Mestrado em Administração e Gestão Educacional | Master's Degree in Administration and Educational Management - MAGE
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- A escola a tempo inteiro : um estudo na EB1/PE de Machico da Região Autónoma da MadeiraPublication . Botelho, José Manuel Teixeira; Grave-Resendes, Lídia
- Escolas a tempo inteiro na Região Autónoma da Madeira : estudo de casoPublication . Guincho, Ana Patrícia Mendes Amaral; Barreto, Maria AntóniaO trabalho, que seguidamente se apresenta, pretende constituir um contributo para a compreensão do papel das Escolas a Tempo Inteiro (ETI) na Região Autónoma da Madeira (RAM). Assim, constitui objectivo principal deste estudo, reconhecer a importância das Escolas Tempo Inteiro na RAM, nomeadamente na EB1/PE da Terça de Cima. Este trabalho é de carácter exploratório e representa um Estudo de Caso demarcado a uma parte da população alvo, docentes e encarregados de educação da EB1/PE da Terça de Cima no decorrer do ano lectivo 2006/2007. O plano metodológico, para a realização deste Estudo de Caso, e de acordo com os objectivos definidos, passou por um enquadramento teórico onde se procura entender teoricamente, com o auxílio bibliográfico, a problemática proposta. Em seguida, optámos por elaborar, como processo de recolha de dados, entrevistas semi-directivas e inquéritos por questionário. Sendo que as entrevistas foram dirigidas a sete docentes e os questionários foram dirigidos a cinquenta e oito encarregados de educação. Os questionários foram constituídos por questões fechadas e, garantindo o anonimato. Depois de tratados e analisados os dados recolhidos, foi possível chegar a algumas conclusões, que dão ênfase à importância das ETI’s nas escolas da RAM.
- Gestão de conflitos: a percepção dos alunos do 1ºCiclo no Concelho do SeixalPublication . Rosa, Carla Filipa Fernandes; Grave-Resendes, LídiaUm olhar unilateral linear tendo em conta o conflito leva a escola a ser regularmente notícia, não pelo seu papel educativo e formativo mas sim pelos acontecimentos de indisciplina e violência a que todos os intervenientes desta instituição são sujeitos. O conflito é visto como sendo algo que pertence ao ser humano e dele faz parte integrante ao seu crescimento moral e emocional. Assim o presente trabalho pretende abordar e contextualizar o conflito em contexto escolar, saber qual a percepção dos alunos do 1º Ciclo do concelho do Seixal sobre o conflito através da análise dos alunos e apresentar formas e estratégias de resolução dos mesmos. Contudo é preciso saber que o conflito pode ser um processo construtivo para o desenvolvimento do aluno. No entanto é necessário que o aluno saiba identificá-lo e mais importante ainda é que o aluno consiga geri-lo de forma positiva contribuindo assim para o seu desenvolvimento pessoal, moral e social. Em síntese o mais importante desta problemática consiste na construção de projectos de intervenção educativa que, com a participação activa dos alunos e da comunidade escolar, possibilitem um ambiente agradável e que esses conflitos em que são envolvidos proporcionem experiências positivas na sua resolução
- A (in)satisfação dos docentes do 1º Ciclo perante a constituição do agrupamento de escolas: estudo de caso no Concelho de Vila Franca de XiraPublication . Galhardo, Nuno Miguel de Oliveira; Grave-Resendes, LídiaA presente investigação, tendo como objecto de estudo o 1º ciclo do ensino básico, pretende dar a conhecer até que ponto, os professores deste nível de ensino se encontram satisfeitos com a constituição de agrupamentos de escolas, com a entrada de um novo modelo de gestão, regulamentado pelo Decreto-Lei 115-A/98. Assim, começámos, numa primeira fase, por fazer uma retrospectiva histórica sobre os modelos de gestão do Ensino Primário, actual 1º ciclo do ensino básico, desde a implementação da República até aos nossos dias. Ao longo deste período, assistiu-se a momentos de desconcentração e de descentralização da administração deste nível de ensino, como acontecera no início da República e com o nascimento da democracia, em 1974. Porém, também fruto dos ideais políticos da época, como os do Estado Novo, a administração do Ensino Primário assistiu também a momentos de grande concentração e de grande centralização. Uma vez conhecido o historial da administração e da gestão do Ensino Primário/1º ciclo, debruçámo-nos sobre as principais teorias que estão na base da satisfação/insatisfação profissional. Teorias como as de Maslow, de Herzberg, de McClelland, Vroom e de Locke foram imprescindíveis para se conhecerem os factores que conduzem a sentimentos de satisfação/insatisfação. Retratámos ainda nesta parte teórica, alguns indicadores de insatisfação profissional docente e o seu impacto. Numa segunda fase, na parte empírica da nossa investigação, adoptámos técnicas e modelos qualitativos