Mestrado em Estudos sobre a Europa | Master's Degree in Studies on Europe - TMESE
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Browsing Mestrado em Estudos sobre a Europa | Master's Degree in Studies on Europe - TMESE by advisor "Avelar, Mário"
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- A 9ª Sinfonia de Beethoven : um hino para a Europa (?)Publication . Praia, Bruno Filipe Dias Moedas; Avelar, MárioCantada em todo o mundo, a Ode à Alegria que conclui a 9ª Sinfonia de Ludwig van Beethoven, constitui um marco na civilização ocidental. Criada a partir de um poema de Friedrich von Schiller, louvando a humanidade reconciliada sob a alegria, esta ode teve um destino excecional. Em 1812, Beethoven decide compor uma 9ª Sinfonia em ré menor, resultando anos depois numa obra de um tipo radicalmente novo: uma sinfonia com coro e solistas. Nela encontramos tudo o que guiou o compositor: a fraternidade, o otimismo humanista e progressivo do Iluminismo e a exaltação romântica dos sentimentos heróicos. Desde a sua criação, a 9ª Sinfonia suscitou até aos nossos dias as mais variadas e distintas interpretações por parte de maestros e músicos. No entanto, apesar das opiniões - das mais elevadas às mais críticas – todas compartilham a visão de que haverá, nesta música, um certo ideal das relações entre os seres humanos, uma certa utopia. A Ode à Alegria é o hino oficial da União Europeia. A introdução instrumental deste movimento foi adotada em 1972 pelo Conselho da Europa como o hino da Europa e, em seguida, em 1985, como o hino oficial pelos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia. Devido à sua conceção, é uma das composições mais brilhantes e impressionantes de Beethoven. Influenciou profundamente a história da música nos séculos XIX e XX, e não apenas o género sinfónico. A Ode à Alegria tornou-se um símbolo de paz entre as nações e os povos do mundo. A presente investigação tem como objetivo compreender se os cidadãos portugueses, enquanto cidadãos europeus também, conhecem a 9ª Sinfonia de Beethoven, o Hino à Alegria, também hino oficial da União Europeia. E ainda, se este hino europeu é um elemento musical que une todos os cidadãos da Europa. Para o efeito, optou-se por uma metodologia quantitativa baseada em inquérito por questionário, tendo sido realizados os inquéritos por questionário a uma amostra de 660 indivíduos. Após a aplicação dos inquéritos por questionário recorreu-se à abordagem da estatística descritiva (dedutiva) para análise dos dados. Os resultados revelam que a maioria dos participantes conhece a 9ª Sinfonia, o Hino à Alegria e o hino europeu. No entanto, as opiniões dividem-se no que respeita ao hino europeu ser um elemento musical de união entre os cidadãos europeus.
- Da palavra aos actos : átrio dos gentios : diálogos contemporâneos de uma igrejaPublication . Fonseca, José Adérito Rodrigues da; Avelar, MárioNo presente trabalho procederemos, em primeiro lugar, a uma breve abordagem histórica sobre o tema da religião, onde também observaremos a forma como a Igreja Católica foi dialogando com o Outro ao longo do tempo na presença de crentes e não crentes. Num segundo momento analisar-se-á a importância do Concílio Vaticano II em termos de uma abertura da Igreja para a modernidade, bem como a sua atualidade através de uma distinta voz do clero português. Pesquisar-se-á de igual modo alguns documentos brotados desse Sínodo, no que concerne à alteridade e ao diálogo em diferentes campos, de entre os quais os media, a educação e o evangelismo. Mas, uma viagem pelo caminho do debate das ideias europeias, nestas primeiras décadas atribuladas do século XXI, tendo por base o diálogo agora promovido pela Igreja de Roma, é o objetivo fulcral de que nos ocuparemos principalmente. Deste modo, num terceiro momento, apresentaremos factos, discutiremos ideias, levantaremos hipóteses e aventaremos argumentos, para no fim podermos chegar a conclusões sobre o eventual sucesso da iniciativa em causa - o Átrio dos Gentios. Refletir-se-á sobre pensamentos, conceções e visões contemporâneas, concebidos através daquilo que poderemos designar por dois principais blocos de mentalidades, o dos crentes e o dos não crentes, onde se entrecruzam caminhos de uma cristandade propalada e um agnosticismo perene. Aparentemente antagónicos são convergentes em diversos aspetos, podendo e devendo rivalizar para uma vida social mais sadia. Pois, e apesar de ao longo da História muitos muros se terem derrubado nas diferentes áreas das ciências sociais, a queda de outros torna-se fundamental. Assim, a coragem e frontalidade na sua abordagem, no intuito da promoção da discussão equilibrada, trazendo uma maior sensatez ao Homem no seu discernimento, são premissas basilares. Desta forma, torna-se necessário refletir sobre o evento, o qual, coloca à mesma mesa e num mesmo patamar de conhecimento, espíritos e razões diferentes, permitindo discursos desiguais mas, sólidos. Como disse Mahatma Gandhi: “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”.
- Do texto para o filme in Até amanhã, camaradasPublication . Rocha, Francisco Luís Pereira da; Avelar, MárioEste trabalho pretende analisar a obra de Manuel Tiago, Até amanhã, camaradas e a sua transposição para o cinema por Joaquim Leitão. Pretendemos ancorá-lo numa dupla vertente, a do diálogo entre artes e da especificidade do tempo em que a obra se insere, refletindo por um lado, sobre o diálogo que se estabelece entre as imagens e a literatura no sentido de perceber o seu significado, pois este depende essencialmente de uma relação predeterminada com os elementos que o constituem, os quais são fundamentais para a compreensão intrínseca dos seus sentidos, ao mesmo tempo que nos debruçámos sobre o seu contexto e limites temporais onde ressalta um Portugal oprimido pela ditadura, onde, no entanto, surgem aqueles que resistem e se organizam para mobilizar o povo a lutar por pão e liberdade. As suas personagens são um retrato dos homens e das mulheres que dedicaram as suas vidas a essa luta; os seus ideais, as suas paixões e os seus sacrifícios. Daqueles que mostraram fraqueza e dos que deram a vida por aquilo que acreditavam. Da passagem do livro para o filme sobressai a problemática da adaptação a qual tem sido atormentada pela questão da fidelidade, para, de forma breve, analisar a literatura e o cinema como formas narrativas diferentes, ressaltando as características e particularidades entre os dois géneros. Ultrapassados que são estes prolegómenos teóricos, importa fazer um pequeno bosquejo histórico para refletir sobre o ambiente temporal da obra – o Portugal dos anos quarenta e o Estado Novo de onde ressalta a personagem de Salazar, a ditadura, o obscurantismo e a miséria. Faremos ainda uma breve referência ao Neorrealismo e ao Realismo socialista, que como correntes literárias de alguma forma balizaram o autor e condicionaram a obra, para seguidamente proceder então, a uma analise detalhada do livro e a questão da sua transposição para o cinema procurando evidenciar os pontos de contacto entre artes num dialogo permanente entre as palavras e as imagens num esforço contínuo e mútuo de procurar expressar a realidade.