Repository logo
 

Search Results

Now showing 1 - 9 of 9
  • A censura aos livros no Portugal de Salazar
    Publication . Melo, Daniel
    Este é um novo capítulo do presente livro, agora na sua 4.ª edição (revista e aumentada), e que serve justamente como texto de contextualização histórica e de problematização da temática da censura sob a ditadura de Salazar e Caetano.
  • A cultura do Estado Novo (1930-1960)
    Publication . Melo, Daniel
    Dos anos 30 aos anos 50 muitas transformações se deram na cultura e na educação portuguesas, tal como no resto do mundo. Mas, estando então o país sujeito a uma das mais longas ditaduras contemporâneas, a mudança foi mais lenta e tiveram mais impacto as tendências autoritárias e conservadoras, bem como o papel do Estado. Com efeito, à I República marcada pela efervescência e pluralismo de intervenções – na afirmação de correntes modernistas, no reforço de experiências de democratização cultural como as universidades e bibliotecas populares, etc. – sucede uma Ditadura Militar, em 1926, cujo programa mínimo foi um nacionalismo de direita, inspirado na fórmula fascista italiana e em correntes autoritárias, integralistas (como o Integralismo Lusitano e a Action Française) e conservadoras (integrismo católico e democracia cristã). Com a constitucionalização desta ditadura em «Estado Novo», novas fontes de inspiração e diálogo emergem: o nazismo, o varguismo brasileiro, o franquismo e um certo modelo desenvolvimentista, controlado desde cima. Esta tensa convergência de influências e interesses será aproveitada por António de Oliveira Salazar para firmar a sua condição de ditador incontestado e inamovível, arbitrando vontades e compondo equilíbrios em prol duma superior política nacional, que de tudo se ocupará, incluindo duma cultura que serve para trabalhar a imagem do regime e duma instrução pública que serve agora a «educação nacional». Se no campo literário a oposição tem ascendente duradouro, já nas artes plásticas e na arquitectura o regime consegue aliciar muitos modernistas, para conciliarem formulações de vanguarda com a exaltação do nacional, do historicista, do tradicional e da sugestão folclórica. Na educação, a escola oficial torna-se um espaço central. Abrindo o foco, as contradições e conflitos internos mais marcantes deste período fizeram-se em torno da relação entre tradição e moderno, entre particular e universal, entre formação para grupos restritos ou para todos, entre quantidade e qualidade, entre autonomia e controle artístico. Este regime fechado – por natureza mais avesso a mudanças – marcará de modo indelével a evolução da cultura e da educação. Desde logo porque a expressão do pensamento e o pluralismo serão fortemente cerceados, com a propaganda, a censura e a repressão políticas, sustentáculos essenciais da «nova ordem». Ainda assim, subsiste algum experimentalismo vanguardista e afirmam-se novas correntes artístico-literárias, como os modernistas da revista Presença (1927-40), os neo-realistas, os surrealistas, todos contrários à ditadura. A estas acrescem tendências existencialistas, mundividências espirituais marcadas pelo catolicismo e/ou pelo neo-romantismo, além de se reforçar a corrente nacionalista.
  • Guimarães Editores [editorial] (Lisboa, 1899- )
    Publication . Melo, Daniel
    Verbete dedicado a esta editora centenária, integrado na secção portuguesa do Portal Editores y Editoriales Iberoamericanos (siglos XIX XXI) - EDI-RED, o qual faz parte integrante do mega-portal Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, da Fundação Miguel de Cervantes (Espanha).
  • Snu Abecassis (Copenhague, 1940 – Lisboa, 1980)
    Publication . Melo, Daniel
    Snu Abecassis, cuyo nombre de nacimiento era Ebba Merete Seidenfaden, fue la principal mentora e impulsora de la fase inicial de la editorial Publicações Dom Quixote, que fundó el 16/03/1965, junto con su marido Vasco Abecassis (abogado) y António Neves Pedro, que había trabajado anteriormente en la editorial británica Penguin y en la portuguesa Publicações Europa-América (PE-A). En 1966, se sustituyó a este último en la dirección literaria por Carlos de Araújo, quien ocupó el cargo y asistió a Snu en la dirección editorial hasta abril de 1974, siendo también políglota y antiguo empleado de PE-A. La idea de crear una editorial intervencionista, actual y de calidad partió de Snu, inspirada por su implicación familiar (sus padres fueron resistentes y periodistas antinazis, su padrastro fue el heredero de una influyente editorial escandinava, Bonnier, y anfitrión de escritores nominados al Premio Nobel de Literatura, junto con su madre, que también trabajó en Penguin Books y Bonnier), su educación intelectual y cosmopolita y su personalidad combativa y prodemocrática. Cuando se instaló en Portugal con su marido, Snu decidió inmediatamente crear esta editorial, a la edad de 25 años.
  • Maria Leonor de Brito Guimarães (Amadora, 16/03/1909 – Lisboa, 29/08/1977)
    Publication . Melo, Daniel; Cervantes, Biblioteca Virtual Miguel de
    Verbete biográfico, em língua espanhola, dedicado à editora portuguesa Maria Leonor de Brito Guimarães (Amadora, 16/03/1909 – Lisboa, 29/08/1977) e publicado no portal digital Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes - Portal Editores y Editoriales Iberoamericanos (siglos XIX-XXI) - EDI-RED, Alicante, Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 2024, 4 fls.
  • Politics, culture, and religion in modern times: the Catholic Church and the restructuring of censorship
    Publication . Melo, Daniel; Barros, Júlia Leitão de
    This article analyses the restructuring of Catholic Church censorial practices in the historical context of questioning and erosion of the sacred in the Western world. We defend that the international action by the Vatican in the public sphere and its potential for shaping cultural processes at a transnational level were only possible through national ramifications/mediations. We analyse its dual offensive/reactive strategy within culture and the media, which promoted worldviews and reacted to mass culture adverse to those views, and how it was carried out by a particular structure, Catholic Action. We focus on its activity in Portugal and on the scrutiny applied to cinema and the reading materials which were allowed to circulate. For that purpose, we surveyed the most relevant catholic “reading guides” published over this period and described their modes of reception across diverse public audiences. We intend to show how one of the longest dictatorships in Europe in the 20th century shaped the modus operandi of the Vatican, contributing to a global Christian culture, to a transnational censorship system, and to the maintenance of an authoritarian regime. We therefore seek to contribute to the reflection on the articulation of censorship practices of the Church and the State.