível social, sanitário, educativo, económico e laboral Perceber que estratégias de adaptação foram utilizadas para fazer face a estes problemas Identificar quais os problemas de saúde mais comuns e perceber qual a sua relação com a pessoal de saúde dentro das unidades de saúde. Para os atingir foi realizado um estudo exploratório, descritivo, indutivo e transversal, baseado numa abordagem qualitativa. A aplicação de um inquérito por entrevista, semi-estruturado permitiu saber a Cesaltina Maria da Luz Silva Anes a versão do imigrante relativamente à sua vivência de ser imigrante em Portugal mais concretamente em Lisboa. Principais conclusões: Portugal é o país de primeira escolha para a grande maioria dos participantes, por questões de afinidade linguística, cultural e pela pouca severidade relativamente à imigração, em particular à imigração ilegal O factor económico é o principal motivador do processo migratório Os principais problemas encontrados pelos participantes: A língua – o seu desconhecimento ou fraco domínio, condicionam relações sociais e profissionais A burocracia – referida por muitos como excessiva e extensiva a quase todas as áreas A discriminação – presente ou não, consoante o país de origem fazendo-se notar a nível social, profissional, cultural e instituciona
- A tomada de decisão dos enfermeiros face aos cuidados que prestam no hospitalPublication . Fonseca, César João Vicente da; Ramos, Natália; Marrucho, AntónioO presente estudo aborda a tomada de decisão dos enfermeiros face aos cuidados que prestam no hospital. Trata-se de um estudo que utiliza um paradigma qualitativo, com uma abordagem fenomenológica e teve como objectivo compreender que decisões são tomadas pelos enfermeiros na sua prática de cuidados, como as fundamentam e que competências utilizam nas suas tomadas de decisão. Como técnica de colheita de dados usámos a entrevista semi-estruturada, tendo sido aplicada a vinte enfermeiros (dez enfermeiros iniciados e dez enfermeiros peritos). As entrevistas foram objecto de gravação áudio e o tratamento dos dados foi efectuado com base na análise de conteúdo. Dos principais resultados encontrados, destacamos: • Os participantes referem tomar decisões sobre as acções: ventilar, orientar antecipadamente o cliente e família, alimentar o cliente, cuidar da higiene, entrevistar o cliente, mobilizar os clientes, transportar o cliente, administrar, administrar oxigénio, informar o cliente, inserir o cateter vesical, trocar o penso; • Os participantes referem não exercer a tomada de decisão perante as acções que executam, como sendo: determinar diagnósticos e prognósticos dos clientes, prescrever, administrar ventilação não invasiva, organizar as rotinas de serviço, determinar a glicemia capilar aos clientes, providenciar a realização de exames auxiliares de diagnóstico em doentes em fase terminal a seu cuidado, registar nos registos profissionais; • Neste estudo, os participantes peritos envolvem-se mais nas tomadas de decisão face às suas intervenções autónomas e intervenções interdependentes, do que os participantes iniciados; • Foram observadas as competências: responsabilidade, prática segundo a ética, colheita de dados, planeamento, execução, avaliação, cuidados de saúde inter/profissionais, delegação e supervisão, utilizadas pelos participantes nas suas tomadas de decisão. Observámos que os participantes peritos identificam as competências descritas de uma forma mais abrangente que os participantes iniciados; • Os participantes utilizam os conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação de base (peritos e iniciados) e do Curso Complemento de Formação em Enfermagem (peritos), de forma a fundamentarem as suas tomadas de decisão; • A utilização dos resultados de estudos de investigação e de conteúdos on-line é pouco referida pelos participantes na fundamentação das suas decisões. Os participantes peritos relatam falta de conhecimentos em relação à utilização de conteúdos on-line; • Rácios inadequados de enfermeiros/doentes e métodos de trabalho menos intimistas e mais assentes em tarefas influenciam negativamente as tomadas de decisão por parte dos participantes; • A orientação e supervisão de estudantes de enfermagem em ensino clínico reveste-se de especial importância no que se refere à frequência da tomada de decisão. Após a análise e discussão dos dados, procedemos à apresentação de sugestões que se dirigem, ao nível: da prestação de cuidados de enfermagem e da gestão; da formação de base e continua; e da investigação nesta área
