Sociologia | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars
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Browsing Sociologia | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars by Sustainable Development Goals (SDG) "03:Saúde de Qualidade"
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- Competências dos profissionais de educação para a saúde: desafios e oportunidades para uma educação digital e em rede assente na inclusão e equidadePublication . Henriques, Susana; Vieira, Cristina PereiraA educação para a saúde compreende oportunidades de aprendizagem conscientemente construídas envolvendo alguma forma de comunicação. Visa a melhoria da literacia em saúde e, consequentemente, os ativos de saúde individual e comunitária. Tem, por isso, um papel fundamental no desenvolvimento das vivências das pessoas e sociedades saudáveis. Tal cenário exige programas de intervenção de elevada qualidade, baseados em evidência científica, desenvolvidos por profissionais devidamente qualificados. Neste contexto, dedicamos atenção às competências dos profissionais de educação para a saúde, designadamente, enquanto públicos estratégicos, aos desafios e oportunidades de formação e desenvolvimento profissional. A presente comunicação organiza-se em torno dos seguintes eixos: (i) Conceptualizar criticamente o campo da educação para a saúde nas suas relações complexas com a literacia da saúde e a literacia digital – com um recorte para a necessidade de direcionar para uma educação assente na inclusão e equidade; (ii) Problematizar o grupo dos profissionais de Educação para a Saúde, enquanto força especializada – com atenção particular aos profissionais de prevenção de comportamentos aditivos e dependências; (iii) Discutir as potencialidades do trabalho em rede, com particular enfoque para as comunidades virtuais de prática, de aprendizagem e de investigação; (iv) Analisar opções de desenvolvimento profissional a partir da formação em contexto e com recurso à educação digital e em rede. O desenho metodológico é de natureza exploratória e qualitativa, assente na análise de orientações legais e estratégicas relacionadas com as temáticas em análise, assim como de ofertas formativas. Os resultados apontam para necessidades formativas identificadas nos documentos legais e estratégicos que se encontram ainda por concretizar em ofertas ajustadas, assim, como na sua tradução nas condições de empregabilidade. Concluímos apontando a necessidade destes profissionais partilharem espaços de conhecimento (atualizando as suas bases científicas), experiências, dúvidas e boas práticas em Educação para a Saúde. No contexto das sociedades atuais, a formação do grupo dos profissionais de Educação para a Saúde pode ser pensada no âmbito de um novo paradigma educativo, nomeadamente através da formação de comunidades de aprendizagem pensadas a partir da flexibilidade, inovação, integração e inclusão. Por último, destacamos a necessidade de continuar a investir em respostas de formação, atualização e reflexão sobre práticas e procedimentos - com particular relevância quando se trata de públicos estratégicos na área da Educação para a Saúde.
- A comunidade cigana e o etnocentrismo da instituição médica de saúde comunitáriaPublication . Silva, Luisa Ferreira da; Sousa, Fátima de; Oliveira, Luísa; Magano, Olga
- Impacto das alterações climáticas na saúde: perceções médicas e desafios das políticas de saúde em PortugalPublication . Ponte, Nidia; Alves, Fátima; Vidal, Diogo GuedesAs alterações climáticas (AC) representam uma ameaça à saúde pública, com impactos diretos na incidência de doenças decorrentes de eventos extremos, favorecendo a disseminação de doenças transmitidas por vetores. Comprometem igualmente as determinantes ambientais e sociais da saúde, desafiando a resiliência dos sistemas de saúde. Neste contexto, este estudo qualitativo analisou as perceções de 13 médicos/as portugueses/as sobre os impactos das AC na saúde e a eficiência das políticas de saúde em Portugal, através de entrevistas semiestruturadas, visando identificar desafios e oportunidades para integrar essas questões na prática clínica e nas políticas públicas. Os resultados revelam que embora os médicos/as reconheçam os impactos das AC na saúde, há dificuldade em relacionar as AC com doenças específicas na prática clínica. A falta de formação especializada é um obstáculo importante, destacando a necessidade de programas de formação contínua para capacitar os profissionais de saúde a lidar eficazmente com os impactos das AC. Além disso, os dados indicam que as políticas públicas de saúde em Portugal carecem de uma integração estruturada das AC, sendo a comunicação entre médicos/as e decisores políticos um fator essencial para a criação de políticas de saúde mais eficazes. Com base nestas conclusões, desenvolveu-se um projeto de investigação, focado na dimensão intercultural, visando o diálogo entre médicos/as de cuidados primários e utentes de contextos socioculturais diversos nas Unidades Locais de Saúde do Porto. A integração dessa dimensão é crucial, pois as diferentes perceções e respostas às AC em comunidades diversas influenciam a implementação das práticas de saúde adaptativas. O projeto adota uma abordagem metodológica mista, combinando revisão de literatura, inquéritos, entrevistas e grupos focais, promovendo resiliência comunitária e práticas inclusivas, fortalecendo a capacidade de resposta do sistema de saúde e promovendo equidade no acesso a cuidado.
- Interculturalidades, saúde e alterações climáticas: revisão sistemática sobre estratégias de diálogo intercultural na saúde num clima em mudançaPublication . Ponte, Nidia; Alves, Fátima; Vidal, Diogo GuedesA apresentação centrou-se numa revisão sistemática da literatura sobre estratégias de diálogo intercultural nos cuidados de saúde, com especial atenção aos desafios colocados pelos impactos das alterações climáticas na saúde. O estudo destacou a necessidade de práticas culturalmente situadas, capazes de promover relações mais equitativas entre médicos de cuidados primários e utentes de diversas origens socioculturais, sobretudo em contextos marcados por riscos ambientais e desigualdades em saúde. Com base numa análise crítica da produção científica nacional e internacional, salientaram-se os contributos de abordagens baseadas na comunidade e de formações em competências culturais para profissionais de saúde. As conclusões apresentadas visam não apenas aprofundar o conhecimento sobre esta intersecção temática, mas também contribuir para a formulação de políticas públicas mais integrativas e resilientes.
- Metodologia participativa para o diálogo intercultural em saúde no contexto das alterações climáticasPublication . Ponte, Nidia; Alves, Fátima; Vidal, Diogo GuedesO E-poster intitulado "Metodologia Participativa para o Diálogo Intercultural em Saúde no Contexto das Alterações Climáticas", da autoria de Nídia Ponte*, Fátima Alves* e Diogo Guedes Vidal*, foi aceite e apresentado no Encontro Ciência 2025, que decorreu entre os dias 9 e 11 de julho, em formato híbrido, no Campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa. Este trabalho parte do reconhecimento de que as alterações climáticas intensificam desigualdades em saúde, afetando de forma desproporcionada grupos sociais vulneráveis. Em resposta a este desafio, é proposta uma abordagem metodológica participativa que visa o desenvolvimento de estratégias de diálogo intercultural entre profissionais de saúde dos cuidados primários e utentes de diferentes origens socioculturais. Enformado por uma metodologia mista, o estudo visa promover a resiliência comunitária e reforçar a justiça cognitiva. Os autores defendem que apenas através de metodologias sensíveis à diversidade cultural será possível contribuir para políticas públicas integrativas e sistemas de saúde mais preparados para responder aos impactos das alterações climáticas.