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  • Tutankhamon em Portugal: relatos na Imprensa Portuguesa (1922-1939): como um projeto de recepção da Antiguidade pode contribuir para fazer História da Comunicação em Portugal
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    As principais fontes do nosso projecto de investigação no âmbito dos Estudos da Recepção da Antiguidade, centrado nos relatos sobre a descoberta do túmulo de Tutankhamon na imprensa portuguesa, são, em primeira instância, os jornais e revistas nacionais e depois as notícias que estes publicaram. Deste modo, egiptólogos habituados a trabalhar com textos antigos e vestígios arqueológicos, tivemos a necessidade de estudar e conhecer a realidade da imprensa portuguesa nos anos 20 do século XX. Este processo de estudo e aprendizagem acabou por conduzir, por um lado, à identificação de lacunas e existência de informações que, quando confrontados com os dados por nós reunidos, não se confirmavam e, por outro lado, ao reconhecimento de práticas que ajudam a melhor conhecer o funcionamento dos periódicos nacionais. Assim, o objectivo desse texto é demonstrar de que forma a nossa investigação em Recepção da Antiguidade pode igualmente contribuir para fazer História da Comunicação em Portugal.
  • Egiptologia versus egiptomania: em torno do conhecimento global sobre o antigo Egito
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    Habitualmente, o estudo sobre a Antiguidade não é convocado para a reflexão alargada sobre os problemas da globalização no mundo contemporâneo. No entanto, há vários aspetos em que a reflexão sobre a história antiga pode contribuir para um aprofundamento da análise sobre o fenómeno da globalização. Neste texto, procuraremos refletir sobre a dimensão cultural da globalização, através de um exemplo diretamente retirado do conhecimento do passado, neste caso, o conhecimento global sobre a antiga civilização do Egito. Vários mecanismos de reconhecimento, de receção e de apropriação do passado egípcio são passados em revista, com especial enfoque para os respeitantes ao recorte cronológico do Renascimento e do pós-expedição napoleónica ao Egito (1789-1801) até aos nossos dias, designadamente nos domínios atuantes e ativos da egiptologia e da egiptomania, para demonstrar que estamos perante um interessantíssimo fenómeno de globalização cultural.
  • Tutankhamon em Portugal: relatos na imprensa portuguesa (1922-1939): um contributo para os estudos de recepção do antigo Egipto
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    Em qualquer ciência ou área de saber, a definição conceptual, nocional e terminológica é essencial para o entendimento das problemáticas em estudo e para a comunicação dos respectivos resultados de investigação. Tal é também, obviamente, válido para a área da recepção do antigo Egipto. O objectivo principal deste texto é analisar, definir e organizar o conjunto de conceitos, nocões e termos existentes no âmbito dos estudos de recepção do antigo Egipto, designadamente Egiptomania, Egiptofilia, Renascimento Egípcio, Tutmania, Mumiamania e Amarniamania. Paralelamente, a partir do nosso Projecto de Investigação Tutankhamon em Portugal. Relatos na imprensa portuguesa (1922-1939), pretendemos demonstrar como a imprensa, neste caso do início do século XX, constituiu uma manifestação e um agente activo de recepção do antigo Egipto em Portugal.
