Educação e Interculturalidade
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Browsing Educação e Interculturalidade by Sustainable Development Goals (SDG) "04:Educação de Qualidade"
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- Conta-me um conto : um processo intercultural de conscientização e de aprendizagem ao longo da vidaPublication . Cardoso, Ricardo Jorge Rodrigues; Moreira, DarlindaOs projetos de educação centrados na promoção da autonomia e emancipação dos mais vulneráveis aparecem cada vez mais associados a um processo de contínua intervenção, onde a educação assume, por excelência, uma posição de mudança e de intervenção social. Através da planificação de ações concretas com grupos e comunidades que estão numa situação de fragilidade social, este trabalho de investigação aborda as potencialidades que as ações educativas, circunscritas num projeto de intervenção social, podem ter para a transformação da realidade dos adultos envolvidos. Com duas experiências educativas construiu-se, numa linha metodológica de investigação-ação participativa, um projeto de educação e intervenção social que permitiu simultaneamente conhecer, planificar, transformar, observar e refletir sobre o aumento da consciência crítica e autonomia de seis mulheres socialmente vulneráveis. O educador, aqui também investigador, promoveu espaços democráticos onde as participantes tiveram oportunidade de reinventar e partilhar narrativas e histórias de vida. Testemunhou-se o aumento da consciência que as participantes tinham de si próprias, numa partilha intercultural das suas experiências com outros elementos, bem como se promoveu um processo de aquisição de conhecimento numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. Obteve-se ainda participação ativa de todas as mulheres, que foi aumentando ao longo de toda a investigação, resolução de problemas situacionais, aumento da consciência crítica face à diversidade social existente, maior aceitação face às diferenças dos outros e promoção de laços de solidariedade.
- A cultura de São Tomé e Príncipe no ensino das artes visuais e tecnológicas: um contributo para educaçãoPublication . Trindade, Anastácia Afonso dos Ramos; Martins, Amílcar; Saldanha, ÂngelaO presente estudo retrata o contexto santomense nos ensinos de Artes Visuais e Tecnológicas. A certeza crítica dos diálogos interculturais, o respeito pela diversidade e o exercício da cidadania estabelecem bases para a construção e valorização da identidade. A cultura de São Tomé e Príncipe – STP é o foco de referência deste estudo. Baseando nessas reflexões, o desenvolvimento do presente estudo faz recurso a duas questões fundamentais: Como se aborda a cultura de São Tomé e Príncipe nas aulas de Artes Visuais? Como é que o currículo português de Artes Visuais, lecionado na Escola Portuguesa de São Tomé e Príncipe, respeita a diversidade cultural? E sendo assim, o objetivo principal do presente estudo, reside em compreender em que contexto cultural as disciplinas de Artes Visuais desenvolvem as suas práticas educativas e identificar estas práticas na gestão curricular em STP. Ao confrontar a educação com cultura e arte: objetivos, conteúdos e competências, este estudo evidencia Educação Visual, Educação Tecnológica e Educação Oficinal – EV, ET e EO como referência aos currículos nacionais e o da escola Portuguesa de São Tomé e Príncipe. Como resultado, desenvolvemos o referido estudo na escola Preparatória Patrice Lumumba, no Instituto Diocesano de Formação João Paulo II – IDF/Escola portuguesa de STP – EPSTP-CELP e no Liceu Nacional. O estudo contou também com a participação de um artista visual e um agente cultural. O número total de participantes, foi de 163 voluntários. De entre os métodos, utilizamos entrevistas, o questionário, a observação e estudo de caso. No que diz respeito a satisfação dos participantes concernente ao resultado final das atividades desenvolvidas nos estudos de caso, os resultados obtidos nas etapas respeitantes aos três estudos (primeiro estudo foi de 96,3%; segundo estudo 81,8% e terceiro estudo de 86,8%), foram bastante satisfatórios. O estudo revela semelhanças e diferenças, do Passado e do Presente, e sua adequação às necessidades sociais do Presente e do Futuro. São apresentadas algumas pistas que alertam as entidades competentes e os professores de EV, ET/EO, não somente para as novas realidades, mas igualmente, e, sobretudo, para a melhoria da educação em STP.
