Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by Sustainable Development Goals (SDG) "16:Paz, Justiça e Instituições Eficazes"
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- Os desafios da regularização documental de estrangeiros: estudo de caso dos bissau-guineenses na Cidade da Praia – Cabo VerdePublication . Santos, Isalda Maria de Barros dos; Sousa, Lúcio; Rocha, Eufémia VicenteEsta dissertação, cujo tema é “Os desafios da Regularização Documental de Estrangeiros: estudo de caso dos bissau-guineenses na Cidade da Praia – Cabo Verde” configura-se numa tentativa de perceber o fenómeno migratório da Guiné Bissau para Cabo Verde no âmbito do Protocolo de Livre Circulação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Pretende-se, concretamente, compreender quais são os desafios mais prementes que a maior comunidade estrangeira residente em Cabo Verde (Cidade da Praia) enfrenta no processo de Regularização Documental de Estrangeiros (RDE). Pese embora o genuíno sentimento de pertença, as principais conclusões desta investigação demonstram que esta comunidade enfrenta uma série de desafios no processo de RDE, sendo uns relacionados a fatores endógenos (muita burocracia processual) e outros relacionados a fatores exógenos a Cabo Verde (morosidade no acesso aos documentos do país de origem). Mas o próprio perfil do imigrante bissau-guineense que possui baixo nível de escolaridade e falta de qualificação técnico-profissional condiciona o acesso a toda a documentação exigida para a RDE, sobretudo a comprovação dos meios de subsistência para a permanência regular no país.
- A integração dos jovens refugiados sírios na cidade de Gaziantep, TurquiaPublication . Peixoto, Carolina Isabel Morais; Costa, PauloA presente investigação procura compreender como decorre o processo de integração de jovens refugiados sírios que vivem em Gaziantep, uma cidade turca a 120km da fronteira com a Síria. Inserida na área de estudos sobre refugiados e migrações forçadas, é através do recurso às histórias de vida de três jovens que se partilha a experiência de quem viveu em primeira mão este fenómeno, jovens que foram forçados a deixar a sua cidade na Síria, Alepo, entre os anos de 2013 e 2015, e a construir uma nova vida em Gaziantep. Este trabalho envolveu a escuta de narrativas, memórias, e uma disponibilidade por parte dos jovens em relembrar e contar as suas histórias com todas as experiências, dificuldades e sofrimento associados, na sua infância, ao longo do trajeto e durante o processo de integração em Gaziantep. Ao expor o percurso de vida dos jovens desde a sua infância na Síria ao presente momento, é possível conhecer o contexto migratório dos refugiados sírios na Turquia, a sua realidade social, cultural e económica, verificando se as políticas de integração existentes se adequam às necessidades deste grupo. Fatores como a aprendizagem da língua turca, a continuação do percurso escolar, ter condições laborais dignas e a não-discriminação revelaram-se essenciais para uma integração de sucesso dos jovens na cidade.
- Mulheres e migrações forçadas em Portugal: adaptação, resiliência e integração socialPublication . Sampaio, Catarina; Ramos, NatáliaEsta investigação procura ampliar o conhecimento da realidade psicossocial de mulheres que, em contexto de migração forçada, chegaram a Portugal, explorando as principais dificuldades do percurso migratório e os principais fatores protetores que facilitaram os seus processos de resiliência, adaptação e integração social. Para tal, foram relevados os significados que as protagonistas atribuem às suas experiências, recolhidos através de nove entrevistas semiestruturadas e em profundidade, a mulheres oriundas do Iraque, da Síria e da Líbia. É também a partir das suas perceções que se analisam questões de género e a forma como estas se relacionam com dimensões religiosas, familiares, sociais, psicológicas e culturais. A investigação coloca em evidência um acervo de vulnerabilidades desencadeadas pela experiência migratória e pela pertença de género, o que justifica a análise intersecional. Os resultados revelam um conjunto de adversidades no acolhimento, destacando-se: isolamento e distância familiar e do grupo social; dificuldades de acesso ao emprego qualificado; falta de suporte institucional; fracas condições habitacionais; desconhecimento da língua; desconhecimento dos serviços de saúde; não reconhecimento de grau académico e discriminação. Por outro lado, são identificados diversos fatores protetores que auxiliam a integração no país recetor, evidenciando-se: estabelecimento e manutenção de redes sociais; recurso a redes sociais digitais; segurança; emprego; domínio da língua; religião; suporte institucional; acesso à saúde; acesso à educação; participação cívica e política; desporto; questões de género relacionadas com empoderamento e maior autonomia. Espera-se que a presente investigação possa incentivar o debate e a reflexão sobre estratégias e políticas de integração em Portugal, promovendo medidas de atuação adequadas às necessidades de mulheres em contexto de migração forçada.