  • Agência Latino-Americana: um contributo para a história das agências de notícias em Portugal
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    No âmbito do Projecto de Investigação intitulado Tutankhamon em Portugal. Relatos na imprensa portuguesa (1922-1939), na área da Recepção da Antiguidade, dedicado à identificação, recolha e análise das notícias publicadas nos periódicos portugueses sobre a descoberta e escavação do túmulo de Tutankhamon, confrontámo-nos com a necessidade de aprofundar o nosso conhecimento sobre a realidade da imprensa portuguesa nas décadas de 20 e 30 do Século XX, designadamente no que respeita às agências de notícias. Neste domínio, acabámos por detectar algumas lacunas e/ ou imprecisões que, por terem implicação na nossa investigação de base, procurámos compreender e solucionar. Isto verificou-se, por exemplo, com a Agência Radio, de Alejo Carrera Muñoz, mas também com uma outra agência noticiosa, supostamente portuguesa, para além da Radio, sobre a qual a bibliografia é igualmente omissa ou pouco rigorosa: a Agência Latino-Americana. Apesar de ter uma presença constante nos jornais portugueses durante cerca de um ano – entre o fim de 1921 e o fim de 1922 –, aquela que, segundo os nossos dados, é, de facto, a primeira agência de notícias portuguesa, não só nunca é identificada como tal, como até parece ter passado totalmente despercebida aos estudiosos da matéria. Assim, tendo como fontes essenciais os jornais da época (principalmente portugueses, mas também brasileiros) e alguns dados esparsos que a investigação permitiu recolher, procuraremos reconstituir a história da Agência Latino-Americana, considerando igualmente a biografia da sua proprietária (a reconhecida jornalista e publicitária Virgínia Quaresma) e a empresa publicitária sua homónima que estará na sua origem.
  • A Agência Radio e a Lusitânia: contributos para o estudo das agências noticiosas em Portugal
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    Partindo de uma investigação em Recepção da Antiguidade, demonstramos o caminho percorrido para caracterizar a realidade obscura das agências de notícias a actuar em Portugal nos anos da década de 20 do século XX, com especial enfoque para duas agências cuja presença ofuscava, claramente, a suposta exclusividade da Havas: a Agência Rádio e a Lusitânia.
  • “A Maldição da Múmia”: relatos na imprensa portuguesa sobre a descoberta do Túmulo de Tutankhamon
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    O presente texto, realizado no contexto do nosso projecto de investigação Tutankhamon em Portugal. Relatos na imprensa portuguesa (1922–1939), pretende apresentar a atenção dada pela imprensa nacional à descoberta do túmulo do faraó Tutankhamon, a 4 de Novembro de 1922, por Howard Carter e pelo seu patrocinador Lord Carnarvon e aos factos daí decorrentes, sobretudo durante os anos de 1923 e 1924. Os jornais e revistas em Portugal noticiaram amplamente não só os trabalhos no túmulo e os artefactos descobertos, como também os episódios, com um cariz fortemente supersticioso, associados à morte do mecenas Lord Carnarvon (5 de Abril de 1923). Pelo conjunto de textos seleccionados, comentamos o tópico fundamental de “a maldição da múmia” que demonstra como autores portugueses ou a tradução de textos estrangeiros expressaram a vontade de fazer chegar o antigo Egipto aos portugueses dos anos 20 do Século XX. Com a divulgação de notícias quase diárias, a imprensa portuguesa foi um poderoso agente na ampliação do mistério e fascínio que a antiga civilização egípcia exercia sobre os leitores portugueses e, ao mesmo tempo, na transformação do Egipto faraónico numa realidade mais próxima e concreta, embora sem perder a sua carga subjectiva e mítica
  • A Agência Radio de Alejo Carrera Muñoz: contributos para a história das agências noticiosas em Portugal (anos 20 e 30 do séc. XX)
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    No âmbito de uma investigação na área da Recepção da Antiguidade em Portugal, dedicada à identificação, recolha e análise das notícias e artigos sobre a descoberta do túmulo do faraó Tutankhamon publicados entre 1922 e 1939 nos jornais e revistas nacionais, deparámo-nos com a necessidade de conhecer, de forma aprofundada, a realidade da imprensa portuguesa nas décadas de 20 e de 30 do século passado. Tendo por objectivo determinar a forma como os eventos que ocorriam no Egipto, mais concretamente no Vale dos Reis, em Luxor ocidental, chegavam aos jornais e às revistas em Portugal, embrenhámo-nos na análise do funcionamento das agências de notícias ou agências telegráficas, como também eram chamadas, com especial interesse pelas agências com que os jornais portugueses trabalhavam. Neste contexto, encarámos com a Agência Radio e com a figura do jornalista e empresário galego Alejo Carrera Muñoz. Foi esta agência, dirigida por aquele, que forneceu aos jornais portugueses no período considerado o maior número de notícias telegráficas sobre a descoberta do túmulo de Tutankhamon. Este facto chamou-nos a atenção, por um lado, porque na bibliografia existente é assumido que a única agência telegráfica com a qual a imprensa portuguesa trabalhava na altura era a Havas e, por outro, porque a possibilidade de a Agência Radio ser uma agência portuguesa conflitua com a ideia de que a primeira agência nacional, a Lusitânia, data de 1944. Pretendemos, assim, demonstrar a relevância da Agência Radio, principalmente na década de 20 do século XX, reconstituir a sua história e tentar desvendar a sua verdadeira natureza.