- Diversidade e inclusão no Ensino Superior Politécnico : da caraterização à compreensão das vivências dos estudantesPublication . Manso, Maria Augusta Cadilha Xavier Gonçalves; Aires, LuísaO presente estudo tem como objetivo compreender quem são e que vivências têm os estudantes que ingressaram numa instituição de Ensino Superior Politécnico por diferentes regimes de acesso. Considera-se que a compreensão e conhecimento dos obstáculos/desafios encontrados pelos estudantes no Ensino Superior é fundamental para a implementação de medidas conducentes a um Ensino Superior mais inclusivo. Reconhecendo-se que o Ensino Superior tem uma cultura própria associada a múltiplas literacias e discursos que os estudantes precisam de conhecer e dominar para estarem incluídos, desenhou-se o presente estudo tendo como referência os contributos da Perspetiva Sociocultural. Em termos metodológicos, recorreu-se a um modelo de investigação misto que envolveu duas fases sequenciais. Na primeira fase realizou-se um estudo de orientação quantitativa e qualitativa para caracterização dos estudantes (n=287) que ingressaram no primeiro ciclo de estudos de uma Instituição de Ensino Superior Politécnico no ano letivo de 2011/2012, quanto a elementos sociodemográficos, a motivos e expetativas para a frequência do Ensino Superior, e à realização académica dos estudantes. Numa segunda fase realizou-se um estudo de aprofundamento, de orientação qualitativa, recorrendo a entrevistas semiestruturadas (n=14), realizadas a estudantes que ingressaram no ES por diferentes vias de acesso e a docentes com funções de coordenação de cursos de 1º ciclo de estudos, com o intuito de perceber como perspetivam e se posicionam face à diversidade dos estudantes. Os resultados permitiram identificar alguns obstáculos/desafios enfrentados pelos estudantes relacionados com a frequência do Ensino Superior, assim como a referência a uma experiência enriquecedora do ponto de vista das suas aprendizagens e desenvolvimento pessoal.
- Diversidade linguística e cultural de Macau e educação intercultural: problemas e perspetivasPublication . Rocha, Rui Manuel de Sousa; Bastos, GlóriaO objetivo central do nosso projeto de investigação foi analisar a política educativa do ensino não superior de Macau, na perspetiva de um modelo educativo inclusivo e intercultural que consagre o que, histórica e politicamente, tem caraterizado a sociedade de Macau como espaço multilingue, multicultural e de coexistência entre as tradições culturais portuguesa e chinesa. No âmbito deste objetivo central, recenseamos os problemas e perspetivas na concretização de tal política inclusiva e intercultural em termos de ordenamentos legais e de práticas educativas. Para se compreender o atual panorama multilinguístico e multicultural de Macau, onde se cruzaram ao longo de 450 anos dois impérios linguísticos e culturais – o chinês e o português - foi também indispensável analisar, por um lado, o discurso escrito e falado dos poderes políticos imperiais sobre a língua e a diversidade cultural, designadamente as similitudes ideológicas de ambos os impérios no modo de aproximação e de aceitação do outro, linguística e culturalmente diferente, nos seus processos de conquista e de colonização de nações e povos; e, por outro lado, os pressupostos político-linguísticos adotados por tais impérios até aos dias de hoje relativamente às línguas imperiais de dominação e de colonização. Ao planeamento da política educativa na sua relação com a diversidade linguística e cultural subjaz um discurso ideológico sobre a língua e a cultura, mas também sobre a sociedade. Analisamos da dimensão e alcance desse discurso político em Macau em matéria de ensino das línguas oficiais através da legislação em geral e da legislação educativa em particular, de outra documentação escrita sobre o uso das línguas oficiais em Macau e ainda o discurso político do governo central da China, de Portugal e do governo local de Macau relativamente a tais matérias.