de investigação. Através da realização de sete entrevistas a docentes de duas escolas do 1º ciclo, pertencentes ao quadro, obtivemos dados que nos levam a tirar várias conclusões, das quais podemos destacar as seguintes: Apesar de encontrar benefícios na constituição do agrupamento de escolas, no que respeita à partilha de recursos educativos, à abertura de mentalidades, instalando-se um espírito de colegialidade entre os docentes das escolas do agrupamento, a maioria dos docentes demonstra insatisfação com outros aspectos. São eles, o aumento da burocracia, a perda de autonomia quer no processo de decisão, quer na resolução de problemas, o excesso de controlo por parte do Conselho Executivo, a baixa representatividade nos órgãos de gestão que faz com que o 1º ciclo esteja sempre em minoria quando comparado com os outros níveis de ensino seguintes, entre outros. A alteração destes factores foi apontada pela maioria das docentes entrevistadas como determinante da sua satisfação
- A infância confiscada: contributos para o estudo da educação das crianças em situação de risco de exclusão escolar e social no 1º Ciclo do Ensino Básico: elaboração de um modelo de factores de riscoPublication . Santos, Sandra Marisa da Costa; Serra, FernandoResumo - Esta investigação resultou da necessidade de reflectir e estabelecer uma compreensão mais esclarecedora sobre a problemática das crianças em situação de risco escolar e social. Assim sendo, sentimos a necessidade de contribuir para a construção de um modelo de factores considerados como geradores das situações de risco de exclusão escolar e social vivenciadas pelas crianças no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Acreditamos que através da realização deste trabalho e com a consequente elaboração de um modelo de factores de risco, possamos ajudar todos os actores educativos no trabalho que diariamente desenvolvem com crianças consideradas em risco de exclusão escolar e social, contribuindo assim para a edificação de uma escola mais sensível e mais preparada para responder a um fenómeno social que está cada vez mais presente nas nossas instituições educativas: as vivências das crianças em situação de risco, vivências essas que exteriorizadas na escola se transformam num desafio constante para o cumprimento da escola na sua missão formativa, educativa e socializadora. As diversas transformações sofridas nas últimas décadas nas sociedades contemporâneas, como as sociais, as económicas, as políticas, e as tecnológicas evidenciam a incerteza e o risco que actualmente nos governam. Muito embora toda a sociedade tenha que conviver com essa incerteza, há grupos mais sensíveis que ficam especialmente susceptíveis a essas alterações na sociedade. As crianças e os jovens constituem um desses agregados, sobretudo quando estão inseridos num contexto social marcado pela alteração do núcleo e das dinâmicas familiares e comunitárias, através do desemprego, do alcoolismo, da toxicodependência, da criminalidade e da falta de serviços de apoio comunitário e social. As práticas educativas defensoras da inclusão, deparam-se não raras vezes com os difíceis contextos familiares e sociais em que algumas crianças vivem e que dificultam a evolução cognitiva, pessoal e social das crianças consideradas em “situação de risco”. No intento de caminhar para a edificação de uma escola de e para todos, que tenha no centro das suas preocupações a procura de respostas às necessidades e às diferenças dos seus alunos, desenvolvemos este estudo, que fundamentalmente pretende contribuir para a promoção, e igualdade da educação das crianças em situação de risco
- A integração do 1º Ciclo nos agrupamentos verticais de escolas: o funcionamento do conselho pedagógico de um agrupamento do Concelho de SintraPublication . Serra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira; Grave-Resendes, LídiaResumo Esta investigação foi realizada no âmbito do Mestrado em Administração e Gestão Educacional, tendo como tema “A INTEGRAÇÃO DO 1º CICLO NOS AGRUPAMENTOS VERTICAIS DE ESCOLAS – o funcionamento do Conselho Pedagógico de um Agrupamento do Concelho de Sintra”. Procurou conhecer as percepções dos professores do Conselho Pedagógico sobre a formação do Agrupamento Vertical de Escolas e as alterações decorrentes da sua constituição. Para isso foram formulados seis objectivos de investigação, através dos quais se pretende conhecer a dinâmica do Conselho Pedagógico antes da formação do Agrupamento Vertical de Escolas e após a integração do 1º ciclo nesse Agrupamento; contribuir para a identificação de factores gerais considerados positivos ou negativos pelos professores do Conselho Pedagógico, em resultado da formação de Agrupamentos Verticais de Escolas; descrever dificuldades e benefícios para a escola do 1º ciclo por estar representada no Conselho Pedagógico do Agrupamento e para