Browsing by Author "Henriques, Francisco"
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- A anta 2 do Couto da Espanhola (Rosmaninhal, Idanha-a-Nova)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoNeste trabalho apresentam-se os resultados da escavação da Anta 2 do Couto da Espanhola. Trata-se de monumento de grandes dimensões, no âmbito dos monumentos da região, com câmara poligonal e corredor tango. Entre O espólio recolhido, avulta a grande diversidade tipológica das pontas de seta. Estas, tal como as lâminas de silex, muito longas. são sempre de silex, matéria-prima inexistente na Beira Interior, mas disponível abundantemente na Baixa Estremadura. Desta forma, é de admitir comércio transregional do sílex, o qual seria permutado por anfibolitos, rocha por seu turno indispensável às tarefas quotidianas das populações estremenhas. As características arquitectónicas deste monumento são compativeis com a abundância e diversidade do espólio recolhido. Ambas se diferenciam claramente da arquitectura e do espólio recolhido na Anta 6 do Couto da Espanhola, monumento distanciado apenas cerca de 1000 m para NE. Trata-se de pequena anta sem corredor, de planta elíptica regular e com espólio primitvo, com geométricos, mas de onde se encontravam ausentes as pontas de seta. Desta forma parecem encontrar-se ilustradas duas fases bem diferenciadas do fenómeno megalítico, com expressão à escala regional. De salientar que os cerca de 60 monumentos dolménicos reconhecidos no âmbito deste projecto de investigação arqueológica regional mostram as respectivas mamoas cobertas de blocos de quartzo leitoso de coloração acentuadamente branca: houve, pois, no decurso do período, por certo longo, em que se observou na região a construção de monumentos dolménicos, a preocupaçâo, evidente, de os fazer ressaltar da paisagem.
- A anta 6 do Couto da Espanhola (Rosmaninhal, Idanha-a-Nova)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoA sepultura megalitica em causa integra-se em uma rica região onde. nos últimos anos se identificaram cerca de sessenta monumentos megalilicos, tanto de carácter mágico-ritual (menires e cromeleques), como funerários, além de sitios de arte rupestre. Os espaços habitados, conquanto menos evidentes, encontram-se também assinalados, em diversos locais, pela presença de grandes elementos dormentes de mós manuais de grauvaque. O monumento 6 do Couto da Espanhola, situado escassas centenas de metros de diversos daqueles tipos de ocorrências, encontrava-se assinalado por uma mamoa de enrocamento praticamente intacta (caim), sublinhada pela concentração de blocos de quartzo leitoso que conferiam ao monticulo artificia l, com cerca de 10m de diâmetro e pouco mais de 1 m de altura, um aspecto singular, contrastando cromaticamente com os afloramentos xisto-grauváquicos da zona adjacente. Aliás, a concentração anormal de blocos quartzosos, constitui, na região, excelente indicativo da presença de mamoas de monumentos megaHticos. A escavação, realizada em Setembro de 1995, evidenciou um monumento constituído por pequenos esteios de grauvaque e de xisto, de origem local, definindo uma cãmara de pequenas dimensões, de planta ovalada e fechada. Este espaço viria a ser dividido por um septo longitudinal e, enquanto que uma das áreas assim isolada (a menor) , era ulteriormente enluIhada por rochas,e definitivamente abandonada, a outra, cuja configuração sub-rectangular foi reforçada, correspondendo a uma cista, permaneceu em uso. As suas pequenas dimensões permitem supor que se trataria, desde o inicio, de uma sepultura individual; no máximo, poderia receber dois a três corpos estendidos. O espólio exumado no espaço inutilizado após a remodelação integra um crescente, um trapézio de base recta, uma lamela, uma lâmina com retoques marginais e um machado de anfiboloxisto de talão picotado. O espólio correspondente ao espaço cisl6ide que continuou em uso corresponde a uma pequena enxó, polida apenas no gume, um machado e fragmentos de, pelo menos cinco recipientes lisos, quatro taças em calote ou hemisféricas, de diversos tamanhos e um vaso de colo médio, de perfil suave. Verifica-se, pois, uma nitida distribuição diferenciada quanto às características e tipologia dos dois conjuntos, configurando dois momentos culturais diferentes. Com base nas características arquitectónicas e no espólio descrito, procedeu-se à integração cronológico-cultural do monumento e sua ulterior reutilização, no contexto do megalitismo do centro e sul de Portugal. Trata-se de monumento dolménico primitivo, no âmbito daquele contexto.