  • Alejo Carrera Muñoz (1893-1967): uma vida contada pelos jornais
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    Alejo Carrera Muñoz (1893-1967) trabalhou, em Portugal e Espanha, como jornalista, correspondente de diversos jornais, e como empresário, político, homem da cultura e representante da comunidade galega em Portugal. Este texto pretende traçar, em linhas gerais, o seu percurso profissional de acordo com o que foi publicado nos jornais.
  • Fernando Val do Rio de Carvalho Henriques (1897-1962): o primeiro romancista-egiptólogo português
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    O escritor Fernando de Carvalho Henriques (1897-1962) é totalmente desconhecido da esmagadora maioria dos portugueses. Há, no entanto, um romance seu, com contornos de policial, publicado em 1924, intitulado A Profecia ou o mistério da morte de Tut-Ank-Amon, que lhe confere um lugar pioneiro no panorama nacional e no contexto internacional. Na narrativa principal do romance, este Autor encaixou vários capítulos sobre “factos da antiguidade” para os quais mobilizou, como veremos, “conhecimentos históricos” sobre o antigo Egipto da época de Tutankhamon, genericamente correctos, inspirados e estimulados pelos ecos da então recente descoberta arqueológica e escavação, a partir de Novembro de 1922, do túmulo desse faraó egípcio, em Luxor ocidental, por Howard Carter e Lord Carnarvon.
  • Tutankhamon, mas não só… A Egiptomania no Portugal dos anos 20 do Século XX
    Publication . Sales, José das Candeias; Mota, Susana
    Em 2016, iniciámos o Projecto de Investigação, na área da recepção do antigo Egipto, Tutankhamon em Portugal. Relatos na Imprensa Portuguesa (1922-1939), com o objectivo de identificar, recolher e analisar as notícias publicadas pela imprensa portuguesa sobre a descoberta e escavação do túmulo do faraó Tutankhamon. Esta investigação permitiu não só percepcionar a amplitude da cobertura mediática desta descoberta arqueológica em Portugal, como também perceber outros impactos que a mesma teve ao nível da Egiptomania, por influência ou inspiração da sua variante da Tutmania. Nesta comunicação iremos partilhar três exemplos: um livro, um poema e a decoração de interiores de um café. Em Agosto de 1923, a poetisa Florbela Espanca, uma autora conhecida e reconhecida em Portugal, escreveu um poema, publicado numa revista da comunidade portuguesa no Brasil, intitulado “A Moda”. Este poema, muito diferente do registo habitual de Florbela, revela que também ela estava consciente e era inspirada pela descoberta do túmulo de Tutankhamon. Na mesma altura, F. de Carvalho Henriques, um escritor português desconhecido, terminava a sua obra “A Profecia ou o mistério da morte de Tut-Ank-Amon”, publicada meses mais tarde, no início de 1924. Tal atraso não impediu, contudo, que seja o terceiro livro, publicado mundialmente, inspirado pela então recente descoberta arqueológica. Em Dezembro de 1925, foi inaugurado em Guimarães, uma cidade no Norte do país, o “Café Oriental”, cuja decoração, da autoria de Luiz Augusto de Pina Guimarães, em nada se relaciona com Tutankhamon, mas em tudo revela um interesse, um gosto, pelo antigo Egipto patente nas pinturas das paredes e no mobiliário.