Sociologia | Comunicações em congressos, conferências e seminários / Communications in congresses, conferences and seminars
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Recent Submissions
- A comunidade cigana e o etnocentrismo da instituição médica de saúde comunitáriaPublication . Silva, Luisa Ferreira da; Sousa, Fátima de; Oliveira, Luísa; Magano, Olga
- A integração/exclusão social de uma comunidade cigana residente no PortoPublication . Magano, Olga; Silva, Luisa Ferreira da
- Observação “com presença” junto de um grupo de etnia ciganaPublication . Magano, Olga
- Um olhar pela criminalidade praticada pela mulher cigana e processo de adaptaçãoPublication . Segurado, Nuno; Magano, OlgaTrabalho efetuado com reclusas ciganas condenadas no Estabelecimento Prisional de Tires, para perceber que tipo de criminalidade se encontra associada à mulher cigana e abordagem sobre o desenvolvimento histórico e social do sistema penal português e dos estabelecimentos prisionais, quer ao nível da arquitetura e níveis de segurança. Foca-se no carácter fechado desta instituição em que o contacto com o mundo exterior é limitado. A adaptação à prisão das mulheres ciganas promove um tratamento penitenciário mais efetivo, poucos estudos aprofundam esta matéria e por estar em cumprimento de pena efetiva, direciona-se a ação para o desvio. A minoria étnica cigana é a mais antiga em Portugal, mas não obstante este facto, apresenta grande dificuldade em integra-se socialmente. Pela metodologia utilizada apurou-se que as mulheres ciganas reclusas entram no mundo do crime por dificuldades económicas, não se reveem numa organização criminosa, estão mais associadas ao crime contra a propriedade, e as do grupo etário acima dos cinquenta anos não estão mais adaptáveis em comparação com as restantes reclusas
- Literacy(ies) and skills in times of digital education: exploring communication and interaction in digitally mediated learning worldsPublication . Correia, Joana Duarte; Henriques, Susana; Fernandes, Sandra; Abelha, Marta; Seabra, FilipaThis article seeks to explore the notions of literacy(ies) and competences in times of digital education. The aim of the study was to understand, from perspectives of experts, what literacy(ies) and competences are in digital teaching-learning contexts, how they are operationalised, which strategies can be used for their development, and what are the opportunities and challenges for their application in digital education. Through a qualitative approach, four experts were interviewed as privileged informants in their areas of expertise. The individuals interviewed are academics with extensive research in the areas of literacy(ies), digital and infocommunication skills and digital education. The interviews were conducted during the first quarter of 2023, as part of a larger ongoing study - digital and infocommunicational competences in virtual learning environments: practices in e-learning curricular units in Portuguese Higher Education. According to these experts, digital is largely responsible for the recent changes in the world, but the most important thing is not learning or teaching digital: it is developing citizens' skills or competences, exploring communication and interaction in digitally mediated learning worlds. This demands the mobilization of competences to search and exchange information, and to interact with another people in digital environments. This can help citizens become more confident, critical, and open-minded users of today’s technologies.
- Competências dos profissionais de educação para a saúde: desafios e oportunidades para uma educação digital e em rede assente na inclusão e equidadePublication . Henriques, Susana; Vieira, Cristina PereiraA educação para a saúde compreende oportunidades de aprendizagem conscientemente construídas envolvendo alguma forma de comunicação. Visa a melhoria da literacia em saúde e, consequentemente, os ativos de saúde individual e comunitária. Tem, por isso, um papel fundamental no desenvolvimento das vivências das pessoas e sociedades saudáveis. Tal cenário exige programas de intervenção de elevada qualidade, baseados em evidência científica, desenvolvidos por profissionais devidamente qualificados. Neste contexto, dedicamos atenção às competências dos profissionais de educação para a saúde, designadamente, enquanto públicos estratégicos, aos desafios e oportunidades de formação e desenvolvimento profissional. A presente comunicação organiza-se em torno dos seguintes eixos: (i) Conceptualizar criticamente o campo da educação para a saúde nas suas relações complexas com a literacia da saúde e a literacia digital – com um recorte para a necessidade de direcionar para uma educação assente na inclusão e equidade; (ii) Problematizar o grupo dos profissionais de Educação para a Saúde, enquanto força especializada – com atenção particular aos profissionais de prevenção de comportamentos aditivos e dependências; (iii) Discutir as potencialidades do trabalho em rede, com particular enfoque para as comunidades virtuais de prática, de aprendizagem e de investigação; (iv) Analisar opções de desenvolvimento profissional a partir da formação em contexto e com recurso à educação digital e em rede. O desenho metodológico é de natureza exploratória e qualitativa, assente na análise de orientações legais e estratégicas relacionadas com as temáticas em análise, assim como de ofertas formativas. Os resultados apontam para necessidades formativas identificadas nos documentos legais e estratégicos que se encontram ainda por concretizar em ofertas ajustadas, assim, como na sua tradução nas condições de empregabilidade. Concluímos apontando a necessidade destes profissionais partilharem espaços de conhecimento (atualizando as suas bases científicas), experiências, dúvidas e boas práticas em Educação para a Saúde. No contexto das sociedades atuais, a formação do grupo dos profissionais de Educação para a Saúde pode ser pensada no âmbito de um novo paradigma educativo, nomeadamente através da formação de comunidades de aprendizagem pensadas a partir da flexibilidade, inovação, integração e inclusão. Por último, destacamos a necessidade de continuar a investir em respostas de formação, atualização e reflexão sobre práticas e procedimentos - com particular relevância quando se trata de públicos estratégicos na área da Educação para a Saúde.
