Loading...
20 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 20
- Livro de resumos do XI Encontro da Rede BrasporPublication . Polónia, Amélia; Bastos, Rosário; Palma, Monique; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Isidoro, Pedro
- Impacto do pequeno ótimo climático na formação e exploração da laguna de Aveiro (Portugal)Publication . Vicente, Pedro; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, RosárioPor volta do século VII, ocorreu uma ligeira inversão da tendência de arrefecimento global, proporcionando uma melhoria climática que, na Europa Ocidental, se estenderia até cerca do ano de 1300. Este período, conhecido como “Pequeno Ótimo Climático”, ocasionou alterações de oscilação térmica e de precipitação, com consequências no aumento demográfico e intensificação das atividades antrópicas, designadamente pela maior e melhor exploração das atividades económicas. Durante esta fase, elementos naturais e antrópicos contribuíram para dinâmicas de acreção sedimentar no litoral noroeste português. Nas reentrâncias marítimas existentes ao longo da costa, os sedimentos carreados pelas correntes de deriva litoral, formaram restingas arenosas, constituindo ambientes lagunares. Tal foi o caso de uma restinga que, enraizada imediatamente a sul de Espinho, veio a constituir o limite ocidental da laguna de Aveiro. A esta transformação física, agregase o ser humano enquanto agente modelador do ambiente na execução de políticas de estabilização de fronteiras, equilíbrio demográfico e criação de novos espaços de atividade económica (com destaque para o sal, bem essencial no equilíbrio da balança comercial com o exterior); ou seja, medidas de organização do território necessárias no decorrer da formação e consolidação da identidade nacional portuguesa. Este estudo centrase numa ampliação da análise histórica ambiental do espaço da laguna de Aveiro, inserindoa no contexto das mudanças climáticas verificadas no Pequeno Ótimo Climático e numa complexa rede de interações bióticas e abióticas
- Was littoral a void territory in medieval times?: dealing with Portuguese coastal counties during the first dinasty?Publication . Bastos, Rosário; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Dias, João Alveirinho
- Formação de linhas de costa e salicultura: análise comparativa entre o salgado de Aveiro (Pt) e de Araruama (Br)Publication . Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Castro, Elza Maria Neffa Vieira de; Bastos, Rosário; Fonseca, Luís Cancela da; Dias, João AlveirinhoO confinamento de enseadas ou baías através do crescimento de restingas arenosas resulta, habitualmente, na formação de sistemas lagunares paralelos à linha de costa. Tais ecossistemas, embora protegidos da incidência direta da agitação marítima, encontram-se em comunicação com o oceano e podem ser propícios para a produção de sal marinho quando localizados em médias e baixas latitudes. Tal evolução geomorfológica originou os sistemas lagunares analisados neste estudo: o de Aveiro, situado em Portugal, e o de Araruama, situado no Brasil. Em ambos, a exploração de sal marinho foi um dos principais vetores econômicos das populações alocadas no seu entorno. Este estudo pretende analisar comparativamente fatores que induziram a morfodinâmica nessas lagunas e para o progresso da salicultura nos ecossistemas em análise. Assim, teremos como mote o desenvolvimento dessa atividade econômica, bem como, as formas e os ritmos da exploração do sal. Evidencia-se neste estudo que apesar das diferenças quanto à localização geográfica, cronologias e formas de desenvolvimento geomorfológico dessas lagunas e dos ritmos de crescimento da exploração de sal, existem similitudes entre si. Em ambos os ecossistemas, a salicultura entra em decadência a partir da segunda metade do século XX, surgindo outras formas de aproveitamento das salinas, nem sempre ecologicamente sustentáveis. Procura-se, assim, evidenciar que apesar das diferenças entre os sistemas-alvo, os modelos de antropização nas áreas das salinas repercutiram e redundaram em problemas socioambientais semelhantes.