- Percepção da violência na escola: estudo de caso em uma escola do município de Joinville S/CPublication . Paim, Marisa da Silva; Alves, Fátima; Aires, LuísaEsta pesquisa tem como tema central a violência na escola. Seu objetivo foi investigar como professores e alunos concebem a violência, como a explicam e como lidam com a mesma no contexto escolar. Por análise das relações interpessoais que nela ocorrem, buscou-se entender a percepção do aluno e do professor a respeito do fenômeno, seja na condição de quem atua como agressor, como daquele que sofre ou observa os atos de violência;também das formas existentes de agressividade, e o que os motiva a praticarem esses atos. O estudo foi orientado na perspectiva das metodologias qualitativas, tendo a técnica de grupo focal como instrumento para coleta de dados. A população alvo da pesquisa foram alunos do 2º e 3º ano do ensino médio integral e professores na rede pública Estadual da cidade de Joinville S/C Brasil. Na investigação realizada, constatou-se que a existência da violência física e psicológica na escola decorre de vários caminhos externos, migrando das diversas vivências familiares e sociais, do frágil vínculo, da falta de compreensão e acolhimento às diversas demandassubjetivas, entendendo que a violência no espaço escolar tende a ser uma repetição daquelas vivências fora da escola, surpreendendo uma instituição as vezes despreparada no trato com a fereza. A violência praticada e sofrida pelo jovem, confere consequências imediatas sobre o processo de ensino-aprendizagem, deixando marcas de eclosão na idade adulta. Para os docentes a violência na escola pode ocorrer através de vários formatos, advindo tanto do aluno como do professor – como aquelas “brincadeiras” que tendem a gerar desconforto e indignação e podem favorecer o exercício da agressividade. As agressões sobre o professor foram constatadas através das agressões verbais, calúnias e injúrias – deixando os docentes às vezes em “pânico”, inibidos, sentindo-se desprotegidos e indefesos. Concluímos com essa investigação que é urgente fazer uma escuta acolhedora às diversas vulnerabilidades de alunos, pais e professores, concernentes às demandas subjetivas, com foco nas histórias de vida, buscando propiciar o reconhecimento das humanidades que habita em cada um, e assim reinventar outras formas de convivência e consequentemente a diminuição da violência no ambiente escolar.
- Percepção das mães e mulheres dos reclusos sobre o impacto do sistema prisional alternativo da Associação de Proteção e Assistência a Condenados: o caso de Patos de Minas, Estado de Minas GeraisPublication . Miquelanti, Viviane Pereira; Magano, OlgaA reincidência criminal tornou-se um dos grandes gargalos do sistema criminal mundial. Não diferente, o sistema de encarceramento brasileiro tem enfrentado desafios estruturais, tais como superlotação e tratamento desumano ao longo de sua história e, diante dessas adversidades, nomeadamente em termos de reinserção social e cultural dos reclusos, o país tem buscado novas perspectivas de intervenção e recuperação, tal como o método aplicado pela Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC). Este método consiste em um conjunto de medidas alternativas que visam a ressocialização dos presos, baseada na valorização humana e no tratamento mais digno. Este estudo visa conhecer esse método prisional alternativo, especialmente no que se refere ao papel das famílias dos reclusos da APAC no processo de ressocialização do indivíduo privado de liberdade, em concreto quanto às percepções de mães e mulheres de reclusos a cumprir pena e o impacto da inserção neste programa nas suas vidas e de sua família. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com entrevistas a familiares que tenham passado pelo sistema prisional comum e atualmente vivenciam o regime APAC em Patos de Minas, bem como a funcionários da unidade, buscando uma compreensão holística do modelo. A análise, a partir das narrativas coletadas, procura verificar se o método realmente promove a inclusão das famílias e a ressocialização dos apenados. Os resultados apontam que a participação familiar é não apenas incentivada, mas essencial para o sucesso da reintegração. Sem a família, a recuperação dos reclusos seria significativamente mais difícil, evidenciando a relevância do modelo APAC como alternativa eficaz ao sistema prisional tradicional.
