Loading...
38 results
Search Results
Now showing 1 - 10 of 38
- Eppur se muove… Ritmos e cadências de um imaginário em movimentoPublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- La parole dérobée: économie du silence et rhétorique de l'avarice d'après quelques récits en vers des XIIe et XIIIe sièclesPublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Figuras do Silêncio: do inter/dito à emergência da palavra no texto medievalPublication . Carreto, Carlos F. ClamoteFalar ou escrever sobre o silêncio representa sempre um desafio. Um desafio e também um paradoxo que devemos assumir quando nos defrontamos com esta ferida que a escrita nunca cessa de deslocar e de reabrir. Ora, desde a sua infância, é justamente através da escrita do silêncio, através da outra face de si mesma, que a literatura medieval se pensa e se reflecte de forma privilegiada. Não se trata aqui do silêncio “mudo”, daquele que se instala como negação ou vazio de sentido, mas sim de um silêncio positivo, matricial e poético na plena acepção do termo: é o silêncio da espera, o silêncio que escande a linguagem e sem o qual nem a comunicação, nem o sentido seriam possíveis, o silêncio que precede uma resposta, o silêncio que traduz um não-saber, uma hesitação ou um consentimento. Ctónico, mortal e opaco, ou, pelo contrário, absolutamente luminoso e numinoso, este silêncio define-se como a presença que se inscreve na própria ausência. Silêncio e palavra in-formam-se assim mutuamente, constiuindo as duas faces indissociáveis de uma única, embora complexa, realidade, essencialmente quando nos situamos num contexto literário (o do romance arturiano em verso do século XII) que se caracteriza pela enriquecedora fusão de culturas, discursos e imaginários. Daí falarmos em figuras do silêncio. As figuras remetem, antes de mais, para uma morfologia, ou melhor, para os diversos rostos desta entidade multiforme constantemente investida pelo mito, a ideologia e o desejo que a obrigam a dissimular-se ou a retirar-se sempre que qualquer um destes discursos a tenta apreender ou aprisionar na e pela palavra, ficando então sujeita a repetidas anamorfoses perante este imenso espelho deformador que o texto medieval representa. Mas as figuras evocam também os lugares comuns da retórica sem os quais o percurso pela plasticidade dos significantes textuais e a evanescência dos significados se tornaria desconcertante. Representam finalmente as entrelinhas do discurso, os interstícios criados no interior da própria palavra: dimensão verdadeiramente simbólica veiculada simultaneamente pelo não-dito e pelo inter/dito. O traço oblíquo que cinde esta última palavra não é fortuito: significa precisamente a fractura que inexoravelmente se inscreve na linguagem, dificultando o acesso ao sentido e bloqueando temporariamente a comunicação do sujeito consigo próprio, com o outro e/ou com o mundo. Este ensaio adquire então, naturalmente, os contornos de um tríptico no qual, podemos observar, num dos lados, os caminhos para o surgimento privilegiado de um tema (Limiares) e, no outro (U-tópicas), algumas das estratégias poéticas que a ficção desenvolve para restituir à linguagem o seu poder de representação, a sua sacralidade e a sua transparência, reintegrando-a na Ordem Universal da qual emerge a “grande planície das palavras e das coisas” (utilizando a bela expressão de M. Foucault). No centro deste quadro e na origem do romance arturiano está o eterno drama de Babel (Anamorfoses). Levar os silêncios a comunicarem algo exige evidentemente, mais do que nunca, uma abordagem inter ou pluridisciplinar. Contudo, na impossibilidade de reencontrar utopicamente o mundo das correspondências perdidas, será na tentativa de fazer convergir o Real, a Linguagem e o Imaginário que este trabalho pretende explorar o universo pluridimensional do silêncio e procurar um sentido no e para o texto medieval cujo objectivo primeiro e último é o de restaurar o bom funcionamento dos signos, inicitando o leitor a “penser et antandre/ a bien dire et a bien aprandre” (Chrétien de Troyes, Érec et Énide, v.11-12).