- Educação global: perspetivas de alunos e professores de uma escola europeiaPublication . Carneiro, Maria de Fátima Vermelho Milheiro Alves; Aires, LuísaA presente investigação pretende contribuir para a produção de conhecimento sobre a educação global em contexto escolar junto de alunos e professores de uma Escola Europeia, em contexto internacional, procurando-se ressaltar alguns aspetos fulcrais deste fenómeno, a partir da seguinte questão de investigação: Quais são as perceções dos alunos e dos professores sobre a educação global e o desenvolvimento das competências globais numa Escola Europeia, em contexto internacional? Dada a relevância da comunicação nas sociedades atuais e os seus contributos para a globalização, destacamos os conceitos de globalização, cultura e comunicação, relevando o papel da comunicação e das tecnologias de informação como promotores de um diálogo entre culturas. Entendemos como fundamental o papel da competência intercultural e a sua influência ao nível das interações e da comunicação entre pessoas de diferentes culturas. Importa, ainda, destacar o papel da cidadania nos planos nacional e internacional, que surge de uma forma cada vez mais globalizada, remetendo para uma interdependência de comportamentos associados ao bem comum. Face aos desafios globais, a educação global exige novas abordagens ao nível dos sistemas, das políticas e das práticas educativas, que remetem para uma abordagem holística e interdisciplinar, sustentada por currículos escolares com um enfoque em temas globais, direcionados para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Partindo do objetivo geral “analisar e melhorar o conhecimento efetivo sobre a educação global”, optamos por uma metodologia de investigação mista e, como técnicas de recolha de dados, optamos por um questionário e pela entrevista semiestruturada. Numa primeira etapa, foi construído e validado um questionário que, posteriormente, foi aplicado a cento e cinquenta e quatro alunos do quarto e quinto anos de escolaridade do ciclo primário e a alunos do primeiro ao sétimo ano do ciclo secundário que frequentam uma Escola Europeia em contexto internacional. Numa segunda etapa, procedeu-se à realização de quatro entrevistas a dois professores do ciclo primário e dois do ciclo secundário na mesma escola. Os resultados obtidos em ambas as etapas, permitiram reunir um conjunto de evidências que apontam para o desenvolvimento das competências globais na Escola Europeia Alfa XX, destacam-se alguns projetos que envolvem componentes da cidadania global, particularmente a diversidade linguística e a apreciação de diferentes culturas. Concluímos que a educação global pode promover o desenvolvimento de competências globais proporcionando, aos alunos, o aprofundamento de competências necessárias para agirem a nível local e global. Por fim, apresentam-se algumas propostas suscetíveis de constituírem um suporte para futuras investigações em Educação Global.
- A educação intercultural e a literatura infantil: perspetivas e práticas na educação infantil: estudo de casoPublication . Marques, Célia; Bastos, GlóriaAssistimos hoje a uma sociedade caracterizada por fenómenos migratórios frequentes, pautada por interações de diversas culturas, línguas ou religiões. Esta diversidade de culturas presente na sociedade atual provoca efeitos nos contextos educativos, com realidades cada vez mais heterogéneas. Refletindo sobre esta realidade, torna-se necessário atuar no sentido da integração da diversidade cultural, de uma forma positiva, logo a partir do jardim-de-infância. Surge a necessidade de adequar a formão dos educadores de infância, de reestruturar medidas e políticas educativas e transferi-las para os contextos educativos, tornando-os mais responsivos aos desafios colocados pela diversidade cultural. A presente investigação estuda as conceções de um grupo de educadoras de infância, em relação à educação intercultural e à literatura infantil enquanto recurso de apoio a uma abordagem intercultural, assim como as suas práticas educativas. Pretendemos explorar as relações entre suas perspetivas e as práticas, dando ênfase aos relatos descritos pelas mesmas. Os dados analisados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas, de registos de observarão e de narrativas reflexivas. Verificou-se que as conceções das educadoras destacam a importância da educação intercultural enquanto nas práticas educativas revelam pouca intencionalidade. Considera-se que os resultados obtidos permitem contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre as práticas de educação intercultural na educação pré-escolar, com recurso à literatura infantil, sem pretender elaborar generalizações.
