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- Imagens literárias e iconográficas na poesia das Festas Minervais (1697) e na pintura Barroca da Galiza: estudo interartesPublication . Nimo, Sandra Freire; Dias, Isabel de BarrosA dissertação de mestrado consiste, maioritariamente, na análise das imagens veiculadas pelas poesias da obra Fiestas Minervales y Aclamación, uma miscelânea, publicada em 1697, resultado de um certame literário encomiástico de enaltecimento ao arcebispo Alonso de Fonseca, figura de relevo para a cidade e para a Universidade de Santiago de Compostela, de que foi elemento fundador, no séc. XVI. A parte inicial do trabalho contém a identificação das principais representações imaginárias desta obra literária, a que se junta um estudo onde se reflete sobre os seus significados, incluindo diversas explicações. Após o comentário inicial inserimos uma reflexão comparativa entre este livro de poesias, impresso em Santiago de Compostela em 1697, Festas Minervais, e duas pinturas pertencentes ao período Barroco da Galiza. Mais concretamente, esta parte do estudo centra-se nas imagens presentes nas poesias da obra assinalada relacionando-as com duas representações figurativas, de temática funerária, que integram a pintura galega do mesmo período. Para finalizar, reflete-se sobre a comparação realizada, tendo em conta o contexto que viu nascer as duas obras.
- Planetary health diet: could ir be a sustainable and healthy solution for infants in a plant-based diet? A survey with german parents and guardiansPublication . Figueiredo, Marina Torres; Carapeto, CristinaDurante todas as fases da vida, mas especialmente durante a primeira infância, infância e adolescência, uma dieta saudável é muito importante para apoiar o crescimento normal, o desenvolvimento físico e cognitivo e para promover a saúde. A amamentação satisfaz todas as necessidades energéticas e nutricionais durante os primeiros seis meses de vida do bebé, além de promover a imunidade e uma capacidade cognitiva ideal. Durante a segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança, satisfazer as necessidades de micronutrientes é o maior desafio. Portanto, é recomendado o consumo de alimentos complementares. Crianças com menos de 12 meses de idade precisam de alimentos nutritivos com alto teor de gordura e energia, bem como de alimentos densos em nutrientes para fornecer-lhes energia e vitaminas lipossolúveis. A alimentação complementar consiste em, para além do leite materno, alimentos dados aos bebês para atingir as suas necessidades energéticas e nutricionais. Uma dieta complementar saudável é essencial para prevenir a morbimortalidade infantil. Como os bebés não comem uma grande quantidade de alimentos, é necessária uma dieta rica em nutrientes para apoiar o seu crescimento e desenvolvimento. Portanto, a densidade de nutrientes na fase de alimentação complementar deve ser suficiente para atender às necessidades do bebé. O leite líquido ainda é uma parte importante dessa fase podendo ser fornecido como leite materno ou como leites de transição. Na Alemanha, o Instituto de Pesquisa em Nutrição Infantil (FKE) é a sociedade científica responsável pela nutrição infantil e são utilizados os valores de referência DACH para ingestão de nutrientes. Estes valores são emitidos pelas sociedades científicas na área de nutrição da Alemanha, Áustria e Suíça (D-A-CH). Além do leite, a alimentação complementar recomendada na Alemanha começa com uma papa de legumes, batata e carne ao almoço, não antes do 5º mês de idade e não depois do 7º mês. Nos meses seguintes, aproximadamente com intervalo de um mês cada, devem ser introduzidos na dieta do bebê um cereal com leite à noite e uma papa de cereais e frutas à tarde. As novas refeições substituem gradualmente a amamentação durante o desenvolvimento da criança. Nesta fase, a criança deve comer alimentos em puré fino. A composição da papa vegetais-batata-carne varia ao longo da semana, sendo recomendada uma refeição de carne 5x/semana, peixe 1x/semana e 1x/semana uma refeição totalmente vegetal. Como os bebés tendem a seguir os hábitos de suas famílias, é possível supor que o número de casos de alimentação complementar à base de plantas também esteja aumentando já que as dietas à base de vegetais estão a ser encorajadas como substitutos do atual padrão alimentar global e dos padrões de consumo. As dietas à base de plantas englobam as dietas vegan, vegetariana (lacto-vegetariana, ovolacto-vegetariana, ovo-vegetariana, pesco-vegetariana) e flexitariana. A maior desvantagem das dietas à base de plantas ocorre quando não são bem planeadas, causando deficiências de micronutrientes. Alguns micronutrientes como o ferro, a vitamina A, o zinco, as