o(a) professor(a) que aí a representa e contribuir para a identificação de factores positivos e negativos resultantes do facto do representante de cada escola no Conselho Pedagógico não ser o Coordenador de Estabelecimento. A investigação inseriu-se no paradigma qualitativo e é de carácter exploratório e descritivo. Utilizou como instrumentos de recolha de dados a análise documental, a entrevista individual e o grupo focal e recorreu ao processo de análise de conteúdo, realizado segundo MORGAN. As principais conclusões obtidas foram as seguintes: Antes de existir o Agrupamento, a dinâmica da reunião dependia das pessoas que integravam o CP e da forma como a presidente a preparava e conduzia. As ordens de trabalho eram mais restritas. Os assuntos debatidos relacionavam-se com a vida da escola, a produção de todos os documentos internos necessários, a análise da legislação, a formação dos docentes e com os problemas e questões pedagógicas e comportamentais relacionadas com os alunos da escola. Depois da formação do Agrupamento ocorreram alterações, motivadas pelo número de elementos, as extensas ordens de trabalho, a necessidade de muito trabalho prévio, a diversidade e complexidade das temáticas abordadas, a falta de tempo para o debate e reflexão, a necessidade de criar ou reformular numerosos documentos e a adaptação de procedimentos até então normais que sofreram alterações com a entrada dos representantes do 1º ciclo e pré-escolar. A formação do Agrupamento determinou a existência de aspectos positivos e negativos. Entre os primeiros salienta-se a possibilidade de aprendizagem e de partilha mútua de experiências, estratégias e dificuldades, a procura de coesão organizativa, documental e de uma identidade comum. Também a existência de actividades globais e o melhor conhecimento dos programas disciplinares, das dificuldades e potencialidades dos alunos que vão do 1º ciclo para a EB2,3 ou a maior unidade entre docentes podem ser considerados positivos. De forma negativa surge a perda de autonomia das EB1 (financeira, material e ao nível das decisões), a falta de um espaço próprio de debate e reflexão na EB2,3, o excesso de trabalho para quem está nos órgãos e o não envolvimento de toda a comunidade educativa no processo. Cada ciclo percepcionou que houve ganhos e perdas (em que os ganhos foram maiores para o outro ciclo e menores para si). Todos mencionaram a falta de meios para atingir objectivos, a falta de tempo para reflectir e trabalhar e o excesso do número de alunos, com todos os problemas que daí decorrem. Para as escolas do 1º ciclo houve dificuldade na eleição dos representantes e no abandonar de vários hábitos e práticas. Houve benefícios na diminuição de algum isolamento e no poder planificar, partilhar e trabalhar em conjunto, tanto ao nível horizontal como vertical, bem como um maior protagonismo assumido nas decisões relacionadas com o Agrupamento. Para o representante do 1º ciclo no CP ocorreu uma aprendizagem, um crescimento e uma evolução pessoal e profissional, com uma visão mais abrangente das escolas. As maiores dificuldades estiveram na preparação das reuniões do CP, na responsabilidade de representarem a escola e decidirem por ela, na articulação com a coordenadora de estabelecimento para a preparação do Conselho de Docentes e na transmissão de informação. Ao nível pessoal, no número de horas de trabalho sem nenhuma contrapartida. A existência de dois coordenadores no 1º ciclo parece ter mais consequências negativas, ao nível da articulação e da divisão de papéis, não sendo considerada necessária em todas as situações. De positivo, a possibilidade de maior divisão do poder e uma maior democraticidade
- A liderança do professor de MEM do 1º ciclo : as vozes dos alunos (núcleos de Lisboa e Tomar)Publication . Cruz, Ema Judite Simões da; Grave-Resendes, LídiaEsta investigação teve como objeto de estudo as perceções que os alunos têm acerca do exercício de liderança do professor do Movimento da Escola Moderna do primeiro ciclo, em contexto de sala de aula. Assim, foram versados os conceitos e modelos de liderança em diferentes situações, nomeadamente educacional, dando-se ênfase à perspetiva de Kouzes e Posner na práxis do professor líder. Como este estudo se restringe aos professores do 1.º Ciclo que implementam o modelo pedagógico do MEM nas suas práticas, foi feita uma abordagem à história e filosofia deste movimento associativo de professores, estabelecendo um paralelismo entre a cultura pedagógica e perfil dos professores do movimento e as Cinco Práticas e os Dez Mandamentos da Liderança, definidos por Kouzes e Posner (2009). Sendo a liderança do professor do MEM o objeto de estudo, demos voz aos alunos, que opinaram sobre as práticas do professor como líder e organizador do ambiente de sala de aula e acerca do seu perfil, tanto profissional como pessoal.