- Ciência e imaginário: diálogos cruzadosPublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Ruptures, déplacements et confluences: le marchand ou l’art épique du basculement (XIIe-XIIIe siècles)Publication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Plastica dei et rhétorique du corps: écritures de l’apparence au moyen âge (XIIe-XIIIe siècles)Publication . Carreto, Carlos F. Clamote(Dé) voilant les sept arts libéraux sous les traits emblématiques de dames dont les corps élégants et séducteurs sont parés de somptueux vêtements ornés de toutes les figures et couleurs de style, le fameux traité de Martianus Capella, Les noces de Philologie et de Mercure, qui fixera pour plusieurs siècles à venir le concept de littérature et toutes les formes du savoir clérical ancrées dans l’art de la lettre, assume sans ambages la défense du plasma fictionnelle contre l’empire de la plastica Dei dont Tertullien s’était fait, quelques siècles auparavant, le plus virulent des avocats. Cette déchirure épistémologique, renforcée par l’ambivalence inhérente à la conception du corps et de la parure dans la tradition biblique et exégétique, marquera définitivement les contours du récit médiéval et la conception même de l’apparence et du paraître dans l’Occident médiéval. L’imaginaire courtois développe ainsi une sémiologie complexe où les ornements qui recouvrent à profusion la surface du corps, lui assignant (ou refusant) une place dans la société et dans la vaste syntaxe du monde, sont autant de métaphores reluisantes et trompeuses de l’ornatus rhétorique sur lesquelles s’appuiera, au fil des textes, toute une réflexion sur le langage poétique et le pouvoir de la représentation.
- Uma arte do (des)engano : cores e texturas da escrita de Guillaume d’Angleterre a Guillaume de DolePublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Une quête apophatique de l'originalité: le réinvestissement de la topique arthurienne dans la chanson de geste tardivePublication . Carreto, Carlos F. ClamoteLorsqu’un récit cherche davantage à saturer l’horizon d’attente qu’à engendrer ruptures ou effets de surprises, lorsqu’il se présente surtout comme poétique de la re-connaisance qui sans cesse revisite les lieux communs d’une vaste et légitimante tradition littéraire et culturelle pour mieux la commémorer, s’en distancer, voire l’ensevelir, il est sans aucun doute plus aisé d’y répertorier les indices d’une répétition du même que d’y déceler les signes de la différence. Mais ce serait là se méprendre sur la nature et la portée souvent parodiques et ironiques de l’écriture médiévale, notamment de la chanson de geste dite «tardive» (XIIIe-XVe siècles). Les incursions dans l’Autre Monde arthurien dans des récits comme La Bataille Loquifer, Esclarmonde ou Le Bâtard de Bouillon, par exemple, semblent en effet ériger ce réinvestissement de la topique romanesque au statut d’expérience poétique où la mimesis textuelle (motifs, thèmes et schémas narratifs) devient l’emblème d’une nouvelle et régénératrice conception du récit. Jouant sur une puissante dynamique fondée l’intertextualité et le dialogisme, l’absence, affichée et consciente, d’originalité deviendrait-elle alors, dans ces poèmes, la mesure même de leur extrême et parfois troublante originalité au cœur d’une logique où le moindre écart désignerait paradoxalement une distance maximale par rapport au modèle ?
- Da mimesis ao amor: o poder da mediação textual em Jean RenartPublication . Carreto, Carlos F. Clamote
- Maio de 68Publication . Carreto, Carlos F. Clamote; Bär, Gerald; Gonçalves, Luís Carlos Pimenta; Trindade, Ana José; Guerreiro, Maria JoãoComemoração do 40º aniversário do "Maio de 68". Inclui depoimentos de Manuel Villaverde Cabral, Judith Revel, Daniel Bensaïd, Gerd-Rainer Horn e Fernando Rosas.