- Abordagem a um modelo conceptual para análise diacrónica comparativa das interacções comunidades humanas-ambientais em zonas costeiras: o exemplo dos sistemas lagunares de Aveiro (Poortugal) e araruama (Brasil)Publication . Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, Rosário; Fonseca, Luís Cancela da; Dias, João AlveirinhoAs análises de longaduração acerca das relações comunidades humanasambiente em sistemas lagunares costeiros são ainda escassas. Nesse sentido, não estão estabelecidos modelos conceptuais que avaliem comparativamente tais relações. O facto dos sistemas lagunares incorporarem complexas estruturas de interface entre a geosfera, a hidrosfera, a atmosfera, a biosfera e a antroposfera, requer abordagens inter/multi/transdisciplinares, situação que, aparentemente, tem coibido o surgir de propostas nesse sentido. Tomando como casos de estudo as lagunas de Aveiro (PT) e Araruama (BR), foram revistos os trabalhos respeitantes a esse tema e os respectivos modelos conceptuais aplicados na interpretação desenvolvida. Nos dois trechos lagunares em apreço, a respectiva literatura científica é escassa. A análise do estado da arte revela cinco trabalhos para Aveiro e apenas um para Araruama, pelo que considerámos pertinente o tema aqui em foco. A concepção de um modelo de análise diacrónica comparativa tem de estar cientificamente apoiada em abordagens interdisciplinares, propiciadoras de nos fornecerem dados relevantes sobre as influências antrópicas observadas ao longo da História nas alterações das paisagens lagunares e viceversa. Apelando à integração das Ciências Naturais e Sociais, tais como a Ecologia, a Geologia, a Climatologia, a Oceanografia, a Arqueologia e a História, a aplicação da aludida metodologia revela padrões de assentamento humano, exploração de recursos naturais e alterações da paisagem que se repetem nos dois sistemas e resultam em problemas semelhantes relacionados com as suas sustentabilidade e resiliência. Apelase, por isso, a uma abordagem integrada num recémramo da História, o da História Ambiental. Como é de propostas deste género, este modelo pode ser aplicdo a outros sistemas lagunares costeiros com origem no desenvolvimento de restingas arenosas e localizados em médias e baixas latitudes. A sua aplicação pode estimular medidas políticas para evitar os seus riscos e vulnerabilidades socioambientais.
- The environment gives, the human had (and spoiled it): the case of Costa da Caparica, central coast of PortugalPublication . Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Dias, João Alveirinho; Bastos, Rosário
- "O socorro aos desgraçados": medidas de mitigação e de auxílio aos náufragos ao largo da costa portuguesa no século XIXPublication . Canhota, Tiago; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, RosárioA navegação marítima foi sempre um campo demasiadamente fértil para a ceifa de vidas, inspirando o temor e colocando em sentido todos aqueles que se fizessem ao oceano. A cada vez maior velocidade, tonelagem e utilização de embarcações, não ficou, porém, isenta de novas perigosidades. Nesse sentido, não foi apenas necessário repensar e refazeremse os acessos tais como barras e portos, mas também melhorar a sinalização dos obstáculos naturais construindo e aperfeiçoandose as técnicas de iluminação farolar, que no caso português foi sobretudo estudado e realizado através do Plano de Alumiamento Marítimo (1866), da Comissão de Faróis e Balizas (1881) e do Plano Geral de Alumiamento e Balizagem das Costas Marítimas e Portos do Continente e Ilhas Adjacentes (1883). A primeira tentativa conhecida para se concretizar uma estrutura organizada para o socorro aos náufragos teve lugar na cidade do Porto, em 1828, através da criação da Real Casa d`Asylo aos Naufragados, construindose para o efeito um edifício de raiz devidamente apetrechado de recursos materiais e humanos, mas que teria uma existência efémera de apenas 7 anos. A esta, seguiuse a criação da Sociedade Geral dos Náufragos, no ano de 1835, agora em Lisboa. O naufrágio do vapor «Porto» trouxe para o domínio público a questão dos naufrágios, tomando o governo nos dias imediatos providências, nomeadamente a possibilidade de deslocação do porto da cidade mais para Norte e o auxílio aos náufragos, vindo esta última a ganhar forma na Real Sociedade Humanitária em 1852. Três anos mais tarde é criada a Companhia de Socorros a Náufragos em Lisboa. Por fim, foi criado em 1892 o Instituto de Socorros a Náufragos, a que mais tarde se acrescentou a designação de «Real» e que teve como impulsionadora e presidente honorária a rainha D. Amélia.
- Climate changes in the Middle Ages of Western Europe: an attempt at synthesisPublication . Bastos, Rosário; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Dias, João AlveirinhoAddressing climate changes during the Middle Ages involves a twofold artificialization of reality, because: (a) climate change is not static and therefore does not fall into time barriers; (b) the division of history by epochs is an artificialism. In fact, these historical and climatic periods vary depending on the region of the globe considered and usually focus on a paradigm largely confined by the Western view. Nevertheless, we used conventional periodization, only for ease of exposure of the points addressed. Let's assume the conventional periodization of the Middle Ages: 5th-15th centuries. Let us move on to the basic question: what are the main weather periods of this chronology? Beginning with the distinction between climate and atmospheric weather we must consider this is the weather at a giver time and place while climate is measured from a series of indicators (temperature, pressure, humidity, rainfall, radiation, etc.) whose sequential records allow to trace the "climatological standards". Naturally, in the Middle Ages, it is not possible to determine climate standards, so we are limited to the interpretation of proxies, preferably using multiproxies. For the Medieval times, we have to highlight the Medieval Warm Period (MWP). The chronological demarcation of this period is highly controversial. One thing seems certain: from the peak of Roman global warming, we enter a phase of softening and then cooling that will have extended until the beginning of the High Middle Ages. Around the 7th and 8th centuries there was a slight reversal of the global cooling trend. However, the MWP really started around the 900/1000s. In the Late Middle Ages there is a climatic inversio anomaly". They felt the first manifestations of the Little Ice Age. The scarce studies on medieval climate oscillations are even rarer that refer to the impact they had on the lives of the populations who lived then. This approach is what we propose! Not wanting to be deterministic about the role of climate in human history, since many were (and are) the factors that condition it, it is impossible to fail to underline its importance as a major element in the evolution of human communities over time. Is there a correlation (if so, indirectly) between the MWP and Viking expeditions to Iceland (9th century), Greenland (in the late 10th century) and North America (mid-11th century)? Or demographic growth and concomitant intensification of agriculture with the conquest of new fields of cultivation? Or the crusades to the Holy Land (11th-13th centuries)? Or, yet the construction of the great Gothic monuments that marked an epoch that G. Duby called "the time of cathedrals"? And, oppositely, to what extent was the time of contraction (or trend B) of the Early Middle Ages influenced by the worsening climate of the 14th and 15th centuries that impelled Europe beyond itself, with the Iberian kingdoms starting an overseas expansion, for instance? It all requires better and more in-depth studies, for now, we propose only a possible synthesis!