- Mudanças organizacionais, culturais e pedagógicas nas escolas do 1ºCiclo: novos percursos da autonomia e de avaliação das escolas: um estudo de casoPublication . Gama, Ana Cristina Batalha Bernardo; Dias, Mariana da ConceiçãoAs escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico foram, durante quase um quarto de século, regidas pelo mesmo modelo de gestão. Mantiveram-se, por isso, à margem das mudanças verificadas nas escolas preparatórias e secundárias e das experiências gestionárias ensaiadas no início da década de 90. É neste contexto que deve ser compreendida a implementação do Decreto-Lei nº 115-A/98, que não altera apenas a regulação das escolas do 1º Ciclo, mas também as constitui em agrupamento com outras instituições. Perante isto, pretendemos, com esta investigação, saber quais foram as mudanças realizadas com a implementação deste decreto e analisar a participação dos professores neste processo. O estudo, de natureza qualitativa, foi realizado em duas escolas do 1º Ciclo que fazem parte de um agrupamento de escolas, do concelho de Cascais. Este trabalho, que envolveu a realização de entrevistas, observações e análise documental, teve como objectivo principal conhecer a perspectiva dos professores do 1º ciclo em relação ao impacto do actual modelo de gestão, nas estruturas organizacionais, nas culturas profissionais e nas práticas pedagógicas. A análise efectuada permite-nos constatar a existência de um sentimento muito forte de perda de autonomia, pedagógica e organizacional, associada à implementação deste modelo. Os resultados sugerem que, apesar do Decreto-Lei nº115-A/98 defender a descentralização, a participação da comunidade educativa e a devolução das competências às escolas nos domínios, organizacional e estratégico, tal não se verifica no agrupamento em estudo. Não existe uma participação activa da comunidade nem foram devolvidas competências às escolas. O caminho da autonomia tão esperado nas escolas não passou, como outros autores têm defendido, por uma (re) centralização dos poderes na tutela
- A promoção da inovação e mudanças nas escolas do 1º Ciclo, em agrupamento, no Concelho de LouresPublication . Costa, Maria da Luz Mercê Vargas Fragoso; Grave-Resendes, LídiaO tema deste estudo centra-se na problemática da inovação e mudança nas escolas do 1º ciclo, de grandes dimensões, em agrupamento, do concelho de Loures. Em 98, introduz-se em todas as escolas públicas um novo regime de autonomia, administração e gestão, baseado teoricamente na ideia da escola como centro das políticas educativas. Em 2003, através do ordenamento da rede educativa, procura-se agrupar todas as escolas em unidades de gestão, privilegiando os agrupamentos verticais. Esta investigação dá a conhecer a nova “organização educativa de escolas – os agrupamentos” e a situação em que se encontram as escolas do 1ºciclo e os seus actores, a nível de inovação e mudança. No sentido de apresentar um trabalho perceptível e coerente, fez – se um levantamento bibliográfico, a nível teórico e empírico destro desta temática. O estudo empírico deste trabalho visa caracterizar e identificar a perspectiva dos actores (professores com mais de quatro anos de serviço) sobre a promoção da inovação e mudança nas escolas do 1º ciclo em agrupamento, tendo como foco a liderança (comunicação; participação; inovação), a formação contínua e a biblioteca escolar. Escolheu-se uma abordagem descritiva e interpretativa como método de investigação. A estratégia de investigação seleccionada foi o estudo extensivo ou survey, optando-se pelo inquérito por questionário, como principal técnica de recolha de dados empíricos. A análise dos dados recolhidos demonstrou que as escolas do 1º ciclo em agrupamento apresentam actualmente duas estratégias de inovação em franco desenvolvimento: a formação contínua e a biblioteca escolar, explicando-se pelas condições estruturantes de apoio exógenas (rede de bibliotecas escolares, bibliotecas publicas, plano nacional de leitura e instituições de ensino superior). A nível de liderança as conclusões apontam que os professores mais empreendedores da inovação e mudança não são valorizados pelo órgão de gestão. O excesso de burocratização é a base da comunicação entre os A promoção da inovação e mudança nas escolas do 1ºciclo, em agrupamento, no concelho de Loures vários actores, consolidando-se uma imposição burocrática de soluções uniformes para todos os ciclos, não tendo em conta a especificidade do 1º ciclo.
