Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI
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Browsing Mestrado em Relações Interculturais | Master's Degree in Intercultural Relations - TMRI by advisor "Aires, Luísa"
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- Desafios interculturais e práticas docentes em contextos lusófonos : o caso de colégios privados em AngolaPublication . Araújo, Ada de Jesus Faria; Aires, LuísaA emigração de professores portugueses para Angola, para o exercício da atividade docente, convocou-nos para uma reflexão sobre os desafios interculturais que estes profissionais encontram na sua atividade letiva. No presente estudo, dá-se a conhecer a perspetiva de professores, com formação para a docência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, que lecionam no Ensino Primário, em colégios privados de Luanda, integrados no sistema escolar de Angola. Os objetivos do estudo consistem em identificar, sob o ponto de vista do professor expatriado, as diferenças culturais que interferem na ação educativa; as dificuldades sentidas ao lecionar num sistema cujo contexto sociocultural é distinto do português; o valor da diversidade cultural na relação entre professor e aluno; a existência de diálogo intercultural entre professores portugueses e comunidade educativa; os benefícios profissionais das experiências de lecionação noutro sistema de ensino. Ao analisar a profissão docente, compreende-se a influência que o contexto e a sociedade exercem no ato educativo. Se a educação é um meio de difusão de cultura, a cultura tem implicações na educação. Com a globalização e a migração, desenvolvem-se sociedades multiculturais, que reforçam a necessidade de reflexão sobre a pertinência de diálogo intercultural e da educação intercultural. Estas sociedades heterogéneas refletem-se em escolas com as mesmas características, surgindo professores expatriados com culturas distintas dos seus alunos e da sociedade onde exercem funções. Assim, neste estudo, questiona-se: Quais os principais desafios interculturais que estes professores encontram num sistema de ensino diferente daquele onde e para o qual foram formados, em particular o caso de docentes portugueses no sistema de ensino particular angolano? Para responder a esta questão, entrevistaram-se 10 professores portugueses que se encontravam a lecionar no Ensino Primário em colégios de Luanda. A análise de conteúdo destas entrevistas permite-nos perceber que são diversas as formas de interpretar as experiências de se ser professor português em Angola. Concluindo-se, de uma forma geral, que os desafios destes professores relacionam-se com as atitudes, valores dos diversos intervenientes do processo educativo, bem como com questões relacionadas com a expressão e compreensão da Língua Portuguesa.
- As dinâmicas para a promoção da saúde numa escola do ensino básico do Porto: um estudo de casoPublication . Mandim, José Fernando Oliveira; Aires, Luísa; Grave-Resendes, LídiaDa Antiguidade ao século XIX, superada a concepção sobrenatural de saúde e enfermidade, concebia-se saúde como a ausência de enfermidade (doença, deficiência, invalidez), estado que se revelava no equilíbrio do organismo, com referência aos seus meios interno e externo. Gozar de saúde significava não padecer de enfermidade, estar em harmonia consigo mesmo e com o meio. Já ia avançado o século XX quando, em 1947, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu uma dimensão mais positiva de saúde na sua definição: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença ou enfermidade É inegável que tal mudança constituiu um avanço. No plano formal, porque é uma proposição positiva; no plano essencial, porque superou a dicotomia entre saúde e enfermidade, mas também porque possibilitou a emergência de políticas sanitárias mais úteis e eficazes, além de situar a saúde como um estado positivo que podia ser promovido, procurado, cultivado e aperfeiçoado. Nos últimos anos, tem crescido o interesse na manutenção e na melhoria do estado de saúde através de práticas saudáveis, aumentando com isso a popularidade da promoção do bem-estar, da qualidade de vida e do estilo de vida saudável, despertando, assim, o interesse de diferentes instituições em diferentes áreas. Enquanto que a promoção da saúde emerge como um campo respeitado nas políticas e filosofias governamentais, inúmeros desafios se apresentam para a escola, como local privilegiado de partilha e transmissão de saberes, e todos os profissionais da área da educação devem estar preparados para superá-los. Em resultado da globalização política e social, a Escola Portuguesa tem-se tornado cada vez mais multicultural, integrando alunos em situação de contexto migratório, o que representa mais um desafio. Assim, a escola é chamada a ter um papel activo para a inclusão destes alunos na comunidade, fornecendo a educação nas suas diferentes vertentes, inclusive na área da saúde, uma vez que esta é um bem essencial para o bem-estar geral do indivíduo. Este estudo tem por finalidades investigar as dinâmicas de promoção da saúde levadas a cabo pelo Gabinete de Apoio ao Jovem (GAJ) numa escola pública do Porto, de acordo com as directrizes e orientações do Projecto Educativo. A metodologia adoptada incidiu num estudo de caso, portanto de cariz qualitativo, descritivo e naturalista, recorrendo-se à análise de conteúdo para tratamento de dados obtidos por entrevista e por grupo de discussão, a partir da qual foram definidas categorias conceptuais de resposta, e à análise estatística dos resultados colectados pela técnica do questionário. Concluiu-se que o GAJ é o principal dinamizador das dinâmicas de promoção da saúde, nesta escola, sendo reconhecido, quer por alunos e professoras ligadas ao projecto, quer pelos órgãos de gestão o seu importante papel na formação e desenvolvimento pessoal dos jovens. No entanto, existem aspectos que podem ser melhorados, nomeadamente a ligação com as famílias e Associação de Pais