- As vivências da dor e do sofrimento na pessoa com doença oncológica em tratamento paliativoPublication . Paulo, José Manuel Rodrigues; Ramos, NatáliaEste estudo procura compreender as vivências da dor e do sofrimento na pessoa com doença oncológica no momento em que a cura deixou de ser possível e a ênfase deve ser colocada no alívio do mal-estar e do sofrimento. Efectuámos uma revisão da literatura numa perspectiva histórica, bio-médica e psicológica, com o objectivo de clarificar os conceitos de dor, sofrimento e suporte social, tendo utilizado uma metodologia mista com avaliação quantitativa baseada em dois instrumentos, o Inventário das Experiências Subjectivas do Sofrimento na Doença e a Escala de Satisfação com o Suporte Social, complementados por uma avaliação qualitativa baseada na análise fenomenológica, com o objectivo de interpretar os significados e as representações do sofrimento e do suporte social presentes nas entrevistas feitas aos participantes. Dezassete doentes em situação de tratamento paliativo da sua doença oncológica responderam aos questionários, e quatro aceitaram serem entrevistados. Dos resultados da análise destacamos a associação do sofrimento à perda. O Inventário das Experiências Subjectivas do Sofrimento na Doença (valor mínimo 1, valor máximo 5) encontrou médias para o sofrimento físico de 3,72, para o sofrimento psicológico 3,58, para o sofrimento existencial, 3,29 e para o sofrimento sócio-relacional 3,45. Encontrou-se uma correlação negativa, moderada a forte, entre o suporte social percebido e as experiências subjectivas do sofrimento (r de Pearson = - 0,75). Da análise categorial resultou que o sofrimento era referido pelos participantes como emergente: • Das relações com os profissionais de saúde, com os amigos e conhecidos, com os familiares e com os colegas; • Do continuum esperança / desespero; • Da perda de continuidade; • Do confronto com a doença; • Da perda de controlo; • Da ausência de suporte social
- Diante da morte: representações sociais da morte em enfermeirosPublication . Teixeira, Pedro Fialho; Carmo, HermanoAs atitudes perante a morte têm-se modificado ao longo dos tempos, acompanhando o desenvolvimento da cultura social, da religião, da ciência e da tecnologia. No séc. XX a morte deixou de ser um acontecimento social, público e comunitário, deixou de se morrer em casa, junto dos familiares e amigos, e passa-se a morrer no hospital, o que traduz uma verdadeira “hospitalização da morte". Consequentemente, um maior envolvimento dos profissionais de enfermagem com esta problemática. Assim, realizamos um estudo de opinião com desenho descritivo, de carácter essencialmente exploratório, com o objectivo de conhecer a forma como os enfermeiros percepcionam e representam a morte, procurando apreender as dimensões que estruturam as representações da morte, em enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários (CSP) e de Cuidados de Saúde Diferenciados (CSD), considerando que as representações são estruturadas a partir de ideias ou pensamentos, emoções ou sentimentos e imagens ou símbolos, que estes sujeitos associam à morte. A amostra em estudo é constituída por 106 enfermeiros de CSP (53) e de CSD (53). A selecção dos sujeitos que integram a amostra foi obtida recorrendo a métodos de amostragem não probabilística intencional e de conveniência, procurando obter resposta para as seguintes questões de investigação: Que representações sociais têm os enfermeiros sobre a morte? e Quais os factores condicionantes das representações sociais da morte em enfermeiros? Utilizamos como instrumentos de colheita de dados o inquérito por questionário e a Escala de Dimensões Significativas da Morte de Abílio Oliveira (1995). Os dados colhidos foram tratados informaticamente recorrendo ao programa de tratamento estatístico SPSS, versão11.5. Os resultados obtidos permitiram verificar que na amostra em estudo: - As representações da morte são estruturadas pelas dimensões significativas, a “Consciência da morte", “ Inevitabilidade da morte", “A morte do outro", “Sentimentos de mal estar", Vida além da morte", “Crenças/Religiosidade" e “Sagrado/Religiosidade" - O género, a religião, a área de actuação do enfermeiro, a vivência recente de morte de alguém próximo (familiar ou amigo) e a experiência pessoal próxima da morte são factores condicionantes que influem na forma como os enfermeiros percepcionam e estruturam as representações da morte