- A relação escola-família e o envolvimento dos pais: representações de professores do 1º Ciclo do Concelho de Rio MaiorPublication . Colaço, Maria Margarida Inácio António; Ferreira, Manuela MalheiroO presente estudo pretendia conhecer a opinião de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Rio Maior sobre as formas de envolvimento das famílias na vida escolar dos filhos que favorecem o sucesso educativo dos alunos. Esta temática pareceu-nos pertinente, dado que ao longo das últimas décadas tem havido, por parte do Ministério da Educação, uma forte aposta nas formas decretadas de participação dos pais na vida das escolas. No entanto, vários estudos indicam que os representantes dos pais apenas se representam a si próprios, que são maioritariamente de níveis socioculturais próximos do da escola e que não têm uma participação real, mas que a sua actuação não vai muito além de uma “encenação participativa”. Já no que se refere ao envolvimento dos pais em actividades de aprendizagem em casa, que consiste no acompanhamento próximo da vida escolar dos filhos, na criação de condições em casa para que o aluno possa estudar e no contacto com a escola, sempre que tal se torne necessário, é apontado por alguns autores como tendo influência positiva na melhoria dos resultados escolares dos alunos. Perante estes cenários, pareceu-nos relevante conhecer a opinião dos professores, uma vez que a relação com as famílias passa necessariamente pelo seu papel de mediadores entre a organização e a cultura escolar e as culturas que fazem parte da sociedade e frequentam a escola. Para enquadrar esta problemática, numa primeira parte do nosso trabalho, começámos por abordar a escola enquanto organização, lançando um breve olhar sobre alguns dos modelos organizacionais que influenciaram a escola. Prosseguimos percorrendo os principais momentos da história da participação dos pais na escola portuguesa e fazendo uma breve abordagem dos conceitos de participação, envolvimento, comunicação e representação dos professores acerca da escola e das práticas educativas das famílias. Na segunda parte do trabalho apresentamos os dados que recolhemos através de um inquérito por questionário aos professores da população em estudo, cujo tratamento estatístico nos permitiu chegar a algumas pistas de resposta para as questões de investigação que havíamos colocado. Assim, de acordo com os inquiridos, os pais são clientes da escola e basta que esta os mantenha informados, o que mais contribui para o sucesso educativo dos alunos é o envolvimento dos pais em actividades de aprendizagem em casa, ao contrário da sua participação em órgãos da escola que é a que menos contribui para esse fim, até porque, os respondentes atribuem as causas de sucesso ou insucesso às características do próprio aluno e menos a causas imputáveis aos professores ou à escola. Verificámos ainda que, segundo os inquiridos, são os pais de nível sociocultural mais próximo ao da escola que aí se deslocam mais frequentemente e que, os que não o fazem, será em grande parte por desinteresse pela vida escolar dos filhos. Ainda segundo os professores por nós inquiridos, os pais deveriam participar mais em actividades de apoio ao professor, mostrando-se menos concordantes em relação a uma maior participação na definição das políticas educativas da escola. Os resultados mostraram também que os professores preferem comunicar com os pais individualmente e em situações formais, que têm mais tendência para comunicar com as famílias através da criança do que directamente e que, apesar de considerarem que os trabalhos de casa podem servir para comunicar com a família, não mostram claramente que os utilizam para esse fim, atribuindo-lhes mais a função de instruir. Finalmente, pareceu-nos relevante que mais de metade dos professores que responderam ao questionário tenham declarado não ter tido qualquer formação na areada relação Escola-Família, nem na formação inicial, nem na contínua. Será esta uma área da vida das escolas que poderá continuar dependente da improvisação e boas vontades