- A educação global e o diálogo intercultural em contexto de aprendizagem online : os cursos de educação globalPublication . Magalhães, Margarida; Aires, LuísaA enorme interdependência entre os povos, que caracteriza o mundo contemporâneo, justifica a importância crucial da aquisição de competências de comunicação intercultural, uma vez que poderão ter um efeito catalisador na resolução de grandes questões globais. O desafio que é colocado à Educação, para colaborar na aquisição de tais competências, é de adaptação aos novos meios de comunicação globais e de reinvenção de novas metodologias e abordagens. Destacam-se neste campo a Educação Global, como um campo interdisciplinar que se concretiza num processo de aprendizagem transformativa, focando-se nas questões e desafios globais, e o Ensino Online, possuidor da capacidade de quebrar barreiras físicas e temporais e juntar num mesmo “espaço” pessoas dos mais variados pontos do planeta. Com o objetivo geral de analisar a importância dos contextos de formação online no desenvolvimento de competências interculturais, esta investigação propõe-se mostrar de que forma cursos online, oferecidos em contexto multicultural, na área de Educação Global, promovem o desenvolvimento de competências de comunicação intercultural. De entre os resultados da investigação destaca-se a aquisição moderada de uma maior consciência intercultural e de aptidões de comunicação intercultural, considerando-se como elementos fundamentais para a promoção de diálogos interculturais ao longo do curso o facto de a turma ser multicultural, a colaboração entre pares e algumas das ferramentas de comunicação existentes na plataforma onde decorreu a formação.
- O multiculturalismo na escola: o caso dos alunos de etnia ciganaPublication . Gabriel, Fernando Manuel Silva; Aires, LuísaResumo - A presente investigação pretende lançar um olhar sobre as concepções pedagógicas dos professores do 1.º Ciclo, da Área Metropolitana do Porto, face à escolarização das crianças de etnia cigana, assim como as expectativas que estas crianças têm sobre a escola. Tendo em conta a problemática em estudo, o universo em análise e a especificidade do tecido sociocultural, recorremos à entrevista como técnica dominante, utilizando, também, fontes de análise documental, dado tratar-se de um procedimento essencial em todos os momentos da pesquisa. A nossa análise será, naturalmente, suportada por quadros teóricos produzidos no âmbito da investigação nas áreas da educação e comunicação intercultural. Considerando que as comunidades dos alunos estudadas se enquadram nas chamadas “classes desfavorecidas”, as diferenças socioeconómicas que existem entre si e as redes sociais em que se movimentam influenciam de forma diferenciada a sua integração na escola, a sua capacidade de interacção e comunicação e as suas expectativas face à mesma. Os professores revelam nos seus discursos alguma preocupação com os alunos de etnia cigana, mas essa preocupação não se traduz, na grande maioria, no desenvolvimento de forma integrada da cultura de etnia cigana, em contexto de sala de aula, e na implementação de práticas pedagógicas diferenciadas e interculturais. O discurso dominante da generalidade dos professores para explicar o insucesso escolar dos alunos de etnia cigana enfatiza muito as tradições culturais e sociais do povo cigano. Os professores colocam a responsabilidade do insucesso escolar sempre do lado das famílias e não do lado da escola. O ensino ministrado nas escolas insere-se maioritariamente num modelo monocultural. Os professores, ao agirem em conformidade com os interesses da cultura dominante, estão a privilegiar a transmissão de conhecimentos e valores sem considerar as realidades sociais e familiares dos alunos, um pressuposto da escola tradicional, de carácter monocultural. Na sequência desta investigação, considera-se indispensável uma mudança nas concepções e nas práticas pedagógicas dos professores sobretudo para que seja vivida uma aprendizagem intercultural em meio escolar
