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- Em busca do touro Ápis pelos caminhos da mitologia do antigo EgiptoPublication . Sales, José das CandeiasOs antigos egípcios acreditavam que o touro poderoso representava a personalidade do próprio faraó. O touro estava, de facto, intimamente associado ao estado faraónico desde o início da história egípcia. Na mitologia egípcia, de todos os touros sagrados o que maior projecção alcançou, como deus agrário da fecundidade, da vegetação renascida e da ressurreição, foi, seguramente, o touro Ápis, associado em Mênfis aos deuses Ptah e Osíris. Na sua condição de touro ágil, vigoroso e viril, Ápis era um intermediário consistente entre o mundo dos vivos e o dos mortos, além de ser um propiciador de fertilidade e renascimento quando associado ao deus-sol.
- Política(s) e cultura(s) no antigo EgiptoPublication . Sales, José das CandeiasReflectir sobre a história egípcia e entender as características e componentes da sua política - talvez seja melhor dizer das suas políticas -, além de estimulante (pela captação das subtilezas e nuances a elas associadas no decurso dos múltiplos períodos da sua longa histórica), é essencial pela compreensão que induz da própria comunidade egípcia (antropologia política), que se perspectivava a si mesmo como viável pela existência, presença e acção do faraonato, a que, compreensivelmente, pelo seu carácter central e vital no seu modo de vida, atribuía um carácter sagrado. Paralela e intrinsecamente, há, porém, uma subliminar força agregadora que organiza e dá coerência aos modelos político-institucionais defendidos, bem como a muitos outros modelos e comportamentos colectivos e individuais: falamos da cultura, entendida no seu sentido mais amplo e antropológico, como um conjunto de qualidades mentais (crenças, ritos, memórias, mitos, símbolos, códigos, valores morais e éticos, tabus) e aspectos comportamentais (hábitos, cerimónias, tradições, aspectos técnicos, acções expressivas e/ ou manifestas), estruturais ou de superfície, adquiridos e transmitidos através de um processo, mais ou menos longo, de aprendizagem social, formal e/ou informal, colectiva e/ ou individual, feita de estímulos-respostas-reforços. Também aqui, para sermos completamente rigorosos, é preferível usar o plural culturas se quisermos captar os diversos traços e elementos culturais e os seus pressupostos, as alterações, adaptações e flutuações que com o tempo e com a história o «complexo cultural» egípcio foi conhecendo. Como grandes linhas de investigação, as questões políticas e culturais associadas à antiga história do Egipto podem ajudar à definição e cruzamento de várias perspectivas de análise, ao percepcionar das múltiplas tensões e até, nalguns casos, contradições existentes no modo de vida egípcio e ao estabelecimento e determinação de tipologias de conduta suficientemente válidas para explicar e interpretar a vida no Vale do Nilo.
- Estudos de egiptologia : temáticas e problemáticasPublication . Sales, José das CandeiasA egiptologia é um domínio de estudo de elevadíssimo interesse e fascínio para os especialistas e para o público em geral. Todavia, no panorama editorial português, apesar das notáveis aquisições dos últimos anos, não abundam os títulos científicos disponíveis de autoria portuguesa. Ampliar o número desses trabalhos, tornando fácil e cómodo o seu acesso, foi a nossa intenção primordial com a edição destes Estudos de Egiptologia - Temáticas e Problemáticas. O volume congrega um conjunto de textos publicados ao longo dos últimos anos a que se juntam alguns inéditos. Trata-se, no fundo, de uma série de reflexões e perspectivas que fui apresentando de alguns temas e problemas de egiptologia.
- Egiptologia versus egiptomania: em torno do conhecimento global sobre o antigo EgitoPublication . Sales, José das Candeias; Mota, SusanaHabitualmente, o estudo sobre a Antiguidade não é convocado para a reflexão alargada sobre os problemas da globalização no mundo contemporâneo. No entanto, há vários aspetos em que a reflexão sobre a história antiga pode contribuir para um aprofundamento da análise sobre o fenómeno da globalização. Neste texto, procuraremos refletir sobre a dimensão cultural da globalização, através de um exemplo diretamente retirado do conhecimento do passado, neste caso, o conhecimento global sobre a antiga civilização do Egito. Vários mecanismos de reconhecimento, de receção e de apropriação do passado egípcio são passados em revista, com especial enfoque para os respeitantes ao recorte cronológico do Renascimento e do pós-expedição napoleónica ao Egito (1789-1801) até aos nossos dias, designadamente nos domínios atuantes e ativos da egiptologia e da egiptomania, para demonstrar que estamos perante um interessantíssimo fenómeno de globalização cultural.
- The decoration of the Pronaos of Petosiris’ tomb: themes, scenes, styles and techniquesPublication . Sales, José das CandeiasThe tomb of Petosiris at Tuna el-Gebel was discovered in late 1919 and was immediately and methodically excavated until March 8, 1920 by Gustave Lefebvre. Since then, it has been recognised as having exceptional value for the history of art of the fourth century BC, when indigenous schools produced their last copies and when the first manifestations of Greek art appeared in Egypt. The internal decoration of the pronaos of this tomb displays the strong Greek influence on the style and on the art of coloured reliefs. At the same time, it portrays themes and scenes similar to the decor of the Memphite tombs from the Old Kingdom and the Theban tombs from the New Kingdom. The depicted topics denote, therefore, a remarkable historical continuity that will be dealt with this paper, within a framework of intrinsic similarities and originalities.
