Mestrado em Ciências do Consumo Alimentar | Master's Degree in Food Consumption Sciences - TMCCA
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Browsing Mestrado em Ciências do Consumo Alimentar | Master's Degree in Food Consumption Sciences - TMCCA by advisor "Carapeto, Cristina"
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- Alimentação em tempos de crise : estudo de um caso práticoPublication . Monteiro, Nuno Sérgio de Oliveira; Carapeto, CristinaEste trabalho analisa o impacto da crise económica e financeira nos hábitos alimentares da população portuguesa. Baseia-se num estudo de caso de agregados familiares de uma Escola Básica da cidade de Santarém. Compara os resultados obtidos com a Roda dos Alimentos e a Balança Alimentar Portuguesa. Os resultados obtidos demonstram não terem ocorrido alterações nos hábitos alimentares do grupo de amostragem antes da crise e à data do estudo. Outro resultado importante foi a verificação de que o padrão alimentar seguido não é o mais correto, não se adequando a uma alimentação equilibrada.
- Dificuldades no campo do consumo alimentar dos portadores de diabetes Mellitus assistidos no Hospital Provincial de Pembal, Cabo Delgado - Moçambique: estudo de casoPublication . Michal, Soares; Carapeto, CristinaA diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico em que o corpo se torna resistente ao efeito da insulina ou não produz a quantidade suficiente dessa hormona para processar a glicose. Como consequência, há uma acumulação de glicose no organismo, o que pode levar a sérias complicações de saúde. De acordo com estudos recentes o número de pessoas com diabetes em todo o mundo aumentou muito sendo que em 2019 se registavam 463 milhões portadoras de DM. A diabetes Mellitus tipo 2 (DMII) é uma doença crónica que se caracteriza por múltiplas complicações. Nos últimos anos a DMII tem-se tornado um problema de saúde pública a nível Mundial. O objetivo deste estudo foi avaliar as dificuldades que os portadores de diabetes enfrentam na composição do seu padrão alimentar. Tendo sido realizada uma pesquisa de campo, de carácter descritivo, transversal, de abordagem qualitativa e exploratória. A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Saúde de referência do Norte da província de Cabo Delgado na cidade de Pemba . Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um formulário semi-estruturado, com perguntas sobre os hábitos alimentares dos pacientes, a sua relação com os alimentos após a descoberta da doença, controle da sua dieta alimentar, bem como os impactos negativos na vida do paciente. Os dados foram analisados pelo programa SPSS -Statistical Package for the Social Science e MS Excel avançado, tendo sido analisados dados dos 28 pacientes e 9 profsissonais. No presente estudo participaram 28 pacientes sendo 15 do sexo masculino e 13 do sexo feminino. Verificou-se que a maior parte dos pacientes estavam empregados, dos quais 17,9% tinham acesso fácil à alimentação, 42,9% não tinham acesso fácil à alimentação e 39,3% viviam na incerteza de acesso à alimentação. Verificou-se que os portadores de diabetes mellitus que participaram neste estudo enfrentam muitas dificuldades para a obtenção da sua alimentação, factor que contribui para o agravamento do estado de saúde. Notou-se, também, que os participantes enfrentam várias dificuldades na aquisição de medicação nas farmácias privadas devido a questões financeiras e também devido à falta dos medicamentos no hospital e sendo que Estimativas da International Diabetes Federation (2006) mostram uma prevalência de diabetes em Moçambique em 2003 de 3,1% com um aumento projetado para 3,6% em 2025. Esses fatores justificam o desenvolvimento de estudos não só para detectar, mas também para organizar o processo de intervenção educativa e terapêutica nos diversos estágios desta doença e suas complicações. No entanto, muitos estudos e programas de saúde falham por não levarem em conta os aspectos alimentares, psicológicos, culturais, e sociais, aspectos interpessoais e ainda as reais necessidades psicológicas da pessoa diabética.
