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  • Tráfico de modelos narrativos entre a Crónica de Castela e a Crónica de 1344: evidências, possibilidades e questões
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Dando como adquirido que a Crónica de Castela foi fonte da Crónica de 1344, o artigo explora outro tipo de influências, nas quais a obra castelhana poderá também ter desempenhado um papel. São apresentados alguns exemplos que estimulam a reflexão sobre a coincidência de vários topoi presentes nas duas crónicas e em outros textos historiográficos portugueses. Defende-se que a circulação de modelos narrativos terá sido uma constante, ocorrendo em múltiplas direções, e constituindo um recurso que os redatores das crónicas peninsulares usariam sempre que necessário.
  • Imagens e imaginário no ms. da Academia das Ciências de Lisboa da Crónica de 1344
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    O manuscrito da segunda redação da Crónica de 1344 existente na Academia das Ciências de Lisboa é uma obra do século XV cuja associação à biblioteca do rei D. Duarte tem sido amplamente aceite. Trata-se de um códice de aparato, ampla e ricamente iluminado, regra geral, com motivos ornamentais estilizados. Em alguns pontos da obra existem, no entanto, composições que se destacam por retratar cenas ou figuras humanas que, na sua maioria, parecem articular-se com o teor do texto que acompanham, incitando assim a abordagens multidisciplinares. São estudados dois pontos deste manuscrito em que a ilustração confere ao texto que acompanha uma profundidade suplementar, estimulando associações de ideias, ao nível do Imaginário, que remetem para figuras modelares, e suscitam reflexões de ordem moral e comportamental.
  • Los temas del retraso y del desencuentro en la tradición cidiana
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo dos temas do atraso e do desencontro em vários textos que veiculam a matéria cidiana, nomeadamente: o Cantar de mio Cid, as Mocedades de Rodrigo, duas versões da Estoria de Espanna, a Traducción Gallega, a Crónica de 1344, o Livro de Linhagens do conde D. Pedro de Barcelos e alguns poemas do Romanceiro. São identificados dois grandes blocos: no primeiro predominam os atrasos que acentuam o valor e as capacidades do Cid para levar os seus senhores (Fernando I e Sancho II) à vitória; dá-se uma inflexão com o episódio de Vellido Dolfos, sendo o segundo bloco dominado por casos negativos onde o Cid não alcança alguns inimigos ou onde os desencontros desencadeiam a ira régia (de Afonso VI) e dão origem a desterros. O tema é ainda articulado com o topos do bom conselheiro e com a ideia clássica de herói como alguém superior aos homens, mas que não alcança a divindade
  • Os impossíveis grilhões do futuro
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo comparativo de diferentes versões cronísticas medievais ibéricas (séculos XIII-XIV) que se referem ao comportamento do rei Garcia da Galiza durante as lutas fratricidas entre os três filhos do rei Fernando I, “Par de Emperador”. São salientadas discrepâncias que opõem os textos produzidos em zona de influência castelhano-leonesa e portuguesa.
  • Corpos narrativos: identidade e memória codificadas na carne
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    O artigo parte de um episódio, relatado na Crónica de 1344, onde D. Afonso Henriques exibe as cicatrizem que, no seu corpo, assinalam os combates que teve com os infiéis, para refletir sobre o significado destas marcas que se configuram como testemunhos de um percurso de vida. As cicatrizem tornam-se, assim, eloquentes, remetendo para aventuras ou acontecimentos, podendo ainda funcionar como sinal de predestinação ou de reconhecimento, consoante os contextos em que ocorrem, e desde que interpretadas corretamente.
  • Pedro Afonso de Barcelos observador e viajante em Castela e Aragão: perspetivas cruzadas
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo de relatos da embaixada de D. Dinis a Aragão, como mediador de conflitos entre Castela e Aragão. Parte-se da narrativa de D. Pedro Afonso de Barcelos, filho natural do rei português, que participou na viagem, contrastando este testemunho com outros textos produzidos em Castela e em Aragão, em diferentes momentos. Sugere-se a possibilidade de as várias crónicas "dialogarem" entre si na medida em que procuram defender interesses distintos e atribuir diferentes protagonistas ao episódio.
  • Cenas galantes no ms. 1 Azul da Crónica de 1344
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudos de duas iluminuras do ms. 1 Azul da Crónica de 1344 que representam cenas galantes. Uma retrata o Cid e a sua mulher, Ximena Gómez; outra mostra-nos a rainha Urraca de Castela-Leão e o seu amante Pedro de Lara. Os episódios reportados na crónica e as respetivas ilustrações são estudados no contexto de outros textos, épicos e do Romanceiro, que se referem aos mesmos personagens e/ou acontecimentos.
  • Metáfora animal e exortação à reflexão no ms. da Crónica de 1344 da Academia das Ciências de Lisboa
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    O entendimento do animal como metáfora do ser humano decorre, por um lado, do facto de a nossa perceção do outro assentar em processos comparativos e, pelo outro lado, da proximidade e convivência que sempre existiu entre humanos e animais. Assim, é normal que estes se tenham tornado elementos de eleição para projeções e metáforas. No presente artigo, abordamos este tema com base no ms. da Academia das Ciências de Lisboa da Crónica de 1344, considerando-o como um objeto comunicativo que articula texto, imagem e contexto cultural. Trata-se de um manuscrito que inclui um conjunto notável de desenhos de animais, frequentemente considerados como meros adornos. No entanto, se tivermos em conta a exegese que o bestiário desenvolve a respeito destes animais, e considerando que estas interpretações seriam do conhecimento geral, torna-se possível propor a leitura de diversas imagens como elementos potenciadores de reflexões, estabelecendo pontes, quer com o texto, quer com o contexto cultural e ideológico da época.
  • On friendship as motivation and object of the historiographic works of Pedro de Barcelos
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo do Prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro de Barcelos, refletindo-se sobre a ideia de amizade que aí é transmitida, tendo em consideração, tanto reflexões anteriores acerca deste conceito, como a vida e obra do autor, em articulação com a escrita historiográfica.
  • Imagens de animais no Ms. 1 Azul da Academia das Ciências de Lisboa: coerência simbólica e estímulo à reflexão
    Publication . Dias, Isabel de Barros
    Estudo de um conjunto de iluminuras com representações de animais existentes no ms. 1 Azul da Crónica de 1344, atualmente na Academia da Ciências de Lisboa. Defende-se que estas imagens (que têm sido consideradas e estudadas sobretudo pela sua vertente decorativa) transportam uma carga semântica significativa que interpelaria o público que observasse o códice e tivesse capacidade exegética para o ler em todas as suas dimensões. Para atestar esta posição, as imagens são trianguladas com o texto da crónica e com os significados atribuídos a esses animais em bestiários, livros das aves e na tradição bíblica. Numa primeira parte, estuda-se a coerência da presença de imagens de uma determinada criatura (o dragão) em pontos-chave da narrativa, funcionando como dispositivos de alerta para momentos mais fraturantes da história peninsular (pecados, dissensões, invasões). Seguidamente, na segunda parte, são apresentadas leituras holísticas de dois quadros, formados pelo códice aberto. Nestes fólios, existem imagens de animais diversificados, como leões, águias, cães, carneiros, cervos e leopardos, que, tendo em conta a sua dimensão simbólica, mostram ter uma valência de estímulos, enquanto promotores de reflexões sobre temas éticos e morais, de caráter abstrato, no que se refere à profundidade semântica atribuída aos animais, mas que também encontram uma certa concretização nos episódios relatados pelo texto da crónica. Os resultados do estudo permitem ressaltar a pertinência da aplicação desta chave interpretativa.