Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas | Master's Degree in Portuguese Literature and Culture - TMLCP
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- Dantas e Severa : duas identidades portuguesesPublication . Vieira, Elsa Cristina Cabrita; Noronha, Maria Teresa deEste trabalho, através de uma análise literária, cultural e histórica procura realizar uma abordagem hermenêutica à peça A Severa, do escritor Júlio Dantas. Sendo uma obra que retrata o universo português, desde os bairros da capital, os fados, as touradas, a vida em sociedade, ela reflete um modo de ser português na viragem do séc. XIX e início séc. XX. A junção e interpretação dos elementos históricos, literários científicos e artísticos tornaram este trabalho numa travessia funcional e crítica sobre uma época de mudanças estruturais muito ricas ao nível dos signos e da simbólica de identidade nacional, secular na cultura e língua portuguesas aos níveis da história, da teoria literária, da filosofia da cultura e da semiologia. Assim, com o intuito de reconhecer a obra de Júlio Dantes e atribuir à Severa o importante papel que desempenhou na altura, quer como personagem real, quer como personagem literária, quer como fadista, esta dissertação pretende ser também um modesto contributo à interpretação do Fado e da sua alma própria, entendendo-o como género musical de resto já reconhecido como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
- Dois heróis, duas vidas : o caminho estreito da aprendizagem da vidaPublication . Marcelino, Ana Margarida Castelo Gaspar; Piedade, Ana NascimentoNesta dissertação é feita uma análise comparativa das duas personagens principais das obras Nome de Guerra de Almada Negreiros e Começa uma Vida e Voltar atrás para quê? de Irene Lisboa. Esta análise é feita tendo por base o conceito do Bildungsroman. São abordados os aspectos essenciais e inerentes ao processo de aprendizagem de cada protagonista assim o modo como ambos evoluem, evidenciando as suas semelhanças e diferenças.
- Eça de Queirós e as páginas desconhecidas do Distrito de ÉvoraPublication . Rodrigues, Ana Paula Fernandes; Piedade, Ana Nascimento
- O erotismo como expressão artística na obra de Mário de Sá-CarneiroPublication . Esteves, Olga Maria S.Jorge da Silva Fonseca; Piedade, Ana Nascimento
- Feminino em Saramago : seu estatuto social e privado nas obras Memorial do Convento, Evangelho segundo Jesus Cristo, CaimPublication . Freitas, Maria Manuela Fernandes Silva; Duarte, Maria do Rosário da CunhaO objetivo deste trabalho é conciliar a perspetiva de Saramago, em algumas das suas obras – Memorial do Convento, Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim -, e a mentalidade católica, sobre a posição da mulher naquilo que tem de social (radioso/solar) e íntimo (sombrio/lunar). Deste modo, abordam-se os temas: amor, sexualidade, casamento, pecados e maternidade, tendo por base as já citadas obras do autor e, ainda, algumas práticas da Igreja e afirmações da Bíblia.
- A ironia queirosiana em O Conde d'Abranhos e na «Carta VII "Ao Sr. E. Mollinet"» de A. Correspondência de Fradique MendesPublication . Correia, Luz Celeste Rocha Rodrigues; Piedade, Ana NascimentoA ironia é o tema que norteia este trabalho. Depois de estudado o conceito, foram salientados os elementos essenciais, requisitos formais presentes em todas instâncias de ironia, graus e modos. A abordagem seguida teve também por base um enquadramento temporal, no sentido de relacionar a ironia com a história literária de Eça de Queirós e por fim, este trabalho centrou a sua análise no romance: O Conde de Abranhos e na «Carta VIII “AO SR. E. MOLLINET”» de A Correspondência de Fradique Mendes. A criação irónica faz parte da expressão literária do autor dada em forma de pura arte.
- Jean Seul de Méluret : a expressão do decadentismo finissecularPublication . Bousbaa, Ana Cristina da Silva Oliveira; Vila Maior, Dionísio
- A Lisboa de Fernando Pessoa : o olhar do tradutor (aspectos do escritor multicultural)Publication . Santos, Fátima Rufina dos; Pais, Carlos CastilhoFernando Pessoa tradutor de profissão, possuidor de uma formação que o dotou de uma cultura assinalável e de uma visão cosmopolita do mundo, olhou para Lisboa, onde nasceu e viveu praticamente toda a sua vida, também com o propósito de a dar a conhecer ao estrangeiro que a visitava, na primeira metade do século XX. No presente trabalho, que tem por base o guia Lisbon: What the Tourist Should See, considera-se como objetivo primeiro a determinação de uma relação de unidade entre a atividade de Fernando Pessoa, enquanto tradutor de profissão, tal como se afirma, e as práticas que desenvolveu em áreas aparentemente tão diferentes daquelas que habitualmente lhe são conferidas. Na circunstância em análise procuraremos estabelecer uma ligação que nos permita conhecer o que esteve subjacente na escolha feita por Fernando Pessoa, na sua qualidade de tradutor, para a concretização do texto escrito em inglês e que se integrava num projeto mais ambicioso que tinha como fim contrariar a ideia de que Portugal era “a vague small country somewhere in Europe, sometimes supposed to be part of Spain, designado por “All about Portugal”. A análise centra-se na observação do guia tendo presente as suas incursões nas áreas da organização comercial e da publicidade e enquadrará a motivação para a escrita no contexto de Portugal da primeira metade do século XX. Procuramos encontrar também elementos de comparação entre o Guia de Raul Proença, que surgiu sensivelmente no mesmo período em que Pessoa terá redigido o seu texto, e elementos de diferenciação, para além das línguas em que um e outro foram redigidos. Dadas as semelhanças, consideramos que estamos em presença de um texto que segue de muito perto, tal como o Guia de Portugal de Raul Proença, o modelo dos guias mais divulgados no momento.
