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- Entrevista a Frei Betto. Contra a servidão voluntária: o Brasil, a Igreja de Francisco e o futuro da teologia da libertaçãoPublication . Ferraro, GianfrancoFrei Betto (Carlos Alberto Libânio Christo) nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1944. É frade dominicano e teólogo, estando entre os expoentes mais relevantes e internacionalmente reconhecidos da «teologia da libertação». Militante de movimentos pastorais e sociais, resistiu à ditadura militar brasileira, sob a qual foi preso e sofreu tortura: relatou exta experiência em Batismo de sangue (Prêmio Jabuti, 1982) e em Cartas da prisão (1977). Foi ativo na construção de Comunidades Eclesiais de Base e, durante o primeiro Governo Lula, foi assessor da Presidência do Brasil para o programa Fome Zero. Politicamente próximo das experiências socialistas da América do Sul, assessorou vários governos, especialmente o cubano, nas relações Igreja católica-Estado. Entre as dezenas de obras que escreveu, podem ser mencionadas: Fidel e a religião (1985), A obra do artista (1995), Hotel Brasil (1999), A arte de semear estrelas (2007), Um Homem chamado Jesus (2009), Mística e espiritualidade (com L. Boff, 2010), Fome de Deus (2014), Reinventar a vida (2014), Paraíso perdido (2015), Um Deus muito humano (2015), Fé e afeto (2019), e Jesus militante (2022).
- Modernidade e ascese: Nietzsche e Weber, leitores da ReformaPublication . Ferraro, GianfrancoEm diferentes partes da sua obra, Friedrich Nietzsche ataca frontalmente a tradição luterana alemã, polemizando com os «ideais ascéticos» antimodernos e antirre-nascentistas, por ela levados no coração da modernidade, até provocar a sua decadência. No seguimento de Nietzsche, analisando os processos de secularização da modernidade, Max Weber destaca a ligação entre a ascese protestante, baseada na justificação através da fé e na noção de Beruf, o nascimento do individualismo capitalista ocidental e a mecânica burocrática dos Estados modernos. Colocando as abordagens destes dois autores no quadro do debate sobre a secularização e a teologia política da modernidade, este ensaio procura focar a importância das «técnicas de vida» e da ascese como instrumentos de transformação das condutas, assim como o papel que esta transformação tem para a compreensão da modernidade pós-luterana, e, por fim, a aposta teológico-política do confronto atual entre o ecumenismo espiritual das igrejas cristãs e o niilismo governamental da «gaiola de aço» globalizada.
- História Global das UtopiasPublication . Ferraro, Gianfranco; Franco, José EduardoEstudar a História Global das Utopias abre-nos um campo de investigação inédito sobre as muitas formas através das quais uma sociedade e os seus indivíduos determinam os quadros teóricos e práticos de repensamento e ultrapassagem dos seus próprios limites. Mais ainda, sem esquecer o conteúdo prático que qualquer abordagem à utopia traz consigo, este projeto implica uma reflexão sobre o substrato antropológico como tal, verdadeiramente global e, simultaneamente, subjetivo, que a utopia revela, no seu incansável desejo de transformar o presente e de oferecer novos e diferentes caminhos à humanidade, até quando o horizonte de uma forma histórica de humanidade parece mais fechado.
- Entrevista a Roberto EspositoPublication . Ferraro, GianfrancoRoberto Esposito (Piano di Sorrento, Itália, 1950) é um dos maiores filósofos viventes. É considerado um dos pensadores de referência do pensamento italiano contemporâneo e da reflexão sobre a biopolítica. É, atualmente, professor de filosofia teorética na Scuola Normale Superiore de Pisa, em Itália.
- Ernst Bloch e a conversão utópicaPublication . Ferraro, GianfrancoO artigo tenta investigar a abordagem à utopia de Ernst Bloch, focando-se em particular no Espírito da utopia. A partir da interpretação de Miguel Abensour da utopia como forma de “conversão”, e através das reflexões de Pierre Hadot sobre a história da conversão como fenómeno espiritual que interseta quer a filosofia quer a religião, o artigo estuda a modalidade com que uma conversão utópica se define em Bloch. A consequência desta reflexão consiste na possibilidade de abordar a própria filosofia de Bloch, tal como a tradição utópica no seu todo, dentro do horizonte da filosofia como maneira de viver, conforme a abordagem de Hadot: uma modalidade filosófica esta, característica da Antiguidade, mas também presente na modernidade, caracterizada por técnicas e práticas de escrita que visam, mais do que a uma compreensão teórica dos fenómenos, a uma transformação das práticas de vida. Recuperando esta modalidade filosófica, Bloch abre o caminho para uma espiritualidade política na qual se enraíza, por fim, a potência transformativa da própria utopia.
- The late Foucault: ethical and political questionsPublication . Ferraro, Gianfranco; Faustino, MartaMichel Foucault is one of the most important and controversial thinkers of the twentieth century and one of the leading figures in contemporary Western intellectual life and debate. The recent publication of his last lecture courses at the Collège de France (1981-1984), together with the short texts, essays, and interviews from the same period, have sparked new interest in his work, allowing for a new understanding of his philosophical trajectory and challenging several interpretations produced over the last few decades. In this later phase of his thinking, Foucault deepens and expands the course of his preceding works on the genealogy of subjectivity, while at the same time adding a significant ethical and political dimension to it. His focus on the ancient ethics of care of the self and technologies of self-constitution during this period adds important nuances to his previous positions on power, truth, and subjectivity, shedding new light on his philosophical endeavour as a whole and situating his reflections at the centre of current moral debates. Focusing on the last stage of Foucault's thought, this book brings together international scholars to relaunch the critical debate on the significance of Foucault's so-called “ethical turn” and to discuss the ways in which the perspectives offered by Foucault in this period might help us to unravel modernity, giving us the tools to understand and transform our present, ethically and politically.
- An unnatural history of destruction: catastrophe and the cityPublication . Ferraro, GianfrancoThis chapter focuses on the urban space as a space of catastrophe. In particular, it considers earthquakes and human-caused destructive events. By drawing on Foucault’s notion of heterotopias, De Martino’s reflections on cultural apocalypses and Assmann’s notion of cultural memory, it reveals the key role played by catastrophes in the recreation and re-imagination of urban spaces. It also considers their relevance to art – in particular architecture, sculpture, and poetry – when it comes to reconfiguring forms of living and recreating a common ethos for survivors and inhabitants.