- Educação, legislação, preços de mercado: será possível para o comum dos cidadãos seguir a dieta mediterrânica?Publication . Guimarães, Maria de Fátima Bessa Correia; Carapeto, CristinaO presente trabalho teve como objetivo caracterizar os hábitos alimentares dos jovens do ensino secundário do Agrupamento de Escolas D. Afonso Sanches (AEDAS), em Vila do Conde, e relacionar os seus consumos alimentares e estilo de vida, com o grau de adesão à Dieta Mediterrânica. A população avaliada foi constituída por jovens estudantes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos, e que frequentavam o ensino secundário da rede nacional do ensino público regular e profissional. Projetou-se um estudo epidemiológico observacional, de natureza analítica e transversal, cuja recolha de informação foi feita através de um questionário, no qual constava também o índice KIDMED (Mediterranean Diet Quality Index for children and adolescents). Foi desenvolvido um segundo questionário, dirigido ao Encarregado de Educação (co)responsável pela compra e/ou preparação dos alimentos do agregado familiar, com o intuito de complementar as informações obtidas sobre os hábitos de consumo e alimentares do agregado familiar dos jovens inquiridos. Participaram 89 encarregados de educação, na generalidade, do género feminino, com hábitos de cozinhar em casa, e que consideram que a preparação da refeição em convívio com a família e amigos lhes proporciona prazer e bem-estar; maioritariamente são os únicos responsáveis pela compra dos bens alimentares para o agregado familiar. Pretendeu-se por um lado confirmar as informações fornecidas pelos jovens e por outro perceber se a adesão à dieta mediterrânica é consequência dos hábitos transmitidos pelos adultos em casa. Os questionários foram elaborados tendo por base os alimentos que constam da Pirâmide da Dieta Mediterrânica, criada pela Fundação da Dieta Mediterrânica. Obteve-se uma amostra final de 467 jovens inquiridos. Destes, 244 (52,25%) apresentaram alta adesão ao PAM, 217 (46,47%) situavam-se no nível de adesão intermédia, e 6 (1,28%) apresentaram um nível de adesão baixo. Apesar de o presente estudo mostrar que os estudantes seguem, na sua maioria, uma dieta que podemos considerar saudável, os resultados indicam ser de extrema importância a concertação de um conjunto de ações sistemáticas e duradouras, promotoras da Dieta Mediterrânica, por parte do poder central, local e regional, dirigidas a crianças e adolescentes.
- Obesidade: Portugal e EuropaPublication . Rosendo, Sandra Cristina Pinto; Carapeto, CristinaA obesidade e o excesso de peso têm sido um problema de saúde crescente em todo o mundo, assim como a causa de muitas doenças não transmissíveis, mas com elevadas taxas de mortalidade, tais como a diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, hipertensão e até alguns tipos de cancro. Sendo esta uma doença crónica de origem multifactorial, a abordagem foi realizada sob várias vertentes, como as causas, consequências e impactos da mesma. A sua prevalência começa cada vez mais cedo, na infância, e pode acompanhar os indivíduos durante todas as fases da sua vida. O aumento da prevalência da obesidade tem sido exponencial por todo o Mundo e a previsão é que esta escalada continue. Em Portugal a situação é também idêntica. O tratamento desta doença e as morbilidades associada, diminuem não só a qualidade de vida dos indivíduos, mas também aumentam os custos associados nos sistemas de saúde públicos, colocando mesmo em causa a subsistência dos mesmos. Os investimentos na prevenção e tratamento da doença têm tido também um peso cada vez maior nos sistemas de saúde, um pouco por toda a Europa. Analisarei a situação no mundo, passando para a Europa e destacando por fim Portugal. Abordar quais as organizações que tratam e acompanham a obesidade em Portugal, assim como os impactos económicos e sociais na vida dos portugueses.