- O culto a Serápis e a coexistência helénico-egípcia na Alexandria ptolomaicaPublication . Sales, José das CandeiasO estabelecimento do culto ao deus Serápis na antiga cidade cosmopolita de Alexandria, capital dos Ptolomeus, em torno de uma imagem única e híbrida, respondeu à necessidade de harmonização intercultural dos dois mais importantes agrupamentos populacionais de Alexandria (os autóctones egípcios e os imigrantes greco-macedónios) e constituiu um factor de superação de anteriores e antigas antíteses e diferenças que os opunham, desenvolvidas com a ocupação grega do Egipto, e que eram, na viragem do séc. IV a.C., um dos maiores problemas e desafios colocados ao novo poder político, geneticamente oriundo da Macedónia, mas residente no Egipto.
- Gregos versus egípcios na Alexandria ptolomaica : o caso excepcional do culto a SerápisPublication . Sales, José das CandeiasNascido de uma justaposição de ideias e de concepções egípcias e gregas, o culto ao deus Serápis de Alexandria é o testemunho paradigmático da inegável influência exercida pelo Egipto sobre os Gregos, em geral, e sobre os Gregos imigrados, em particular. A introdução do culto de Serápis na cidade capital dos Ptolomeus respondeu à necessidade de harmonização intercultural dos dois mais importantes agrupamentos populacionais de Alexandria e constituiu um factor de superação das antíteses vencidos/ vencedores, antigos/ modernos, autóctones/ estrangeiros entretanto desenvolvidas com a ocupação grega do Egipto. O recurso à religião, neste caso à criação de um novo deus, como agente moderador e modelador da realidade social é um facto de profundo significado ideológico, justamente numa época, como foi a época helenística, marcada pelos sincretismos e pelas simbioses culturais-religiosas e numa cidade como Alexandria caracterizada pelo seu forte pendor cosmopolita. O sucesso do novo deus no encontro cultural e civilizacional das populações urbanas resultou da combinação dos seus caracteres multiculturais e favoreceu simultaneamente a preservação das memórias e das identidades das duas culturas e a nova dimensão nascida da obrigatória coexistência.
- The smiting of the enemies scenes in the mortuary temple of Ramses III at medinet HabuPublication . Sales, José das CandeiasThe ritual scenes of smiting the enemies are a topos of the Egyptian ico-nography of military nature which goes through Egyptian history almost in its entirety, from the 4th millennium BC until the 2nd century AD. Regarding to the New Kingdom there are innumerable known and sig-nificant cases that we can evoke as examples. There is, however, one ex-traordinary example, by the profusion of that kind of scenes in almost every room and its components, which arises a noteworthy emphasis: the mortuary temple at Medinet Habu, built for Ramses III (c. 1182 – 1151 BC), second pharaoh of the 20th Dynasty and for many scholars the last great pharaoh of the New Kingdom. In this text we will pass in detailed review these scenes, explaining and interpreting the underlying ideological message as the function of its recur-rent and appealing iconographic utilization, as in the function of the space-architectural localization where they are to be found at the Medinet Habu complex.
- Viver na cidadePublication . Sales, José das CandeiasApesar do Egipto antigo ter em tempos sido descrito como «a civilização sem cidades», sobretudo com base em argumentos filológicos, a arqueologia tornou evidente que houve assentamentos humanos que atingiram o estatuto de cidades e que não estamos de todo perante uma sociedade sub-urbanizada. Antes pelo contrário, o antigo Egipto foi uma sociedade urbanizada desde o início do Império Antigo ou talvez mesmo desde o Período Dinástico Inicial. Nesta intervenção, trataremos o conceito e a evolução da noção de «cidade» ao longo da história egípcia e procuraremos sintetizar a principal tipologia operatória com que hoje se trabalha no seio da Egiptologia científica. Paralelamente caracterizaremos as três grandes cidades planificadas de Kahun (Império Médio), Amarna e Deir el-Medina (ambas do Império Novo). Indissociável do movimento urbanístico egípcio, a problemática da construção merece igualmente a nossa atenção, designadamente com uma referência aos principais materiais utilizados e às principais fontes hoje disponíveis para o estudo e reconstituição das habitações do antigo Egipto. Por fim, passamos em revista, com figurações artísticas egípcias, um conjunto de actividades e ofícios que poderíamos caracterizar como «urbanos» ou que ganham maior expressão quando associados à vida numa cidade.
- O mobiliário egípcio: a tecnologia da madeiraPublication . Sales, José das CandeiasAs peças de mobiliário egípcio são, em regra, muito elegantes e requintadas, mas a nossa atenção não deve, porém, ser conferida apenas ao seu lado estético-simbólico. Aquilo que pretendemos neste texto é justamente estender o olhar para a vertente técnica: que métodos, que ferramentas, que processos foram empregues para a sua elaboração e que dimensões práticas cumpriam, quer em contexto do quotidiano, quer em contexto funerário. Palavras-Chave: Mobiliário, Matérias-primas, Técnicas, Ferramentas, Ensambladuras.