- Adesão e gestão do regime terapêutico em diabéticos tipo 2: o papel do suporte social e da satisfação com os cuidados de enfermagemPublication . Correia, Carla Susana Lopes; Ramos, NatáliaO estudo sobre “Adesão e gestão do regime terapêutico em diabéticos tipo 2. O papel do suporte social e da satisfação com os cuidados de enfermagem", tem como objectivos conhecer as representações que o diabético tipo 2 tem em relação à diabetes e de que forma estas influenciam a vivência da doença no dia a dia; identificar o nível de adesão às actividades de auto-cuidado do diabético tipo 2; analisar de que forma os diabéticos integram a gestão do regime terapêutico na sua vida diária; identificar as dificuldades sentidas pelo diabético na gestão do regime terapêutico; analisar de que forma o suporte social contribui para a gestão eficaz do regime terapêutico; e identificar o grau de satisfação do diabético relativamente aos cuidados prestados na consulta de enfermagem, nomeadamente quanto à comunicação/informação. O estudo realizado é do tipo exploratório-descritivo e decorreu na consulta de enfermagem ao utente com diabetes no Centro de Saúde da Lourinhã. Para a recolha de dados foi utilizada uma amostra não probabilística constituída por 50 participantes. Utilizou-se como técnicas de recolha de dados: um guião de entrevista semi-estruturado, desenvolvido especificamente para este estudo; a aplicação de duas escalas, a “Summary of Diabetes Self-Care Activities Measure -SDSCA" de Glasgow, Toobert, Hampson (2000), traduzida e adaptada para Portugal por Bastos e Lopes (2004) que pretende medir a adesão às actividades de auto-cuidado na diabetes e a “Escala de Satisfação dos utentes com os cuidados de enfermagem no centro de saúde – SUCECS26" de Ribeiro (2003); e a análise dos registo de enfermagem na consulta. Utilizou-se uma análise quantitativa, com estatística descritiva, para a análise das escalas e das perguntas fechadas do guião, e uma análise qualitativa através da análise de discurso, para as perguntas abertas. Os resultados obtidos revelam que a alimentação e o exercício parecem ser as actividades de auto-cuidado que os diabéticos tipo 2 mais dificuldade têm em integrar na vida diária, com consequentes níveis de adesão mais baixos. O suporte social, especialmente a família parece ter um papel fundamental, colaborando na realização de algumas actividades de auto-cuidado, como a auto-vigilância da glicemia, nos cuidados aos pés e na preparação da medicação. A falta de compreensão por parte de familiares e amigos para o cumprimento do plano alimentar e de exercício foi referido pelos participantes como o aspecto menos positivo do apoio social. Relativamente à satisfação com os cuidados prestados na consulta de enfermagem, verificou-se uma satisfação global de 82,77%. Os aspectos mais valorizados foram a qualidade na assistência, a individualização da informação e o envolvimento do utente nos cuidados prestados. A relação terapêutica estabelecida com as enfermeiras e o facto de adquirirem conhecimentos foram também os aspectos considerados mais relevantes na ajuda à gestão eficaz do regime terapêutico, contribuindo para uma maior segurança e controlo. Os aspectos menos positivos, foram a formalização da informação por escrito, e a falta de cumprimento do horário estabelecido para a consulta. De acordo com os dados obtidos sugere-se que se encontrem estratégias a nível da consulta de enfermagem que promovam um maior envolvimento e participação da família nos cuidados a prestar aos diabéticos, com vista a facilitar a adesão e a gestão do regime terapêutico