- Planetary health diet: could ir be a sustainable and healthy solution for infants in a plant-based diet? A survey with german parents and guardiansPublication . Figueiredo, Marina Torres; Carapeto, CristinaDurante todas as fases da vida, mas especialmente durante a primeira infância, infância e adolescência, uma dieta saudável é muito importante para apoiar o crescimento normal, o desenvolvimento físico e cognitivo e para promover a saúde. A amamentação satisfaz todas as necessidades energéticas e nutricionais durante os primeiros seis meses de vida do bebé, além de promover a imunidade e uma capacidade cognitiva ideal. Durante a segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança, satisfazer as necessidades de micronutrientes é o maior desafio. Portanto, é recomendado o consumo de alimentos complementares. Crianças com menos de 12 meses de idade precisam de alimentos nutritivos com alto teor de gordura e energia, bem como de alimentos densos em nutrientes para fornecer-lhes energia e vitaminas lipossolúveis. A alimentação complementar consiste em, para além do leite materno, alimentos dados aos bebês para atingir as suas necessidades energéticas e nutricionais. Uma dieta complementar saudável é essencial para prevenir a morbimortalidade infantil. Como os bebés não comem uma grande quantidade de alimentos, é necessária uma dieta rica em nutrientes para apoiar o seu crescimento e desenvolvimento. Portanto, a densidade de nutrientes na fase de alimentação complementar deve ser suficiente para atender às necessidades do bebé. O leite líquido ainda é uma parte importante dessa fase podendo ser fornecido como leite materno ou como leites de transição. Na Alemanha, o Instituto de Pesquisa em Nutrição Infantil (FKE) é a sociedade científica responsável pela nutrição infantil e são utilizados os valores de referência DACH para ingestão de nutrientes. Estes valores são emitidos pelas sociedades científicas na área de nutrição da Alemanha, Áustria e Suíça (D-A-CH). Além do leite, a alimentação complementar recomendada na Alemanha começa com uma papa de legumes, batata e carne ao almoço, não antes do 5º mês de idade e não depois do 7º mês. Nos meses seguintes, aproximadamente com intervalo de um mês cada, devem ser introduzidos na dieta do bebê um cereal com leite à noite e uma papa de cereais e frutas à tarde. As novas refeições substituem gradualmente a amamentação durante o desenvolvimento da criança. Nesta fase, a criança deve comer alimentos em puré fino. A composição da papa vegetais-batata-carne varia ao longo da semana, sendo recomendada uma refeição de carne 5x/semana, peixe 1x/semana e 1x/semana uma refeição totalmente vegetal. Como os bebés tendem a seguir os hábitos de suas famílias, é possível supor que o número de casos de alimentação complementar à base de plantas também esteja aumentando já que as dietas à base de vegetais estão a ser encorajadas como substitutos do atual padrão alimentar global e dos padrões de consumo. As dietas à base de plantas englobam as dietas vegan, vegetariana (lacto-vegetariana, ovolacto-vegetariana, ovo-vegetariana, pesco-vegetariana) e flexitariana. A maior desvantagem das dietas à base de plantas ocorre quando não são bem planeadas, causando deficiências de micronutrientes. Alguns micronutrientes como o ferro, a vitamina A, o zinco, as vitaminas D e B12 estão menos disponíveis nas plantas do que nas fontes alimentares de origem animal. Para resolver este problema, as dietas baseadas em plantas, especialmente as dietas vegans, devem ser bem planeadas para atingir as necessidades de nutrientes dietéticos para todas as faixas etárias. Atualmente, existe um desacordo entre as sociedades científicas na área de nutrição mundiais quanto à aceitação de dietas à base de plantas em todas as fases da vida, especialmente durante a gravidez, lactação e primeira infância. Para o Programa Nacional Português para a Promoção de uma Alimentação Saudável uma dieta vegetariana bem planeada e com suplementação quando necessária, é adequada para qualquer indivíduo, incluindo os grupos mais frágeis. Posição oposta tem a Sociedade Alemã de Nutrição (DGE), que recomenda uma dieta com todos os grupos alimentares, bem como produtos de origem animal, especialmente para os grupos mencionados anteriormente. Porém, para a DGE, caso o indivíduo opte por seguir uma dieta vegetariana, três pontos são essenciais: suplementação, seleção de alimentos e acompanhamento médico. Devido à procura de dietas saudáveis e de uma