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  • Uso de espaços verdes urbanos pelas pessoas idosas e sua perceção de saúde e qualidade de vida
    Publication . Almeida, Inês; Loureiro, Ana; Rosa, Rosário
    O presente capítulo visa apresentar o trabalho em curso no âmbito de um projeto de doutoramento em Urbanismo. O projeto tem como objetivo geral explorar a relação entre a percepção de qualidade de vida e bem-estar mental das pessoas idosas (com 65 ou mais anos) e a sua utilização de espaços públicos verdes em contexto urbano. Esta inter-relação entre saúde e ambiente natural não é inovadora e já em 1986, na conferência de Ottawa, se reconhece e destaca a sua importância ao incluí-la na agenda de saúde pública. O projeto aqui descrito está alicerçado, por um lado, na ideia de que a expansão urbana impacta nos cidadãos em várias dimensões e, portanto, exige que o urbanismo responda às suas necessidades e direitos. Por outro lado, as pessoas com 65 e mais anos são globalmente um grupo em crescimento e um dos mais vulneráveis às rápidas transformações decorrentes da contínua urbanização. Urge, então, encontrar respostas que permitam às pessoas que vivem e envelhecem em cidades usufruírem da longevidade, mas com qualidade de vida. Assim, no final do projeto espera-se poder fornecer algumas respostas às seguintes questões: o bem-estar mental e a qualidade de vida das pessoas idosas melhoram com o uso de espaços verdes urbanos e quais as características dos espaços que são mais importantes para esses utilizadores? A informação que conduzirá às respostas será extraída do questionário desenvolvido para o estudo I deste projeto (os diferentes estudos do projeto são apresentados na secção sobre metodologia deste capítulo), que, devido à emergência de saúde pública resultante do surto de SARS-CoV-2, não pôde ser aplicado nas datas inicialmente previstas. Adicionalmente, o questionário foi alterado no sentido de incluir questões que permitam também compreender o impacto percebido da situação pandémica no uso e frequência de espaços públicos, e na qualidade de vida e bem-estar mental percebidos.
  • Protagonismos leigos alternativos nas trajetórias de saúde: da medicalização à ‘naturalização’ da vida
    Publication . Rosa, Rosário; Alves, Fátima
    Este artigo pretende refletir sobre as propriedades heurísticas dos ‘protagonismos leigos alternativos’ nas trajetórias de saúde para a compreensão da resistência ou reforço da medicalização da vida, através da procura do ‘natural’ observada nos discursos dos utilizadores de medicinas alternativas e complementares (MAC), recolhidos através de entrevistas semiestruturadas [1]. Os ‘protagonismos leigos alternativos’ refletem processos subjacentes à construção de trajetórias individuais de relação com a saúde, onde são mobilizadas abordagens alternativas, complementares ou não-convencionais que se diferenciam das do sistema biomédico. Para isso estabelecemos um diálogo teórico que parte da racionalidade biomédica dominante, para o questionamento dos sentidos e significados da agência leiga que integra o recurso às MAC nas suas trajetórias de saúde. O enfoque da nossa reflexão centra-se na compreensão das lógicas da ação leiga presentes na construção das trajetórias de saúde. São estes sentidos e lógicas que abordamos neste artigo, debatendo de que modo a procura de uma saúde e de um ‘saudável’ associados à natureza e ao ‘natural’ constituem uma resistência ou um reforço da medicalização da vida.
  • Women in family farming: evidence from a qualitative study in two Portuguese inner regions
    Publication . Gomes, Diana; Jesus, Miguel; Rosa, Rosário; Bandeira, Cristina; Costa, Cristina Amaro da
  • Cartazes/Folhetos de Projetos de Intervenção Social: trabalhos dos/as estudantes. Ano lectivo 2023-2024
    Publication . Rosa, Rosário; Pereira, Sofia Castro; Ribeiro, Cristina
    Esta publicação reúne todos os trabalhos elaborados e partilhados pelos/as estudantes, no âmbito de um dos e-fólios da unidade curricular de Igualdade, exclusão social e cidadania (IESC) da Universidade Aberta, no ano letivo de 2023-2024. A unidade curricular IESC é uma unidade curricular optativa, disponível para as licenciaturas de Ciências Sociais e Línguas Aplicadas, com os objetivos de desenvolver o conhecimento e a reflexão dos/das estudantes sobre a (des)igualdade nas sociedades contemporâneas, estimulando as suas capacidades de investigação e intervenção neste domínio. Discutem-se teoricamente as noções de igualdade, exclusão, pobreza, classe social e cidadania, as suas diferenças e inter-relações. Explora-se a articulação destes fenómenos com processos económicos, culturais e políticos, em diferentes escalas de análise. Trabalham-se estudos recentes sobre indicadores de desigualdade, em múltiplas dimensões, comparando e explicando a evolução observada em Portugal e noutras regiões do mundo. Identificam-se ações de promoção da igualdade, inclusão e cidadania. E por fim, os estudantes são estimulados/as e orientados/as para o desenvolvimento de pequenas atividades de investigação e de intervenção sobre (des)igualdade social nos seus contextos de vida. Os cartazes e panfletos que aqui se apresentam fazem parte de um trabalho proposto na última temática desta unidade curricular ( dimensão interventiva) em que foi solicitado aos/às estudantes para que individualmente ou em grupo, construíssem um pré-projeto de combate a uma desigualdade social , que deveriam identificar, enquadrar, e propor uma intervenção localizada. Os cartazes/panfletos, que constituíram apenas a parte do trabalho correspondente à dimensão da comunicação, foram partilhados no fórum de cada turma, e comentados e discutidos pelos/as estudantes. Esta atividade permitiu que todos/as os/as estudantes conhecessem os projetos dos/as colegas da sua turma, suscitando novas ideias e questionamentos.