- Arqueologia no Alto TejoPublication . Henriques, Francisco; Caninas, João Carlos; Cardoso, João Luís
- Arquitectura, espólio e rituais de dois monumentos megalíticos da Beira Interior: estudo comparadoPublication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoApresenta-se estudo comparado de dois monumentos megalíticos situados no Couto da Espanhola, na área do Tejo internacional. Tratam-se de estruturas distintas do ponto de vista arquitectónico e artefactual. Ambas evidenciam reutilizações, chegando num dos casos até à Idade do Bronze. As pesquisas realizadas pela Associação de Estudos do Alto Tejo, desde 1980, conduziram à identificação nesta região de um importante complexo megalítico, constituído por cerca de 80 sepulturas, menires, recintos e rochas gravadas com covinhas, que constituirá futuro objecto de estudo.
- Contributos para o conhecimento do megalitismo na Beira Interior (Portugal): a região do Tejo InternacionalPublication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoApresentam-se os resultados das investigações empreendidas pela Associação de Estudos do Alto Tejo, na região megalítica do Rosmaninhal, desde 1993. Merece destaque o conjunto arqueológico do Couto da Espanhola onde se escavou, desde 1993, um menir, duas sepulturas megalíticas e parte de um recinto megalítico. As pesquisas realizadas pela Associação de Estudos o Alto Tejo, desde 1980, conduziram à identificação de um importante complexo megalítico na margem direita do Tejo Internacional, constituído por cerca de 80 sepulturas, menires, recintos e rochas gravadas com covinhas.
- Duas cabanas circulares da idade do bronze do Monte da São Domingos (Malpica do Tejo, Castelo Branco)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, Francisco
- As “enxós” votivas de calcário, um objecto ideotécnico característico do Calcolítico da Estremadura: a propósito da recolha de um exemplar em Póvoa de Santa Iria (Vila Franca de Xira)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoEstuda-se um exemplar incompleto de sacho/enxó votivo de calcário, o nono que se regista em contextos calcolíticos peninsulares, todos eles correspondentes a usos funerários da Estremadura portuguesa, evidenciando marcado regionalismo, e sublinha-se a sua relação com a ritualização das práticas agrárias, no contexto das sociedades camponesas do 3.º milénio a.C. do ocidente peninsular.
- Grafismos rupestres pré-históricos no Baixo Erges (Idanha-a-Nova, Portugal)Publication . Cardoso, João Luís; Henriques, Francisco; Caninas, João Carlos; Chambino, MárioApresentam-se os resultados da prospecção arqueológica efectuada pela Associação de Estudos do Alto Tejo no rio Erges, no trecho situado entre Segura e a posição correspondente à margem portuguesa da foz do Arroyo Boqueron (Espanha), cerca de 2 km a montante da foz do rio Erges no Tejo. Para além de se pretender dar continuidade a trabalhos de cartografia arqueológica extensiva, iniciados nesta região em 1977, houve a intenção de identificar grafismos rupestres pré-históricos, depois de uma incursão efectuada, sem sucesso, nos anos setenta, aquando da descoberta do chamado Complexo de Arte Rupestre do Tejo, em Vila Velha de Ródão e Nisa. No decurso dos trabalhos no rio Erges, e no que concerne a novas grafismos rupestres, foi possível identificar, até ao momento, vários conjuntos de figuras geométrico-simbólicas (círculos simples e concêntricos), antropomorfos, alguns dos quais de configuração ancoriforme, possíveis zoomorfos, picotados dispersos ou em mancha e gravações incisas. Apesar do reduzido número e da escassa diversidade de gravuras, é possível correlacionar a maioria destes motivos com a arte esquemática do Tejo. Por outro lado, esta descoberta evidencia a expansão, para montante, do limite do complexo de arte rupestre holocénica detectado no rio Tejo e afluentes, nos anos setenta do séc. XX. Porém, e partindo do conhecimento actual sobre a distribuição e os quantitativos destas gravuras pré-históricas no rio Tejo, tem-se a convicção que a área nuclear daquele complexo simbólico estará situada nas margens do grande rio, sendo menos expressivas e até marginais as ocorrências presentes nos seus afluentes. Por outro lado, os achados efectuados em ambas as margens do rio Erges, reforçam a hipótese do Tejo Internacional conter conjuntos tão expressivos como os do Tejo português, o que só se poderá comprovar, no futuro, com a desactivação da barragem deCedillo. Os grafismos rupestres identificados no rio Erges têm enquadramento na densa ocupação pré-histórica do Tejo internacional, coeva daquelas gravuras, identificada na zona envolvente, tanto em Portugal como em Espanha. Incluem-se nesse contexto diversos tipos de monumentos megalíticos, com destaque para os de cariz funerário – em alguns dos quais também foram identificados grafismos, na zona de Cáceres – e sítios de habitat, sobre as coberturas detríticas do território de Rosmaninhal (Idanha-a- Nova). As representações antropomórficas, as mais expressivas naquele conjunto e fiáveis do ponto de vista cronológico, podem ser enquadradas no Neolítico Final-Calcolítico (IV e III milénio a. C.), de acordo com as periodizações propostas por António Martinho Baptista (fase II, megalítica) e Mário Varela Gomes (período meridional).