produção sustentável de alimentos foi desenvolvida a Dieta da Saúde Planetária. Essa dieta é baseada no consumo de alimentos à base de plantas desenvolvida para adultos e visa principalmente o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas, nozes e óleos insaturados. O consumo de carne, laticínios, açúcares adicionados e vegetais ricos em amido deve ser baixo ou moderado. Esta dieta pode ser adaptada às necessidades alimentares, preferências pessoais e tradições culturais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os hábitos alimentares das crianças alemãs entre 6 meses e 1 ano de idade. O inquérito foi desenvolvido com 27 questões sendo 25 de escolha múltipla e 2 questões abertas. A pesquisa foi dividida em quatro seções: a primeira composta por perguntas gerais sobre as crianças, a segunda relacionada aos hábitos alimentares das crianças, seguida de uma seção sobre alimentos prontos para consumo e a última sobre a família. Os participantes foram convidados a responder ao questionário tendo como sujeitos o filho mais novo com mais de 6 meses de idade. Caso a criança já tivesse ultrapassado a idade da alimentação complementar, foi solicitado que os participantes respondessem às questões referentes a esse período (6º ao 12º mês) de vida. Como em muitos casos os participantes responderam às questões relativamente ao passado, a alternativa “não tenho certeza” esteve presente em muitas questões para evitar respostas falsas, o que influenciaria os resultados. A participação foi voluntária e anónima. O estudo forneceu informações sobre a frequência com que os bebés consomem diferentes grupos de alimentos, no entanto, o baixo número de participantes influenciou o sucesso desse trabalho, sendo necessárias pesquisas adicionais com um maior número de participantes para validar os resultados obtidos assim como para investigar a quantidade de alimentos consumidos, em quais refeições e para determinar se o programa nutricional alemão para o primeiro ano de vida está a ser seguido. Quando o consumo de diferentes grupos de alimentos é comparado entre bebés omnívoros e em dietas à base de plantas, verifica-se que os bebés omnívoros consomem mais carne e laticínios, enquanto os bebés em dietas à base de plantas consomem mais grãos integrais, leguminosas, nozes e sementes do que os bebés omnívoros. O consumo de vegetais ricos em amido, leguminosas e frutas foi semelhante entre os dois grupos. Muitas pessoas ainda não estão familiarizadas com a Dieta da Saúde Planetária portanto, quanto mais se falar sobre o tema, mais conhecimento é distribuído e talvez mais pessoas a adotem. Como este inquérito foi realizado principalmente em Munique e em Pfaffenhofen, Alemanha e uma vez que a população-alvo era menor do que o esperado, os resultados não são indicativos de toda a Alemanha e menos ainda dos hábitos alimentares das crianças da Europa. Um estudo mais amplo deve ser realizado para obter um melhor conhecimento dos hábitos alimentares das crianças em vários tipos de dietas. A nutrição infantil é um tema complexo e, embora este estudo tenha conseguido comparar com sucesso os dados obtidos no questionário com as recomendações do Instituto de Pesquisa em Nutrição Infantil alemão para alimentação complementar, não é possível recomendar a Dieta da Saúde Planetária como uma dieta alternativa às crianças alemãs. É pois necessária, uma investigação mais aprofundada de forma a chegar a uma adaptação viável da dieta para bebés de 6 meses a 1 ano de idade, levando em consideração todas as necessidades nutricionais desse grupo.
- A produção biológica na Região Autónoma da MadeiraPublication . Rodrigues, Miguel Nuno Abreu; Carapeto, CristinaA Insegurança Alimentar ameaça toda a população mundial, sendo um dos graves problemas com que estão confrontados os governos de todos os países. A globalização, transformou a agricultura numa indústria poderosa em que os interesses financeiros (lucro), esqueceram a sustentabilidade do planeta, com consequências ainda por apurar, para o meio ambiente e para a qualidade de vida dos seus habitantes). A Agricultura Biológica não será, com certeza, a solução para os problemas colocados com a exploração intensiva e a criação de novas terras cultiváveis ou sequer para a destruição das florestas, praticada pela agricultura industrial. Mas será, sempre, um ponto de partida, para se obter, o equilíbrio entre uma agricultura industrial e uma agricultura sustentável, que tenha como principal objectivo a preservação da Terra.