  • A violência contra as mulheres durante a pandemia de COVID 19 em Portugal
    Publication . Cerejo, Dalila; Rosa, Rosário; Teixeira, Ana Lúcia; Pasinato, Wânia; Lisboa, Manuel
    O contexto pandémico, particularmente o primeiro confinamento de 18 de março de 2020, trouxe uma enorme incerteza, tanto em Portugal como em todo o mundo, sobre o que estaria a acontecer às mulheres relativamente à sua exposição a situações de violência. Este artigo apresenta os principais dados obtidos no projeto O impacto da COVID-19 na violência contra as mulheres, desenvolvido em 2020. Através de uma amostra estatisticamente representativa de 1500 mulheres portuguesas (Continente e Regiões Autónomas) foi possível concluir que, durante o período do primeiro confinamento, as mulheres ficaram ainda mais expostas à violência do que anteriormente.
  • Exposição. Das mãos às vozes das mulheres agricultoras
    Publication . Rosa, Rosário; Jesus, Miguel
    Este é um recurso educativo/informativo de acompanhamento da Exposição Final do Projeto MAIs - Mulheres agricultoras em territórios do Interior (financiado pelas EEAGrants e liderado pelo Instituto Politécnico de Viseu). Ao longo da exposição tentámos focar a atenção nos saberes e nas Mulheres que são suas guardiãs. A exposição foi o resultado de várias recolhas realizadas em São Pedro do Sul e no Sabugal, sobre Património Cultural Imaterial (PCI), que foi entendido enquanto instrumento de liberdade, de fraternidade e de igualdade, neste caso, de género.
  • Protagonismos leigos alternativos nas trajetórias de saúde
    Publication . Rosa, Rosário; Silva, Luísa Ferreira da; Alves, Fátima
    A expansão dos sistemas alternativos de saúde dá lugar ao pluralismo de cuidados que corresponde a construções reflexivas de percursos que estão para lá da normatividade da medicina. As escolhas leigas destes cuidados correspondem a racionalidades distantes da razão da ciência ao constituírem-se como sistemas explicativos complexos que se referem à experiência subjetiva. Esta tese, de caráter exploratório, problematiza o fenómeno dos ‘protagonismos alternativos nas trajetórias de saúde’ entendido como as atitudes agenciais de construir a própria saúde com recurso a abordagens que não se incluem na biomedicina. Sendo este fenómeno relativamente recente na sociedade portuguesa e praticamente não analisado sociologicamente, interessa-nos situar os pilares analíticos que baseiam a sua compreensão. Estabelecemos um diálogo teórico entre alguns pilares da racionalidade positivista, dualística, cartesiana que marca o conhecimento científico e o pensamento moderno da ciência e da biomedicina (e dos discursos oficiais de saúde que dele derivam) para o questionamento dos sentidos e significados dos movimentos leigos de adesão às medicinas alternativas e complementares. A nossa intenção é o entendimento da ação leiga que se desloca do sistema oficial, biomédico de cuidados de saúde para a procura de vias alternativas de a cuidar e promover. Utilizamos uma abordagem compreensiva que se serve da metodologia qualitativa, através das entrevistas em profundidade com dezoito sujeitos utilizadores dos sistemas de cuidados de saúde alternativos. O que leva os indivíduos a procurar sistemas ‘alternativos’ para promover a saúde e lidar com a doença? Como integram esses sistemas no seu quotidiano e como os articulam com o sistema biomédico? Quais as racionalidades leigas que privilegiam na sua configuração explicativa e interventiva? Como é que eles surgem e se posicionam nas trajetórias de saúde? Nas racionalidades leigas, a ‘saúde’ e o ‘saudável’ são categorias de pensamento que o sujeito constrói na relação consigo mesmo e com a vida, e não apenas com um corpo sintomático ou biológico. A ação que os sujeitos protagonizam na procura das medicinas alternativas deriva desse entendimento de si e dos seus contextos de vida, que não pretendem separar das vivências da saúde, mas antes integrar através de uma saúde holística. Os ‘protagonistas alternativos da saúde’ são sujeitos informados, críticos das estruturas envolventes, e que decidem as suas escolhas de saúde, de forma racional, negociada subjetivamente, no quadro de possibilidades a que cada um pode aceder. Assim como as racionalidades leigas, eles apresentam linhas de proximidade e elementos diferenciadores entre si. Neste estudo encontrámos dois perfis-tipo de protagonismos alternativos na saúde: o ‘pragmático’ e o ‘criativo’.
  • Educação digital, pandemia e desigualdades de género
    Publication . Rosa, Rosário; Vieira, Cristina Pereira
    A proposta deste capítulo é refletir sobre o papel da educação no combate às desigualdades e no empoderamento das mulheres, cruzando-a com algumas das desigualdades de género estruturais que continuam a afetar a vida das mulheres em Portugal. Daremos ainda destaque ao contexto de crise gerado pela pandemia da Covid-19, e às consequentes transformações ocorridas no ensino, que trouxeram a público alguns dos constrangimentos e potencialidades da educação digital, contribuindo para o debate sobre o papel deste tipo de educação no empoderamento das mulheres.