- Representações sociais dos profissionais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - SEF: crenças, valores e atitudes relativamente aos migrantesPublication . Gaspar, Hugo Manuel Romão Serra dos Santos; Ramos, NatáliaAs migrações são um fenómeno histórico e um dos principais desafios das sociedades modernas, dada a sua transversalidade e dimensão. Estas movimentações de massas acentuaram-se e provocaram transformações que se fizeram sentir a um nível planetário, em que as sociedades se passaram a caracterizar pela diversidade cultural e pelo multiculturalismo, vivemos agora num mundo globalizado e interligado. A realização desta dissertação teve como principal objetivo obter conhecimentos e compreender as crenças, valores e atitudes de profissionais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – SEF, relativamente aos migrantes, por serem o primeiro organismo de contacto. Pretendeu-se aferir se estes profissionais alteravam o seu comportamento profissional, pela influência de preconceitos e estereótipos na construção das suas representações sociais em relação aos migrantes. Foi selecionada uma amostra de 24 profissionais do SEF, originários das regiões Norte, Centro e Sul do país, com ensino secundário e ensino superior, a exercer funções na Direção de Fronteiras de Lisboa. Para este estudo exploratório, foi privilegiado o uso do método qualitativo, pela aplicação de um questionário, através de entrevista semiestruturada, que permitiu a recolha de dados, que foram sujeitos a análise de conteúdo. Concluiu-se que praticamente todos os profissionais do SEF que participaram neste estudo evidenciaram crenças, valores e atitudes favoráveis aos imigrantes, com particular sensibilidade em relação ao fenómeno e demonstraram atuar com profissionalismo. Contudo, atendendo aos resultados obtidos, foi percetível, ainda que em números residuais, que alguns profissionais deste serviço de segurança, agora extinto, pensavam e atuavam sob influência de representações, estereótipos e preconceitos. Os resultados ilustram a possibilidade de realizar melhoramentos ao nível da formação, sobretudo através da aprendizagem e desenvolvimento de competências interculturais, fulcrais no processo de comunicação e interação, que facilitarão esta dinâmica entre povos e culturas diversas.
- Tráfico transnacional e exploração sexual de mulheres: perspetivas institucionais e sociais na zona norte de PortugalPublication . Freitas, Sandra Cristina Sampaio de; Magano, OlgaA investigação desenvolvida aborda as perspetivas institucionais e sociais na zona norte de Portugal atinentes com o tráfico internacional e a exploração sexual de mulheres. Do ponto de vista da inovação, a investigação questiona a correlação entre tráfico de mulheres para fins de exploração sexual e migrações irregulares, apresentando as novas tendências no modo de atuação das redes de tráfico, nomeadamente nas formas de recrutamento, estratégias de controlo e ocultação das vítimas de exploração sexual. O tráfico de mulheres não é um problema exclusivo dos limites territoriais de um país ou continente, exigindo uma ação concertada que vise uma atuação de prevenção e combate desde os países de origem aos países de destino das vítimas. No quadro da compreensão, foi desenvolvida uma investigação qualitativa com recurso a entrevistas a especialistas da área social, política e policial que desenvolvem a sua atividade com especial enfoque na zona norte de Portugal e a uma vítima de tráfico para fins de exploração sexual, oriunda da Nigéria, cujo último palco exploração foi a zona norte de Portugal. Em pleno séc. XXI é possível comprar, vender e explorar mulheres na Europa, nomeadamente em Portugal, oriundas de diversos pontos do mundo. As redes formais ou informais inovam constantemente o seu modelo de atuação, adaptando as suas estratégias, rotas e recursos, como forma de escapar às autoridades policiais e alimentar os lucros provenientes da exploração de vidas humanas. A violência decorrente de experiências de tráfico deixa marcas nas vítimas ao nível físico, psicológico e nas relações interpessoais, afigurando-se o processo de assistência e acolhimento crucial para a recuperação e delineação de um novo projeto de vida destas mulheres, evidenciando a relevância de políticas públicas integradas. Na base dos processos de tráfico estão as desigualdades de género, de direitos e de oportunidades. É um fenómeno que assenta nas vulnerabilidades individuais e contextuais bem como na lógica de procura e oferta dos mercados globais.