Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento | Master's Degree in Women Studies - TMEMU
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Browsing Mestrado em Estudos Sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento | Master's Degree in Women Studies - TMEMU by advisor "Bäckström, Bárbara"
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- Fístula obstétrica: uma consequência da violação dos Direitos Humanos das mulheres guineensesPublication . Gama, Baltazarina dos Anjos Spencer Gomes Soares da; Bäckström, BárbaraEsta dissertação intitulada, “Fístula obstétrica: uma consequência da violação dos Direitos Humanos das Mulheres guineenses”, enquadra-se no âmbito do Mestrado em Estudos sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento. Pretendemos, com a presente dissertação, compreender como melhorar a qualidade de vida e reintegrar as mulheres portadoras de fístula obstétrica na Guiné-Bissau, de forma a garantir o gozo pleno dos seus direitos humanos. Para tal, selecionamos na população das mulheres portadoras de fístula obstétrica na Guiné-Bissau, um grupo de 20 mulheres que conforme as suas experiências, podem contribuir para responder à questão central da nossa investigação, “Qual a relação entre a utilização de um absorvente impermeável, qualidade de vida e reintegração das mulheres portadoras de fístula obstétrica na Guiné-Bissau?”. Optamos pela metodologia quantitativa, na análise dos dados recolhidos através da aplicação de um inquérito por questionário. Constatou-se que o parto prolongado é a principal causa da fístula obstétrica. Dentre as participantes no estudo, todas elas já foram marginalizadas, têm alterações de humor e feridas na zona genital. Os obstáculos que as impediram de procurar a cura são o desconhecimento sobre o que é a fístula e a existência da sua cura no país. Concluímos que as mulheres com rendimentos conseguem reintegrar-se e têm uma qualidade de vida superior. Existe relação entre a utilização de absorvente impermeável, qualidade de vida e a reintegração das mulheres portadoras de fístula obstétrica que participaram no estudo na Guiné-Bissau.
- Inter-relação entre Sífilis em gestantes e perfil sociodemográfico no Brasil no período 2010 a 2020Publication . Santana, Lutigardes Bastos; Bäckström, Bárbara; Muneiro, LílianA sífilis é uma doença secular e estigmatizada, pois é uma doença sexualmente transmissível com um passado repleto de estereótipos. Partindo para uma perspectiva crítica a respeito da sífilis em gestantes (SG), destaca-se que, historicamente, é possível observar um domínio do poder por parte dos homens nas esferas sociais, políticas, profissionais e sexuais, acarretando em diferentes formas de opressão sobre as mulheres. Diante da relevância do tema para o cenário atual, esse trabalho visa compreender a respeito da inter-relação entre SG e perfil sociodemográfico no Brasil no período de 2010 a 2020. Para isso, foi realizada revisão de literatura e análise descritiva do banco de dados de SG do Brasil, correlacionando essas informações com o perfil sociodemográfico das gestantes. Verificou-se um aumento do número de casos de sífilis em gestantes e de sífilis congênita. A literatura demonstra que muitas mulheres têm receio de revelar o diagnóstico ao parceiro, pois sentem-se culpadas, ou por medo de perder o parceiro ou sofrer acusação de traição. Constata-se que o desconhecimento sobre o agravo é responsável por interferir no comportamento da gestante e do parceiro durante o diagnóstico. Essa dissertação contribuirá para qualificar os serviços nas ações de enfrentamento à sífilis e para o desenvolvimento de campanhas educativas e publicitárias voltadas para o enfrentamento da sífilis. Autores como: Abuali & Domachowske (2019); dos Santos (2017); Silva (2016) e Vidal & Mascarenhas (2020), foram usados com o propósito de dar maior embasamento ao trabalho.
- A intervenção de resposta rápida à sífilis (projeto sífilis não), entre 2018 e 2020, através da percepção das gestoras estaduais e municipais de saúde no BrasilPublication . Machado, Nádia Maria da Silva; Bäckström, Bárbara; Carvalho, André Luís Bonifácio deA sífilis gestacional e congênita é um problema de saúde pública mundial, e a mulher está vulnerável às consequências deste agravo. Uma pactuação nacional constituiu-se estratégia importante para uma intervenção em saúde. Este estudo qualitativo pesquisou o perfil das gestoras de saúde vinculadas aos municípios prioritários para à sífilis, no período de 2018 a 2020, e sua percepção sobre a importância da temática da sífilis, e os desafios desta estratégia nacional durante a pandemia da COVID-19 por meio de inquérito. Orientada por cinco eixos de investigação, foi elaborada a análise descritiva das respostas de 16 gestoras de saúde oriundas de 11 Estados e 12 municípios prioritários da sífilis. Os resultados indicaram que a capacitação de profissionais de saúde em cuidado e vigilância da sífilis é pauta prioritária para as gestoras. Que a pandemia afetou a procura e o acesso aos serviços de saúde. A não utilização do preservativo antes e durante a gravidez e a não adesão do parceiro ao pré-natal são desafios sociais de exposição ao risco. Em contrapartida, a disponibilidade de teste rápido e penicilina na unidade básica de saúde, a formação de Comitês de Investigação e a capacitação em diagnóstico e tratamento são considerados como os maiores avanços. O monitoramento de casos de sífilis gestacional por sistemas de informação figurou como o maior desafio. As gestoras esperam maior sensibilização dos governantes às questões de vulnerabilidade social que envolvem a mulher exposta à sífilis gestacional e congênita.
- A violência doméstica no seio das mulheres evangélicas em Cabo VerdePublication . Silva, Lia Veiga da; Bäckström, BárbaraA presente dissertação insere-se no âmbito do Mestrado em “Estudos sobre as Mulheres — Género, Cidadania e Desenvolvimento” pretendendo, identificar violência doméstica no seio das comunidades evangélicas em Cabo Verde. O principal objetivo foi compreender o motivo pelo qual as mulheres evangélicas de Cabo Verde sofrem e aceitam abusos de violência doméstica. Recorreu-se à metodologia quantitativa e qualitativa, através da aplicação de questionários a uma amostra de 55 mulheres pertencentes às comunidades das igrejas evangélicas em Cabo Verde. Foram ainda realizadas entrevistas a informantes privilegiados e a algumas destas mulheres da nossa amostra. As entrevistas desempenharam um papel fundamental na obtenção de dados qualitativos, permitindo que os/as participantes expressassem as suas experiências e pontos de vista sobre o objeto de estudo. Os resultados da investigação comprovaram que mulheres evangélicas enfrentam diversos tipos de violência, como verbal, psicológica, emocional, física e cibercrime. Embora não tenham sido identificados casos de agressão sexual durante as entrevistas, algumas mulheres relataram no questionário que foram compelidas a atos sexuais, quer seja por imposição dos seus maridos ou por medo de recusar, enfatizando a seriedade da questão. É ressaltada a importância dos líderes evangélicos no apoio às vítimas, mas existem barreiras culturais que impedem algumas mulheres de procurar ajuda. Assim, é crucial que os líderes estejam preparados para lidar com esses casos sensivelmente e encaminhar as vítimas para apoio profissional quando necessário. Podemos concluir que a falta de informação e o tabu resultam muitas vezes em mulheres a sofrer abusos em silêncio, ressaltando a necessidade de consciencialização, educação e apoio para prevenir e combater a violência doméstica. Conclui-se igualmente que alguns líderes evangélicos estão ativamente envolvidos no apoio às vítimas e na promoção de relacionamentos saudáveis e igualitários nas comunidades evangélicas.