- A educação intercultural na aula de português no 3º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Oliveira, Dulce Maria Garcia de; Sequeira, Rosa MariaEsta investigação foi realizada no âmbito do Doutoramento em Educação, na vertente de Educação e Interculturalidade, tendo como título “A educação intercultural na aula de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico”. O principal objetivo foi não só o de conhecer as representações e práticas docentes relativamente à diversidade cultural nas turmas de 3º ciclo do Ensino Básico dos Agrupamentos de Escolas e das Escola Não Agrupadas da freguesia de Arrentela, - concelho do Seixal, península de Setúbal -, como também propor uma “matriz sociocultural” para a disciplina de Português no 3º Ciclo do Ensino Básico e aplicá-la a turmas alvo, permitindo verificar se a mesma propicia uma maior e efetiva participação de todos os alunos, contribuindo para o seu sucesso educativo. Esta investigação alicerçou-se no quadro teórico da educação para a cidadania intercultural, nomeadamente na educação intercultural e no modelo coorientacional de Byram. Este trabalho tomou a forma de estudo de caso, tendo-se recorrido ao paradigma quantitativo e qualitativo, tornando-os complementares na recolha de dados. No decorrer desta investigação, efetuou-se um processo de investigação exploratória, tendo-se realizado pesquisa documental para uma breve caracterização da Península de Setúbal, do concelho do Seixal, da freguesia de Arrentela. Fez-se um levantamento de dados sobre a diversidade cultural das escolas com 3º ciclo do Ensino Básico desta freguesia e sobre o insucesso dos alunos no exame de Português de 9º ano. Utilizou-se, ainda, um inquérito por questionário a vinte e um docentes do grupo 300 que lecionaram Português no 3º ciclo do Ensino Básico das escolas supra mencionadas, nos anos letivos 2011/2012, 2012/2013/ 2013-2014 (alguns dos quais ainda lecionam), para conhecer as representações docentes e práticas letivas recorrentes em escolas pluriculturais. A análise dos primeiros dados recolhidos por inquérito por questionário demonstrou que, para os docentes inquiridos, o objetivo primordial da educação intercultural é a abertura e aproximação ao Outro. No que concerne as práticas letivas, há uma preocupação dos professores em aproveitar uma parte do manancial e da riqueza da diversidade cultural das turmas heterogéneas, nomeadamente na prática da leitura/escuta, (re)escrita, na divulgação de textos enriquecedores entre cultura(s), na comparação entre culturas, na promoção de atividades colaborativas, nas atividades integrando a cultura de origem ou de herança. Verificou-se ainda que os materiais privilegiados na sala de aula são maioritariamente os manuais escolares e a compilação de textos emanados pelas editoras de livros escolares. Uma vez que os manuais escolares não contemplam muitas culturas, os docentes utilizam, em menor percentagem, textos de todo o género que permitem a comparação entre culturas, uma atitude crítica e a descentração. Relativamente à colaboração entre alunos, esta é essencialmente realizada através do trabalho de pares, enquanto a cooperação entre escola/comunidade é desenvolvida sobretudo por exposição e eventos escolares abertos à população e por atividades que podem ser corealizadas por alunos e Encarregados de Educação e/ou seus familiares. Como causas para a não implementação da educação intercultural nas aulas de Português, os inquiridos denunciaram fatores fulcrais como a ausência de formação adequada e de materiais didáticos e pedagógicos adequados ou o comportamento dos alunos, entre outros. Posteriormente, foi produzido e aplicado um inquérito por questionário a três turmas heterogéneas escolhidas (7.°, 8.° e 9.° anos) para sua posterior caracterização. Após esta etapa, foram recolhidos e selecionados materiais e atividades pedagógicos que foram integrados numa proposta de “matriz sociocultural” (Costa Afonso, 2002) aberta a modificações, transversal a outras disciplinas, baseada nas diversas identidades socioculturais dos alunos presentes em sala de aula, alicerçada, por um lado, essencialmente, no domínio da educação literária, por outro, na ponte que deve ser, continuamente, estabelecida entre escola/ comunidade local/ comunidade global. Nesta proposta é visível a preocupação na procura de textos literários canónicos, cujos conteúdos culturais permitam o contacto com a alteridade, com outras cosmovisões capazes de promover, por um lado, a desconstrução de preconceitos, estereótipos, do racismo e/ou suas manifestações, por outro, proporcionar a compreensão, a valorização crítica de culturas, a consciencialização da necessidade de liberdade, criatividade e reflexão crítica na criação de um mundo mais justo e na sustentação de um estado democrático. Aquando da aplicação experimental da “matriz”, envolvido nas interações comunicacionais interculturais propiciadas pelos materiais e atividades/projetos subsequentes, o discente assumiu o papel de sujeito sociocultural crítico, cidadão ativo e responsável. Da aplicação experimental foi efetuado um registo dos acontecimentos mais pertinentes. Outras sugestões de atividades/projetos foram veiculadas.