vitaminas D e B12 estão menos disponíveis nas plantas do que nas fontes alimentares de origem animal. Para resolver este problema, as dietas baseadas em plantas, especialmente as dietas vegans, devem ser bem planeadas para atingir as necessidades de nutrientes dietéticos para todas as faixas etárias. Atualmente, existe um desacordo entre as sociedades científicas na área de nutrição mundiais quanto à aceitação de dietas à base de plantas em todas as fases da vida, especialmente durante a gravidez, lactação e primeira infância. Para o Programa Nacional Português para a Promoção de uma Alimentação Saudável uma dieta vegetariana bem planeada e com suplementação quando necessária, é adequada para qualquer indivíduo, incluindo os grupos mais frágeis. Posição oposta tem a Sociedade Alemã de Nutrição (DGE), que recomenda uma dieta com todos os grupos alimentares, bem como produtos de origem animal, especialmente para os grupos mencionados anteriormente. Porém, para a DGE, caso o indivíduo opte por seguir uma dieta vegetariana, três pontos são essenciais: suplementação, seleção de alimentos e acompanhamento médico. Devido à procura de dietas saudáveis e de uma produção sustentável de alimentos foi desenvolvida a Dieta da Saúde Planetária. Essa dieta é baseada no consumo de alimentos à base de plantas desenvolvida para adultos e visa principalmente o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas, nozes e óleos insaturados. O consumo de carne, laticínios, açúcares adicionados e vegetais ricos em amido deve ser baixo ou moderado. Esta dieta pode ser adaptada às necessidades alimentares, preferências pessoais e tradições culturais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os hábitos alimentares das crianças alemãs entre 6 meses e 1 ano de idade. O inquérito foi desenvolvido com 27 questões sendo 25 de escolha múltipla e 2 questões abertas. A pesquisa foi dividida em quatro seções: a primeira composta por perguntas gerais sobre as crianças, a segunda relacionada aos hábitos alimentares das crianças, seguida de uma seção sobre alimentos prontos para consumo e a última sobre a família. Os participantes foram convidados a responder ao questionário tendo como sujeitos o filho mais novo com mais de 6 meses de idade. Caso a criança já tivesse ultrapassado a idade da alimentação complementar, foi solicitado que os participantes respondessem às questões referentes a esse período (6º ao 12º mês) de vida. Como em muitos casos os participantes responderam às questões relativamente ao passado, a alternativa “não tenho certeza” esteve presente em muitas questões para evitar respostas falsas, o que influenciaria os resultados. A participação foi voluntária e anónima. O estudo forneceu informações sobre a frequência com que os bebés consomem diferentes grupos de alimentos, no entanto, o baixo número de participantes influenciou o sucesso desse trabalho, sendo necessárias pesquisas adicionais com um maior número de participantes para validar os resultados obtidos assim como para investigar a quantidade de alimentos consumidos, em quais refeições e para determinar se o programa nutricional alemão para o primeiro ano de vida está a ser seguido. Quando o consumo de diferentes grupos de alimentos é comparado entre bebés omnívoros e em dietas à base de plantas, verifica-se que os bebés omnívoros consomem mais carne e laticínios, enquanto os bebés em dietas à base de plantas consomem mais grãos integrais, leguminosas, nozes e sementes do que os bebés omnívoros. O consumo de vegetais ricos em amido, leguminosas e frutas foi semelhante entre os dois grupos. Muitas pessoas ainda não estão familiarizadas com a Dieta da Saúde Planetária portanto, quanto mais se falar sobre o tema, mais conhecimento é distribuído e talvez mais pessoas a adotem. Como este inquérito foi realizado principalmente em Munique e em Pfaffenhofen, Alemanha e uma vez que a população-alvo era menor do que o esperado, os resultados não são indicativos de toda a Alemanha e menos ainda dos hábitos alimentares das crianças da Europa. Um estudo mais amplo deve ser realizado para obter um melhor conhecimento dos hábitos alimentares das crianças em vários tipos de dietas. A nutrição infantil é um tema complexo e, embora este estudo tenha conseguido comparar com sucesso os dados obtidos no questionário com as recomendações do Instituto de Pesquisa em Nutrição Infantil alemão para alimentação complementar, não é possível recomendar a Dieta da Saúde Planetária como uma dieta alternativa às crianças alemãs. É pois necessária, uma investigação mais aprofundada de forma a chegar a uma adaptação viável da dieta para bebés de 6 meses a 1 ano de idade, levando em consideração todas as necessidades nutricionais desse grupo.