- A luz que ilumina O Lodo : representações existencialistasPublication . Ribeiro, Luísa Maria da Silva; Vasconcelos, Ana IsabelA presente pesquisa incide sobre a análise da peça O Lodo, de Alfredo Cortez, representada pela primeira vez a 2 de julho de 1923, e sobre as tendências estéticas que nela estão presentes. Da produção dramática deste autor foi escolhido este texto pelo seu caráter vanguardista e pela polémica que o mesmo desencadeou aquando da sua subida à cena, pela mão do autor. Numa primeira fase, faz-se a contextualização política, social e cultural da obra, com particular atenção ao ano de 1923, e o enquadramento teórico, em torno das estéticas naturalista e existencialista e das principais vozes que as sustentam. Relativamente ao naturalismo em Portugal, destaca-se Júlio Lourenço Pinto, enquanto que para o existencialismo sobressaem Kierkegaard, Heidegger e Sartre. Neste âmbito, recuperam-se as características que distinguem os dois pensamentos, dando conta da evolução estética verificada em Portugal entre o fim do século XIX e a segunda década do século XX, no que ao teatro diz respeito. Numa segunda parte, é feita a análise da peça que constitui o corpus desta investigação, de forma a comprovar a presença de representações de teor existencialista, embora este movimento só tivesse a sua materialização alguns anos mais tarde. Para levar a bom termo este estudo, analisa-se a reação que o texto teve aquando da sua primeira representação, com base em documentos encontrados nos periódicos coevos. Finalmente, são apontadas as conclusões desta investigação, no que diz respeito à prevalência do postulado existencialista na peça O Lodo, assim como ao posicionamento do seu autor no panorama literário e dramatúrgico português.
- O Modernismo português e o Modernismo brasileiro : questões de identidade literária e socioculturalPublication . Johansson, Maurienne Caminha; Pais, Carlos CastilhoEste trabalho apresenta a investigação realizada para conhecer as manifestações estéticas, ideológicas e sociais dos movimentos literários que ficaram conhecidos como Modernismos, quer em Portugal quer no Brasil. Pretende contribuir para traçar os contornos dos perfis dos modernismos (português e brasileiro) de modo a perceber-se como estes tomaram forma de projetos de modernização das nações e procuraram redimensionar suas identidades culturais por meio da renovação da estética e da expressão, seu alvo comum num tempo específico. Algumas questões fornecem-nos um olhar mais focalizado em direção às posturas assumidas pelos modernistas no tocante à inovação. Deparamo-nos com algumas que consideramos significativas: o cariz do nacionalismo levado a cabo nas duas instâncias; a emoção e o comportamento dos poetas frente ao urbanismo; a noção de fingimento/sinceridade na expressão estética; o tipo de cosmopolitismo proposto; a consideração à dialética internacional com outros modernismos anteriores; o fator linguístico e suas “fobias”, a religiosidade, entre outras. O Futurismo e sua recepção, em Portugal e no Brasil, é relevante neste âmbito por representar um ‘lugar’ de aglutinação (e redefinição estética e cultural) proposto por esses movimentos. Os manifestos literários, ocupando espaço preponderante nas vanguardas portuguesa e brasileira, esboçam os primeiros desenhos do rosto moderno que desejam para si ‘Portugal’ e ‘Brasil’ como nação e povo à frente de seu tempo. Esses manifestos, para nivelar os países no âmbito das novas estéticas – europeias, principalmente - expõem um painel visível das opções de modernidades reivindicadas pelos modernistas a partir do contexto sociocultural em que se inscrevem, que é, originalmente, sua problemática. Esta reside no bojo da relação colonizador-colonizado ou vice-versa e necessita de soluções: modernidades plurais que, paradoxalmente, encontrariam na própria tradição o gérmen para a renovação em forma de resposta coletiva. Todavia, são alicerçadas na diferenciação que entre os dois países se tornou o fundamento essencial que balizaria suas saídas: no caso português, a nova imagem de império, no brasileiro, a autoafirmação nacional. Perceber estes fatores equivale a traçar um autorretrato de Portugal ou do Brasil.