- Emancipação da Comunidade Surda Micaelense: a vez e a voz dos surdosPublication . Castro, Fernanda Maria Rodrigues de Oliveira; Moreira, Darlinda; Leite, TeresaEste estudo assume o título de “Emancipação da Comunidade Surda Micaelense: A vez e a voz dos surdos”. A escolha deste título pretende não só homenagear pela prática da reflexão partilhada e construída os membros da comunidade surda da ilha de São Miguel, como também congregar ideias, conceitos, experiências, projetos e emoções como forma de interpretar o passado, repensar o presente e consciencializar para as emergências de um futuro global, tecnológico, inclusivo e intercultural que cunham a vida sistémica dos agentes educativos Micaelenses. Deste modo o objeto deste estudo incide na dimensão educativa, social e política da comunidade surda de São Miguel à luz da revisitação da sua história e da projeção do seu futuro, pela análise de documentos, fotografias, páginas Web ou redes sociais, observação participada e, narrativas dialogadas dos seus membros obtidas por entrevistas semiestruturadas. Assim, ao longo desta investigação tornou-se preponderante saber o que pensam os surdos sobre a influência das escolas no desenvolvimento da Língua Gestual, na proclamação dos poderes e direitos individuais, na valorização da multidimensionalidade cultural e, no ensino e aprendizagem das literacias. Foi pertinente, também identificar quais as mudanças que anseiam no plano político e social como forma de melhorar as condições de vida da pessoa surda. Assim como também foi relevante conhecer as manifestações culturais e críticas que levam ao emponderamento e à emancipação da comunidade surda micaelense. Conhecimentos construídos através do questionamento dialogado, de ideias partilhadas onde a vez e a voz dos surdos se fizeram sentir
- O ensino e a aprendizagem de ciências na educação do campo: desafios e possibilidadesPublication . Barros, Ivaldete Tijolin; Andrade, Maria FilomenaA presente pesquisa teve como objetivo analisar se o ensino de ciências na Educação do Campo relaciona o processo de ensino e aprendizagem de ciências à cultura local, aos saberes e fatos do cotidiano dos educandos, de forma que seja atribuído sentido aos conteúdos ministrados nas aulas. A mesma está inserida no tema geral “Competências chave para a inclusão na sociedade multicultural e digital”, da Universidade Aberta de Portugal, e consiste em investigar por meio de um Estudo de Caso como tem se desenvolvido o ensino de ciências na Educação do Campo, no Brasil. A mesma se fundamenta na abordagem qualitativa para a compreensão e visualização do objeto estudado. A população estudada foi composta por professores, pedagogos e alunos de escolas do campo, Ensino Fundamental II (6ª a 9ª Anos) da rede pública estadual, pertecentes ao Núcleo Regional de Educação – NRE de Umuarama, estado do Paraná, Brasil. A modalidade escola do campo atende a comunidades rurais formadas por pequenos agricultores, ribeirinhos, sem-terra, arrendatários, parceiros, assalariados, volantes e assentamentos rurais, entre outros. Para viabilização deste estudo e a obtenção dos dados foram utilizados inquéritos por questionários com os alunos, seus professores e pedagogos em 12 escolas de Educação do Campo do NRE de Umuarama. A metodologia prevista para o inquérito por questionário contou com parte das questões objetivas (80%) e partes subjetivas (20%). Após a coleta das informações, foi realizada a análise qualitativa dos dados para a obtenção dos resultados. Conclui-se que, os estudantes das escolas do campo querem e esperam um ensino de ciências desafiador, inovador e que traga propostas diferenciadas de aprendizagem para promover a pesquisa e a investigação a partir da realidade do campo, da localidade, dos problemas que lhe dizem respeito. Observou-se a dificuldade dos educadores em contextualizar o conhecimento científico ao cotidiano dos educandos das escolas pesquisadas, o que denota a necessidade de formação continuada direcionada a Educação do Campo, que prepare melhor esses educadores, capacitando-os a promover um ensino capaz de analisar de forma crítica a realidade da Escola do Campo para transformá-la.
