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- Integrating artificial intelligence in the flipped classroom approachPublication . Rodrigues, Nélson José Ponte; Neves, MarcoEsta dissertação investiga uma questão central: Como é que a Inteligência Artificial (IA) pode melhorar a aprendizagem da língua inglesa de alunos adultos falantes da língua portuguesa numa sala de aula invertida (Flipped Classroom em inglês)? Este estudo tem como objetivo compreender o impacto das ferramentas de IA na motivação, no desempenho e na aprendizagem de alunos adultos quando integradas no ensino de línguas. Ao utilizar uma abordagem que envolve métodos de pesquisa mistos para a obtenção de dados quantitativos e qualitativos antes e após a experiência, esta investigação pretende avaliar o impacto do uso da IA em adultos nas atividades de compreensão do oral, leitura, expressão escrita e produção oral, em comparação com os métodos tradicionais. Com base nas teorias construtivistas de Dewey (1929), Bruner (1961), Vygotsky (1962) e Piaget (1971), que enfatizam a importância do papel ativo dos alunos na aprendizagem, a dissertação examina a forma como as ferramentas de IA, como o ChatGPT e o Gemini, fornecem feedback personalizado e em tempo real e apoiam a autonomia dos alunos (Von Glasersfeld, 1995; Jonassen, 1994). O modelo de sala de aula invertida, destacado por Bergmann e Sams (2012) como uma abordagem pedagógica eficaz, serve de enquadramento para a implementação de ferramentas de IA que permitam a preparação dos alunos para as aulas seguintes e a aprendizagem ativa durante a aula. Os resultados indicam que a integração da IA numa sala de aula invertida pode aumentar o envolvimento dos alunos, aumentar o ritmo de aprendizagem e reforçar a motivação, fornecendo-lhes feedback adaptado, conferindo-lhes, assim, uma componente prática personalizada. No entanto, há limitações, incluindo a possível dependência excessiva da IA, preocupações relativamente à redução da interação interpessoal e as dificuldades que alguns alunos enfrentam ao usar tecnologia (Lin et al., 2017; Pokrivcakova, 2019). Apesar desses desafios, a natureza adaptativa da IA alinha-se bem com as necessidades dos alunos adultos que procuram uma aprendizagem flexível e autodirigida, sugerindo que a IA pode complementar os métodos tradicionais para assim criarem aulas mais dinâmicas e interativas. A dissertação termina recomendando mais investigação no aspeto ético da IA na educação, particularmente em torno da privacidade dos dados e do impacto na relação professor-aluno. Estudos futuros devem também explorar a aplicabilidade da IA em diferentes níveis linguísticos e os seus efeitos a longo prazo na retenção da língua e na confiança dos alunos. Esta investigação contribui para a crescente literatura sobre a IA no ensino das línguas, oferecendo perspetivas práticas sobre a forma como os professores de línguas podem integrar a IA de forma responsável nas suas aulas de modo a enriquecerem o ambiente de aprendizagem dos alunos adultos. Quando devidamente utilizada, a IA consegue oferecer apoio personalizado e feedback em tempo real, tornando a aprendizagem mais cativante e eficaz tanto para os alunos como para os professores. Ao explorar esta combinação, o estudo procura desenvolver experiências de aprendizagem de línguas mais eficientes e bem-sucedidas para estudantes adultos que procuram aulas mais dinâmicas e menos centradas no professor. É essencial optar por novos métodos e ferramentas de ensino que tornem os alunos mais ativos e participativos na sala de aula e em casa. Graças à IA, é possível criar mais ambientes de interação entre os alunos e o conteúdo abordado, bem como dar-lhes mais autonomia.