- As diferentes dimensões da integração e dificuldades sentidas pelas instituições de acolhimento de refugiadosPublication . Bäckström, Bárbara; Sousa, Lúcio; Costa, Paulo Manuel; Albuquerque, Rosana; Magano, OlgaO presente artigo é resultado do Projeto “Integração de refugiados em Portugal: papel e práticas das instituições de acolhimento. Projeto PT/2017/FAMI/151”.Este artigo analisa os diferentes domínios de integração e a forma como as instituições da sociedade civil conseguiram ou não preencher todas as condições exigidas para acolher os refugiados, nas suas diferentes dimensões. Iremos analisar as principais dificuldades sentidas no processo de integração incluindo a situação de dependência ou de autonomia que se conseguiu potenciar ao longo do programa de acolhimento. Em paralelo, vamos também perceber em que dimensões de integração os refugiados procuraram apoio por parte das instituições. Os dados reportam-se aos refugiados recolocados em 2015 e 2016 e a nos resultados do inquérito por questionário a 97 instituições que acolheram refugiados recolocados e entrevistas em profundidade efetuadas com 20 destas 97 instituições. Os resultados permitem identificar que foram o acesso ao emprego e a aprendizagem da língua portuguesa, as dimensões em que a maioria das instituições avaliaram as condições locais como tendo sido as piores no sentido de responderem às necessidades de integração dos refugiados. Várias propostas sublinham a necessidade de reforçar a oferta dos serviços de tradução e do ensino da língua portuguesa, na medida em que a comunicação é fundamental para o processo de integração e exige que decorra algum tempo, sobretudo quando as características culturais são muito diferentes.
- Sexualities, bodies and masculinities, through the speeches of portuguese teenagersPublication . Silva, Ana Isabel Mateus da; Vieira, Cristina PereiraThis study, by problematizing a set of complex speeches, elaborated by young people around the idea of body and masculinities, comes to interrupt a set of socially imposed silences, more or less hidden, giving visibility to some changes which, through a critical way, call into question the value of hegemonic masculinity.
- O consumo de NSP em PortugalPublication . Henriques, Susana; Silva, Joana PaulaNovas Substâncias Psicoativas (NSP) representam um grupo de substâncias que tem crescido rapidamente e cujos mercados têm beneficiado do desenvolvimento tecnológico. EMCDDA define-as como “substâncias naturais ou sintéticas que não são controladas pelos organismos oficiais e frequentemente visam mimetizar os efeitos das substâncias controladas”. Na metodologia usou-se um questionário aplicado presencialmente em contextos recreativos e online, em sítios e fóruns com temática relacionada com substâncias psicoativas. Aqui caracterizamos os consumidores portugueses de NSP quanto às substâncias, padrões de uso e contextos de consumo. Os resultados demonstram que os alucinogénicos, os estimulantes e os canabinoides são os tipos de NSP mais consumidos. Os principais contextos de consumo são os contextos recreativos, a própria casa ou a de amigos. Concluindo destacam-se alguns aspetos relacionados com as particularidades destes consumos, especialmente no que se relaciona com o papel das tecnologias na relação com as substâncias, entre consumidores e com os mercados.
- As universidades de terceira idade como forma de participação e inclusão social: um estudo de caso na Universidade Sénior de Massamá e Monte AbraãoPublication . Mendes, Carlos; Magano, OlgaA criação de Universidades Sénior (US) surge devido a profundas transformações sociais e tecnológicas com impacto na melhoria de condições de saúde e bem-estar, com o aumento da esperança de vida e consequente envelhecimento da população. As sociedades contemporâneas procuram propostas de envelhecimento ativo, entre as quais se enquadram as US, como paradigma de educação de adultos a partir dos 50 anos no Ocidente. Este movimento iniciou-se em França, em 1972, disseminou-se rapidamente por todo o mundo porque colheu grande receptividade nas pessoas ‘de idade’ como fator de bem-estar. Em Portugal, Herberto Miranda, em 1978, dá início à primeira universidade da terceira idade, sublinhando que não se tratava de um projeto assistencial, mas de carácter cultural e, de desenvolvimento humano e científico. Esta comunicação tem como objetivo apresentar os resultados de um estudo realizado na Universidade Sénior de Massamá e Monte Abraão (USMMA) com a finalidade de conhecer o processo de criação das US enquanto resposta social e, no caso português, contextualizar o surgimento deste movimento e conhecer as motivações dos estudantes para a sua frequência, e compreender o impacto que pode ter no seu estilo de vida, num contexto de aprendizagem ao longo e ao largo da vida mas também como estratégia de preservação de relações sociais, após a saída do mercado de trabalho. Em termos metodológicos, optou-se por uma abordagem qualitativa de estudo de caso com a realização de observação participante em contexto de salas de aula e entrevistas semiestruturadas em profundidade a estudantes e dirigentes da universidade. Os resultados revelam a importância que a frequência da US assume sobretudo para as mulheres, como forma de aprendizagem informal, de convívio e de lazer. As estudantes procuram estes centros de cultura pela sua necessidade de participação social e para dar vazão à sua curiosidade intelectual, sendo também uma possibilidade de emancipação feminina e de empoderamento, numa população ainda muito marcada pelas desigualdades de género. Enquanto os homens, que as frequentam pouco, têm outros interesses temáticos e associativistas. Assim, a USMMA constitui um meio privilegiado de convívio entre as mulheres e uma forma de empoderamento que pode promover a sua emancipação na velhice.