- O ensino-aprendizagem do português no Canadá : um contributo para a sua promoçãoPublication . Ribeiro, Ana Paula; Miranda, Branca; Sequeira, Rosa MariaEsta investigação pretende contribuir para a planificação de uma formação adequada às necessidades dos professores de português no Canadá, a partir de um conhecimento mais aprofundado do contexto do ensino-aprendizagem. Para tal, estabeleceram-se os seguintes objetivos investigativos: i) definir o contexto de ensino-aprendizagem da língua portuguesa, no Canadá, em cursos não formais, em regime paralelo, oferecido por escolas comunitárias ou com o apoio de uma Direção Escolar Católica; ii) diagnosticar dificuldades, motivações, expetativas e necessidades de alunos e docentes; iii) refletir sobre as necessidades de formação de professores, em função dos resultados alcançados; e iv) contribuir para uma planificação da formação docente adaptada ao contexto de ensino- aprendizagem de alunos e professores, e às suas necessidades. Com vista a responder a tais questões investigativas, construímos um estudo para, precisamente, construir conhecimento a nível de tais realidades, aplicando um questionário a quatro grandes grupos: professores, pais de alunos com idades entre os 4 e os 6 anos, alunos (dos 9 aos 12 anos, um grupo; e dos 15 aos 18 anos, outro grupo). Do ponto de vista investigativo, não só pretendíamos conhecer melhor os diferentes intervenientes em todo este processo - o seu perfil, atuação, motivações e dificuldades -, mas também compreender se a forma como o encaram é coincidente e quais as lacunas e as áreas passíveis de exigir uma intervenção especial, por parte das instituições que, em Portugal, são responsáveis pelo ensino da língua portuguesa no estrangeiro, através dos seus representantes no terreno. Do ponto de vista formativo, pretendíamos identificar princípios e estratégias de formação potenciadores do desenvolvimento profissional dos docentes, tendo em vista um ensino-aprendizagem de português mais produtivo e o desenvolvimento da competência de comunicação intercultural dos alunos. Os resultados obtidos, mediante o estudo levado a cabo e em conjunto com os conhecimentos que fomos construindo através da observação informal de aulas, revelaram-se, de facto, essenciais para a planificação de uma formação de professores mais ajustada às suas necessidades. A título exemplificativo, entre as dificuldades por nós mais observadas e confirmadas pelo estudo efetuado, destacamos as seguintes: a necessidade de estratégias de ensino diferenciado, adaptadas a grupos heterogéneos a nível etário e quanto à proficiência linguística dos alunos dentro da mesma sala de aula; treino na área da criação de materiais didáticos centrados no desenvolvimento da competência comunicativa intercultural; o estímulo de um ambiente mais colaborativo e reflexivo entre os docentes; a utilização das novas tecnologias em sala de aula e como recurso de formação a distância; as estratégias para uma maior motivação dos alunos do nível secundário para a aprendizagem de português como língua de comunicação internacional creditada; um maior apoio financeiro, e a nível de recursos humanos, por parte do Estado Português, em prol da promoção do ensino-aprendizagem do português e da divulgação da cultura portuguesa no Canadá.
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