- Investigações recentes do megalitismo funerário na região do Tejo Internacional (Idanha-a-Nova)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoNeste estudo publicam-se os resultados preliminares obtidos da escavação de oiro monumentos megalíticos do sul da Beira Interior (região do Tejo internacional), Rosmaninhal, concelho de Idanha-a-Nova, seis dos quais se implantam em unidade geomorfológica bem indiv idualizada - a plataforma do Amieiro - conferindo-lhe o estatuto de núcleo megalítico sucessivamente acrescentado ao longo de centenas de anos. Da análise conjunta das tipologias arquitectónicas identificadas e dos espólios correspondentes, resultou proposta de evolução do megalitismo da região, a qual se pode, resumidamente, apresentar do seguinte modo: 1 - Câmaras simples, fechadas, proto-megalí-ticas desprovidas de espólio ou com espólio arcaico, do V milénio a.C. 2 - Câmaras simples, com planta em ferradura, abertas mas desprovidas de corredor, com espólio dos finais do IV ou inícios do III milénio a.C. 3 - Dólmenes com câmara e corredor bem diferenciados, de dimensôes muito variáveis, contemporâneos dos anteriores. 4 - Dólmenes com cobertura em falsa cúpula, de grandes dimensões, do III milénio a.C. 5 - Pequenas cistas sub-trapezoidais, da 2ª metade do III milénio a.C. (Calcolítico Campaniforme).
- A mamoa da Charneca das Vinhas (Vila Velha de Rodão)Publication . Cardoso, João Luís; Caninas, João Carlos; Henriques, FranciscoEm 2000–2001 foi efectuada a escavação arqueológica da mamoa da Charneca das Vinhas, por determinação do Instituto Português de Arqueologia, na sequência de um alerta lançado pela Associação de Estudos do Alto Tejo quanto ao risco da sua destruição por povoamento florestal. o monumento situa-se a 359 m de altitude, em posição sobranceira ao vale do Tejo, no bordo de um trecho da superfície culminante, em forma de mesa, da Formação de Falagueira, consistindo em arenitos e conglomerados do Placenciano-Gelasiano (pliocénico). Esta formação assenta por discordância angular em rochas metamórficas argilificadas do Grupo das Beiras (Pré-câmbrico e Câmbrico). a mamoa da Charneca das Vinhas é um pequeno tumulus com cerca de 11 m de diâmetro e menos de 1 m de altura. a escavação arqueológica revelou estrutura maioritariamente constituída por material areno-argiloso, capeada com uma couraça pétrea (metagrauvaques, filitos, quartzo e quartzito), dispondo de um anel de contenção periférica e tendo no interior uma câmara de planta indeterminada, de que restou um único esteio completo, e um provável corredor com trecho final subaéreo. o conjunto artefactual recolhido no decurso da intervenção, numeroso e diversificado do ponto de vista tipológico, ocupava maioritariamente a câmara, a parte final do corredor e a zona adjacente a entrada no monumento, voltada a SE. A cerâmica e o item mais representativo, logo seguida, em termos quantitativos, pelas pontas de seta, sendo estas exclusivamente de base côncava. A cerâmica, embora com larga repartição pelo espaço investigado, parece concentrar-se na câmara, enquanto os elementos de pedra lascada, sobretudo pontas de seta e laminas/lamelas, dominam os sectores adjacentes a entrada do monumento. os instrumentos de pedra polida, tal como as pecas afeiçoadas (dormentes e moventes de mos manuais), estão escassamente representados e ocorrem sobretudo no exterior do monumento. Este espolio indica que o monumento foi construído no decurso do Calcolítico e evidencia comercio trans-regional principalmente com a região do Baixo Tejo, e Alto Alentejo, indicando que este território ocupou uma posição chave na rota do Rio Tejo, entre a região da Estremadura, na parte ocidental da Península, e a parte sul da Meseta.