- There is always a bigger fish!: Shaping Vouga’s watershed (Portugal) and its ichthyofauna in 1758Publication . Bastos, Rosário; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Fonseca, Luís Cancela daFishing is an historical activity considered intangible cultural heritage. Among the several inherited traditions by fishermen communities, a profound knowledge, as far as the environment is concerned, exists. The natural legacy determines the quality of life of those communities (which can be threatened due to anthropogenic actions). Through an interdisciplinary analysis, this study identifies the natural and anthropogenic actions that influenced the changes in Vouga’s watershed, including the Aveiro lagoon, and respective ichthyofauna. Our focus is to elaborate an environmental interpretation from a synchronic approach. For the aforementioned purpose, fish species specified in the 1758 historical source “Parish Descriptions” were highlighted. Among the vernacular fish names listed, it was possible to find at least twenty species of fish from both freshwater and marine affinities. It is prudent to remark that in the year before the date just mentioned, the lagoon’s contact with the ocean was halted (thus causing a reduction of the water salinity). Could that have impacted the species that were declared in the “Parish Descriptions”? Certainly yes, because marine or brackish species were cataloged only in the lagoonal area near the sea. In fact, differences in the reported fish were found between the upstream watershed locations and the downstream lagoonal sites. Analysis of data supports the idea that salinity and fresh water may be the main influence for species distribution, either positively conditioning the presence of marine species or negatively, pushing freshwater species upstream. What is of notice is that there are documents that allude to an application for the king to request authorization to open a new inlet. The construction of dams, watermills and other kinds of interventions in rivers (Vouga and its affluents) impacted the watershed ichthyofauna. As a consequence, the species’ migration processes were thus influenced, namely those of anadromous and catadromous fishes, highly susceptible to anthropic activities (said interferences determine their absence or presence in these different water bodies). The heritage we gain from environmental history is fundamental to successfully understand and manage our current interventions when it comes to deal with nature in a harmonious way. It is essential to learn from what we have done to avoid mistakes. Let us not waste the steps of those who came before us!
- Um príncipe real em trânsito: a viagem de D. Luís Filipe pelo Mediterrâneo (1903)Publication . Canhota, Tiago; Pereira, Olegário Nelson Azevedo; Bastos, RosárioA realização de uma viagem com uma finalidade eminentemente cultural e educacional, designada por Grand Tour, surgiu na Grã-Bretanha no século XVII. De modo a maximizar a experiência, os jovens eram guiados por um mestre que os introduzia na cultura do território visitado, percorrendo alguns roteiros previamente estabelecidos que foram aumentando ao longo do tempo, na busca de verem e contactarem com realidades diferentes. Em Portugal, o casamento da rainha D. Maria II com o futuro rei D. Fernando II permitirá uma mudança cultural e educacional na família real que se prolongará nas gerações futuras, nomeadamente nos filhos (Pedro e Luís), no neto (Carlos) e nos bisnetos (Luís Filipe e Manuel), que usufruíram destas viagens por várias partes da Europa. O presente trabalho incide, assim, no Grand Tour realizado, em 1903, pela rainha D. Amélia e pelos príncipes D. Luís Filipe e D. Manuel. A viagem incluiu várias partes do mar Mediterrâneo, tendo como pontos altos as estadias no Egito e no Sul da Itália. Inicialmente preparada apenas para a rainha, com a finalidade de a abstrair da esgotante realidade institucional, a viagem será, no entanto, alterada, passando a incluir alguns amigos mais próximos e os filhos. O principal objetivo do presente trabalho é acompanhar o roteiro do Grand Tour de D. Luís Filipe, destacando os principais pontos de paragem e respetivos programas a eles subjacentes, bem como relevar o mar enquanto “estrada do conhecimento” e, no caso concreto, uma preparação para o exercício do poder real (componente cultural e diplomática). Palavras-chave: Grand Tour; mar; D. Amélia; família real portuguesa.