- Percepção da violência na escola: estudo de caso em uma escola do município de Joinville S/CPublication . Paim, Marisa da Silva; Alves, Fátima; Aires, LuísaEsta pesquisa tem como tema central a violência na escola. Seu objetivo foi investigar como professores e alunos concebem a violência, como a explicam e como lidam com a mesma no contexto escolar. Por análise das relações interpessoais que nela ocorrem, buscou-se entender a percepção do aluno e do professor a respeito do fenômeno, seja na condição de quem atua como agressor, como daquele que sofre ou observa os atos de violência;também das formas existentes de agressividade, e o que os motiva a praticarem esses atos. O estudo foi orientado na perspectiva das metodologias qualitativas, tendo a técnica de grupo focal como instrumento para coleta de dados. A população alvo da pesquisa foram alunos do 2º e 3º ano do ensino médio integral e professores na rede pública Estadual da cidade de Joinville S/C Brasil. Na investigação realizada, constatou-se que a existência da violência física e psicológica na escola decorre de vários caminhos externos, migrando das diversas vivências familiares e sociais, do frágil vínculo, da falta de compreensão e acolhimento às diversas demandassubjetivas, entendendo que a violência no espaço escolar tende a ser uma repetição daquelas vivências fora da escola, surpreendendo uma instituição as vezes despreparada no trato com a fereza. A violência praticada e sofrida pelo jovem, confere consequências imediatas sobre o processo de ensino-aprendizagem, deixando marcas de eclosão na idade adulta. Para os docentes a violência na escola pode ocorrer através de vários formatos, advindo tanto do aluno como do professor – como aquelas “brincadeiras” que tendem a gerar desconforto e indignação e podem favorecer o exercício da agressividade. As agressões sobre o professor foram constatadas através das agressões verbais, calúnias e injúrias – deixando os docentes às vezes em “pânico”, inibidos, sentindo-se desprotegidos e indefesos. Concluímos com essa investigação que é urgente fazer uma escuta acolhedora às diversas vulnerabilidades de alunos, pais e professores, concernentes às demandas subjetivas, com foco nas histórias de vida, buscando propiciar o reconhecimento das humanidades que habita em cada um, e assim reinventar outras formas de convivência e consequentemente a diminuição da violência no ambiente escolar.
- Representação dos portugueses no discurso mediático europeu : as notícias sobre a crise financeiraPublication . Veríssimo, Irina Fresco; Aires, LuísaO discurso mediático é um elemento de grande relevância na construção da imagem do Outro e, assim sendo, os media assumem uma função determinante nas relações interculturais. A imagem de Portugal e dos portugueses disseminada nas notícias sobre a crise financeira é de teor negativo. Os portugueses são exclusivamente associados a um conjunto de atributos não apreciados no contexto europeu, como a pobreza, a desorganização, corrupção ou preguiça. O discurso mediático no âmbito da crise portuguesa é também caracterizado pelo protagonismo de personalidades e instituições estrangeiras ligadas a estruturas europeias de poder e pela quase total ausência de cidadãos portugueses comuns. Portugal é ainda apresentado em paralelo com outros países em dificuldades, principalmente com a Grécia e a Espanha. É frequente a utilização de uma terminologia coletiva para descrever o grupo dos países em crise. Esta terminologia revela um caráter pejorativo. O discurso mediático assume, muitas vezes, uma função moralizadora, procurando identificar os responsáveis pela crise e encarando a austeridade como a “pena” que levará à reabilitação do país. Nesta dinâmica há uma clara demarcação do “nós” em relação ao Outro, na qual o Outro é duplamente estereotipado, por ser diferente e por ser pobre.
- Vivências dos enfermeiros estrangeiros num hospital portuguêsPublication . Resendes, Florbela Tavares Montenegro; Aires, LuísaResumo - A visibilidade das transformações da sociedade portuguesa, enquanto receptora de fluxos imigratórios, é notória. Esse facto inclusivamente ao nível dos serviços de prestação de cuidados de saúde. Efectivamente, estes também acolhem profissionais de saúde de outros países, neste caso enfermeiros, assistindo-se a uma progressiva reconfiguração do corpus profissional. Esta ocorrência despertou o nosso interesse, levando-nos a questionar qual será a vivência desses trabalhadores, na nossa realidade hospitalar. É mesmo o que nos propomos com este estudo: explorar e compreender como o enfermeiro estrangeiro vive a sua experiência subjectivo-interior de emoções, no seu meio laboral. Para tal dividimos o trabalho em quatro partes, a saber, o enquadramento contextual do tema, o percurso metodológico realizado, bem como a análise e a discussão dos dados. Dada a natureza da problemática escolhida, optamos por uma metodologia qualitativa, mais precisamente pela Grounded Theory (Glaser Strauss, 1967). Os dados foram recolhidos através de entrevistas (semi-directivas) áudio-gravadas e posteriormente transcritas na sua totalidade. Da análise dessa informação emergiram indicadores, categorias e temas. A mesma permitiu-nos ainda constatar que alguns dos enfermeiros em causa depararam-se com certas dificuldades no seu quotidiano, desenvolvendo estratégias para ultrapassá-las. Essas estratégias passaram por vezes pelo questionar, pelo “relativizar” e pelo “dar sentido” ás experiências vividas, mas envolveram sempre a comunicação. Não obstante, os dados revelam que para a maioria dos entrevistados o processo de adaptação ao contexto laboral não trouxe grandes problemas. Dados esses que só permitiriam consolidar a teorização do modelo explicativo, mediante maiores diversidade e variabilidade, decorrentes da realização de estudos mais alargados